existe coisa pior ou melhor que o amor? 1(o cara do Chrysler)

Um conto erótico de summer nights
Categoria: Homossexual
Contém 2012 palavras
Data: 21/12/2011 18:14:02
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Antes do conto vou dizer um pouco de mim, o que vou relatar aqui foi o que aconteceu comigo no ano de 2011, foi um bom ano, de brigas e de amor, espero que gostem.

As vezes gosto de pensar que não sou insano nem de cabeça fechada como muita gente por ai, não que eu seja egocêntrico e me ache fodão, mas é porque eu já fui muito preconceituoso e nojentinho até ter 16 anos, mas como talvez muitos de vocês devem saber por experiências próprias, a vida tem jeitos diferentes, engraçados, estranho e para alguns de nós até dolorosos de nos ensinar a olhar para dentro de nós mesmos e enxergar o quanto éramos e talvez ainda sejamos infantis e ignorantes.

Hoje em dia tenho 19, sei que sou mais sábio do que quando era mais jovem e talvez seja mais sábio daqui a 5 anos (se DEUS quiser), mas claro vou sofrer, rir, chorar, vou sorrir, mas nada é fácil quando se é diferente das outras pessoas que sempre parecem felizes e normais.

Até ter 16 anos eu via as coisas estranhas e incomuns de maneiras diferentes, sentia nojo, e não queria ouvir o outro lado da historia, eu era bem alienado e ignorante. Mas certo dia comecei a perceber que olhava mais os garotos da minha sala do que as meninas, a partir desse dia percebi que não era tão normal quanto eu achava que era, comecei a ver que eu talvez fosse viado, e achava muito horrível, sentia nojo de mim, tentava nunca olhar para os meninos jogando bola todos suados, mas falhava constantemente, sentia como se estivesse fazendo algo extremamente errado, cada dia sentia que todos a minha volta fossem normais e eu fosse uma aberração da natureza, as vezes meus amigos traziam para a escola revistas da playboy, e eu fingia achar o máximo, mas no fundo não sentia porra nenhuma. Mas o pior de tudo isso, foram as noites que perdi as contas já cai no sono chorando e implorando pra DEUS me fazer normal como os outros, poder gostar de meninas, poder namorar sem sentir vergonha e talvez ate fazer uma família mas tarde. Mas felizmente não podemos fugir de quem somos, e aos poucos como a maioria de nós eu fui aceitando o que eu sou meio que contra minha vontade aprendi a respeitar o que eu era e do que eu gostava, e sempre fugir das perguntas traiçoeiras da sua tia gorda (como vão as namoradas?) ou (porque você não fica com ninguém?) ou até a que dói mais (porque nunca vi você com uma garota?), mas pelo ponto bom no meus sofrimento passageiro é que aprendi a ser um mestre dos disfarces , aprendi a ser muito ninja e quase nunca fui pego olhando as partes dos garotos, eu sou o mestre das olhadas rápidas e imperceptíveis,. XD

Mas felizmente com o tempo vi que eu estava apenas adiando o inevitável, eu já consegui depois de um tempo ver com outro olhar as pessoas gays e lésbicas, um olhar de compreensão em vez de olhar com nojo como antes, vi que muitos de nós ao assumir sofria muito, com perda de amigos, perda de contato com familiares, também vi que muitos casais homossexuais tinham problemas para adotar crianças e até mesmo poder se casar em paz, entendi finalmente que assim como qualquer ser humano, os gays também são pessoas de carne e osso, ninguém merece ser tratado diferente, só porque é diferente de alguma forma; foi isso que aprendi, foi isso que a vida me ensinou, foi isso que DEUS me ensinou, e agradeço ele muito por não ter atendido minhas orações, de não me tornar hetero. Eu aprendi essa lição e acho que todas as pessoas deveriam aprender também XD.

