Oi pessoal, espero que esteja tudo bem com vocês, por que eu estou com uma gripe super forte, não consigo nem respirar direito... Ainda bem que tenho quem cuide de mim, bem pelo menos nos horários em que eles não estão trabalhando, durante o resto do dia eu fico só. Bem, mas vocês não querem saber disso então partirei logo para o que interessa. Um grande abraço, pois um beijo passaria minha gripe para vocês, há ha!
Continuando...
Estava eu lá naquela cerimônia esperando a hora de entrar como padrinho, a minha frente estava o Francisco e o Dimitri estava sentado em algum banco no meio do povo, mas eu não conseguia ver onde. Era tanta gente, alguns eu conheci, como os meus pais e parentes e outros amigos do Rick, mas tinha um monte de gente que eu nunca tinha visto na vida, aquele local estava lotado... Fiquei sabendo que uns cinquenta que estavam ali eram conhecidos do trabalho do Rick e uns duzentos e alguma coisa eram parentes da Cheryl. No total continha ali uns seiscentos e poucos convidados, tirando fotógrafos e os noivos. Muita gente! E todos estavam muito bem arrumados, os vestidos das mulheres eram da maior grife, assim como os ternos dos homens. Faltava só a noiva, óbvio que ela não iria fazer feio. O local da cerimônia em si não era bem uma igreja, mas um tipo de salão com as paredes douradas e belos enfeites ao centro, era deslocado da cidade e era muito bonito por fora também.
Logo a noiva chega, com uma limusine preta muito bonita, ela não desceu do carro. Uma mulher que estava comandando o casamento vem até nós e fala para ficarmos apostos que já iria começar. Naquele momento minha maior vontade era sumir dali, mas como não poderia tive que enfrentar. Todos os padrinhos começam a entrar e eu sou um dos últimos. Enquanto eu caminhava com a outra menina observo o Rick que já estava esperando no “altar”, que vontade de ser a pessoa que ele estava esperando, minha inveja sobre Cheryl era indescritível.
Terminado de entrar todos os padrinhos, a marcha nupcial toca para a entrada da noiva, todos se levantam e eu só observo o sorriso no rosto do Rick, me deu uma vontade muito grande de chorar. Cheryl aparece. Esplêndida! Devo admitir. Sua maquiagem estava perfeita, delineando bem os seus olhos, seu penteado estava muito lindo, nada exagerado, algo que combinou e contrastou com seu vestido. E o vestido, era branco com brilhos de diamante ao redor, não era nem muito largo e nem muito colado ao corpo, perfeito! E ao final o véu que era de um tamanho mediano certo para sua altura e o buque que era de um tipo de flores que eu jamais tinha visto, mas era lindo! Tudo lindo, uma noiva perfeita para um noivo perfeito em um casamento perfeito. Por que motivos eu iria conspirar contra sendo que os dois só queriam ser felizes, aquilo era puro egoísmo meu. Bem, era o que eu pensava!
Cheryl termina de entrar e o pai dela entrega à mão da filha ao Rick, aquele processo de sempre que todos conhecem. Logo o sacerdote começa com aquele blá, blá, blá antes da troca de alianças. No momento tão esperado em que teve as declarações eu fiquei muito inconformado, não conseguia ver o Rick casando. Quando Rick estava dizendo: “Eu Pablo Henrique prometo ser fiel, amar-te, respeitar-te na saúde e na doença...!” Eu fiquei olhando o modo como ele falava aquilo para a Cheryl e fiquei inconformado de não ser eu a pessoa a quem ele estaria fazendo o juramento, quando ele colocou a aliança no dedo dela um arrepio percorreu minha espinha e antes que eu visse o beijo dos dois sai dali correndo para fora como alguém que passava mão, mas na verdade eu estava segurando era minha vontade de chorar.
Fui para fora tomar e lá comecei a chorar de tristeza por ter perdido o Rick. Logo, Francisco vem até mim para saber o que estava acontecendo. Enxuguei as lágrimas e disse que era apenas um mal estar, que lá dentro estava muito abafado e que eu precisava tomar um ar. Francisco então volta e quem veio me fazer companhia foi o Dimitri.
