A quarta-feira nunca foi tão maravilhosa para mim como naquela ocasião. Depois de um pouco mais de um mês o Ricardo havia recebido alta, finalmente estávamos livres daquela prisão hospitalar. Não pensamos em mais nada, só pegamos nossas coisas e saímos. Nos despedimos de todos, pois apesar das circunstâncias fizemos amizades ali. O Ricardo parecia uma criança quando ganha algo que tanto desejava, estava sorridente e bem agitado. O Pedro nos acompanhou até o carro.
Pedro – Nos vemos daqui a uma semana. Por favor, se comporte. Você ainda está fraco.
Ricardo – Não se preocupe meu amigo, vou me cuidar direitinho.
Pedro – Assim espero! E você Luca, espero que cuide bem dele.
Eu – Não precisa nem pedir.
Abracei o Pedro com toda a gratidão, pois além de estar ali como médico ele também estava como amigo.
Eu – Nunca vou poder retribuir o que você tem feito por nós.
Pedro – Não precisa, só a amizade de vocês basta. Agora vão e descansem bastante, semana que vem vai ser de muitas emoções.
Nos despedimos e fomos para nossa casa. No caminho o Ricardo não parava de falar um minuto, ele havia planejado a nossa vida inteira.
Ricardo – Amor, você tem vontade de ser pai?
Aquela pergunta me pegou completamente desprevenido, minha reação de espanto foi inevitável. Ter um filho era a coisa que eu mais queria, mas como o Ricardo nunca havia tocado no assunto, acabei deixando de lado.
Eu – Nossa amor, você me pegou de surpresa com essa pergunta.
Ricardo – Por quê? Não quer ter um filho?
Eu – Não é isso, foi só a surpresa. Claro que eu quero um filho, isso seria maravilhoso. Na verdade eu pensei que você não quisesse.
Ricardo – Pra te falar a verdade nunca planejei ter filhos, apesar de amar crianças. Esses dias no hospital me fez pensar na vida, me fez deixar de lados as minhas neuras e medos. Quero viver sem medo de ser feliz.
Sentir toda aquela vontade viver vindo Ricardo me encheu de alegria, era inevitável não se emocionar com aquilo. Ali eu vi que o Ricardo havia voltado.
Eu – Você não tem ideia de como fiquei feliz em ouvir isso. Em relação a ter um filho, é claro que eu quero. Vamos finalmente ser uma família completa.
Ricardo – Vamos ter um casal. Quero dar a eles tudo que nunca tive do meu pai, vou enchê-los de amor, carinho e atenção.
Eu – Você vai ser um bom pai, não, você vai ser o melhor pai.
Ricardo – Vamos ser!
Aquele momento foi mágico, ficou marcado em mim para sempre. Ele me deu beijo rosto e voltou a tagarelar. Quando finalmente chegamos em casa foi aquela festa, principalmente quando o Ricardo viu o Donatello. Enquanto eu descarregava o carro os dois corriam pela casa. A felicidade dentro daquela casa era palpável. Levei todas as coisas para o quarto e enquanto mexia no armário, fui abraçado por trás. Ele encaixou o rosto no meu pescoço e sussurrou:
Ricardo – Estamos de novo no nosso cantinho.
Eu virei para ele e fiquei analisando seu rosto.
Eu – Sabia que tudo daria certo, que tudo aquilo era só uma fase ruim. Não conseguiria viver sem você.
Ricardo – Já passou, tudo de ruim já passou e agora vamos ser felizes. Esquece esses dias que passamos e vamos pensar no nosso futuro. Vamos viajar, vamos ter nossos filhos, vamos fazer tudo que nos temos direito.
Eu – Vamos sim!
Ricardo – Mas primeiro eu quero uma coisa que faz um tempão que estou querendo.
Ele desceu a mão pela minha cintura até chegar na minha bunda, onde ele deu um belo apertão.
Eu – Não faz isso. Você ouviu o que o Pedro disse, nada de sexo.
Ricardo – Não faz isso comigo, amor. Estou quase tendo um ataque de tanto tesão guardado.
Eu – Nossa Ricardo, deixa de drama. É para o seu bem.
Ricardo – Minha recuperação seria bem mais rápida se fizéssemos sexo.
Ele novamente fez bico como sempre faz quando é contrariado.
Eu – Como você é mimado. Pode fazer bico quanto tempo quiser, não vamos transar e ponto final.
Ele me soltou e sentou na cama com os braços cruzados. Às vezes o Ricardo não entendia, melhor, ele não queria entender. Isso me irritava profundamente, mas naquela ocasião procurei não levar em consideração. Fui até ele e me ajoelhei em sua frente.
Eu – Tenha só um pouco de paciência. Você acabou de sair do hospital. Vamos esperar até sábado, até lá você já vai estar um pouco mais forte.
Ele olhou para mim e abriu aquele sorrisão lindo.
Ricardo – Desculpa amor, sei que é para o meu bem. Vou contar os minutos até sábado.
Eu – Está bem! Vai tomar um banho enquanto eu faço algo para comermos.
Ao me levantar fui surpreendido com um tapão na bunda.
Ricardo – Vai logo! O machão aqui está com fome.
Olhei para ele e o infeliz se partia de dar risadas na cama.
Eu – Esse machão tá pedindo um corretivo isso sim.
Fui para cozinha já imaginando o que fazer para ele no sábado. Queria algo especial para ficar marcado. Várias ideias passaram pela minha cabeça, mas nada que me agradasse. Fiz uma comida bem rápida para nós e logo após o Ricardo foi dormir. Eu fiquei deitado no sofá imaginando a surpresa até que peguei no sono. Acordei com o Donatello lambendo meu pé, até ele sofreu com tudo ficando sozinho esse tempo todo. Era noite e a casa estava escura. Fui até o quarto e vi que ele ainda estava dormindo. Deitei ao seu lado e novamente peguei no sono.
