A bruxa ruiva que me comprou e me encantou
__________
Eu estava limpando os chiqueiros da fazenda onde vivia quando o barão se aproximou, austero e arrogante, acompanhado de uma mulher distinta. Com a aproximação, eu me pus de joelhos, subserviente ao meu senhor, pois eu era, desde a concepção, um escravo seu.
— É este o escravo que tenho, madame — disse o barão. — Pode comprá-lo de mim por vinte moedas grandes ou pode alugá-lo por três moedas pequenas mensalmente.
— Compro-o.
Assustado, ou melhor, amedrontado, eu olhei diretamente para a mulher e estremeci ao ver seus cabelos ruivos fugindo do capuz que usava. Cabelos ruivos. Ruivíssimos. Cabelos de bruxa. Tremendo, fui colocado de pé pelo barão, que começou a me exibir como se eu fosse um espécime exótico.
— É jovem, senhorita — disse ele e me fez mostrar os dentes. — Saudável também e virgem. Não sei qual o propósito lhe dará, mas creio que ele servirá perfeitamente.
— Servirá, sim! — exclamou a bruxa, com um sorrisinho de canto. Ela tirou um punhado de moedas grandes e entregou ao barão. — Fique com o excedente, como gratificação pelo rapaz bem-apessoado.
Ela se aproximou mais de mim, pegou no meu braço e, como num passe de mágica, desaparecemos da fazenda e aparecemos num famigerado covil de bruxa. Ela me soltou e caminhou para perto do fogão que crepitava e fervia água.
Olhei ao redor. A covil era frio, meio escuro e com itens inéditos e estranhos aos meus olhos. Itens de bruxaria. Havia mobília, como cama, mesa e prateleiras, janelas abertas à visão de árvores colossais e uma porta bem trancada. Olhei para a bruxa que me comprou e estremeci.
Eu sabia que bruxas usavam pessoas em rituais às forças primitivas da natureza e temia muito parar num altar de sacrifícios ou num caldeirão em cima do fogo. Sabia também de histórias ainda mais macabras que contavam versões nas quais as bruxas devoravam suas vítimas ainda vivas e conscientes, arrancando a carne de seus ossos a mordidas.
— Não tema, rapaz! — disse ela, se voltando para mim.
Sua voz era melodiosa, agradável de se ouvir. Ela tinha olhos verdes e sombrios com cílios pretíssimos e grandes, já a pele era clara como leite e cheia de sardas alaranjadas. Era alta, esguia e lindíssima, igual a todas as bruxas das histórias que ouvi a vida toda.
— Para que me comprou, senhorita? — perguntei, trêmulo.
— Para o preparo de minhas poções...
— Como ingrediente?
— Como ajudante, rapaz, e apenas como ajudante. — Ela se aproximou e desta vez senti seu aroma hipnotizante. Ela cheirava a flores, ervas e cascas de árvore. — Como se chama?
— Ben, senhorita.
— Eu sou Milla e não me trate com formalismos. Não precisamos disso.
— Como quiser, Milla!
— Tem qual idade, Ben? — perguntou e olhou dos meus pés à cabeça, me estudando.
— Vinte anos.
— Sua família?
— Sou fruto de uma gravidez escravagista, ou seja, nasci para ser escravo e meus pais não me foram apresentados nunca — respondi, conformado com essa realidade. — Só me foi contado que eles estão mortos há anos.
— A vida é assim. Nem boa nem ruim. Apenas real — disse ela, com sabedoria. — Comprei você, Ben, como escravo, sim, mas você não terá tratamento de escravo nesta casa. E, se daqui algum tempo, quiser sua liberdade, eu a darei.
— E o que preciso fazer?
— Apenas me ajudar no preparo de minhas poções e na coleta dos ingredientes na floresta que envolve esta casa.
— Farei como me ordenar, Milla.
— Que bom, Ben! — exclamou ela e sorriu. Que sorriso lindíssimo! — Vamos coletar algumas ervas antes do pôr do sol, mas primeiro é melhor você se lavar e trocar esses trapos que veste. Aproxime-se, por favor!
