Eu disse que só ia publicar amanhã mas não consegui esperar rsrs e como o previsto era só escrever um capitulo sobre como nos conhecemos e já escrevi 5 e ainda não disse tudo o que queria rsrs por isso aqui vai um grande pedacinho da nossa história.
Bem como se calhar já sabem quem vos escreve hoje sou eu, Afonso.
Vou tentar descrever ao pormenor como foi que conheci o amor da minha vida e como esse dia mudou a minha vida para sempre.
Vamos lá então.
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Praia, sol isto é que é vida. Tenho que aproveitar estas férias porque depois de começar a trabalhar não devo ter férias tão cedo rsrsrs
Vou só dar mais um mergulho e volto para casa. Acho que já corri demais, já não vejo ninguém nesta praia.
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Comei a correr em direção ao mar e antes de dar o primeiro mergulho sinto os músculos das pernas a quererem saltar, era uma dor alucinante.
Eu: Não devia ter corrido tanto tempo, às vezes perco mesmo a noção.
Sentei-me no chão e a água cobria-me até à cintura. Comecei a massajar as pernas e tentei levantar-me mas a dor voltou.
Eu: Que merda e agora como é que saiu daqui? - perguntei para mim mesmo - pera aí, tá ali um moço. – olhei para ele e comecei a bracejar – rapaz, ei aqui! Me ajuda por favor.
Ele olhou para mim mas não se mexeu.
Eu: Não estou me sentindo bem, me ajuda por favor. – eu gritava bem alto porque ele ainda estava longe, espero que tenho ouvido.
Ele caminhou um pouco na minha direção mas ainda ficou bem afastado.
Pedro: O que está fazendo aqui? Esta praia é privada.
Privada?! Realmente eu vi uma pequena vedação mas não pensei que fosse privada.
Eu: Me desculpe, mas vim a correr junto ao mar à muito tempo e perdi a noção de tudo. Agora ia mergulhar mas como a água está mais fria do que o meu corpo e eu fiz muito esforço os meus músculos das pernas quase saltaram. Pode me ajudar por favor?
Ele ficou parado por um tempo mas depois lá acabou por falar.
Pedro: Continue a falar por favor, para eu o encontrar.
Agora não entendi nada. Tava zoando comigo?!
Eu: Eu estou aqui, não está vendo? – merda, sou mesmo burro, ele é cego, que burro que eu sou! – desculpe, não queria dizer isso. Estou aqui. – disse agarrando na sua mão.
Não sei se era porque eu estava naquela situação mas senti um arrepio percorrer todo o meu corpo. Ou a água arrefeceu bruscamente ou aquele toque me afetou rsrs
Ele agarrou a minha mão e sorriu.
Pedro: Não se preocupe, já estou acostumado.
Mas que sorriso mais lindo. Afonso vê se se controla, que mania de se iludir com qualquer cara bonito rsrs
Pedro: Agarra em mim que eu o ajudo a caminhar. Vamos ali na casa do meu avó, lá você pode descansar um pouco.
Eu: E você leva assim um desconhecido para sua casa?
Pedro: Você tinha coragem de fazer mal a um cego? – perguntou sério.
Eu: na.. na.. não… claro que não – gaguejei.
Pedro: Estava brincado rsrs e eu não estou sozinho em casa, a minha mãe e a minha irmã também estão lá. E você não parece em muito bom estado para nos fazer mal rsrs
Eu: Lá isso é verdade rsrs
Pedro: Vamos então, apoie-se nos meus ombros.
Fiz força para me por de pé e agarrei-o pelos ombros.
Alguém me explica porque é que ele tinha de estar apenas de sunga? Rsrs Porque é que ele não estava completamente vestido? Rsrs Ao encostar o meu corpo no dele voltei a sentir outro choque percorrer todo o meu corpo. Meu pau começava a dar sinal de vida rsrs
Eu sei que até parece mal, mas já não transava à muito tempo e aquele corpo encostado no meu não estava a fazer nada bem rsrsrs não me julguem, mas por uns segundos fiquei feliz por ele não ver, senão ia ficar muito envergonhado+ porque o meu pau já estava bem delineado na sunga rsrs
Pedro: Consegue andar?
Eu: Acho que sim, mas devagar por favor rsrs
Pedro: Temos todo o tempo do mundo rsrs – e começamos a caminhar - você é muito quente, ah… não… não foi isso que quis dizer… ai.. você está muito quente – gaguejou.
Ele ficou bem corado rsrs ficava ainda mais lindo todo envergonhado rsrs
Eu: Estou a precisar de beber uma água para refrescar.
Pedro: Também eu… Já agora qual é o seu nome?
Eu: Afonso, e o seu?
Pedro: Eu sou o Pedro, muito prazer.
Eu: O prazer é todo meu – e que prazer rsrsr
O mar não ficava muito longe da casa mas este percurso parecia durar uma eternidade e eu estava realmente muito quente rsrs
Eu: É melhor pararmos um pouco. - disse caindo de joelhos na areia.
