Gostaria novamente de agradecer aos comentários, às notas, e a todo mundo dando uma força. Escrever isso aqui para mim não é fácil, hoje estou bem eu e Luke passamos por maus momentos juntos, então é difícil relembrar os fatos e colocá-los aqui. Mas vamos lá!
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Dormi muito pouco aquela noite. O fantasma de Luke me assombrou a noite toda, eu não deveria tê-lo tratado daquela maneira, ele sempre era tão dócil comigo. Não preciso dizer que sonhei a noite toda com Luke me rejeitando e nunca mais olhando para a minha cara, por que é claro que isso aconteceria.
Meu pai veio me chamar mas eu já estava me banhando. Vesti aquele uniforme ridiculamente quente para a primavera e desci para tomar café da manhã.
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Pausa para explicações: Nunca faltou dinheiro nem ao meu pai nem à minha mãe, não posso reclamar que me faltou nada, na verdade, tudo o que eu quis eu sempre tive, mas não sustentávamos o luxo de ter uma empregada ou um motorista. Meu pai não tinha carro e vivíamos em um apartamento confortável, mas não muito grande. Aqui nos EUA raramente mantemos uma empregada devido aos custos, além disso meu pai vivia fora e eu ficava bastante na casa de amigos, vizinhos e etc, então não fazia sentido manter uma empregada. Antes que me perguntem se meu pai não havia se casado novamente, bem, meu pai tem um caso há muitos anos com um rapaz, de 30 anos. Eu digo "caso" porque eles nunca se casaram, mas eu me dava bem com o Gianni (um modelo italiano, muito bonito) e ele também me tratava muito bem, embora nos víssemos bem pouco. Bem, devido a isso eu fazia quase todas as minhas refeições fora de casa, ou pedia comida por telefone. Fim das explicações.
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Não estava com muito apetite, pedi um Latte e um muffin de blueberry, meu preferido. Comi rapidamente e quando estava saindo meu pai me pergunta se eu não queria dividir o taxi, disse que sim e fomos até a escola. Ele me disse que na próxima semana teria que ir para o Marrocos para algumas fotos, assenti, ele me disse que eu ficaria no apartamento do Gianni, já que ele estava em NY para a temporada de moda, assenti a contragosto, gostava de Gianni mas a ideia de passar duas semanas com ele não me agradava.
A escola foi um desastre, não consegui prestar a atenção em uma aula sequer. Depois tive que aguentar vários calouros me bajulando, além de algumas meninas loucas para serem minhas amigas depois de saberem que eu iria desfilar para o Tom Ford na NYFW, depois disso vieram alguns meninos do time de polo me provocar. No almoço procurei Brigitte, uma das minhas únicas amigas perguntar se ela queria almoçar comigo, e lá estava ela, com o Zac, capitão do time de natação.
- Brigitte, você está livre para almoçar comigo? - disse, olhando não para ela, mas para ele.
- Claro Marc, vou só guardar meus livros e pegar a minha bolsa. - ela respondeu, saindo para abrir o armário.
- Não, você vai almoçar comigo! - ele disse a puxando pelo braço violentamente.
Não sei o que me deu, foi um branco total, mas eu só consigo me lembrar de estar sentado na barriga de Zac me preparando para socá-lo novamente. Nesse momento, não um, e nem dois meninos vieram para cima de mim, mas o time de natação inteiro veio. Me empurraram e colocaram Zac de pé.
- Não vai ficar assim, FAG OF SHIT! - disse ele, com olhar de ódio, cuspindo sangue.
Eu estava caído no chão, estupefato, porque é que eu tinha feito aquilo? Durante toda a minha estadia na escola eu JAMAIS tinha me envolvido em uma briga, e agora, às vésperas do SAT eu ia correr o risco de ser SUSPENSO? Ah não! Eu era muito idiota.
- O QUE É QUE VOCÊ FEZ MARC!? - dizia Brigitte, descontrolada - O Zac é o dobro de você, poderia ter te matado, você tem ideia disso?
- Eu te adoro Bri, mas você tem que terminar com esse pateta! - disse eu, com ódio - Vamos almoçar, socar a cara desse infeliz me deu mais apetite - emburrada ela me seguiu.
Decidimos ir à um bistro perto da escola, lá servia um prato de queijo com truffas delicioso.
- Bri, conheci um menino, mas acho que eu fiz besteira, briguei com ele ontem porque ele me pediu em namoro - eu disse, nervosamente.
- Você é um idiota mesmo Marc. - disse ela, de canto de boca.
- Eu não sabia o que fazer! É tudo muito novo, eu quero muito namorá-lo mas tenho medo, não sei como vai ser - comecei a falar sem respirar, como faço quando estou nervoso - ele é perfeito, salvou a minha vida, meu pai gosta dele, é um Von Rubinstein, ele simplesmente é perfeito!
- Espera aí! Você está namorando o Luke? - disse ela, estupefata - Você sabia que ele é o garoto mais cobiçado de toda a Upper Manhattan? Você sabia que todas as garotas dessa escola MATARIAM por ele?
Eu estava meio tonto, então só eu não conhecia Luke? Eu conhecia o legado da família dele, eles eram donos de um dos maiores escritórios de advocacia do país, com representação pelo mundo todo, mas não fazia ideia que Luke era tão cobiçado.
- Err... Não estou "namorando" o Luke, você perdeu a parte em que eu disse que eu expulsei ele da minha casa logo depois de ele me pedir em namoro? - eu disse, um pouco desconsertado.
- Ai Marc, onde é que você está com a cabeça? - disse ela rindo para mim.
Rimos juntos e continuamos conversando durante todo o almoço, voltamos para o segundo turno de aulas e tudo correu bem, aparentemente Zac não queria que se espalhasse que ele apanhou de um fag.
Eu estava saindo da escola quando vejo um carro preto em frente, Luke me esperando ao lado do carro. Eu não sabia o que falar, mas não tinha escolha, tive que ir na direção dele, para conversarmos.
- Olha Luke, me desculpe por tudo ontem, eu fiquei muito nervoso e eu fiz best... - ele colocou um dedo em minha boca para me silenciar.
- Não importa meu querido, eu sei que o que eu fiz foi precipitado e me desculpo por isso, mas você mexeu demais comigo e eu quero estar ao seu lado - ele tirou o dedo de minha boca e continuou falando - eu sei que você não quer tomar essa decisão agora, então não precisa me responder, mas eu quero você, aqui e agora.
Dizendo isso ele me beijou, um beijo suave e prazeroso. Era um beijo afetuoso, que me passava ternura, segurança. Eu estava no braço de Luke, mas me sentia nas nuvens.
Quando ele me largou tenho certeza de que meia Manhattan já sabia daquilo, e a julgar pela quantidade de pessoas que estavam nos fotografando provavelmente aquilo sairia em um tabloide sensacionalista qualquer.
(continua...)
