Encontrei as meninas a caminho da lanchonete, já que perderam o café elas comeriam algo lá. Passamos um bom tempo conversando e elas me informam que combinaram de jogar vôlei contra as meninas da outra escola dali a pouco. O tempo voa enquanto elas me contam sobre a noite passada. Voltamos ao quarto para nos preparar para o jogo. Short legging, tênis, regata soltinha e cabelo preso.
Quando chegamos na quadra de vôlei já nos esperam. Como estamos acostumadas com a formação do time da escola logo começamos o jogo. O primeiro set acaba e damos um intervalo para água. Só entao reparo em Bianca sentada na pequena arquibancada, que ao notar meu olhar acena me chamando.
- O que ta fazendo aqui? - interrogo surpresa.
Olhando com certa arrogância para mim responde: Torcendo para minhas colegas de escola.
- Só pode ser brincadeira! - exclamo.
- Sorte sua que meu pé esta machucado, porque se estivesse jogando vocês com certeza não estariam ganhando.
Dou uma gargalhada irônica.
- Até parece. - elevo as duas sobrancelhas.
- Marcela! Vem logo! - gritam meu nome.
- Bem, preciso voltar.
Bianca me puxa para perto, beija minha bochecha e sussurra: Apesar de ser contra minha escola, faça um ponto para mim.
Volto embargada para minha posição no jogo com sua face nos pensamentos.
Ao terminar o outro set com meu time ganhando resolvemos não fazer uma pausa. O terceiro a outra escola ganha e o quarto nos ganhamos. Assim o jogo encerra sendo uma boa contribuinte pra vitoria.
Terminando eu vou direto ate Bianca que esta parabenizando as meninas de sua escola. Abro caminho por entre elas falando com uma ou outra sobre o ótimo jogo que tivemos. Quando chego perto dela esta de costa para mim. Chego por trás e colo minha boca no seu ouvido.
- Gostou dos pontos que fiz para você?
Vejo seu sorriso formar antes de se virar.
- Muito bons. Alguém se esforçou bastante
- Que nada, to acostumada a alguns "esforços", eles costumam valer a pena. - digo sugestivamente enquanto ela cora - Vai ir na festa de hoje com o pé assim?
- Nem posso, a enfermeira disse que nao posso fazer esforço. O que, infelizmente, inclui ir a festa.
- Tenho uma ideia. Hoje de noite vou te levar para fazer algo, topa? Vamos ver no que você é boa. - mordo os lábios só para provoca-la, o que se torna eficiente ja que vejo seu olhar fixo na minha boca - Tenho certeza que seu pé nao irá atrapalhar.
- O que vamos fazer? - me pergunta desviando seu olhar de minha boca para meus lábios.
- Confia em mim igual confiou quando te levei na enfermaria. - Nos vemos as 9 em frente ao nosso alojamento.
Antes da resposta saiu dando um beijo em sua bochecha. O sorriso em meus lábios se recusa do a partir.