Pedro: Você está bem? – perguntou preocupado – Pelo amor de Deus não desmaie agora!
Eu: Eu estou bem… Não se preoc… - fui… desliguei… ficou tudo escuro e não lembro de mais nada.
Quando acordei estava deitado numa cama. Tinha um pano húmido na testa. Olhei para o lado e ele estava sentado num pequeno sofá com uns fones ouvindo musica.
Ele era mesmo lindo. Estava de sunga branca e vestia apenas uma camisa, mas tinha os botões todos desapertados, mostrando o seu peito lisinho mas defenido.
Levantei-me e fui até ele, a musica estava alta por isso não me ouviu.
Parei próximo dele e fiquei parado a olhar para o seu rosto. Ele era mesmo lindo. Aproximei a minha mão do seu rosto mas ele olhou para mim.
Eu sei que ela não me conseguia ver mas aquele olhar me deixou sem ar.
Pedro: Afonso, é você? – disse tirando os fones.
Eu: Si.. Si.. Sim, estou aqui. – disse sentando-me na cama.
Pedro: Está melhor? – disse levantando-se e caminhando na minha direção.
Eu: Sim, obrigado por cuidar de mim, mesmo sendo um desconhecido.
Pedro: Sei que fazia o mesmo por mim – diz colocando a mão na minha testa.
Sinto mais um arrepio.
Eu: O que está fazendo? – afasto-me um pouco para trás.
Pedro: Desculpe, só estava vendo se ainda tinha febre, mas parece que já baixou.
Eu: Já me sinto melhor, obrigado – reparei que eu ainda estava de só de sunga, provavelmente alguém já tinha roubado a minha roupa que tinha ficado na praia perto do apartamento rsrs – mas não pode me tocar assim senão não falo por mim – disse num sussurro.
Pedro: Quando perdi a visão os outros sentidos ficaram muito mais apurados, para dizer qualquer coisa que não queira que eu oiça tem de falar ainda mais baixo rsrs
Eu: Merda – ele ouviu, se pudesse saltava pela janela do quarto e enterrava-me na areia rsrs
Eu: Desculpe, foi rude da minha parte.
Pedro: Não precisa pedir desculpa.
De repente fez-se uma luz. Até agora eu não tinha dito que era homossexual, mas também acho que ele já percebeu rsrs mas se ele não reagiu mal quando percebeu quer dizer que ele também é? Sendo assim acho que vou arriscar.
Eu: Então vou agradecer como você merece. – fui ter com ele e beijei-o nos lábios, eu às vezes era bem impulsivo.
Este beijo deixou-me sem chão, apenas encostamos os lábios, mas nunca tinha sentido nada assim. Durou apenas uns segundos, e foram mesmo poucos segundos porque sinto ele empurrar-me e dar um valente soco na minha cara.
Pedro: Nunca mais faça isso comigo, ouviu bem? – ele estava mesmo bravo e eu fiquei completamente surpreendido – tá com pena do ceguinho, é?
Eu: Na.. Não… nada… nada disso – eu não fiz isso por pena.
Pedro: Quer se aproveitar de mim, é?!? Nem pense em se aproximar que eu dou cabo de você!
Eu: Desc… Desculpa… Não queria magoa-lo.
Merda, será que ele namorava? Não, não devia namorar, ele falou em aproveitar-se dele. Será que alguém já se aproveitou dele?
Sílvia: Pedro o que é que se passa? – disse entrando no quarto, devia ser a irmã dele – Você está bem? – correu para abraça-lo – o que é que você fez?! – gritou para mim.
Eu: Desculpa, eu não queria causar esta confusão toda.
Sílvia: Pode ir para a cozinha que eu já falo com você. – falou autoritária.
Merda, só faço merda. Eu não fiz nada por pena, eu perdi a cabeça. Porque é que tenho de ser tão impulsivo, ele mal me conhece, eu mal o conheço, claro que pensou que me quis aproveitar, sou mesmo burro!
D. Antónia: Está tudo bem lá no quarto? - devia ser a mãe dele.
Eu: Eu acho que não – não adiantava mentir – peço desculpa, não queria incomodar.
D. Antónia: Como assim, o que é que aconteceu? – já estava preocupada.
Eu: Eu peço desculpa, não volto a incomodar.
D. Antónia: Você não vai sair daqui, primeiro vai comer alguma coisa porque ainda deve estar fraco e vai-me contar tudo. Eu sei que a Sílvia já está com o Pedro e ela cuida dele. Vamos para a cozinha.
A minha vontade era fugir, mas eu também não era do tipo de pessoa que fugia dos obstáculos. Meti-me em problemas agora tenho de lidar com eles.
D. Antónia: Fique aqui com a Clarice e coma, eu vou no quarto e volto já.
Clarice: É melhor por gelo nesse olho porque já está ficando inchado.
