Ela resolveu ajudar.

Um conto erótico de Lelis (por Leon Medrado)
Categoria: Heterossexual
Contém 9194 palavras
Data: 30/11/2024 19:30:33
Última revisão: 01/12/2024 13:54:00

Ela resolveu ajudar.

Trabalhávamos numa agência de publicidade. Stuart como diretor de criação. Eu, Lelis, como designer. Mahria chegou depois e trabalhava no atendimento.

Mahria é daquelas garotas que a gente só vê em revista de moda, em foto de publicidade ou em rede social com milhares de seguidores. Linda, estonteante. Aquela que basta ver, já estamos querendo. Uma morena cor de jambo, de 1, 70 m, com cabelos pretos encaracolados, na altura dos ombros, olhos azuis que pareciam uma pedra preciosa, um rosto lindo, com uma boca de lábios carnudos e dentes perfeitos. Filha de um Holandês com uma cabocla do Recife. Corpo escultural, seios médios firmes e uma bunda saliente que ela sabia rebolar naturalmente. No começo éramos apenas amigos, nos divertíamos trabalhando juntos, e havia uma grande interação, de amizade, e companheirismo.

Claro que nós dois, eu e o Stuart, nos interessamos por ela. E de forma não declarada, surgiu uma rivalidade. Nós já disputávamos um pouco no campo profissional. Somos criativos e isso de competir pela melhor ideia é natural.

O Stuart sempre foi muito metido a gostoso, extrovertido, bonito de rosto, cabelo preto liso, caía um pouco sobre a testa. Corpo bem desenvolvido, tem ginga e bossa. Um sorriso safado, e um olhar sempre atento. É inteligente, sabe usar as palavras, escreve textos bonitos, e tem ideias sempre inovadoras. Estava em ascensão na carreira. Claro que com isso, fazia e faz sucesso entre as garotas. E o fazia muito confiante.

Eu, sempre fui mais na minha, também tenho bom físico, sempre surfei e joguei futebol, pratiquei Taekwondo por uns anos, e cheguei a faixa marrom no Jiu-Jitsu. Então, em termos de corpo, eu também não deixava por menos. Sou loiro, tenho boa estatura, tal como o Stuart, meus olhos são azuis acinzentados, cabelos compridos que uso amarrados com rabo de cavalo, ou com uma bandana de couro. Mas, apesar de gostar de conversar, sou menos galhofeiro, menos zoador e falante do que o Stuart.

Logo que pintou o clima de interesse e de paquera, a Mahria que era bem esperta, entrou no clima, e ficou dando corda, mas não avançava nada. Só no charme. No começo eram apenas olhares, sorrisos e algumas falas discretas. Parecia que jogava com os dois.

No trabalho, éramos colegas normais, mas, no happy-hour, sempre tomávamos umas cervejas com tira-gosto, ou uma caipirinha, antes de ir para casa.

Eu gosto de uma cachaça pura, de engenho, e eles acabaram gostando também. Tomávamos no “estilo cowboy”, sem gelo, em copinhos pequenos. Sabendo tomar, com calma e moderação, mastigando um tira-gosto, alegra, mas não embebeda.

Quem trabalha em agência de publicidade sabe que a gente entra cedo, e não tem hora certa para sair. Geralmente, quando dava um happy-hour na sexta-feira, já era mais tarde. Passava das 21h00.

Com isso, a gente esticava no boteco até perto das 23h00 antes de ir para casa. E cada um morava para um lado da cidade, então, nem pegávamos o mesmo trajeto. Stuart tinha um carro mais novo, melhor do que o meu. O dele era um HB20, o meu, um carro popular, um Renault Sandero, seminovo, mas não um modelo de luxo. A Mahria tinha um outro carro popular, um Fiat. Aconteceu que a Mahria sofreu uma batida no trânsito e ficou sem carro por uns tempos, enquanto o dela ia para o conserto. O Stuart, esperto, tratou logo de se oferecer para dar carona, mesmo que se desviasse do seu trajeto, e a Mahria só aceitou se pudesse rachar o combustível.