O sábado chegou e com ele meu nervosismo, queria que tudo saíssem perfeito sem que ele desconfiasse de nada. A tarde um amigo dele apareceu em casa chamando para uma partida futebol, tudo estava conspirando para que a noite fosse um sucesso.
Ricardo – Amor, o Paulo está aí e veio me chamar pro futebol.
Eu – Você ainda está fraco, não pode fazer esforço.
Ricardo – Eu sei, só vou para assistir.
Eu – Vou confiar em você, mas se eu souber que jogou bola você vai ver o que te acontece.
Ricardo – Nossa que tesão essa sua cara de bravinho, acho que vou ficar em casa depois dessa.
Ele veio me agarrando e beijando meu pescoço, mas resisti.
Eu – Vai amor, vai se distrair um pouco.
Ricardo – Beijão amor!
Eu – Outro...te amo!
Ele nem me ouviu, pois saiu correndo. Eu fui preparar o quarto para a noite. Eu acabei fazendo algo bem simples, nada muito grandioso. Coloquei algumas velas pelo quarto e fiz um caminho da porta da sala até o quarto. Comprei champanhe e coloquei para gelar. O “tcham” da noite seria minha roupa. Tomei um banho bem demorado, parecia que a água havia levado toda angustia, tristeza, tudo de ruim pelo ralo. Saí completamente renovado.
Era por volta da sete horas quando terminei meu banho, coloquei o roupão e liguei para o Ricardo.
Ricardo – Oi amor!
Eu – Oi! Que horas você vai vir?
Ricardo – Daqui uns trinta minutos.
Eu – Está bem. Vou te esperar. Beijos
Ricardo – Fica gostosinho pra mim, amor. Beijos.
Ele nem sabia o quão gostoso eu estava.
Cuidei dos últimos detalhes, acendi as velas, coloquei o champanhe quarto e vesti minha roupa. Deitei na cama até ouvir o barulho da porta da frente. Me ajeitei direito e esperei ele abrir a porta do quarto. A porta foi sendo aberta devagar e por ela vi o sorriso que eu tanto amava.
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Olha eu aqui de novo!!!! Tentei, juro que tentei, mas infelizmente não consegui postar. A semana de provas foi muito tensa, estou com dor pelo corpo todo e para completar, ontem tive uma pequena crise de enxaqueca. Essa semana meu nervos foram colocados a prova, isso acabou desencadeando a dor de cabeça.
Para mim é horrível ficar sem postar. Primeiro, amo de mais a interação com vocês, fiz grandes amigos aqui. Segundo, fico meio perdido na história, até pegar o fio da meada é complicado.
Amigos! Estou planejando terminar a história na parte 20, depois vou ficar um tempo off como escritor para me dedicar a faculdade. Provavelmente volto nas férias com a segunda temporada do conto "Segunda chance". Espero que entendam, para mim será muito difícil dizer "adeus" a esse casal, mas eu acho que é necessário. Isso é um pensamento agora, nada impede que mais para frente eu mude de ideia.
kattymoreninha - Amiga linda! Amei demais seu e-mail, me deixou super feliz. Como queria poder escrever mais para não te deixar esperando, mas infelizmente não consigo. A falta de tempo e inspiração em impedem de postar diariamente. Mande um grande abraço para seus amigos, diga a eles que estou muito feliz por agradá-los com o conto. Pra você minha linda, um super, hiper, mega, grande abraço:)
Yld -Um abraço carinhoso para você. Sempre me acompanhando o conto, fico muito grato. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Dr. Romântico - Na vida real é mais intenso. Infelizmente nela não podemos dar um final feliz como em nosso contos, mas a vida é assim, temos que encará-la de frente. Você como sempre é meu grande inspirador. Bjão amigo!
ametista - Adoro sentar e ouvi minhas avós, escutar as histórias de antigamente é fantástico. Prometo que não demorar para postar de novo, agora com o fim das minhas provas vou poder postar mais regularmente. Bjos amigona linda do meu coração:)
C. T. Akino- :)
diiegoh' - Obrigado pelo carinho. Bjos!
Anjo ciumento - Que bom que esteja gostando, fico feliz por isso. Boa sorte nos estudos. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Pyetro_Weyneth - Amigo! Acho que somos irmãos de famílias diferentes, devido ao tanto de semelhanças entre nós...rssss. Quando um ente querido está em perigo você defende independente de quem quer que seja, isso é uma prova do amor verdadeiro. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Gossip Boy - Meu amigo, o final do seu conto foi lindo demais, adorei. Obrigado pelo carinho. Bjos!
FabioStatz - Obrigado pelo carinho. Bjos!
Angelmix - Oi amiguxo, não esqueci, jamais faria isso...rsss. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Edu19>Edu15 - Obrigado pelo carinho. Bjos!
agatha1986 - Prometo que não sumo mais..rsss. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Gerfried - Ri demais com a "chinelada", mas eu sei que mereço..rssss. Prometo que isso não se repetirá. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Augusto3 - Amigo, você é querido, gostei de conversar com você. Obrigado pelo carinho. Bjos!
(Al) - Olha lá hein! Não quero saber de eu entrar aqui e não ver seu comentário...rssss. Te adoro amigo. Obrigado pelo carinho. Bjos!
Bom amigo...é isso por hoje. Muito obrigado a todos que leram.
Bjos e abçs:)