Ao voltar para casa, a noite já tinha caído. Tudo parecia normal, mas eu sabia que por trás daquela fachada pacífica estava um redemoinho de traição, mentiras e desejo. Amanda já estava na cama, agindo como se nada tivesse acontecido. Eu apenas murmurei um "boa noite" e deitei ao seu lado, minha mente fervendo com o plano que começava a tomar forma.
Aqueles dois moleques iriam pagar caro por tudo.
Aquela noite foi um turbilhão de emoções. Eu estava tomado por uma raiva cega e ao mesmo tempo por uma necessidade visceral de esconder o que sabia. Quando Amanda acordou e percebeu minha inquietação, tentei ao máximo não demonstrar nada.
— Tudo bem, amor? — ela perguntou, a voz suave e preocupada.
— Sim, só não consigo dormir — respondi, sem muita convicção.
Ela riu levemente e, de um jeito quase inocente, aproximou-se e me beijou. Aquele gesto, que antes me traria conforto, agora parecia uma faca cravada no meu peito. Eu sabia o que ela havia feito. Sabia o que ela continuava fazendo. Mas, ao mesmo tempo, precisava manter a aparência de um marido normal. Retribuí o beijo, tentando não transparecer o ódio que borbulhava dentro de mim.
O beijo evoluiu, e em poucos minutos estávamos envolvidos num ato que, para ela, talvez fosse amor, mas para mim era pura violência emocional. Tirei o pijama dela com pressa, deixando-a completamente nua na cama. Amanda riu, surpresa com minha intensidade, e sussurrou:
— O que você quer fazer comigo, hein?
Não respondi. Apenas a virei de costas e meti com força. Amanda gemeu alto, de surpresa e prazer, mas havia algo diferente na maneira como me movia. Meu ódio, minha raiva e meu desejo de vingança estavam direcionados a ela naquele momento. Cada movimento meu parecia carregar todo o peso da traição que eu havia presenciado.
Ela tentou falar algo, mas eu não queria ouvir. Coloquei-a de quatro, agarrando seus quadris com firmeza. Então, sem aviso, tentei invadir um lugar onde ela nunca havia permitido antes. Amanda se retraiu, girando a cabeça para me olhar com surpresa.
— Sérgio, o que você tá fazendo? — perguntou, sua voz misturando nervosismo e desejo.
Não respondi. Estava cego, tomado por uma necessidade irracional de provar algo, talvez para ela, talvez para mim mesmo. Com um movimento brusco, forcei a entrada de traz dela. Amanda gemeu, um som que misturava dor e prazer. O quarto parecia mais escuro do que o normal, como se o próprio ambiente refletisse a tensão entre nós.
Eu podia ver a expressão no rosto dela. Era um misto de dor e algo que parecia... aceitação? Prazer? Não sabia ao certo. Apenas continuei metendo no cu dela enquanto meu ódio pulsava em cada movimento. Amanda nunca tinha feito sexo anal comigo apenas algumas tentativas e ela sempre recusava, mas desta vez não deu tempo para ela recusar eu ja estava com mais da metade da minha rola dentro dela.
Quando finalmente terminei, Amanda estava exausta. Ela se deitou ao meu lado, sem palavras, apenas me olhando com um misto de surpresa e admiração. Eu permaneci em silêncio, olhando para o teto, tentando acalmar a tempestade dentro de mim.
Na manhã seguinte
Quando descemos para o café da manhã, Amanda estava diferente. Havia um brilho em seus olhos e um sorriso constante em seus lábios. Enquanto preparava o café, ela lançou vários olhares na minha direção, como se quisesse dizer algo, mas não sabia como.
— Você foi... incrível ontem à noite — ela finalmente disse, com um sorriso tímido.
Eu mantive a fachada. Sorri de volta, fingindo naturalidade.
— Fico feliz que tenha gostado.
Por dentro, no entanto, eu estava longe de estar bem. Cada vez que olhava para ela, lembrava-me da cena na piscina. Meu coração queimava de raiva, mas minha mente sabia que eu precisava ser mais astuto. Não era hora de explodir. Não ainda.
Enquanto tomávamos o café em silêncio, Amanda parecia mais apaixonada do que nunca, mas eu mal conseguia olhá-la nos olhos. Ela talvez pensasse que tudo estava bem entre nós, mas mal sabia que eu estava arquitetando o próximo passo da minha vingança.
Ao atender o telefone naquela tarde, a voz do meu primo veio firme, mas carregada de um tom cruel.
— Já dei uma baita surra nos moleques, como você pediu. Eles tão aqui, amarrados, e vão apanhar de novo se precisar. O que eu faço agora? — ele perguntou, quase ansioso por mais ordens.
Engoli em seco. Por um lado, sentia um alívio doentio. Aqueles dois estavam pagando, mas o ódio dentro de mim ainda não havia diminuído.
— Segura eles aí. Depois de outra surra, eu te digo o que fazer — respondi, desligando logo em seguida.
Meu coração estava em chamas, mas meu telefone tocou novamente uma hora depois. Era Joana.
— Sérgio, preciso conversar com você. É sério. Estou em casa, venha assim que puder — sua voz soava instável, como se estivesse segurando as lágrimas.
Eu estava perto de casa e decidi ir até lá. Minha mente assumiu automaticamente que ela estava preocupada com os filhos, talvez soubesse que algo estava errado. Subi os degraus da varanda dela com passos rápidos e bati na porta. Joana abriu, e logo percebi que algo estava errado.
Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, o rosto sem maquiagem, mas ainda incrivelmente bonito. Ela fez um gesto para que eu entrasse, e eu obedeci.
— Senta aí, Sérgio... isso não vai ser fácil de dizer — começou, com a voz embargada.
Meu coração acelerou. Sentei no sofá dela, tentando manter a calma.
— É sobre os meninos? Eles aprontaram algo de novo? — perguntei, na tentativa de antecipar o assunto.
Ela balançou a cabeça, negando. As lágrimas começaram a escorrer silenciosamente por suas bochechas, e então ela falou:
— Não, Sérgio. Isso é sobre nós dois... aquele dia.
Meu estômago revirou. Tudo dentro de mim congelou enquanto ela continuava.
— Eu sei que foi um erro. Eu sei que você está lidando com muita coisa. Mas tem algo que eu preciso te dizer.
Ela fez uma pausa longa demais, tempo suficiente para meu coração começar a disparar de ansiedade.
— Eu não tomo anticoncepcional há anos. E, fiz o teste e pelo que sinto, estou grávida, Sérgio.