Naquela semana o Stuart teve uma bela vantagem, pois quando saíamos do trabalho ele ia levar a Mahria em casa, e era um trajeto que dava tempo de uma boa aproximação. E foi o que ele fez. Tratou de chegar junto da garota.

Mas, eu já desconfiava como a Mahria também era difícil de ser conquistada, e mesmo a gente tendo uma ótima amizade, ela não deixava passar disso. O Stuart foi se insinuando, e ela segurando as pontas, se esquivando, não dando muito espaço.

Fiquei sabendo disso, primeiro, por ela, que num momento em que estávamos apenas os dois me contou que o Stuart estava chavecando bem e marcando em cima. Eu sorri, e falei:

— Você deu espaço. Ele achou que estava na dele.

— Como dei espaço? – Ela reagiu indignada.

— Mah, você é um pedaço do céu em forma de mulher, e fez muito jogo de sedução com a gente, que até eu senti. Se não foi por querer, talvez tenha sido sem querer, seu jeitinho sensual despojado, é irresistível, e pareceu que queria brincar. – Eu disse, já sabendo que ela ia acusar o golpe.

— Que isso? Você acha isso? – Ela questionou.

— Acho o quê? Que você é tentadora? Ou que pareceu que estava seduzindo?

Mahria parou, me observando. Ficou séria, e perguntou:

— Eu sou tentadora? Como é isso? Me explique.

Olhei para ela, calmo, evitando mostrar que eu estava jogando também:

— Mah, você é a mulher mais atraente, sexy e interessante que eu conheci nos últimos anos. Tem charme, beleza e sex-appeal de forma totalmente natural. Você é sedutora sem se esforçar. É por isso mesmo que está no atendimento da agência. Ali você é imbatível.

— Como é? – Ela questionou.

Expliquei:

— Os clientes ficam torcendo para poder receber a sua visita, ou se reunir com você. Não percebe? Desde que você entrou na equipe que o Stu ficou todo animado. Derrubou logo uma asa para o seu lado. Só você não viu? Vai dizer que você não sabe o poder que tem? Se eu não fosse um solteiro convicto, fugindo de tentações, caía nessa também!

Mahria me olhava fixamente com aqueles olhos azuis que me deixavam enfeitiçado. Ela disse:

— Nossa, não recebo um elogio desses faz muito tempo. Acha que eu sou isso tudo mesmo?

Eu dei risada. Esperei um pouco para aguçar a curiosidade dela e disse:

— Não, não acho nada. Mentira, estou só chavecando você também. – Dei uma ligeira pausa, vendo que ela torcia o nariz. Depois falei:

— Qual é garota, vai dizer que você não sabe o poder que tem?

— Ah, fala sério Le! Está me tirando? – Ela sorria, mas estava meio invocada.

— Não, não estou tirando nada. Estou contando com sinceridade o que eu acho de você, e explicando que o Stu ficou logo, desde o começo, parado na sua, e na primeira oportunidade, se mostrou interessado. E pode ter achado que você também estivesse na dele. Não está errado ele, foi o que pareceu. – Respondi.

Mahria era boa também de controlar as coisas e as emoções. Disse:

— Obrigada. Vindo de você me agrada muito essa sua visão. Sei que você não fala à toa. Mas eu não estive dando mole para o Stu. Gosto dele como colega, é um rapaz muito atraente, sedutor, mas, não tanto a ponto de eu me interessar em ficar com ele.

Eu sabia que não podia aproveitar a deixa, se eu entrasse no jogo, ela recuaria. Então, apenas disse:

— Bom, então, se você me confundiu, ele também pode ter confundido. Você deve ser bem objetiva para ele entender que não quer nada. Senão ele fica achando que está apenas dificultando as coisas. E vai insistir.