-Cadu, eu simplesmente sinto que você não gostaria de ver seu irmão casando, eu gostaria de saber se tem um porquê. –perguntou ele atrás de mim, eu estava de costas para ele e não quis responder... Até o momento em que somos chamados de longe por minha mãe para irmos ao local da festa, pois o casamento já havia terminado.
-Vamos Dimi! É hora da festa! –falei desanimado enquanto caminhava em direção ao carro dele.
O local escolhido pelo casal para a festa foi um restaurante muito refinado aqui da cidade, o qual continha também um grande e amplo salão de festas... Fiquei pensando o quanto teria custado todo aquele aluguel e mais o Buffet. A comida era típica do Rio Grande do Sul, mas com um tempero diferente e servido em porções pequenas que por sua vez deixavam você só com mais vontade de comer ao invés de saciar a fome.
O tempo vai passando e logo se inicia a valsa, as homenagens (aonde eu não suportava ficar olhando as fotos do Rick e da Cheryl juntos) e depois a bebedeira e as folias. Para mim seria a melhor festa de casamento que já fui, pois a festa mesmo em si foi bem legal, o problema era de quem era a festa. Após mais um tempo, já estávamos nas horas finais da festa. Cheryl estava em uma mesa rodeada de amigas sua, os convidados com mais idade (principalmente o pai de Cheryl que era bem velhinho) já tinham ido embora, pois estavam cansados e naquela altura a festa era só folia mesmo, então ficou mais os amigos dos noivos e alguns parentes próximos, assim como meus pais e Francisco. Eu estava sentado em uma mesa com Dimitri, eu estava comendo alguns docinhos e Dimitri estava bebendo uísque, ele não estava muito bêbado, mas não estava em condições de dirigir por isso eu iria tomar o volante naquela volta pra casa de qualquer jeito. Rick por sua vez estava conversando em pé com alguns amigos seu e dando muita risada. Enquanto isso Dimitri olhava ele enquanto bebia, estava fixado no Rick com um olhar estranho e eu só observava isso enquanto comia. Cheguei a perguntar para o Dimi se estava tudo bem, mas ele não me respondeu, apenas continuou olhando para o Rick e do nada uma feição de raiva invade seu rosto, ele parece ficar muito bravo e ainda observa meu irmão. Até o momento em que ele diz: “Desgraçado!” ficando claro que se referia ao Rick e sai da mesa caminhando rapidamente e com ódio em direção ao Rick...
Sabendo que Dimitri poderia aprontar alguma me levanto e sigo em direção a ele. Dimitri chega a Rick e diz bem alto:
-Seu desgraçado! –todos voltam sua atenção à cena e Dimitri invade o rosto de Rick com um soco.
Rick fica meio zonzo e pergunta assustado:
-O que é isso Dimitri? - com sua mão no rosto.
Dimitri não responde e empurra Rick para o chão e ficando em cima dele começa socar mais ainda a cara de meu irmão com ódio no rosto. Eu não sabia o que fazer, eu acabei ficando pasmo, parado e sem saber como agir e nem o que falar. Todos olhavam assustados e aquilo não durou muito tempo, pois os amigos de Rick logo o retiraram daquela situação tirando Dimitri de cima dele e o ajudando a levantar.
-Você é louco Dimitri, que motivos te levaram a fazer isso? -Rick perguntava com a mão no rosto enquanto Cheryl se aproximava assustada.
Aproximei-me de Dimitri e vi que ele estava perdido, não sabia o porquê tinha feito aquilo.
-Eu não sei, eu... Desculpa-me Rick, eu não estou bem! – e saiu assustado com ele mesmo correndo em direção à saída.
Perguntei para o Rick se estava tudo bem e depois sai à procura do Dimitri. O encontrei perto de seu carro no estacionamento, onde não tinha ninguém. Ele estava sentado no chão encostado ao carro, encolhido e amedrontado.
-Dimitri! –falei me aproximando.
-Vá embora Cadu, não quero que ninguém me pergunte nada! –falou se encolhendo mais.
-Dimitri, eu não vou te perguntar nada... Eu só vim aqui para irmos para casa e você descansar, só isso! Calma! –falei tentando mais contato.
Ele olha pra mim e me puxa para um abraço e em seguida chora em meu ombro.
A partir daquele momento eu estava certo, Dimitri não estava bem e eu tinha que fazer alguma coisa.
Continua...
Comentem o que estão achando, obrigado!