Doce Lie II

Um conto erótico de Lilez Dias
Categoria: Homossexual
Contém 1275 palavras
Data: 18/11/2012 17:55:53
Última revisão: 11/02/2019 17:46:20

Após sentar-me na minha cama, um longo silêncio penetrou as quatro paredes, pude realmente buscar concentração.

O que havia ocorrido eu tinha conhecimento, afinal estive mesmo lá, nua.

Queria questionar o meu eu sobre o porquê de estar me sentindo daquela forma, tão balançada.

O banho frio não me trouxe respostas.

Fechei os olhos enquanto a água caia sobre a minha face, ela me veio na mente, a boca dela na minha, aquele beijo cheio de tesão, não pude resistir e suspirei.

...

No dia seguinte conversei com a minha melhor amiga.

Ela de imediato me bombardeou com aquelas verdades que eu não queria mesmo ouvir. Apenas deixei que falasse. Fazia sinal positivo com a cabeça, mostrando estar atenta e de acordo com o que ela me dizia, mas não. Estava com a cabeça, muito, muito longe. Não pensei na minha namorada, não pensei em mim, só na Lie.

Despedi-me da minha amiga com um beijinho e fui contando os passos pra casa, morávamos perto uma da outra.

...

O celular tocou.

Era ela, com aquela voz deliciosa resumida em um ‘alô’. Ela possuía um ar de safadeza, não sabia ao certo decifrar, mas que me deixava entregue.

Ela:

- Volto hoje pra minha cidade. Você vai vir me ver?

Queria não ir, mas disse que sim.

Ela disse que deixaria a porta entreaberta e que eu podia entrar e ir encontrá-la no quarto, no mesmo quarto.

Era uma espécie de condomínio, casinhas soltas e só naquele instante percebi como eram lindas a luz do dia. Entrei.

Lie estava deitada de bruços, TV ligada, copinho com cerveja na mão e com cheiro de banho. Ela me pediu pra fechar a porta, perguntei pelo nosso amigo, ela disse que havia saído e sentei na ponta da cama.

Ela:

- Vê essa calça que estou vestida?

- Hum.

- Acredita que ficou seu cheiro nela? E é do viadinho (referindo-se ao nosso amigo). Vou levar comigo, ta com seu cheiro, sabe-se lá quando vou poder senti-lo outra vez.

Apenas sorri. Fiquei observando os movimentos dela enquanto arrumava a mochila. Ela ia conversando alguma coisa qualquer e eu de pernas cruzadas, já apertando minha boceta, como se quisesse impedi-la de sentir qualquer ‘vontade’. Segui com os olhos das suas mãos, percorrendo o braço, pescoço até a boca... Não podia conter meus desejos, aquela garota mexia com meus poros.

Fui interrompida por um ‘mas me diz, como você está?’

- Não sei ainda...estou confusa...não devia ter acontecido, você sabe disso.

Ela abaixou a cabeça em seguida olhou pra mim com cara de desentendida dizendo:

- Você está confusa, eu entendo. Não era pra ter sido assim, né?

Antes mesmo de ouvir minha resposta, continuou...

- Não podíamos prever que seria além do carnal. Você queria que tivesse sido um sexo casual, talvez, mas não foi.

- É...queria ter voltado pra casa e...

Ela me interrompendo:

- ...ter conseguido dormir, como se nada tivesse acontecido, ter pensado na sua namorada como antes, antes de ter me beijado...Eu entendo, entendo.

Minha namorada...

Nunca escondíamos nada uma da outra, por mais sério que fosse. Como eu ia conseguir falar sobre traição como algo que eu precisava apenas confessar, não era simples, as decorrências viriam pra ela também. Levantei, caminhei até a janela, respirei e disse:

- Não quero mais ver você... Esquece meu numero... Sei lá!

- Não QUER mesmo? Ou está dizendo isso pra eu me sentir magoada e me afastar, já que você não vai conseguir?

- Ahhh, por favor!

Falei me afastando enquanto ela caminhava em minha direção, segurou-me o braço, eu parei, ela veio com as mãos no meu rosto pedindo-me pra ficar calma. Levantei as sobrancelhas em sinal de reprovação, não havia como ficar calma, minhas mãos a empurraram. Ficamos nessa, eu tentando me soltar e ela tentando me segurar mais forte, não sei ao certo por quanto tempo, mas ela conseguiu me controlar e me jogou sobre a cama e caiu junto, por cima de mim.