Mahria ficou me olhando, séria, pensativa, por alguns momentos, ia falar alguma coisa, mas ouvimos que o Stuart estava chegando e mudamos de assunto.

Naquele dia, na carona de volta a Mah deixou claro que não queria envolvimento com o Stuart. E no dia seguinte, quando ela estava fora, ele me confidenciou que ela deu uma posição, dizendo que não queria nada além de amizade. Ele estava desapontado.

A Mahria, no final do dia, me pediu carona. Foi um sinal de corte dela para ele. Isso afetou bem o nosso amigo, que ficou bem mordido com aquilo. Percebi sua reação.

No primeiro dia, eu e a Mah não falamos nada sobre aquilo. Eu dei carona e me mantive sempre discreto, como amigo. Até que no segundo dia, ela já comentou:

— Você reparou como o Stu ficou diferente? Está calado, mais distante, e menos brincalhão com a gente?

Eu fiz que sim, e comentei:

— Ele não esperava nada disso. Achava que você estava na dele. Ele sempre consegue ganhar as gatas que pretende. É um pegador acostumado a conseguir. Mexeu com seu orgulho machista.

Mahria concordou, ficou alguns segundos pensativa, e falou:

— Ele é um gostoso, eu reconheço, mas não quero ser presa dele, e fazer parte da sua coleção de conquistas. O Stu não valoriza a pessoa, ele apenas adiciona na lista de suas conquistas. Ceder com ele é endossar isso.

Ela deu uma pausa, esperou um pouco e falou:

— E eu acho que tem gente muito mais interessante do que ele. E eu sei o que eu quero.

Ela esperava que eu avançasse com minha curiosidade, mas eu fiquei quieto.

Já havia aprendido muito sobre as mulheres. Eu sabia que com ela, não podia vacilar. Era ela que tinha que tomar atitude, e se mostrar, se quisesse ficar comigo. Passado um minuto, já perto da casa dela, Mahria falou:

— Você estava falando sério quando disse que nos últimos anos eu sou a mulher mais atraente, sexy e interessante que você conheceu?

Olhei para ela, com um ligeiro sorriso no rosto, e soltei:

— Eu sou um mentiroso. Não acredite em metade do que eu digo.

Falei, e dei uma risadinha maliciosa. A Mah não esperava aquela resposta, num primeiro momento ficou calada me olhando, deu uma murchada, parecia que ficaria com raiva, e só depois que entendeu a ironia. Aí ela brilhou os olhos e falou:

— Puxa, eu achei tão bonito aquilo! Que eu sou um pedaço de céu em forma de mulher! Poesia gostosa de ouvir.

Eu dei uma gargalhada, e respondi:

— Mulher bonita e atraente como você inspira o poeta. Para você ver que eu não sou apenas um designer, mas um bom redator também. Em marketing, e em poesia, eu me garanto.

Esperei que ela perdesse novamente o embalo. Estacionei o carro na frente do prédio onde ela morava, e então fechei a conversa:

— Mas, sei que esse pedaço mais tentador do céu, veio para a Terra com um demônio junto, para deixar a gente completamente fora de controle. Se você quer saber, esse seu jeito me pegou de jeito. Fiquei com medo.

Num movimento impulsivo, ela colocou a mão na minha nuca e veio me dar um beijo de língua de perder o fôlego. Aquele beijo demorou um minuto ou mais, chupado e intenso. Quando parou, ela disse:

— Eu sei o que eu quero. Eu estava jogando charme para você, não para o Stu. Mas, você ficou na retranca.

Eu me mantive olhando para ela, sem acreditar, mas ela voltou a me dar um beijo. Notando que eu me continha, falou:

— Você é difícil né, guri? Pode beijar! Tem medo de mim?

Eu sorri, era hora de eu dar o xeque-mate:

— Sinceridade? Morro de medo de me apaixonar.

