Obrigado pelos comentários, não sabia que a sensação de ser reconhecido em um conto era tão boa.
Quero dizer- lhes que este conto eu só publico, mas não tem nada haver com a minha vida. É tudo a partir da vida de um amigo meu que se chama Félix. O que estiver escrito adiante é pura obra dele. Beijos!
Eu olhava aquele garoto com raiva, pois ele parecia estar tirando com a minha cara e eu não iria deixar barato. Pulei no pescoço dele e comecei a falar:
Félix: Tu ta pensando que eu sou o que para falar isso para mim? – falei enforcando ele.
Déniel: Calma aí! – falou tirando minhas mãos do seu pescoço. – Me deixa explicar!
Félix: É bom mesmo!
Déniel: Olha tem uma garota muito chata atrás de mim que quer que eu a namore. Então você irá falar para ela que tu é meu namorado e ela vai ficar pensando que eu sou gay.
Félix: Nunca!
Déniel: E se eu te pagar?
Félix: Nem morto que eu faço uma coisa dessas, e principalmente se for para você. – falei e me virei para voltar a minha casa. Enquanto isso o deixou puto da cara com o que eu falei.
Déniel: Acabou de cavar sua própria cova garoto! Vou me vingar. Aguarde-me!
Saí de lá com mais raiva do que nunca daquele playboy metido. Ele pensava o que de mim? Eu não dava pinta de gay para ele falar aquilo.
Entrei em casa chorando e meu pai perguntou:
Lourenço: O que aconteceu filho?
Contei tudo a ele, mas a única coisa que ele me falou foi o seguinte:
Lourenço: Infelizmente temos que agüentar ele meu filho! Ele é filho dos meus patrões.
Desmanchei-me a chorar no colo do meu pai, mas aquilo não demorou muito, pois logo ele teria que voltar a trabalhar na chácara.
Meu pai era super carinhoso comigo, ele sabia o quanto minha mãe vazia falta em minha vida. Ele é um coroa de 42 anos, malhado pelo trabalho, bastantes cabelos que já se encontram trinta por cento brancos, mas que de origem são pretos. Olhos azuis que eu herdei e barba por fazer, eu sempre considerei meu pai um homem modelo para mim, eu quero ser igual a ele quando ficar adulto, mas não quero sofrer como ele sofreu. Então estava na hora de mudar aquela situação de empregado que ele vivia por isso eu estava estudando bastante para ser um médico e dar uma vida confortável para o meu pai quando ele ficasse mais velho.
O dia se passou e eu por sorte não vi mais o Déniel, mas estava preocupado que ele fizesse algo contra meu pai por raiva de mimNo outro dia eu levantei, não estava um dia tão frio tanto que vi de longe o Déniel entrando na piscina logo de manhã. Nossa! Devo admitir que ele tenha um corpo bonito, estava com uma sunga preta, sem boné fazendo com que seu cabelão ficasse todo exposto e quando ele pulou na água seus cabelos molhados brilhavam com o raio do sol. Espera aí! Eu estava babando por aquele babaca que eu odiava, onde eu estava com a cabeça? Tratei logo de voltar a realidade e continuar meu serviço.
Perto das dez horas, meu pai veio me avisar que iria sair fazer algumas coisas para o seu Carlos na cidade.
Félix: Tudo bem pai!
Lourenço: Filho, mas só você e o Déniel iram ficar na chácara, pois os outros empregados não vieram e os pais dele saíram. Então! Cuida-se!
Félix: Pode deixar pai! Eu irei fazer o meu serviço e vou fingir que ele não está aqui.
Lourenço: Bom garoto!
Meu pai saiu e fiquei só eu e o chato na piscina, e como disse a meu pai, tratei de ir fazer meu serviço e fingir que o idiota não existia.
Perto das onze horas da manhã passo por uma ala da chácara que de longe dava para enxergar a piscina e vejo o Déniel na espreguiçadeira deitado, e novamente me deparei comigo babando por ele. Droga! O que estava acontecendo comigo?
Ele me avista olhando para ele! Dá um sorriso e faz sinal para eu ir até ele.
Fui até lá e quando cheguei perguntei:
Félix: O que você quer?
Déniel: Já que não tem nenhum empregado na chácara e você está sem fazer nada, vai fazer um suco para mim, mas com as laranjas da laranjeira que estão bem docinhas.
Félix: Ta achando que eu sou seu pau mandado é?
Déniel: E você? Está achando que eu vou me dar ao trabalho de retirar laranjas daquela árvore alta e depois fazer o suco? Liga-se! Você é pago para isso.
Félix: Eu não sou pago para nada, só faço questão de ajudar meu pai.
Déniel: Ótimo! Então se você não fizer meu suco eu vou falar para meu pai descontar do salário do seu pai. – falou com uma cara que dava vontade de esmurrar.
Félix: Tudo bem! Já que você não presta para nada mesmo!
Déniel: O que você falou empregado?
Félix: Nada. – falei saindo para ir retirar as laranjas. E ele voltou a se deitar.
Fui até a bendita árvore e peguei as laranjas com facilidade, pois eu subia em árvores desde criança. Terminei de pegar e fui até a cozinha da casa dele para fazer o suco. Na hora em que eu fazia o tal suco eu pensei em colocar veneno, mas daí pensei que seria constatado o envenenamento e meu pai responderia pelo meu crime.
Terminei de fazer e fui levar para ele.
Cheguei lá e falei:
Félix: Tá aqui seu suco!
Déniel: Finalmente, já estava demorando! – falou bebendo um gole do suco e depois cuspindo tudo para fora de novo. – Seu retardado adoçou demais! – e jogou tudo o suco na minha camiseta limpa.
Félix: Seu idiota! O que você fez?
Déniel: Fiz o que era mais do que merecido!
Eu infelizmente não consegui me segurar e comecei a chorar por causa da humilhação.
Déniel: Não me diga que vai bancar a mulherzinha sentimental dessa vez?
Nem liguei para o que ele disse e saí correndo para dentro da minha casaMeu pai chegou e eu almocei. Por volta das uma da tarde fui para fora novamente na esperança de não encontrar o Déniel e por sorte eu não vi.
À noite eu jantei e depois de jantar fui para o meio do campo que desde sempre eu iria pensar sobre minha vida lá.
Me ditei no chão e fechei os olhos para imaginar um paraíso como eu sempre fazia. Mas meus pensamentos foram interrompidos quando eu ouvi uma voz muito conhecida me chamando: “Félix!”. Abri os olhos e vi o Déniel na minha frente, logo me levantei.
Félix: Será que nem aqui você me deixa em paz?
Déniel: Eu queria pedir desculpas pelo o que eu lhe fiz hoje. – falou de cabeça baixa.
Félix: Eu já estou acostumado! Agora me dá licença que eu vou voltar para casa.
Déniel: Espera cara! – falou me segurando pelo braço.
Félix: O que é?
Déniel: Eu quero dizer para você que de uns tempos para cá eu tenho lhe tratado um pouco mal, e gostaria de pedir uma trégua.
Félix: Não precisa! É só tu parar de me atormentar todos os dias que a gente fica de boa. – termino de falar e bate um vento frio. – ai que frio!
Déniel: Deixa que eu lhe empresto a minha blusa. – ele vem caminhando até mim e tropeça, fazendo com que ele me derrubasse e ao mesmo tempo caísse sobre mim.
Assim nossos rostos ficaram bem colados e pela primeira vez, com O Déniel em cima de mim, eu percebi um olhar diferente em seus olhos, e num impulso nós...