Presídio

Um conto erótico de rioalbatgroz
Categoria: Homossexual
Contém 2439 palavras
Data: 14/02/2006 01:18:25
Assuntos: Gay, Homossexual

Morávamos em uma casa própria no morro, adquirida de papel

passado, como se dizia então, mas éramos pobres; mamãe trabalhava

em casas de família como faxineira, e não nos faltava o essencial. Até

pude fazer vestibular na UFRJ e passei para o curso de direito, que

naquela época era na rua do Catete. Fazia meus biscates na feira,

quando dava, mas naquele tempo o morro não era de forma nenhuma

como as favelas de hoje.

Mamãe era uma mulata que despertava desejo nos homens, mas

até onde me lembro, uma mulher respeitada, apesar de ser mãe

solteira. E eu tinha muito ciúme dela. Nunca conheci meu pai e ela

jamais me contou como fui concebido. Muitos garotos ali também eram

como eu e ninguém estranhava ou nos discriminava.

Até que aconteceu a desgraça maior de minha vida.

Fui presidiário durante muitos anos. Meu crime: matar o cara

bêbado que estuprou mamãe, numa tarde em que estava a fim de

assaltar nossa pobre casa. Eu faria tudo novamente; creio que todos

podem entender minha reação.

Fui condenado por tal delito, mesmo alegando defesa da honra

alheia, e passei anos na penitenciária e podem crer que não foram os

mais agradáveis de minha vida. As pessoas não sabem o que é viver

em uma prisão. Nos tempos de estudante de direito, visitei algumas,

mas é diferente estar preso em uma delas, o que infortunadamente

aconteceu comigo.

Nunca mais soube de mamãe, ela não deu mais sinais de vida,

estranhamente: sumiu no mundo e nem sei onde anda, se viva ou

morta. Talvez, sem querer cometer uma injustiça com ela, tenha

achado que nunca mais me veria e, portanto, melhor esquecer-me e à

gravidez indesejada da qual eu era fruto. Não sabemos o que se passa

na cabeça das pessoas, mas o recolhimento de tantos anos na

penitenciária ensinou-me muito, e nunca a condenei.

No primeiro dia, já na minha cela, fui abordado por um preso

grandão, mulato machão, que me explicou as regras: ali havia machos

e fêmeas, porque o sexo acontecia entre eles. O que eu preferia ser:

macho ou fêmea?

Não hesitei na resposta:

— Macho, claro, minha reação imediata!

Foi aí que a surpresa surgiu:

— Ótimo; hoje, como é a primeira vez, vou ser mulher: chupa a

minha bocetinha de campanha.

Eu não havia servido o exército e não conhecia aquela gíria. Ficou

nu diante de mim e forçou a bunda em minha boca.

Protestei:

— Nunca fiz isso...

— Mas vai ter que aprender. No exército não existem mulheres;

logo, a gente tem que se virar de qualquer forma com os outros.

Eu ainda hesitava:

— Eu não sabia...

— Eu também não, mas o sargento me ensinou rapidamente, com

tapas na cara, até que obedeci para não apanhar mais. Eu era um

mulatinho tesudo, adorava as meninas, mas jamais imaginara que um

dia seria enrabado por um sargento do regimento.

Condoí-me dele:

— Lamento o que aconteceu com você; sargento bem sacana você

pegou, não é?

— A vida da caserna é assim, bem como a das prisões: como

podemos descarregar a tesão?

Imaginei uma saída, que seria melhor do que chupar o cu dele:

— Existe a punheta, não é mesmo?

— Deixemos as possibilidades de lado: aqui a realidade é outra.

Dito isso, aproximou mais sua bunda nua de meu rosto:

— Chupa gostoso, acabei de tomar banho.

Não me restava alternativa e acariciei a bunda dele, imaginando,

naturalmente, que o comeria naquela primeira vez, já que ele me

dissera que ele seria a mulher. Se tinha que haver sexo entre nós,

melhor aproveitar a oportunidade e enrabá-lo. Na verdade, já comera

um garoto vizinho e aquilo não seria novidade, foi o que pensei. Se ele

gostasse de ser enrabado, quem sabe me livraria de recebê-lo atrás?