Fomos para um canto do covil, onde havia uma grande bacia para banhos, e Milla insinuou que eu me despisse. Envergonhado, tirei meu casaco sujo e velho e minha calça cheia de remendos. Por último, despi meu calção e minha nudez ficou exposta. Milla pegou uma grande caneca com água normal e me pediu para me acomodar na bacia para que pudesse me banhar.
— São marcas de chicote? — perguntou ela ao passar os dedos pelas minhas costas.
— Sim.
— Por quê?
— Eu era um escravo fraco para o barão, por isso ele me castigava no tronco frequentemente.
— Está livre disso agora, Ben!
— Sou grato, Milla!
A água quente começou a escorrer pelo meu corpo e logo as mãos de Milla vieram com uma esponja e sabão para me limparem. Suavemente, deslizavam pelas minhas costas magras e sofridas, pelos meus braços finos e marcados de som, pelo meu peitoral pálido e seco, pela minha barriga faminta... Quando chegaram a minha intimidade, Milla não se envergonhou e ensaboou meu pequeno e murcho membro íntimo e meus colhões peludos. Ela também lavou minhas nádegas brancas, minhas coxas finas e minhas pernas raladas.
Terminado o banho, recebi roupas novas e me vesti para iniciar meu trabalho como ajudante no preparo de poções. Vestindo um casaco cor de palha, um calção novo, uma calça larga e sandálias de couro, eu saí com Milla para a floresta que rodeava seu covil.
Milla tomou a frente na coleta das ervas necessárias e eu, incapaz de conter meus desejos latentes, olhei sua forma esguia e linda e senti meu membro se aprumando no calção. Quando ela se abaixava para apanhar ora-pro-nóbis ou manjericão, eu até gemia baixinho vendo e admirando o formato de suas redondinhas nádegas.
Eu nunca tinha tido uma mulher a quem admirar ou me relacionar, por isso a presença de Milla me deixava tão excitado e, ao mesmo tempo, envergonhado. Eu era virgem obviamente, e minha vida sexual se resumia à masturbação que eu praticava às escondidas.
Quando a coleta já bastava, voltamos para o covil, preparamos algumas conservas e temperos juntos e depois Milla iniciou o preparo do jantar enquanto eu fui incumbido de lavar caldeirões e bules de chá. Ao terminar os afazeres, a gente se sentou à mesa para comer.
— Vive sozinha, Milla? — perguntei, pois estava curioso para saber se ela tinha um companheiro.
— Sim, há muito tempo, muito mesmo.
— Então você não temPerdão! Não é do meu interesse.
— Um companheiro? — deduziu e me olhou bem nos olhos. Seu olhar era hipnotizante e profundo. — Não, não tenho. Sou uma bruxa solteira há muito tempo também.
Acabei por dar um sorrisinho de canto e Milla percebeu que sua resposta tinha me interessado, então ela perguntou sobre minha virgindade e também se eu me interessava por mulheres.
— Sim, meu interesse são mulheres — respondi e me sentia muito envergonhado. — Mas eu prometo que não ousarei nada contra você, Milla, pois sou seu subalterno e nunca ultrapassarei os limites.
— Sei que não vai, mas não quero que se sinta intimidado com a minha presença nem com valores puritanos, portanto, quando tiver vontade, pode se masturbar à vontade sem precisar se esconder ou se envergonhar.
— Sou grato pela liberdade que me oferece!
— Eu consigo ver muito mais do que você imagina, Ben, e vejo que você é um bom e gentil rapaz, por isso lhe faço essas concessões. Você merece — disse, outra vez com sabedoria. — Pode me ajudar com meu banho antes de dormir?
— Sim.
Minha resposta foi breve mais a sensação perduraria dias, afinal eu ajudaria Milla com seu banho, ou seja, eu veria sua nudez e tocaria seu corpo exuberante. Eu conhecia muito pouco da anatomia de uma mulher e nunca tinha sequer visto uma nua, portanto não consegui me concentrar mais no jantar nem na hora de espera após ele.
Milla distribuiu velas pelo covil para clarear o negrume da noite e preparou sua água morna e seu traje de dormir. Depois me pediu para pegar a grande caneca, abastecê-la com a água e me dirigir ao canto dos banhos. Quando me aproximei com a caneca quase transportando, ela despiu suas vestes.
