Eu passava todo dia por aquele caminho, até o meu trabalho eram 25 minutos de caminhada. Sentia-me bem, respirando o ar puro das árvores, ouvindo o canto dos pássaros e principalmente adorava a visão de uma mulher na janela. Uma mulher que vivia numa casa adorável, amarela, com pedras adornando a entrada. Quando a mulher não estava na janela, meu dia não era completo.
Nada sabia sobre ela, idade, nome, nada... Mas a noite entre as cobertas meu pensamento voava pra ela, e meus dedos tocavam meu sexo, o orgasmo solitário era um alivio, mas o desejo crescia a cada dia.
Sexta feira era um dia cheio na repartição publica onde passo o dia.
À tarde, já louca pra sair, soube que tinha que atender mais uma cliente, a raiva imediata foi substituída por felicidade. A mulher da janela estava ali, na minha frente, cheia de papeis para autenticar, finalmente eu soube seu nome: Evelin.
Foi tudo muito rápido pro meu gosto, papeis carimbados, taxas pagas, e ela partiu com um muito obrigada seco.
Na cama, já bem tarde depois um orgasmo rápido e só, resolvi que faria algo, impossível viver com essa tara secreta. No dia seguinte acenaria pra ela.
Fiquei triste, bem triste... Ela não estava na janela. Mas qual não foi minha surpresa ao chegar ao departamento? Evelin estava lá... Reclamando com meu chefe sobre alguns documentos que lhe entreguei sem carimbar. Fui chamada e corrigi tudo, me desculpei e disse que pagaria o café pra tentar apagar a minha falta de atenção. Ela aceitou. Fomos pra cafeteria da sessão, conversamos muito, ela era inteligente, se expressava muito bem. Era uma mulher de 36 anos, casada e solitária, o marido viajava sempre e ela acompanhava a vida da janela do seu quarto.
Imaginei tanta coisa naquela hora, senti mais desejo, imaginei uma visita ao seu quarto...
Evelin tinha a pele sedosa, os olhos eram cor de mel, os cabelos presos num coque tinham fios tão finos que escapavam dos grampos. Ficamos ali trocando confidencias, até que a hora de voltar pro trabalho obrigou-me a sair. O olhar triste de Evelin fez com que eu colocasse meu plano em prática, antes do previsto. Fiz o convite para um jantar em casa, no fim de semana. Evelin aceitou na hora, e ainda me convidou para um drink em sua casa naquela noite...
Senti as pernas bambas, lembrei da depilação que não estava em dia, tentei encaixar horários, meu cérebro trabalhando loucamente em poucos segundos...
O dia custou a passar, à noite depois de um banho longo com tudo em dia, rumei para a casa da mulher que me tirava o sono.
De longe olhei para a janela e meu coração pulou, ela estava lá... Quando entrei na sala fui recebida com beijinhos no rosto, não cabia em mim...
Bebidas e frios e um bom filme... As horas voando, a garrafa esvaziando e eu contando da minha vida sexual recheada de mulheres, Evelin ficou visivelmente assustada, tirando risadas de mim... Ela só tivera um homem em toda sua vida, e relacionamento com mulher era uma coisa que não passava na sua cabeça.
Então em determinado momento a conversa acabou, olhei nos olhos de Evelin, levei a mão aos seus cabelos e os soltei deixando cair sob os ombros, ela olhava meio hipnotizada, meio com medo... Aproximei-me, toquei seu rosto com a ponta dos dedos, olhei sua boca macia, os lábios rubros entreabertos, esperando, esperando... Segurei seu rosto entre as mãos e a beijei! Foi como se estourassem milhões de fogos de artifícios, a língua rolando dentro da boca quente, tocando o céu, lambendo e chupando os lábios e Evelin sem saber o que fazer, onde por as mãos, querendo sair e ficar ao mesmo tempo. Eu sabia que era tudo muito novo pra ela, mas não conseguia ficar longe mais tempo. Minhas mãos correram pelos braços, segurei as mãos frias.
Deitei-a no sofá macio entre as almofadas, desci beijando pelo pescoço fino, sentindo o cheiro doce do perfume, o decote revelava os seios fartos, os bicos já despontando na blusa, o arrepio pelo corpo, os gemidos baixos. Deitando sobre ela, e sentindo sua pouca resistência se esvaindo, tirei-lhe a blusa delicadamente e beijei seus seios, um a um, chupando os bicos e incendiando aquela mulher sedenta por sexo... As mãos descendo e apertando levemente a lateral do corpo, chegando às pernas, entre elas... Ela era toda minha naquele momento, puxei sua saia, ela ainda tentou segura-la, mas olhei em seus olhos, e ela cedeu. Sua calcinha fina e transparente me deixou ver pelos macios e claros. Ela era hétero desde sempre, e eu seria sua primeira mulher, esse pensamento me enchia de excitação. Beijei sua barriga, subi para os seios -verdadeira tortura para mim- beijei-os sugando avidamente e olhando para ela, vendo como ela se deliciava com o meu toque... Então minha mão desceu, tocou seu sexo sob a calcinha, apertei de leve e ela ergueu o quadril, meus dedos tocaram o elástico e eu senti o quanto ela estava excitada. Desci meu corpo escorregando no dela, e puxei a calcinha pela coxa abaixo bem devagar, expondo o seu sexo aos meus olhos. Beijei o triangulo perfeito, beijei delicadamente, quase com devoção, então ela abriu as pernas pra mim, e passou a mão na minha cabeça, quase empurrando... Eu atendi ao seu apelo mudo. Minha língua tocou seu sexo e ela prendeu a respiração. Passei a lamber com vontade, de baixo pra cima, enquanto massageava o clitóris com o polegar. Introduzi um dedo nela, senti a carne molhada e quente, meu dedo escorregava dentro dela, não demorei pra colocar mais um e iniciar movimentos cadenciados de vai e vem... Ela gemeu alto, as mãos crispadas no sofá, rebolando forte nos meus dedos, mas eu não queria que fosse assim tão rápido, queria que fosse longo e eterno, então dei mais umas lambidas e beijos e tirei toda minha roupa, peguei suas mãos e a fiz tocar meus seios, ela tímida e doce, acariciou minha barriga, minhas coxas, enquanto minhas mãos passeavam pelos ombros e cabelos. Virei-a e beijei suas costas, até a cintura, cada milímetro, ela já se posicionando de quatro pra mim, minhas mãos deslizaram em suas nádegas firmes. Beijei as coxas e enfiei meu rosto em seu sexo que naquela posição privilegiada ficava bem exposto. Minha língua entrou nela vezes sem fim, ela gritou de prazer, gozou na minha boca, senti seu gosto, seu cheiro, vi seu liquido escorrer quente e abundante, e eu queria mais, ela deitou no sofá e abriu braços e pernas, eu sentei sobre ela, deixando nossos sexos encaixados, movimentos cadenciados, gemidos, mais e mais e mais... Até que senti minhas contrações vaginais chegando, peguei seu dedo médio e introduzi em mim, deixei que ela visse, fiz movimentos circulares e apertei bem no fundo... Gozei loucamente e ela em completo estado de entrega, surpresa e alegria me fez feliz ao dizer: Você é minha!