E eu seria sempre o macho...

Os jovens sempre pensam que são mais sabidos e logo aprendi

que em uma prisão as regras são bem diferentes.

Cedi e chupei o cu dele; a princípio com certa repugnância, mas o

cheiro bom de sabonete afastou meus pensamentos e comecei a gostar

do ato. Meu pau estava duro e imaginei que penetrá-lo não seria

difícil. Gozaríamos e tudo estaria terminado.

Mas me enganava: quando eu estava no auge da tesão, segurei

seu pau duríssimo para masturbá-lo enquanto eu o enrabaria. Foi o

que pensei. Mas ele rodou da posição e enfiou seu pau em minha boca,

com vontade. Eu não estava prevenido para aquela possibilidade, ele

gostava tanto que eu chupasse seu rabo, que nunca a imaginei.

Jamais poderia conceber aquela situação, mas ele me deu um

tapa no ouvido:

—Chupa, caralho!

Nunca em minha vida havia feito aquilo, o tapa me deixou mais

mole, mas ainda hesitava em fazer o que me pedia, mas seu membro

enorme entrou mais fortemente em minha boca, provocando-me

engulhos, até que, com a pressão de seus dedos em minha cabeça e

suas ameaças, decidi ceder.

Sua fala não me deixava dúvidas sobre sua intenção:

— Você será meu amante e ninguém vai agredir você, meu garoto

bonito: será só meu, entende?

Eu não entendia nada.

Seu pau em minha boca entrava até o fundo de minha garganta e

ele continuava:

— Se não ceder, os demais vão querer comer você todos os dias,

em várias varias posições, seu rabo será arrombado. Se ficar comigo,

ninguém vai se atrever. Chupa essa rola gostosa para depois eu

enrabar você. Vai gostar, prometo que sempre me pedirá para comer

seu cu, meu pau bem lubrificado com seus beijos.

A situação inusitada me excitava, não posso negar: só imaginava

cumprir minha pena naquela penitenciária e passar por aquilo

freqüentemente, mas eu estava com tesão, inegavelmente.

Depois de um tempo ele me deitou de bruços na cama e veio por

cima de mim: eu já estava por tudo e por nada, não adiantava

protestar. Começou beijando meu pescoço, descendo com beijos pelas

minhas costas até chegar às minhas nádegas, que abriu com vontade e

enterrou a língua grossa em meu cu!

Ninguém pode imaginar a experiência até vivê-la. Não digam que

só gays sentem a sensação deliciosa que experimentei: qualquer um,

se se atrever, reconhecerá que tenho razão. Um calafrio percorria meu

corpo, de alto a baixo, e quando seu pau, lubrificado com bastante

saliva se aproximou de meu rabo, vi que não poderia resistir mais a

tanta tesão.

Ele foi bastante gentil; esfregava a cabeça do cacete em meu cu,

colocando-a de forma a entrar em mim. Lembrei-me do garoto que eu

comera e que adorava ser penetrado. Naquele momento, juro, meu

pau estava duro como pedra e achei que agüentaria aquela tora

entrando em mim.

Pouco a pouco aconteceu: passada a cabeça, como eu estava

tenso foi uma dor enorme, o resto entrara devagar, porque mais fino,

até que o senti inteiramente dentro de mim. Quem nunca passou pela

experiência dificilmente pode imaginar a sensação: não há descrição

da tesão que acontece, seja por parte de um gay ou de um homem:

delícia pura, tesão de enlouquecer qualquer um. E na prisão não há

alternativa: ou nos submetemos ou vamos levar porrada.

Gozamos intensamente, como nunca gozara igual; eu quase nem

toquei em meu pau porque ele o segurou e movimentava a pele sobre

o prepúcio, mas nem foi necessário, porque esporrei em sua mão

quando ele inundou meu reto de esperma. Aquele líquido quente

dentro de mim fez-me apertar o anel do ânus em torno daquela tora e

gozei pelo rabo, sei lá.

