Toxico -5- A outra face.

Um conto erótico de mrpr2
Categoria: Gay
Contém 1722 palavras
Data: 13/11/2024 23:38:25

Olá a todos Dr. Augusto aqui novamente para dividir com vocês mais um momento da minha história. Com o passar dos anos percebi que meus amigos começaram a me visitar cada vez menos e eu a eles. Quando o faziam, algo nos olhares deles me incomodava, como se vissem algo que eu não via. Gilberto estava sempre ali, encantando-os com seu charme e seu jeito sedutor. Ele sabia exatamente o que dizer, como me afastar das conversas e até como transformar um simples encontro em uma discussão. A cada vez que eu mencionava meus planos, ele fazia questão de jogar uma dúvida, uma palavra solta que me fazia questionar se aquilo que eu queria, de fato, fazia sentido.

_ Amor,você já pensou em nos mudarmos para um lugar maior?

Gilberto perguntava.

_ Será que você não está sacrificando muito da sua vida por um trabalho tão exigente?Talvez montar um consultório só baste, assim poderíamos viajar mais.

Ele sugeria.

Gilberto parecia sempre ter a resposta para tudo. E, de alguma forma, ele me convencera de que eu deveria deixar para trás minha vida social, meus amigos, minhas ambições de crescer, para estar com ele. Eu não percebia que, aos poucos, ele estava me enredando em sua teia. E, antes que eu percebesse, os meses haviam se transformado em anos, e eu não falava com ninguém de antes. Minha rotina se resumia a plantões, bebidas, cigarros e muita comida. Assim nossa rotina foi mudando, não só isso, mas meus gostos, minha aparência. Antes um jovem com o corpo definido, agora não tão velho na idade, mas a aparência no espelho demonstrava alguém que eu já não queria mais contemplar. a barba já com pêlos amarelados assim como os dentes devido ao tabagismo, a cabeça já apresentava alguns fios grisalhos. meu corpo flácido e cada vez mais inchado, e por que não dizer gordo adiposo devido a uma dieta calórica, industrializada, mas ele não parecia estar cada dia mais bonito. cabelo sempre bem cortado e pintado, corpo sarado, tonificado, esculpido como um deus grego que ele fazia questão de exibir adornado de joias, correntes, relógios, brinco e roupas de marca. De nada se lembrava do humilde, magro praticamente sem teto que eu conheci.

A forma como me tratar também havia mudado, antes eram muitos elogios e carinhos, agora nem me tocava mais, sempre me culpando de algo, exigindo algo, me acusando, me xingando ou seja o que antes eram carinhos e sexo se tornaram brigas e torturas pisicologicas. sempre querendo saber onde e com quem eu estava, por outro lado não parava mais em nosso apartamento principalmente depois que me convenceu a compar um carro para ele. Estava sempre fazendo “negócios”, porém sem nunca revelar a natureza desses empreendimentos, o dinheiro também nunca aparecia de sua parte muito pelo contrário cada vez mais exigia quantias maiores, um cartão de banco dependente com limite que sempre era aumentado.

Gilberto já não me fazia mais sentir especial. Em vez disso, ele me fazia sentir responsável por ele, como se minha vida e minhas escolhas fossem agora sua única prioridade. E, de alguma forma, ele soubera me convencer disso. Quando finalmente conversei com os poucos amigos que restaram, percebi a extensão da manipulação. Eles tinham tentado me avisar. Tinham falado sobre como ele usava o charme para afastá-los, como ele tornava cada encontro algo desconfortável e desnecessário. Mas eu não quis ouvir. Achava que sabia o que era melhor para mim.

Por sorte, se assim posso dizer a ambição de Gilberto o delatou e como um tapa em minha cara me fez despertar.

Eu estava no plantão, havia acabado de atender um paciente quando meu celular toca e vejo a ligação do meu pai, o que me pareceu estranho já que ele praticamente nunca falava comigo, muito menos me ligava.

_ Augusto, você sabe que o apartamento onde você mora está em meu nome, certo? Gilberto tentou vendê-lo. Fui alertado por um corretor. O que está acontecendo aí, filho? Tentei não me meter em seu… relacionamento, sabe que não entendo esse seu… gosto, enfim, mas podia ter ao menos ter encontrado alguém do seu nível. As vezes acho que você faz isso só para me contrariar, um mendigo?

_ Olha pai eu não tinha a mínima ideia que o Gilberto estivesse fazendo isso, de fato não contei a ele que esse apartamento era do senhor.

_ Esse não é o ponto Augusto! Parece que está enfeitiçado, acorda garoto o cara está tentando te roubar.

_ Se fosse a alguns dias atrás pai, eu desligaria esse telefone e passaria um bom tempo sem olhar na sua cara, mas agora… acho que vou precisar da sua ajuda, podemos nos encontrar?

E assim aconteceu, não sei como, mas eu juntei as últimas forças e o resto de dignidade que ainda corria em minhas veias e fui encontrar com meu pai. Assim que meu pai me viu ele fez uma expressão que nunca mais vou esquecer, era de do, de pena.

após uma breve conversa com meu pai ele praticamente criou uma força tarefa para me ajudar. ligou para o advogado da família, para um psicólogo e contratou uma agência de detetives. Naquela noite eu não voltei ao apartamento.

