(A vida às vezes é curta, mas seu caminho é sempre longo. E nela aprendemos a chorar, a sorrir e a renascer a cada dia.)
Continuando...
Para mim foi a noite mais fria de um dia de verão, sem forças fiz do chão minha cama e adormecida cai, vencida pelo desgaste, não físico, mas emocional. Na manhã que se seguiu acordei um caco, lembre-se de procurar a cama pra chorar da próxima vez que terminar um quase noivado (rsrsrs ri de mim mesma), falei como se escrevesse um lembrete mental. Retornei a rotina de toda manhã, exceto o café, não queria encontra-la, na verdade não tinha a menor vontade de dar explicações e nem de ouvir ironias eu precisava pensar, ou melhor, precisava respirar o que era algo muito insuportável ali dentro, sai sem tomar café e sem avisar.
O dia transcorreu normalmente, não fosse minha mente está no reino tão-tão distante (nunca assisti Sherek...kkkk), não voltei pro almoço e não fiz questão de ir para casa cedo, fui ao shopping para arejar a cabeça e voltei bem tarde torcendo para que ela já estivesse a dormir, dei graças por está certa, e assim, passaram-se alguns dias exatamente iguais a este, em outros até nos esbarrávamos, mas não trocávamos palavra alguma, eu não a procurei para que pudéssemos conversar e ela também não procurou-me, senti até um certo alívio por isso estar a acontecer.
Mas como paz superficial é que nem garantia de produto paraguaio, enquanto durar (kkk), a minha durou até os pais dela vir visitar-nos outra vez e aí não teve jeito tivemos que voltar a conviver felizes e sorridentes, porém falávamos o essencial e a mãe dela até notou, ouvi-la a questionar isso com ela, que prontamente desconversou dizendo que estava tudo bem e mudou de assunto apressadamente. Em uma dessas noites, acabado o jantar ainda continuávamos na cozinha, eu a conversar com os pais dela e ela a lavar louça e mais uma vez o pai dela pergunta-me sobre o meu, agora ex, namorado.
- Então filha o teu namorado ainda está nos devendo um jantar. Quando ele virá aqui?
- Pois é tio...eu creio que será um pouco difícil... Já que não falo com ele há algum tempo. – respondi.
- Mas por quê? Ele está viajando? O que houve?
- O que houve... É que nós terminamos! – Disse de uma vez. Nem tive chance de dar continuidade, pois fui interrompida pelo barulho dos estilhaços de um copo quebrado na pia.
- EITA! Tá com a mão furada é??? – Falei e comecei a gargalhar, não perco uma. (kkkk)
Ela claro ficou “mansinha” pro meu lado, o que me divertiu mais ainda, até porque eu sabia o motivo daquele copo está quebrado. Ela ia falar-me alguma coisa, mas logo a mãe dela foi em seu socorro, toda preocupada perguntando se não havia se cortado com algum caco, felizmente isso não aconteceu e ela estava sã e salva e agora livre da louça já que a mãe insistiu para terminar a lavagem, ela nem queria neh, ela odeia lavar louça (kkk). Depois enxugou as mãos e foi-se para o quarto e lá ficou trancada.
Após algumas conversas jogadas fora também me retirei, no quarto vasculhei a internet em busca de algo interessante, mas nada chamou atenção de fato, fiquei assim até as 00:00h (só durmo esse horário) e depois resolvi tomar banho pra dormir, é um ritual pra mim, quando saí do banheiro levei um susto, dei de cara com ela (não que ela seja feia..rsrs), me olhou dos pés a cabeça, me senti até nua com aquele olhar, mas eu estava de roupão, engoli em seco e perguntei se ela tinha perdido algo no meu quarto.
- Não! Só vim desejar boa noite. Mas como sempre você me trata tão bem. – Disse com ironizando.
- Está bem, desculpa, diz logo o que você quer, precisas de algo? – Tentei ser simpática.
- Sim! Preciso conversar contigo. – Me respondeu séria.
- Sobre???? – Questionei.