Mahria parou, me olhando diretamente nos olhos. Sua beleza ali naquele momento era algo que incomodava. Eu estava até sem ar. Ela disse baixinho:

— Eu já me apaixonei. Posso dizer, e não tenho medo.

Eu estava preocupado com o dia seguinte:

— Mah, veja bem. Trabalhamos juntos, e o chefe de criação é o Stu. Ele não vai gostar nada disso. Vai ser complicado se você externar isso. Temos que ser discretos. Acho que seria melhor para nós dois.

Mah ouviu e abanando a cabeça, em discordância, falou:

— Não tenho que dar satisfação da minha vida, e nem você. Se ele misturar as coisas seria uma estupidez.

— Mas, por favor, pense que pelo menos por uns dias, podemos manter isso em segredo. O que acha? É estratégico. – Eu disse.

— Não tenho que esconder nada. – Ela contestou.

Mahria estava juntando suas coisas para sair, e falou:

— Você me quer? Se me quer, tem que assumir.

Eu falei com ênfase:

— Não quero algo assim com tanta intensidade faz muito tempo. Claro que eu a quero. Se o céu resolveu cair no meu colo, eu só abraço. Só queria evitar de a gente aguçar a revolta do Stu. Quero evitar uma rivalidade que pode nos afastar.

Ela me deu um beijo mais calmo, gostoso, e depois respondeu:

— Amanhã, é sexta-feira. O Stu que se vire. Podemos pensar em testar essa paixão que você disse que tem. Agora tenho que ir.

Eu gostava daquele jeito direto e assumido dela. Mahria abriu a porta e saiu do carro, me deu uma olhada sorridente, e disse:

— Boa noite, gostosão. Amanhã a gente aproveita.

Eu respondi:

— Se meu coração aguentar até amanhã, sem capotar.

Ela riu, e saiu rebolando, para entrar em seu prédio. Ela sabia que eu estava de olho naquela bunda. Eu esperei que ela entrasse e parti. A cabeça viajando a mil por hora.

Na hora, durante o trajeto de volta, me lembrei de um caso que Mahria certamente não sabia. Antes dela chegar para trabalhar na agência, eu tinha uma namorada, a Mabelle, que também era muito gata. Mas era linda mesmo. Nossa relação era ótima. Estávamos juntos já há quase um ano, e ela já vivia no meu apartamento fazia seis meses. Não pensávamos em casamento, mas era como se fosse um casamento. Acontece que com a atividade da agência crescendo, me consumindo muito, trabalhando muitas horas até as 22 horas, ela foi ficando desanimada, eu chegava sempre tarde, e cansado. Tinha pouco ânimo para sair nas sextas-feiras, ou aos sábados. No começo a gente ficava junto em casa vendo filmes. Era gostoso. Fazíamos pizza, ou salgadinhos e ficávamos juntos. Mas ela foi sentindo falta de sair e badalar. Mabelle trabalhava de secretária executiva, trilíngue, da diretoria de uma grande empresa. Tinha horários certinhos. Adorava sair, dançar, e sentia falta disso. Até que uma noite, quando eu cheguei em casa, Mabelle estava toda arrumada, num vestido tubinho justo de malha, azul-marinho. Maquiada e perfumada, me disse que ia sair junto com um casal de amigos. Nós não tínhamos uma relação ciumenta, ou de cobrar ou controlar o que o outro fazia ou deixava de fazer. Por isso ela naturalmente decidiu que ia sair e me informou. Mas eu sabia que ela estava mostrando que não queria ficar em casa e tomara essa decisão sem perguntar.

Enquanto eu me despia da roupa de trabalho ela contou que esse casal tinha um amigo que iria junto no barzinho, e eles a chamaram para fazer companhia a ele.

Naquela noite, eu estava estourado de tanto trabalhar, tivera uma semana exaustiva, querendo descansar, e concordei que ela fosse, sem problemas.