Eu: Obrigado.
Tentei comer alguma coisa mas estava sem apetite. Mas bebi muita água porque estava completamente desidratado.
Clarice: Não sei o que se passou mas nem pense em magoar o menino Pedro, senão vai ter de se ver connosco.
Eu: Eu não fiz por mal.
Devem pensar que estava arrependido, mas sinceramente não estava. Fazia tudo de novo só para voltar a sentir o que senti quando os meus lábios tocaram nos dele.
D. Antónia: Então você beijou o meu filho, quer me explicar porquê? – diz chegando do quarto.
Mais uma vez eu queria fugir, hoje estava constantemente a querer fugir.
Eu: Eu.. Eu não sei – suspirei – e por isso peço desculpa, foi uma estupides da minha parte, não queria ofender ninguém.
Pedro: Eu peço desculpa pelo soco. – falou calmo.
Nem tinha visto que ele se tinha aproximado.
Pedro: Mas você não pode fazer isso assim. Mal me conhece e eu mal o conheço.
Eu: Me desculpe. – olhei para ele envergonhado, eu já tinha 23 anos mas parecia um miúdo de 13 cheio de vergonha rsrsrs
Ainda por cima ele continuava de sunga e com a camisa aberta, será que ele não percebia que assim eu não me conseguia concentrar rsrs o que é que se passa comigo, mal o conheço e ele me deixa louco!
Eu: Eu queria agradecer por ter cuidado de mim mas já não incomodo mais, já vou embora.
Pedro: Já está a escurecer e você mesmo disse que andou muito, quer ir sozinho para se sentir mal e ficar perdido numa praia qualquer?
Eu: Não, não.. Eu vou chamar um táxi então.
Pedro: Não precisa. A minha irmã pode dar-lhe boleia.
Sílvia: Posso?
Ele foi apanhada de surpresa assim como eu.
Eu: Mas eu não quero incomodar mais. E já causei problemas que chegue.
Pedro: Então se não quer causar mais problemas aceite a boleia.
Engoli em seco, era melhor não contrariar rsrs
Eu: Eu aceito então.
D. Antónia: Os seus pais já devem estar preocupados, quer ligar para eles?
Eu: Eles com certeza não deram pela minha falta.
D. Antónia: Mas vocês não se dão bem?
Pedro: Ei mãe, ele não tem que falar da vida dele.
Eu: Não há problema – disse sorrindo – Eu e os meus pais temos uma relação muito boa, mas eles estão a viver em Portugal. Eu vivo sozinho num apartamento junto à praia.
D. Antónia: Ainda bem que se dão bem, fico mais descansada. – disse sorrindo.
D. Antónia: Então como vive sozinho e não tem ninguém á sua espera janta com a gente.
Foi uma pergunta? Pensei para comigo.
Sílvia: E não pense que foi uma pergunta, se a minha mãe disse que você janta é porque você janta.
Eu: Mas não quero incomodar.
D. Antónia: Eu não sou a sua mãe, mas se volta a dizer que não quer incomodar eu peço à Clarice para dar um tapa na sua cara.
Sílvia: E olhe que ela tem a mão pesada!
Eu: Pronto não volto a dizer – agora começava a ficar mais à vontade – mas então no que posso ajudar?
Clarice: Meu filho fique ali sentadinho no sofá que eu não quero ninguém a atrapalhar na cozinha.
Eu: Mas eu não atrapalho, podem não acreditar mas eu sei cozinhar.
Clarice: Pois, o menino Pedro uma vez disse o mesmo, disse que aprendeu um prato novo que ensinaram num programa de culinária. Mas ou o prato se chamava ‘como incendiar uma cozinha’ ou ele não aprendeu coisa nenhuma.
Rimos todos juntos. Via-se bem que esta família era bem disposta.
Eu: Eu insisto, é uma forma de agradecimento.
Clarice: Então fazemos assim, você fica ao meu lado quietinho e se eu precisar de ajuda depois vemos como você se desenrasca.
Eu: ótimo então – disse sorrindo.
Clarice: Mas primeiro eu vou buscar uma camisa e uma bermuda do menino Pedro, porque já posso ter idade para ser sua mãe, mas um corpo desses ao meu lado é melhor ficar bem escondido.
Riram todos muito alto e eu fiquei vermelho que nem um pimento rsrs
Sílvia: Ela é mesmo assim rsrsBem, quando pensei contar como nos conhecemos pensei que um capítulo seria suficiente, mas parece que vou ter de continuar no próximo rsrs
Vocês agora já sabem como realmente nos conhecemos. Mas ainda há mais coisas para contar e acho que vocês vão gostar de saber.
Queria dizer também que só de me lembrar da nossa história ainda fico mais apaixonado por este rapaz, se é que é possível rsrs.
Até amanha… Um grande abraço…