Não sei se eu já tinha alguma inclinação para gostar de machos,

que nunca se manifestara, e agora se revelava. Irrelevante, porque

havia sido enrabado e não importava mais: o ato não podia ser

revertido.

Com o tempo, aquilo de cada dia revezarmos, de um ser macho

do outro, só numa ocasião aconteceu: na minha primeira vez de ser

garanhão ele chupava meu cu e a tesão despertada foi tão grande que

ele acabou me obrigando a ser passivo.

Não permitam que um homem faça isso com vocês, porque

acabarão como eu: adorando a chupada profunda no rabo e o desejo

de que algo mais entre ali.

Hábitos são hábitos e nos acostumamos a eles. Quando fui

condenado, ainda era um universitário de 20 anos, cheio de

hormônios, mas quando saí da prisão, estava com 37. Durante todo o

tempo fui enrabado e, quando saí, meu companheiro continuou preso

porque seu crime tinha pena maior.

A luz do sol me encandeava, quando me libertaram. Eu imaginava

que a liberdade seria algo magnífico, mas já havia perdido minha

família, não tinha amigos, apenas a casa em que mamãe morara,

completamente abandonada, porque não tínhamos parentes. Uma

amiga de mamãe se encarregara de manter a casa incólume aos

invasores, — soube depois—, que não eram tantos, naquela época.

Entrei na casa e tudo me recordava mamãe: a louça ainda na pia,

por lavar, uma panela sobre a trempe apagada, para fazer o

macarrão, lembro-me bem da ocasião.

Pelo aspecto da habitação, mamãe abandonara o Rio e retornara à

sua cidade natal, no interior do Maranhão: nunca vou saber.

Não desanimei: na prisão se compreende que o tempo passa e

resolve tudo. Naquela época, aprendíamos alguns trabalhos manuais

que nos rendiam algum dinheiro. Eu gostara de encadernar livros e lia

todos e, quando saí, recebi os salários acumulados. Não era muito,

mas dava para não passar fome nos primeiros dias. Arrumei a casa,

lavei tudo, varri, espanei os móveis e ao fim não sabia mais o que

fazer de minha vida.

Troquei os lençóis mofados da cama e deitei-me; coloquei o pau

para fora e comecei a alisá-lo, com saudades de meu macho da cadeia.

Que, a propósito, nem me viu sair, porque estava na solitária por dez

dias por ter agredido outro detento que passou a mão em minha

bunda. Meu companheiro era muito ciumento de nosso

relacionamento: tantos anos de sexo entre nós não era algo de se

desprezar.

Mexia em meu pau, de um lado para o outro, mas ele não subia.

Pretendia tocar uma punheta para me aliviar de tantos dias sem

gozar, mas o desgraçado não dava sinais de levantar.

Despi-me de todas as roupas e, deitado nu, acariciava meu cu

como meu companheiro fazia para me excitar, mas nada dava

resultado.

Desesperado, meu pau não saía do repouso, quando alguém tocu

a campainha da porta. Pensei em ignorar o inoportuno, mas diante da

insistência dele não consegui. Vesti a bermuda e fui atender à porta.

Um mulato lindo, músculos salientes nos braços e no peito me

aguardava.

— Bom dia, amigo. Sou pastor e presidente da sociedade que

administra nosso morro e vim dar-lhe nossas boas-vindas. Posso

entrar?

— Claro, murmurei, encabulado diante daquele homem sedutor.

Minha tesão subiu a mil diante daquela visão. Meu companheiro

de cela também era mulato como ele, mas este era muito mais bonito

e estava livre.

Ele entrou e sentou-se no único sofá que havia na sala e eu a seu

lado, com minha tesão aflorando por todos os poros.

Meio encabulado, disse-lhe que não havia nada em casa para

oferecer, mas ele não se perturbou:

— Imaginei, e trouxe uma garrafa da branquinha: você bebe?

Passara anos sem provar nada e aquilo seria uma bênção divina.