- Sobre nós. Disse e continuou. – Por que você não me disse que havias terminado com aquele idiota, hein?? Poxa! Deixou-me pensar que estavas de casamento marcado, me deixou sofrendo, por quê? – Quase gritando.
- Calma! Abaixa o tom, quer que seus pais nos escutem. Estou aqui e não há quilômetros de distância. – Falei o Mais baixo que pude contendo minha reprovação por aquela conversa ser iniciada daquela forma.
- Cala a boca. Só... cale a boca! – Disse um pouco mais baixo, porém ainda com raiva e continuou. – Como pude ser tão idiota? Eu sabia que daria nisso! – Nisso o quê? – Tentei falar, mas ela nem me deixou continuar e desandou a me acusar.
- Eu sempre soube que isso iria acontecer no fim de tudo eu é que sairia ferrada, com o coração aos pedaços. Pensei que você me amasse de verdade, mas não, nem se deu ao trabalho de dizer que estava solteira, provavelmente já estava pensando em como me dar um chute também. Esse tempo todo você só quis experimentar, me levar pra cama. Como fui burra, em pensar que você o deixaria por mim, que você pudesse me amar claro que não poderia como iria namorar alguém como eu?? Outra garota, você jamais abriria mão da sua vida certinha por mim não é? Como eu sou burra!!! Eu te odeio!! Você prometeu que iria resolver as coisas que iria pensar numa solução pra gente. – Terminou chorando.
- (Ah, qual é? Dá pra ser mais dramática. – Pensei, mas não disse.) Aff! Está enganada! Meus motivos pra não ter te procurado são totalmente diferentes dessa enxurrada de acusações que você acabou de fazer. Agora para de chorar e presta bem atenção no que eu vou dizer. Primeiro já disse pra você não chama-lo de idiota, segundo nunca pensei em chutar você, até porque para fazer isso eu teria que ter um relacionamento contigo, me diz, o que há entre nós mesmo? Ah! Já sei... nada. Algumas noites de prazer, de sexo, como você queira chamar. Não estou com isso dizendo que não significou nada pra mim, não me interprete mal, estou a dizer que o que houve, não era pra ter acontecido porque eu era comprometida, mas já aconteceu e não há o que se fazer, e digo mais, eu quis tanto quanto você quis. Mas do jeito que ia não daria certo, e nem eu me sentiria bem se continuasse fazendo a sacanagem que eu estava a fazer com o Beto. Me entenda! E eu só não te procurei depois do rompimento porque eu estava com a cabeça cheia, eu queria pensar um pouco antes de mergulhar nessa situação tão nova e diferente pra mim, eu pretendia conversar contigo, te pedir em namoro – me aproximei dela que me ouvia de braços cruzados – tudo bonitinho, acertar nossa convivência e esclarecer pra você com todas as letras, porque parece que isso não entra na tua cabeça, Eu Te Amo, dá pra entender? Estou apaixonada por você, quero ficar com você. – terminei rouca, discuti baixo seca a garganta. (kkkk)
Um leve sorriso se abriu em seu rosto, estávamos em pé, então toquei em seu rosto, desenhei seus lábios e vagarosamente aproximei minha boca da sua e a beijei, o beijo derrubou todas as barreiras que havia entre nós, ela abraçou-me pela cintura e colou seu corpo ao meu, uma onda de prazer nos cobriu de forma rápida e intensa. Agarrei em seus cabelos com mais força e nosso beijo tornou-se urgente, não pensei em mais nada além da vontade de estar ali com ela. Interrompemos por um instante e encostamos nossas testas nos olhamos com paixão e ela disse – Eu te amo mito e sorriu – voltamos nos beijar e minhas mãos já percorriam as curvas dos seu corpo e discretamente as mãos dela desatavam o nó do meu roupão, fui incapaz de resistir.
Continua....
Bem queridas é isso aí... mais uma parte, espero que tenham curtido.
Beijinhos a todas e obrigada pelos comentários. Até a próxima. (eu sempre quis dizer isso. Kkkkk)