Cap.8
Fui chegando mais perto dele a cada segundo, dei um abraço nele, seu cheiro era como uma bebida, me deixava embriagado. Me soltei dele, e aos poucos fui encostando seus lábios nos meus. Eu sabia que ele queria, e eu queria mais do que nunca. O nosso beijo não podia ser mais carinhoso. Eu ficava arrepiado com os seus toques no meu rosto. Paramos, e eu parecia nas nuvens. Lentamente me soltei dele, e olhei fundo em seus lindos olhos.
- O... o que foi isso ? - ele perguntou, parecia não estar acreditando no que tinha acontecido.
- Foi um beijo !- falei
- Você... me beijou ?
- Sim.
- Mas...o que isso significa ?
- Que... eu tô apaixonado por você !- falei sorrindo e passando a mão em seu rosto. Ele ficou hiper vermelho, parecia bem envergonhado. Deu um sorrisinho fofo.
- Sério ?
- Sim- nos levantamos, e ele me deu um longo abraço. Recostou sua cabeça em meu ombro, e ficou sentindo o meu corpo. Retribui com todas as minhas forças esse abraço.
- Eu... eu também estou apaixonado por você ! Desde o primeiro momento que eu te vi, aquele toque de mãos lá no colégio, eu senti alguma coisa por você. Aos poucos fui te conhecendo, e quando vi não consegui mais te tirar da minha cabeça ! - falou ele, se soltando de mim, dando uma mexida no meu cabelo. Segurei ele bem forte, e dessa vez dei um beijaço de língua nele. Minha língua era impetuosa, queria descobrir rapidamente cada pedacinho daquela boca gostosa. Logo peguei na mão dele e sai correndo com ele por ai, que nem dois malucos felizes. Voltamos pra dentro da casa, e ele se soltou de mim- peraí, deixa eu fazer alguma coisa pra gente comer.
- Você quer ajuda ?
- Não precisa. Vou fazer uma lasanha incrível ! - falou ele, todo empolgado. Gente, eu subi pro quarto sem acreditar no que tinha acabado de acontecer, a lua tinha testemunhado, ele gosta de mim, e eu gosto dele. Fui no quarto, peguei um bom filme, coloquei no dvd e fiquei esperando ele terminar. Fui até a cozinha e fiquei lá, olhando ele mostrar sua intimidade com as panelas. Logo ele percebeu.
- Poxa, se tem uma coisa que eu detesto é alguém me olhando cozinhar.- falou ele, emburrado
- Porquê ? Você fica lindo ai, fazendo o quê mais gosta !- falei sorrindo. Ele deu um sorrisinho de canto, e continuou lá, fazendo a comida. Pouco tempo depois, ficou tudo pronto. Ele fez questão de preparar a mesa, e quando eu tentava ajudar, ele batia na minha mão, não deixando eu chegar perto da mesa. Logo ele terminou.
- Agora sim, vamos comer ! - ele sentou e começamos a comer. Podia ver a felicidade estampada no seu rosto. Como sempre estava tudo gostoso. Ao fim, jogamos tudo lá na pia e fomos ver o filme. Ele sentou longe de mim, aquilo me causou estranheza. Tanta que o chamei.
- Porquê você não vem pra cá ?
- Sei lá, tô com vergonha.
- Não precisa ter vergonha- o sofá era também cama, então foi só puxar e a gente se deitou lá. O abracei e ficamos lá, assim abracadinhos vendo o filme. Sem perceber acabei dormindo, só vi no dia seguinte. Acordei com o sol forte no meu rosto. Olhei pra ele, que dormia como um anjo. Fiquei com tanta pena de acorda-lo, mas eu não podia ficar daquele jeito. Lentamente o acordei.
- Ei, amor... acorda- lentamente ele foi acordando.
- Ai... do que você me chamou ?
- De amor - ele riu ainda desnorteado
- Que jeito bom de acordar !- ele percebeu aonde a gente tinha dormido - eu não acredito que a gente dormiu nesse sofá.
- Pois acredite. Dormimos aqui sim.
O fim de semana passou, e nós voltamos pra casa. Fui direto a uma joalheria, eu iria pedir ele em namoro. Fui lá, e encomendei dois anéis, lindos, com os nossos nomes cravados. Ri da cara da vendedora quando falei o nome dele.
- Tem certeza que é Arthur ? - falou ela surpresa
- Sim, tem algum problema- seus pensamentos explicavam aquela cara. " Eu ein, primeira vez que eu vejo um casal de gays aqui !"
Não demorou muito pra eu receber, comprei um buquê, e o chamei pra um passeio numa praça. Eu escondi o buquê, e fingi que aquele era um passeio casual.
- É lindo aqui ein ? - falou ele
- É sim- falei- ei, eu quero te mostrar uma coisa.
- O quê ?
- Fecha os olhos- ele fechou. Corri e peguei o buquê- já, pode abrir- ele abriu, e um largo sorriso se viu
- É pra mim ?
- Sim. Pega - ele pegou e parecia não acreditar- ai, obrigado. Ninguém nunca me deu um buquê.
- Não é só o buquê ...
Continua
" Você é o ar que eu respiro !"
Gostaram ??