Embora não quisesse, eu desviei o olhar a princípio em sinal de respeito, mas Milla disse que eu poderia olhá-la, pois sabia que eu desejava demais. Então olhei e fiquei boquiaberto, admirando sua semi-nudez bela e atraente.
No momento, Milla estava usando um sutiã branco que resguardava seus seios grandes e redondos e uma calçola de renda que cobria sua intimidade. Fora essas duas peças íntimas, ela estava nua e seu corpo esguio era visível e digno de adoração, pois sua pele seguia o mesmo padrão branco e sardento do rosto e dos braços e suas curvas eram ainda mais exuberantes.
— Nunca viu uma mulher nua, Ben?
— Não.
— Não se incomoda de que a primeira seja uma bruxa que lhe tirou de sua casa?
— Eu não tinha casa alguma naquela fazenda, Milla, então você não me tirou e sim me trouxe para um lugar bem melhor, afinal você já fez mais por mim em algumas horas que o barão em vinte anos. E você ser uma bruxa só me amedrontou no início, mas agora me sinto bem em sua companhia e adorarei vê-la nua, se não for ultrapassagem de limites.
— Não teme que eu machuque você?
— Prometeu que não iria e eu confio na sua palavra — garanti e sorri. — Assim como você, eu vejo mais do que você imagina e vejo seu bom coração, portanto não a temo, e sim a respeito e a admiro.
Milla sorriu e seu sorriso largo e branco me deixou nas nuvens, como se ela tivesse listado trinta elogios meus. Ainda sorrindo, ela despiu o sutiã e a calçola e ficou imóvel diante de mim, disposta a ser contemplada por mim.
Eu estava boquiaberto ainda e meu membro no calção latejava de desejos enquanto eu vislumbrava sua nudez total e bela. Primeiro eu admirei seus seios grandes e levantados com mamilos rosados e durinhos. Depois minha admiração foi para sua intimidade e eu pude ver discretamente que era livre de pelos e bem convidativa a algo mais íntimo.
Eu tinha noções básicas de como funcionava a mecânica de uma relação íntima, porém era averso a todas as famosas preliminares e possibilidades de intimidade fora a penetração propriamente dita.
Primeiro eu banhei a cabeleireira ruiva de Milla e seu rosto lindíssimo e depois segui para seus seios e barriga, nos quais passei um bom tempo me certificando de que a limpeza estava perfeita. Suas costas e braços foram a terceira etapa e eu cheguei a suas nádegas, coxas e intimidade. Passei o sabão lentamente, a esponja também bem devagar e enxaguei não dispensando o uso das mãos. Por fim, foram as pernas e os pés.
— Meu melhor banho em muito tempo.
— Você é muito... muito linda, Milla!
— Sou grata, Ben!
Milla vestiu seu traje de dormir e segui para sua cama. Para mim, ela colocou um colchão de palha num canto e me deu um travesseiro e um cobertor limpos. Ficamos conversando por um bom tempo sobre minha vida e depois nos aquietamos para dormir e eu, muito feliz com as transformações do dia, sonhei o sono todo com minha anfitriã e sua beleza colossal.
Ao amanhecer, eu acordei ereto e olhei para a cama de Milla e a encontrei já de pé, penteando seu cabelo ruivo e cantarolando baixinho. Tentei alcançar minha calça antes que ela percebesse minha ereção, mas falhei e fui flagrado só calção e com o membro rígido e marcando a peça íntima.
— Acordou ereto — disse Milla, serenamente. — Sinal de boa saúde.
— Eu dormi semi-nu como sempre fiz, mas não queria que você me visse ereto...
— Por que não?
— Vergonha.
— Do quê, Ben?
— Da minha ereção.
— Não seja bobo — pediu e largou o pente ao se aproximar de mim. — Você é jovem e viril e sua ereção é natural e saudável, portanto não tenha vergonha. E menos ainda por eu vê-la. — Milla tocou no meu rosto, me acariciando no queixo. — Quer se masturbar?
— Que... Quero, sim!
— Aproveite então e não tenha vergonha.