Não tinha ciúmes ou insegurança. Tomei meu banho, jantei, vi um pouco do último noticiário da noite e depois fui dormir. Dormi bastante e só despertei quando a Mabelle chegou. Mas, só acordei mesmo na hora que ela já veio se deitar ao meu lado. Eu senti o cheiro perfumado de sabonete ou de creme hidratante. Percebi que ela havia tomado banho há pouco. Na hora, achei normal, pois sempre tomávamos banho antes de dormir. Fiquei um tempo quieto, pensando para ver o que ela iria fazer, e pouco depois ela já ressonava, num sono profundo. Como havia deitado muito cedo, não dormi mais.

Senti vontade de urinar, me levantei sem acordá-la, e fui ao banheiro. Estava urinando, meio distraído, quando olhei o box do chuveiro, e vi que estava totalmente seco. A dedução óbvia foi que ela não havia tomado banho ali. Olhei no cesto de roupas e vi a roupa que ela havia utilizado para sair. O vestido tubinho de malha azul jogado no cesto, mas não vi o sutiã. Também não vi a calcinha. Peguei a roupa e cheirei, senti que além do perfume dela, tinha cheiro de cigarro, e de outro perfume que eu não identifiquei. Ela não fumava, então deduzi que quem estava com ela era fumante, e que se abraçaram. Peguei então o vestido e olhei por dentro. Havia uma mancha úmida e melada perto de onde fica o traseiro, e ao cheirar senti aquele aroma característico de xoxota misturado com água sanitária. Estava claro que havia porra misturada ali. Certamente, ela já sem calcinha, sentada no carro, escorrendo da xoxota, havia molhado a roupa por dentro. Eram evidências bastante claras, mas, embora eu sentisse uma forte revolta, decidi esperar, resolvi que ia dar corda na conversa quando ela acordasse, e saber o que ela me contaria.

Naquele momento eu já estava bastante abalado e triste. Fui até à cozinha, beber água, e olhando pela janela, vi que o dia já havia amanhecido. Conferi as horas no relógio digital de parede e já passavam das 6h30. Ela estivera das 22h00 às 6h00, mais do que sete horas fora de casa. Dava até para fazer uma viagem internacional.

Eu nunca havia passado por uma situação como aquela. Não tínhamos uma relação cheia de cobranças e nem de ciúmes, éramos bastante tranquilos e confiávamos um no outro. Nossas atividades eram bem lives, embora nossa relação fosse estável, e não aberta. Também havia um grande ambiente de diálogo entre nós, com sinceridade, então, eu não tinha motivos para ficar criando muitos fantasmas. Mas eu pressentia que ela havia feito sexo com outro e aquilo foi algo que me incomodou. Mabelle era uma gata linda, gostosa, cabelos castanhos claros, e um corpo fenomenal. Certamente tinha sido bem seduzida.

Depois de beber água, voltei para o quarto e me deitei, pensando em tudo aquilo. A Mabelle dormia nua ao meu lado.

Com alguma claridade da manhã entrando através das persianas da janela, eu podia vislumbrar seu corpo, agora descoberto pelo lençol. Pude reparar umas marcas mais vermelhas nas nádegas, na sua pele clara. Imaginei que deram bons tapas ali. Fiquei deitado, refletindo, filtrando as emoções, e em duas horas, repassei toda a nossa relação de aproximadamente um ano. Até então, não havia nenhum motivo para ela me trair, sempre foi carinhosa e parceira, e eu entendi que só saberia o que houve, depois que ela acordasse.