Eu não queria mais encarar meu algoz, se quer ouvir sua voz, mas meu celular não parava de me ligar ou chegar mensagens a gota d'água foi quando alguns amigos começaram a me mandar mensagens dizendo que ele, gilberto está me procurando. mandei mensagem para ele dizendo que eu precisava fazer uma viagem de emergência e que quando voltasse eu explicaria tudo com calma era assunto de família. o Psicólogo compreendeu minha situação e me deu um afastamento do trabalho.

De pronto me internei em uma clínica de reabilitação para me livrar do álcool e do tabagismo e isso acabou me ajudando a me dar um pouco mais de acesso a realidade, pela primeira vez eu podia enxergar como minha vida tinha tomado um rumo totalmente inesperado com a chegada de Gilberto nela.

Um mês depois eu estava de volta, eu até queria ficar mais, porem eu tinha compromisso com o hospital. além disso meu pai tinha novidades com relação as investigações sobre a vida de Gilberto. descobrimos que ele realmente era orfão, tinha sido criado pela avó que preferia ver o demônio que ele. Ela havia o expulsado de casa aos quinze anos ao descobrir seus pequenos furtos dentro e fora de casa, pequenos golpes tinha feito dele um conhecido da polícia em sua cidade natal. Depois de passar por algumas cidades ele finalmente chegou ao meu estado e eu não tinha sido o primeiro a cair em sua armadilha outros dois caras já tinham sido enganados por ele, porém dívidas com pessoas perigosas tinham feito com que ele tivesse dado um jeito de sumir do radar o que fez com que ele acabasse onde eu o encontrei. E não foi so isso descobri que ultimamente ele estava se encontrando não apenas com um, mas com algumas pessoas homens e mulheres videos de encontros e ate de sexo explicito foram me mostrados fazendo o pouco de chão que eu ainda tinha sobre meus pes roirrem.

Tomado por uma emoção sem qualquer amparo pela lógica ou razão fui direto para o apartamento, quando cheguei em já estranhei um carro diferente na vaga da nossa garagem. Entrei em no apartamento e as luzes estavam apagadas, fui andando em direção ao quarto desabotoando os botões do pulso da camisa e quando entro no quarto me deparo com aquela cena: Gilberto meu marido em pé na ponta da cama metendo em um rapaz que estava de quatro em minha cama os dois completamente nús.

Grito o nome de meu marido, o rapaz da um pulo da cama pegando suas roupas espalhadas pelo chão enquanto Gilberto com a cara mais cínica do mundo calmamente pega sua camisa e começa a se vestir e ainda diz para o rapaz:

_ Relaxa, depois eu te ligo!

E aínda uma piscadinha.

_ Não acredito que você fez isso e na nossa cama?

Mesmo com tudo o que eu havia descoberto e até mesmo visto em fotos e vídeos ver aquela cena ali, real na minha frente, nem sei como explicar, era ilógico e irreal, meus sentimentos de nojo, raiva, traição, de me sentir um nada e para completar ainda ser humilhado como fui.

Gilberto agressivamente me arrasta e me segura na frente do espelho. Um pouco atrás de mim me colocando em primeiro plano na frente do espelho de modo que eu também o visse, meu marido me humilha dizendo:

_ Está se vendo? Agora olha para mim, está vendo a diferença? Olha meu peitoral definido, contemple os gominhos do meu abdômen e agora olha essa sua pança, esse tonel de gordura! Acha mesmo que eu vou ter tesão para ficar com você? Viu o cara que acabou de sair daqui? Tem comparação?

Me humilha Gilberto, passando a mão e apertando meu corpo com deboche, com desdém me causando nojo, repúdio dele e vergonha de mim mesmo.

Me empurrando Gilberto me joga no chão, apesar do meu tamanho e massa corpórea devido ao abalo psicológico eu não estava sequer aguentando o peso de minhas próprias pernas e cai feito uma fruta podre no chão me fazendo sentir dor, mas sinceramente eu não sabia que dor era maior a física ou a emocional de ser tamanhamente humilhado daquela forma.

Gilberte veste uma calça se perfuma coloca uma camisa sem abotoar adornado com suas correntes e relógios pagas com meu dinheiro e diz passando por cima de mim como se eu fosse um monte de bosta de cachorro.

_ Já que meu maridinho voltou agora é minha vez de sair, não sei se volto hoje é melhor não me esperar.

Humilhado, jogado no chão, dolorido por dentro e por fora eu chorei. Não sei por quanto tempo, so sei que chorei.

Continua…

Ps. Sei que muitas pessoas passam pelo que eu passei, muitas ainda vivem nessa situação e ver uma luz no fim do túnel é difícil, mas acredite ela existe, ela está lá e para provar isso gostaria que quem já passou por algo semelhante de uma palavra a quem está lendo e se identificando para que essas pessoas percebam que não estão só. força amigos!

Autor: Mrpr2


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Comentários

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Quero ver Augusto botando o Gilberto no lixo, essa estória é super um gatilho pra mim, por que vivenciei algo bem parecido com isso e eu me libertei, hoje em dia não deixo homem nenhum ditar ou dizer o que eu devo fazer... por isso não me prendo a homem nenhum, muito melhor viver na putaria haha.

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Agora a parte boa começa, quero ver a humilhação e o desespero do Gilberto.

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