Não que eu bebesse tanto antes da prisão mas, um vez ou outra,

gostava do embalo.

— Não tenho gelo em casa...

— Não importa, trouxe comigo um pouco e uma garrafa de Coca-

Cola, que podemos misturar e fazer o que se chama samba-em-Berlim,

e nem sei por que o chamam assim, mas entraremos numa boa, da

mesma forma.

Eu me espantava com a atitude dele: pastor e trazia um embalo

para nós?

— Não entendo nada, pastor...

— Somos humanos, não é verdade?

— Não tenho religião mas me surpreendo com sua atitude.

— Uma vez ou outra nossa humanidade se manisfesta

incontrolavelmente: somos pecadores como todos os demais.

— O que quer dizer?

— Você entenderá brevemente. Jesus está entre nós.

Eu preferia que o demônio, em quem também não acreditava,

presidisse nosso encontro, mas enfim...

Servido os drinques, bebemos mais do que deveríamos, porque

não resiti e me deitei em suas pernas, abri-lhe a braguilha da calça e

seu membro duro pulou para fora. Baixei-lhe as calças completamente

para sentir o calor de suas coxas em minha cabeça. Como na prisão,

abocanhei o pau tesudo e chupei-o com vontade, deixando o pastor

louco, acariciando minha bundinha com a mão sob minha bermuda.

Quando a mão entrou em meu reguinho e enfiou o dedo nele,

profundamente, gozou profusamente em minha boca e engoli tudo

como estava habituado no presídio. Finalmente, meu pau dava sinais

de vida, endurecido como o quê. Era daquilo mesmo que eu gostava e

pelo resto de minha vida aquela seria a relação que viveria até o fim.

Terminada aquela sessão, eu não estava satisfeito: ainda não

gozara: despi-o do que ainda restava nele e já sem minha bermuda,

sentei-me em seu pau ainda mole. Ele me abraçou por trás, apertou

meu corpo com tesão. Mexia minha bunda naquele cacete que tivera

na boca, doido para que o enterrasse em mim. Pouco a pouco, aquele

pau sensacional endureceu e senti que poderia penetrar-me

gostosamente. Mas, subitamente, ele se levantou do sofá, correu para

a cama, e deitou-se nu, de bunda para cima.

Suas nádegas eram lindas e bem formadas, melhor que a de

qualquer mulher que eu havia conhecido, e nem eram tantas. Deitei-

me a seu lado, na cama, acaricie-lhe a bunda maravilhosa.

— Quero que me enrabe gostoso... ele disse

Minha surpresa foi enorme, porque o mesmo desejo me acudia,

mas, enfim, realizaria o que não me fora possível na prisão.

Mordi-lhe a nuca, com tesão, e ele estremecia com meus afagos.

Desci beijando-lhe as costas e ele vibrava de tesão. Suas nádegas

estavam levantadas quando cheguei ao meio delas e enfiei minha

língua entre elas, como aprendera na prisão, aquele mulato gostoso

se abriu inteiramente a meus desejos.

Não foi problema subir sobre seu corpo e, bem lubrificado com

minha saliva, meu pau entrar nele até o fundo. Finalmente eu ia

comer um macho. Ele rebolava em meu cacete, adorando a penetração

e nem reclamou quando a cabeça passou pelo anel. Devia estar

acostumado àquilo. Voltou as mãos para trás, agarrou minha bunda e

a forçava de encontro a seu corpo de uma forma sensacional.

Eu não agüentava mais:

— Vou gozar, pastor!

— Goze gostoso, encha meu rabo de porra.

Aquela provocação era demais e esporrei profusamente, ao

mesmo tempo em que ele gozava sobre o lençol de minha cama.

Depois de um tempo, saímos da trepada, tomamos um banho e ele se

foi de minha vida: nunca mais o vi no morro, mas adoraria encontrá-lo

de novo.


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MUITO BOM ESSE CONTO, O MELHOR QUE JÁ LI, VC ESTÁ DE PARABÉNS, ESPERO LÊ OUTROS DO MESMO NÍVEL.

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