Por volta das dez e meia do sábado, não aguentava mais ficar na cama. Eu me levantei e preparei um café da manhã. Servi tudo na mesa que era como uma bancada, e separava a copa-cozinha tipo americano. Meu apartamento era pequeno mas muito bem projetado. Eu me sentei, bebendo meu café e comendo torradas com manteiga e mel. Senti as mãos dela me acariciando os ombros e um beijo em meu pescoço. Me virei e vi que Mabelle estava com um roupão bege, curto, de amarrar na cintura. Convidei para que se sentasse em meu colo, e ela aceitou. Eu fazia muito aquilo. Com isso, o roupão se abriu e eu pude ver a xoxotinha que parecia um pouquinho inchada e avermelhada. Não tive mais dúvida, ela havia feito sexo. Isso eu já sabia. Mas não dei sinal de ter desconfiado, beijei-a e a convidei para que tomasse café. Ela se sentou no banquinho à minha frente, do outro lado da bancada, e se serviu de café. Depois pegou uma torrada e eu perguntei, na maior inocência, como tinha sido a noite com os amigos.

Mabelle parou de passar manteiga na torrada, me olhou por uns instantes, pensativa, depois falou:

— Foi boa. Eles são animados e divertidos. Eu estava com saudade. Começamos num barzinho, tomando uns drinques, só para o esquenta, onde conheci o amigo deles, e depois fomos para outro bar, onde se pode dançar, e ficamos até quase amanhecer.

Eu mantinha a tranquilidade, esperando as informações:

— Dançou bastante? Que bar foi? O tal amigo é legal?

Ela tinha terminado de passar a manteiga, deu uma mordida, mastigou com calma, para ganhar tempo de pensar o que dizer, deu um gole no café, engoliu, e depois falou:

— Foi no Marrakesh. É bem legal.

Eu olhei meio intrigado, pois não esperava que fosse aquele:

— Mas, esse não é um bar de swing? Em Moema?

— Isso, esse mesmo. – Ela respondeu. A minha amiga queria conhecer. Aí, aproveitei. Também estava curiosa.

Fiquei olhando para ela, esperando se ela falava mais alguma coisa, pois não queria ter que perguntar.

Ela tomou o café, depois me olhou fixamente, analisando meu semblante. Eu tentava não mostrar que estava descontente, mas talvez não tenha conseguido pois ela então, em tom de justificativa falou:

— Eu fico meses sem sair à noite. Sem me divertir um pouco fora de casa. Você nunca está a fim. Ontem eu decidi, e me permiti uma saída noturna. Me soltar um pouco. Estava precisando.

Eu concordei com a cabeça, e falei:

— Acho muito justo. Me desculpe por não sair, você tem razão. Eu reconheço que não sou muito da balada. E foi bom? Dançou bastante?

Ela não se segurou muito mais. Esperta, deve ter imaginado que eu já desconfiava do que havia feito. Disse:

— Então, melhor dizer logo, tenho que confessar. Fomos, conhecemos o lugar, bebemos, ficamos animados, o clima lá é muito estimulante, tem shows eróticos, strippers, e ambientes mais íntimos. Vi casais fazendo sexo numa cama enorme, cheio de gente em volta. Acabei me excitando, não aguentei, cheia de tesão, e me envolvi. No final, quando eu menos esperava já estava numa cabine fechada, transando, nós quatro num mesmo ambiente. Foi intenso.

Ela parou de falar e deu um suspiro, como se dissesse: “Pronto, falei”!

Ela esperava que eu falasse algo. Eu olhava para ela, sem saber o que dizer, e talvez a minha cor tenha denunciado que eu não estava bem, embora eu quisesse parecer bem. Ela perguntou:

— Lelis, você está bem?

Imediatamente, recuperei a minha capacidade de controle, a zonzeira melhorou, o sangue voltou a circular, aquecendo meu corpo, e com uma cara que não disfarçava a frustração ou insatisfação, respondi:

— Bem, bem..., bem mesmo, não estou. Não estou habituado a ouvir pela manhã que a minha parceira foi num bar de swing, passou a noite com um homem que ela conheceu na hora, e fez sexo grupal com outro casal. Mas, antes de mais, preciso entender as suas motivações.