Mas chegue de enrolação vou contar a minha historia, isso aconteceu quando eu tinha mais ou menos 18 anos, eu já tinha me acostumado como eu era e estava felizEu não conheci o meu amor esbarrando nele e derrubando livros e nos apaixonando, nem éramos rivais e depois nos apaixonamos perdidamente como geralmente acontece nos filmes de melosos, eu o conheci em um ônibus, o lugar mais romântico da face da terra, mentira não é não; era 23 de agosto e era meu aniversario, tinha ido cedo à casa de uma amiga da minha mãe pegar umas coisas, na casa da dona Julia, eu só ia pegar as coisas e iria embora no ônibus das 11:00, mas dona Julia insistiu para mim almoçar lá já que seu marido tinha ido trabalhar e ela odiava almoçar sozinha, pra não fazer desfeita eu almocei com ela, então tive que ir pegar o ônibus das 13:00, sai da casa dela já era 12:50 e estava atrasado, sai correndo com a caixa que tinha que levar pra casa, e adivinhem, tropecei, todos aqueles papeis, documentos, revistas, linhas de costura, essas coisas de gente velha caíram no chão, já puto da cara comecei a ajuntar e torcendo não perder o ônibus, mas assim que cheguei no ponto já tinha perdido. Fiquei muito puto tive que esperar mais uma hora pelo busão das 14:00, comi um lanche com a maldita caixa no colo enquanto esperava, ate que 14:23 a porcaria do busão chego atrasado, e claro estava lotado, entrei paguei minha passagem e fiquei em pé com a caixa debaixo do braço, queria poder ter levado essa caixa de moto, mas ela tinha estragado essa semana, então tive que pegar ônibus por uma semana, mal tinha começado a andar pó ônibus e já estava com o braço cansado de segurar a caixa, e estava sem equilíbrio também, quase cai umas 4 vezes, até que alguém disse:

- ei moço, senta no meu lugar, antes que você caia.

A voz vinha de um belo rapaz de cabelos espetados moreno, de olhos escuros como a noite, com um corpo sarado no ponto certo, e lógico aceitei né. Sentei no lugar dele e ele ficou em pé do meu lado, me olhando e exalando um ótimo perfume.

- oque tem nessa caixa de tão pesado? – ele puxou assunto com um sorriso, e meu DEUS, que senhor sorriso, ele era lindo demais, um sorriso gostoso de ver.

- ah algumas coisas para minha mãe.

- são tijolos? – brincou ele.

- haha, não, mas parece, na verdade são coisas de gente velha, revistas coisas de tricô, documentos e tals, eu derrubei tudo vindo pra cá espero não ter perdido nada.

- nossa que tenso, mas porque não leva de carro? – disse ele olhando nos meus olhos como me decifrando.

- minha moto estragou, esta no concerto essa semana. =/

- serio? Meu carro também, mandei concertar antes de ontem, estou indo buscá-lo agora, se quiser te dou uma carona se for comigo buscá-lo. ^^

- meu ponto é daqui umas 15 paradas, vai bem longinho ainda.

- não da nada, eu desço no próximo ponto e você vai comigo na oficina depois te levo pra casa certo? - disse ele com outro belo sorriso de derreter até coração de cruela cruel.

E nessas horas que você pensa, porque cargas d’água alguém aceitaria de carona de um estranho? Mas ele não tinha cara de estrupador, ou louco, assassino nem de serial killer.

- sabe cara, não posso aceitar nem te conheço. – ele sorriu e pegou uma foto na carteira e me mostrou.

- olha essa é uma foto minha com meu pai, ele é policial, não precisa se preocupar. – ele estava olhando para mim com uma cara de que realmente queria que eu fosse. Como uma criança olha pra uma bola de futebol numa vitrine. Ele poderia ser um estripador querendo cortar meu corpo e colocar numa geladeira pra comer mais tarde, mas faze o que né? Ele me convenceu com um belo sorriso, e hoje agradeço por ter acreditado nele.

- tudo bem, mas podemos ir rápido? É meu aniversário hoje e não posso chegar tarde pra festa.

- seu aniversario? – disse ele igual uma criança que ganhou a bola da vitrine. – legal! Vo te dar um presente então.

- haha não precisa serio, você nem me conhece direito, nem sabe meu nome...

- qual seu nome? – perguntou ele rápido.

- err... Allan

- viu? Agora já sei seu nome Allan, já posso te dar um presente e você não pode fazer nada para me impedir. Muahahaha. – brincou ele.

- mas serio, não gaste comigo cara.

- primeiro: meu nome é Carlos...

- prazer Carlos – interrompi ele.