Eu a empurrei e fui em direção a porta, Lie já estava atrás de mim antes mesmo de conseguir tocar na maçaneta. Virou-me pra ela, puxou minha cintura contra o seu corpo, nossos olhos se encontraram e eu perdi o controle sobre a minha força, meus olhos estavam marejados, os dela me fitavam intensamente.

Pedi com a voz rouca:

- Me solta, por favor!

- Não é isso que seu coração quer que eu faça.

Entreguei-me totalmente nesse instante. Minhas pernas tremulas pediam pra que eu me apoiasse em algo, a respiração dela tocava meu rosto, fechei os olhos e senti a sua boca macia tocando os meus lábios. Aproximei-me, ela recuou, abri os olhos e vi um sorriso maroto em seus lábios.

- Pensei em você a noite toda.

Disse ao meu ouvido.

- Lembrei de você hoje quando abri os olhos.

Disse passando os lábios molhados de saliva no meu pescoço.

- Eu preciso ouvir você gemendo pra mim outra vez.

Disse levantando minha blusa e invadindo minhas costas com uma das mãos. Suspirei, olhei pro teto e voltei a fechar meus olhos. Abriu minha calça, apenas abriu e perguntou se podia me beijar, não respondi, puxei a Lie pela blusa e a beijei.

Beijei deixando transparecer a minha vontade, percorri sua boca com a minha língua, a dela não demorou pra vir tocar a invasora, o gosto daquele beijo, das nossas salivas misturadas era muito gostoso. Ela parou e me pediu:

- Me dá sua língua?

Mesmo sem entender, afinal já estávamos nos beijando, obedeci. Ela sugou de uma vez. Senti a calcinha molhar lá em baixo.

Enquanto ela me saboreava deixava soltar um gemido ou outro, fiquei perdida nesse meio-tempo e nem notei sua mão acariciando minha região íntima já por dentro da calcinha. Ia fazendo movimentos circulares, pressionando, deslizando o dedo até a entrada, mas recuando em seguida.

Eu sofria com aquilo. Ia gemendo enquanto ainda nos beijávamos. Queria logo sentir aquela sensação maravilhosa dela dentro de mim.

Ela se ajoelhou na minha frente, tirou a calça, a calcinha, me deixando só de blusa. Colocou uma das minhas pernas no seu ombro e me olhou com aquela cara de safada, que só ela possui. Inclinei a cabeça pra trás, preparando-me para receber o que estava por vir, quando ela disse:

- O seu cheiro... hummm...muito bom!

Passando a língua por toda a minha extensão, ela ia me fazendo prometer que aquela não seria a última vez. Eu apenas gemia.

Sugando com suavidade meu clitóris, ela insistia:

- Promete? Se não prometer eu paro... Você não quer que eu pare, quer? Tá tão gostoso pra nós duas... Eu paro?

Agarrei seus cabelos com força, contorci cada osso do meu corpo e proferi:

- NÃO PARE, EU PROMETO!

Ela sorriu.

Introduziu a língua dentro de mim com força, com a mesma força com que agarrei seus cabelos. Fazia movimentos circulares, de vai-e-vem, hora se concentrava apenas do lado de fora, hora alternava com os dedos... A essa altura eu já não estava mais em mim. Minhas pernas tremiam e era visível. Ela deitou no chão e me puxou pra cima dela, eu já não estava mais agüentando segurar minha excitação, esperei a noite toda por aquele momento e sim, pareceu uma eternidade, não conseguia mais dominar.

Em cima dela, sentada sobre o seu quadril e nos beijando eu estremeci. Era um orgasmo se aproximando... Ela continuou a beijar-me, eu ia me esfregando nela, gemendo mais alto e mais alto, afastei minha boca da boca dela, precisava de ar... Até que senti aquela sensação quase que inexplicável, foi muito, MUITO bom! Gozei ali, em cima dela. Caída sobre seu corpo, ela me abraçou forte, eu retribuí. Ficamos ali no chão...

Imóveis.

Entregues a algo ainda indefinido.


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Comentários

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Nossa, fico lisonjeada! Não para por aqui, volto com a continuação.

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Excelente!!Nao me diga que para por ai?

Voce tem uma escrita muito boa...

Continue escrevendo.

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