Ela deu uma vacilada, passou a mão no cabelo, um pouco nervosa, parecia que iria se desculpar por algo, mas, desistiu. Notei a mudança em seu semblante:

— Amor, foi só uma coisa de momento, eu estava carente e um pouco frustrada. Na hora, fiquei com tesão, não tive controle, me deixei levar. E fiz.

Ela deu uma parada e eu continuei calado. Ela falou:

— Acabei gostando, entrei na onda, e pronto. Não vou negar. Nem vou tentar diminuir a responsabilidade disso. Eu sabia o que estava fazendo. Me desculpe.

Na hora, ouvir aquilo, foi um choque. Eu entendia que ela tinha o direito de fazer o que tivesse vontade, esse era nosso compromisso desde o início. Nós dois já tínhamos falado sobre aquilo, que um deveria sempre respeitar a vontade do outro. A única regra entre nós, era não esconder nem mentir. E ela não escondeu e nem mentiu. Mas, naquele dia, o que mais me incomodou, foi por saber que boa parte da culpa por ter acontecido, era minha. Eu deixei a minha parceira frustrada e carente por muito tempo. E concordei que ela saísse. Então, tinha mais é que encaixar o golpe e respeitar as regras. Ela estava sendo verdadeira, confessou, e sem disfarces. Acho que a minha fisionomia não era a das mais agradáveis porque ela me olhava meio assustada. Eu disse:

— Você está certa, e estava no seu direito. Teve vontade, fez, assumiu, e não escondeu. Tudo bem. Só que eu não esperava. Só me dá um tempo para eu assimilar, processar e superar. Não é algo que eu fique feliz, saber que você estava dando para outro, ou outros, em vez de estar comigo, mas, em parte, assumo que é culpa minha. Então, está tudo certo.

Ela respirou fundo, como se fosse falar algo, mas parou, deu outra respirada e disse:

— Não imaginava nada disso! Foi acontecendo. Não foi premeditado. O Marcus é amigo desse casal, eu não o conhecia, é um sujeito envolvente, o clima ajudou, eu acabei aceitando. Mas, foi apenas isso.

Na hora, mesmo sabendo que as regras eram aquelas, e que ela não havia violado as regras, eu não estava satisfeito, não recebi bem a notícia, e como se precisasse justificar meu sentimento falei:

— Apenas isso? Você chegou de banho tomado. Não tomou aqui. Você não fez questão que usassem camisinha, deixou que gozassem dentro. Tem ideia do risco que é isso?

Ela me olhava mordendo o lábio. Admirada, perguntou:

— Como sabe isso tudo? Me investigou?

— Você cheirava a sabonete ao se deitar ao meu lado, mas o box do nosso chuveiro estava seco. Retirou sua roupa no banheiro e deixou jogada no cesto, olhei, e tinha porra melada por dentro, no seu vestido. E sua calcinha e sutiã não estavam ali.

Já irritada, sabendo que eu estava certo, ela disse:

— Nossa! Fez uma investigação completa! Tudo bem, você sabe que eu tomo pílula, por isso não me liguei na camisinha. Estava com gente que confio. E deixei a calcinha pois estava suja demais. Muito melada. O sutiã está na minha bolsa, onde retirei e guardei logo quando entrei no Marraquesh.

Fiquei calado. Sentia uma tristeza muito grande. Como se tivesse perdido algo muito importante.

Ela deu uma parada, pensou, e se desculpou:

— Mesmo assim, você tem razão. Podia ter pedido que usassem preservativos. Por favor, me desculpe. Na hora não me ocorreu. As coisas foram acontecendo e eu fiquei sem controle.

Resolvi continuar falando para saber mais:

— Tudo bem. Não precisa se explicar mais. Já entendi. E como foi o sexo? Valeu a pena?

Mabelle acenou com a cabeça. Me observou atenta e vendo que eu já estava controlado, parecendo calmo, em tom mais baixo, falou:

— Não sei por que você quer saber. Mas, sim. Foi muito bom. Isso tenho que reconhecer. Os dois tem boa pegada.