Trêmulo, tímido e envergonhado, eu abaixei meu calção até os joelhos e meu membro ereto saltou para fora como uma naja dando o bote. Era um órgão de tamanho respeitável, não muito grosso e com glande bem rosada e já molhada. Meus colhões eram envoltos em pelos pretos e se encontravam balançando igual a um pêndulo entre as minhas pernas. Ainda trêmulo, tímido e envergonhado, peguei com a mão esquerda no meu membro e comecei o movimento de vaivém por toda a sua extensão rígida.
Milla assistia à minha masturbação sem constrangimento e sem esconder seu contentamento com a visão do meu membro ereto sendo estimulado pela minha mão. Algumas vezes, ela olhou da minha intimidade para meu rosto e sorriu. Outras vezes, mordiscou os próprios lábios finos e rosados e sussurrou alguma travessura inédita aos meus ouvidos.
— Você tem um dote bem considerável, Ben!
— Você me acha bonito e atraente, Milla? — perguntei, empolgado pelo elogio travesso.
— Acho, sim, e muito.
Foi impossível esconder minha alegria, o que pareceu encantar minha anfitriã, pois ela, sorrindo, esticou a mão direita e pegou no meu membro por cima da minha própria mão. Afastei minha mão e Milla se apoderou da minha ereção, começando a me masturbar enquanto seus olhos verdes e lindos fitavam os meus.
— Acho atraentíssimo e bonitíssimo seu cabelo e seu rosto — disse ela e sorriu. — Esse seu cabelo liso e preto até os ombros combina demais com sua pele branca e bronzeada e seus olhos escuros como a noite. Também me encanta seu porte magro e sua lindeza simples e única.
— Sou grato, Milla! Nunca fui elogiado assim!
— Você se importa por eu ser uma bruxa?
— Como lhe falei ontem, não. Não me importo — garanti e depositei o máximo de confiança e certeza que pude.
— Você acha ruivez bonita?
— Demais.
— Você é um rapaz único mesmo, Ben! — disse ela e sorriu. — Os homens não bruxos possuem forte tendência em não apreciar as mulheres ruivas e sardentas.
— Ouvi críticas maldosas às ruivas a minha vida toda e confesso que estimulei algumas às vezes, porém agora, com você, eu confesso que me sinto atraído e encantado por sua ruivez.
— Você é tão gentil! — disse e acariciou meu queixo novamente. — Você já beijou na boca, Ben?
— Não.
— Quer me beijar?
— Com certeza.
Milla aproximou seus lábios e juntou nossas bocas. Como eu nunca tinha beijado, fiquei sem saber como proceder e me ocupei em aproveitar a explosão de excitação e felicidade que ocorreu em meu íntimo. Milla guiou sua língua para dentro da minha boca, a entrelaçando na minha. Eu deixei ela conduzir o momento. E ela fez a condução muito bem e logo nossas línguas úmidas e cálidas deslizavam uma na outra com luxúria.
E Milla continuou me masturbando enquanto nossas bocas se conheciam melhor e eu me sentia fora da realidade por sentir tanto prazer e contentamento de uma vez só. Logo senti meus colhões pesarem como pedra e ejaculei meu líquido íntimo sem conseguir contê-lo e minha anfitriã teve suas coxas como alvo dos jatos brancos e quentes.
— Não queria macular você…
— Tudo bem — disse ela e se afastou de mim para se limpar com uma toalha. — Gostou do beijo?
— Muito — respondi e eu ofegava sem parar. — Você gostou?
— Eu já beijei muito nesta vida, mas nenhum chegou perto da sensação incrível que este me causou agora. Você é um rapaz único mesmo, Ben, único e bonito.
— Sou grato!
— À noite, após o meu banho e antes do sono, podemos repetir a dose, se você quiser.
— Já anuncio que quero.
— Combinado então e agora vamos comer um lanche e começar as afazeres do dia.
Como eu queria mostrar a Milla minhas competências e, consequentemente impressioná-la, eu me dediquei muito às tarefas, as cumprindo sempre bem rápido e com muito zelo. Preparamos dezenas de poções e conservas e coletamos meia dúzia de cestas de ervas, cogumelos, raízes, folhas, flores e cascas de árvore. Por fim, guardei os frascos nos baús próprios e limpei toda a bagunça do expediente.
__________
Vale a pena continuar, gurizada?
Instagram: