Memórias 1

Um conto erótico de Ás de Espadas
Categoria: Heterossexual
Contém 1028 palavras
Data: 18/11/2024 08:14:36

A “Paula” tinha escritório de advogado montado na Praça de Londres, em Lisboa.

Para os mais interessados, há cerca de trinta anos era aquilo a que se podia chamar um Jumbo Jet, andava próximo dos quarenta. Tudo no sítio.

Quando a vi entrar no “TClub”, sentado ao balcão num bate-papo com o barman, fiquei de boca à banda, literalmente. Como todos devem saber, nestes locais o melhor amigo deve ser o gajo do bar (a par do porteiro), que sabe tudo e conhece tudo. Ajuda até na hora de servir as bebidas, serve sempre mais um bocadinho e do melhor.

Adiante. Ela vinha provocante, porque era o seu estilo. Sempre de salto agulha e saia acima do joelho, camisa com o decote sempre no limite e blazer, que por vezes era a única peça que usava sobre o soutien, que raramente usava… o que acontecia sempre que não usava cuecas. Chamemos-lhe um código: “não trago soutien, logo sabes que trago a passarinha ao vento”.

Segundo o barman, a Paula era casada, advogada e o marido era um empresário de relativo sucesso (digo relativo porque ela nunca mo apresentou, nem me disse de quem se tratava), o que poderia constatar-se pela amostra das joias que usava e dizia ter sido ele a oferecer-lhe. Sempre me assaltou uma dúvida que ela fez questão de nunca esclarecer: estaria o “gajo” ali, numa das muitas vezes que ali nos encontrámos? Bom, ou era para provocar as outras e os outros, mostrando a “presa” (sim, a Paula ia à caça), ou ele estava mesmo lá e apreciava. Que apreciava ela admitia-o, fazendo questão de lhe fazer relatório detalhado, segundo a própria. Não poucas vezes pedia o telefone ao barman (os telemóveis eram quase um sonho ainda) e num sussurro que me pareceu sempre um código, dizia qualquer coisa que depois traduzia por um “foi para o avisar que estou contigo”.

Na época, modéstia aparte, com algum volume a menos, eu não destoava da clientela do T. Aliás, a Paula sempre fazia questão de se oferecer para irmos às compras “porque eu não tenho dificuldades, não me custa nada e adoro ver-te bem vestido”. Claro que nunca conseguiu os seus intentos, até porque com ela eu gostava muito mais de estar despido!

Ela era desconcertante. A primeira vez que fui ao seu escritório, apresentou-me à empregada como cliente. A outra riu-se, de forma que me deixou a pulga atrás da orelha “que é que foi aquele risinho idiota?” perguntei quando fechei a porta do gabinete e ela já estava quase nua, apenas com uns stilettos, um cinto de ligas e umas meias e sem cuecas e a desapertar o soutien “chupa-me a cona, deixa a puta da empregada”. Eu era obediente, afinal ela representava a Lei e todos sabemos que a Lei é para ser cumprida. Eu disse que a Paula era desconcertante, porque por exemplo, nessa primeira ida ao seu escritório, enquanto lhe fazia um valente minete e ela se contorcia de prazer, deu mais uma torcida ao tronco a abrindo a gaveta da secretária, sacou um belo dum strapon.”Fooooodaaaaaa-seeeeeee que é isso, pá?” “hummm… algo que um dia tu vais adorar” disse, lambendo e chupando um dildo de proporções, digamos, generosas “queres ver como funciona?” “tás parva, nem penses!” “ok, alguém quer” e carregou numa tecla do telefone por duas vezes, o que fez com que segundos depois a porta do gabinete se abrisse e a “puta da empregada” como ela lhe tinha chamado, entrasse, dengosa e com o mesmo sorriso no rosto: “chamou, doutora?” A minha alma ficou parva quando a empregada desapertou a saia, a deixou cair, tirou as cuecas e pegou no cinto e o colocou “a doutora quer que eu lhe encha o cuzinho, quer?” E olhando para mim quase que ordenou: “chupa-me!” Confesso que foi um pouco difícil chegar-lhe à vagina por entre correias de cabedal, mas com um pouco de perseverança a coisa lá foi a bom porto. Fizemos ali um número de acrobacia, ela enrabando a Paula e eu, de língua em riste, tentando chegar o mais fundo possível na sua gruta.

Paula gemia de prazer e eu achei que se continuasse assim corria o risco de ficar sem falar para o resto dos meus dias, de modo que sem avisar, me retirei daquele jogo do lambe-lambe e sacando do meu pau bem teso, enfiei-o na garganta da Paula que ao contrário do que possa imaginar-se gemeu ainda mais. Puta de mulher!

A determinada altura, quando era alvo duma DP comigo a entrar pela porta das traseiras e a empregada pela porta principal, a sacana pegou no telefone e discou um número; Atenderam do outro lado e ela entre gritos e gemidos “olá querido… sim, estou óptima, dois paus, o dele e o da “Maria”, ias adorar estar aqui (mete tudo, caralho, tu também, enche-me o cu de leite, quero que te esporres no meu cuzinho) amor, vez como eles me fodem tão bem… ele tem um caralho tão bommmm… aiiiiii. Sim, se quiseres podes limpar tudo com a língua”. A essa altura eu estava a mil e a “Maria” devia estar na mesma velocidade, eu vim-me que nem um doido naquele cu maravilhoso e a empregada de tanta estocada na vagina da Paula, deu um grito gutural, contorceu-se e teve um orgasmo louco e ejaculou abundantemente, deixando uma poça de líquido no chão, depois de lhe escorrer pelas pernas.

Após uns minutos de descanso, Paula começou a vestir-se, sem sequer limpar o que lhe escorria dos orifícios “ele está lá em baixo à espera, ele limpa isto, adora… fiquem, divirtam-se” e saiu, um pouco desgrenhada e ansiosa, pareceu-me.

A “Maria” e eu divertimo-nos, claro. Não teria sido preciso a patroa mandar, mas já que ela tinha sugerido…

Divertimo-nos naquela e noutras vezes, a dois ou a três, com e sem strapon e com a parafernália de dildos que estavam arrumados na gaveta da secretária e que a Paula gostava de trazer, à vez, na mala de mão, sempre de griffe. “Não vá o diabo tecê-las e não encontrar presa de jeito”.

Nesses casos dizia: “conduzir com ele bem enterrado é um bom preliminar”…


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