Um amor duplamente proibido (parte 29)

Bom galera, aqui eta mais um fragmento de minha história. Eu sempre tomo cada comentário para mim, o fato de eu não os criticar é porque não é necessário, quer dizer, eu não tenho palavras, e aqueles que são perguntas, bem são poucos que eu preciso realmente responder, pois a maioria é respondida pelo próprio conto. Eu sinto um pouco de tristeza pois alguns leitores não vão mais me acompanhar dado o fato que não gostam de sobrenatural, mas como eu havia mencionado, minha vida esta lotada de normal e para uma história é necessário um pouco de loucura, até porque são raríssimos, se é que existem, contos que tenham sobrenatural de uma maneira bem amena, a maioria o foco é o diferente. Enfim, já falei e mais, ao conto.

Parte 29

Rafael – então chegou a hora – ele respirou fundo olhou nos meus olhos e começou – eu sinceramente não sei como dizer de uma maneira agradável, ou amena... É muito difícil, nunca compartilhei com ninguém, acho que nem meus pais sabiam ao certo... Há algum tempo atrás nem eu sabia... No terceiro andar tem algumas salas especiais e a entrada da biblioteca que fica no centro da casa e só pode ser acessada pelo terceiro andar. Existe um quarto andar que tem a estufa. Não queria que você fosse lá em cima, pois eram lugares muito fora do comum, se assim posso dizer. E a biblioteca tem livros que eu preferia que você não lesse.

Eu – uma biblioteca e uma estufa? Só isso? Não me parece nada esquisito. O que teria de tão especial? Fora o fato de ser uma biblioteca monumental e uma estufa num lugar pouco convencional. Mas ainda resta você dizer o que é aquilo que me assustou naquela noite? – eu estava com medo da resposta, mas confiava cegamente nele.

Rafael – eu não posso te dizer, digamos que é complicado. Vou te mostrar, por favor, fica calmo, eu não faria nada que te machucasse, ou contra sua vontade, e não conte para ninguém, é algo muito particular. Ok?

Eu – tudo bem – se antes eu estava tremendo de medo, agora eu estava um terremoto.

Ele levantou e ficou em pé perto da cama, fechou os olhos e atrás dele eu vi duas coisas aparecerem. Eu pisque por um instante, ele as abriu, de um lado estava uma asa branca como a neve com plumas que pareciam emitir luz própria, enquanto que no outro lado estendia-se uma igualmente bonita, com a diferença que era negra coma a noite, ela parecia sugar a luz para si, de modo que o conjunto contrastava. Ele estava do jeito que eu lembrava do sonho. Fiquei paralisado, vendo que era real, ou eu ainda estava sonhando? Não consegui mexer nem um músculo, não sei se por susto ou medo.

Rafael – diz alguma coisa, por favor – ele estava com lagrimas nos olhos, claramente estava com medo de que eu o negasse como meus pais fizeram comigo quando contei meu segredo. Eu não ia fazer o mesmo com Rafael, eu o amava e havia prometido que ele poderia confiar em mim, claro que aquilo me deixava balançado, mas eu já o tinha visto assim varias vezes no sonho.

Eu – quer dizer que você é um anjo, tipo, um anjo? – eu estava confuso, ele estava sentado na beira da cama longe de mim com certeza tinha medo de se aproximar e eu o empurrar. Entretanto isso não aconteceria, pois eu sei o que é ser rejeitado, dói muito, na alma.

Rafael – bem, eu acho que não.

... Rafael assume a narrativa... A história é contada ao Lucas e o fato se passa alguns anos atrás.

Meus pais haviam morrido. Eu iria ficar com meus avos, os amava, entretanto a morte de meus pais me deixou muito abalado, eu sempre fui afastados dos outros, por escolha mesmo. Quando meus avos me receberam eu comecei a ir a um psicólogo. Ele havia diagnosticado que eu estava à beira da depressão. Os meses foram se arrastando, eu completei dezesseis, dezessete, minha dor estava passando, mas eu ainda era muito fechado.

Meu avo morreu algumas semanas depois do meu aniversário. Voltei a frequentar um psicólogo. Minha avó tentava disfarçar, mas ela estava muito abatida. Os meses se passaram e quando chegou o dia do meu aniversário, fui chamar minha vovó para tomar café, ela estava fria e percebi que avia morrido. Chamei a ambulância, que não demorou a chegar. Foi diagnosticado AVC.

Eu não tinha culpa, mas em minha cabeça achava que deveria estar perto nessa hora. Corri até a cobertura do prédio e fiquei sentado na beira, olhando o movimento e chorando. O prédio deveria ter uns trinta andares e eu estava bem escondido perto de um letreiro. Por dentro eu estava despedaçado, meu coração batia com dificuldade, parecia que eu estava carregando o teto do mundo de tanto peso que eu sentia. Eu respirei fundo, mas quando eu ia me atirar apareceu um homem velho de uns setenta anos, cabelos grisalho e pele morena, seus olhos eram cinza dando a aparência de que ele era cego. Ele tinha uns 1, 70 de altura.

Senhor – sabe, a vida é algo muito curioso, há vezes em que você está feliz, outras que você está triste, zangado, pensativo. O curioso é que cada sentimento é único e acabar com um deles iria ser algo horripilante, pois acabaria com a essência do ser humano. Quando nos temos sentimentos ruins devemos utilizamos para crescer e evoluir, assim nada nunca é perdido. Não pense em tirar sua vida, pois ela é muito valiosa. Era hora de ela partir, sempre as pessoas vão, algumas vezes cedo demais, mas nós temos que aprender a conviver com as perdas, pois o fim é apenas o começo de outro ciclo.

Eu – o que eu deveria fazer agora todos me abandonaram, seria tudo mais fácil se eu me atirasse daqui de cima, meu sofrimento iria acabar – eu nem conhecia aquele velho, o que ele sabia da minha vida.

Senhor – na vida sofremos muito, mas sempre podemos nos reerguer. Você esta vivendo como outro qualquer e pode ajudar muitas pessoas. Pode encontrar alguém que te faça feliz, acredite quando eu digo que você não quer desistir. Lute, pense no que seus pais queriam, seus avós. Nunca pense que esta sozinho, pois Deus sempre estará com você.

Eu ia dizer alguma coisa como “deus não se importa comigo”, mas ele havia sumido. Meditei um pouco. O sol estava se pondo e a noite chegava. As palavras daquele velho faziam sentido, minha avó iria querer que eu concluísse os estudos, me formasse, fosse feliz. Meus pais haviam deixado alguns bens que me ajudaria a pagar tudo, eu sabia que nos tínhamos um contador e ele administrava tudo. Eu já tinha dezoito, e poderia assumir e ir morar sozinho.

Estava decidido, eu iria continuar em frente. Eu tentei me levantar, mas me desequilibrei e cai, tudo estava acabado...

continua...

Espero que tenha agradado, dependendo dos comentários, postarei o próximo ainda hoje, no começo da tarde. Comentem, critiquem e deixem suas duvidas. Sera que o Rafael morre e ai vira um anjo? Será que Rafael é uma espece de fantasma? respondam nos comentários, pois adoro ler suas opiniões. Não deixem de atribuir uma nota que para eu saber meu desempenho. Caso achem que eu preciso melhorar algum aspecto me digam.