- o prazer com certeza é todo meu

ele sorriu e olhou tão fundo nos meus olhos que me senti pelado.

- segundo: não depende de você decidir isso ^^

Ele se abaixou perto de mim colocou o rosto bem perto do meu deu uma piscada muito sexy pegou minha caixa e se levantou.

- vamos Allan, esse é o nosso ponto.

Aquele cara tava me deixando louco, descemos do ônibus e caminhamos um pouco. E conversamos sobre um monte de coisas, a maioria sobre mim, ele queria saber de tudo, quantos anos eu tinha de onde eu vim, o que eu gostava de fazer, com quem eu morava. A maior parte eu falei a verdade, mas como não o conhecia menti sobre informações que pudessem me prejudicar, como onde eu morava, com quem eu morava. Mas quando ele perguntou se eu namorava eu disse que não e ele abriu um sorriso lindo que parecia alegria, que me fez rir.

- porque você sorriu quando respondi? – perguntei meio sem jeito

- por nada, analisando oportunidades – respondeu ele mais sem jeito ainda.

Não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas ele logo mudou de assunto

- você deve estar cansado de eu ficar te perguntando tantas coisas, me desculpa. – disse ele meio vermelho.

- não da nada, eu não me incomodo.

- é que te acho muito interessante, mesmo te conhecendo a 20 minutos.

- obrigado você também é legal. – eu sei, eu sei, eu fui muito burro, eu sou muito desligado, na hora eu não me toquei que ele estava me cantando “você também é legal” eu mesmo queria ter batido em mim naquela hora, cortei todo o barato da coisa. Ele apenas abaixou a cabeça e riu de leve. então disse:

- espere aqui já venho.

Ele atravessou a rua e entrou em uma oficina muito bonita e grande, as coisas deviam ser muito caras lá. Ainda com minha caixa na Mao, pois ele não queria que eu carregasse.

Depois de um minuto ou dois um Chrysler preto brilhante com rodas lustrosas, parou ao meu lado. Eu não acreditava, não podia ser ele, um Chrysler? Isso valia mais que eu ia ganhar na vida intera! De repente o vidro abaixou e la estava Carlos, agora com óculos escuros sorrindo pra mim acenando pra mim entrar.

Como uma quarentona enrugada esperando na fila do botox eu pulei dentro do carro todo serelepe. =P

- gostou do meu carro? – disse ele se achando. para não parecer interesseiro apenas disse:

- nossa muito legal, parabéns ^^

- obrigado eu comprei com muito esforço.

- legal, isso vale mais do que minha casa- brinquei com ele.

- hahaha nem tanto (na verdade valia sim). Então aperte o cinto estamos indo pra sua casa.

- sobre isso, minha casa fica na outra direção que eu falei, eu menti

- pensou que eu fosse um estuprador? Hahahaha – ele riu

- exato.

- hum

-2

-que?

- nada não.

- ok aperte os cintos e segure a firme.

Pra encurtar a historia que já ta longa ele me levou em casa, e na hora de disser tchau:

- bom, foi bom conhecer você Carlos, muito obrigado brother.

- de nada, na verdade foi muito bom mesmo te conhecer Allan, curti muito você, de verdade mesmo. – ele disse com um olhar penetrante e abrasador. Que me deu um frio na barriga bom na hora.

- vou te passar meu imail pra você me adicionar no face.

- não precisa já te dei o meu imail, ta escrito na caixa. ^^

Olhei e realmente estava escrito na caixa.

- se cuida Allan, depois volto com seu presente. - ele apertou minha mão com vontade e segurou por um tempo antes de soltar.

- te a... Adoro cara, se cuida Allan até depois. - Ele piscou e foi embora acelerando.


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Comentários

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Chrysler, famoso carro de patrão manda chuva. Olha que faz tempo esse conto e até hoje é. Desculpe ler agora, faz pouco tempo que sou daqui

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Nossa é um conto e tanto pa primeiro cap amando lindo demais 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

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Continua muito bom o teu conto. Parabéns até o próximo

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Espero que tenha continuação! Me identifiquei com o começo de sua história, parecida com a minha, até chorei um pouco... Parabéns pela sorte grande! Ainda estou esperando meu dia...

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