— Os dois? – Perguntei.

— Sim, os dois.

Ela deu uma parada, respirou e falou:

— Não quero omitir nada. Eles me chuparam, os três, até minha amiga que é bi. Eu senti muito tesão, e transei com cada um deles, e depois fiquei com os dois juntos. Minha amiga é safada, gosta de tudo.

Ouvir aquela descrição da safadeza deles me excitou um pouco, mas eu mantive a postura calma, deixando que ela contasse. Por dentro eu estava bem detonado. Comentei:

— Nossa, foi uma noite para não esquecer! Muita sacanagem.

Ela, notando que eu não criticava, ficou mais confiante:

— Foi bastante tempo de sexo, mudando parceiros e posições. Acho que gozei umas quatro vezes. Tenho que assumir. Nunca tinha feito nada assim.

Eu estava meio invocado. Ouvindo-a falar me dava um certo tesão, imaginando as cenas, mas também estava incomodado de saber aquilo. Sentia ciúme e um forte impulso de revolta. Por isso, não reagi muito. Disse:

— Pelo menos valeu a pena. Tudo certo. Aproveitou.

Continuei calado. Pensando. Ela preocupada perguntou:

— Você me perdoa?

Respondi o que estava pensando:

— Preciso de um tempo para saber o que farei com isso, depois disso.

Ela se levantou e tentou se aproximar, para se sentar no meu colo, mas eu fiz um gesto com a mão esticada, indicando que esperasse. Na hora eu sentia um pouco de raiva. Ela parou. Eu falei:

— Sinceridade é essencial, e eu estou sendo sincero. Não esperava por isso. Não fiquei satisfeito com o que aconteceu. Preciso de me adaptar a essa nova situação.

Ela reagiu meio chateada:

— Não mudou nada, amor, foi só sexo mesmo. Eu amo você, não fiz nada que mudasse isso. Não foi nada que eu já não tivesse feito antes de conhecer você.

— Para você pode ser isso. Pode não mudar nada, mas, para mim, mexeu comigo. – Respondi abanando a cabeça.

Naquele momento, tocou o telefone na sala, e ela correu para atender. Eu cheguei na porta que dava da copa para a sala, a vi pegando o telefone sem fio que estava na mesinha ao lado do sofá. Ela parou, me mostrou o visor e disse:

— É o Marcus. Posso atender?

Na telinha luminosa do visor, aparecia o número que estava chamando, e eu conhecia aquele número. Fiz que sim e ela atendeu:

— Oi Marcus. Bom dia....

Ela esperou um pouco. Ouviu, e respondeu:

— Sim, descansei.

Deu uma pausa, ouvindo.

— Tudo bem, estou bem... – Fez outra pausa.

— Sim, obrigada. Agora não posso. Falamos mais tarde.

Ela desligou, mas eu já não estava mais prestando atenção. Minha cabeça buscava localizar na memória aquele número. Sim, logo a certeza bateu bem rápido, era o Marcus Stuart. O sujeito que saiu com a minha Mabelle, era o meu chefe de criação na agência.

A partir daquele momento, eu não estava mais raciocinando direito, fui saindo da sala, entrei no quarto e procurei uma roupa para me trocar. Precisava sair dali e pensar com calma. Logo a Mabelle veio atrás falando:

— Ele ligou para saber se estava tudo bem comigo. Sabe que eu tenho namorado.

Na hora, eu não estava com vontade de ficar perto dela, sentia um pouco de raiva e frustração, e o jeito era sair. Enquanto me vestia eu disse:

— Tudo bem. Disse a ele que o corno está bem? O que eu não sei é se está tudo bem com a gente. Vou ter que dar uma saída, ficar sozinho, esfriar a mente e pensar melhor. Não estou em condições de conversar. Volto mais tarde.

Ela ainda tentou me reter, conversar, implorou, mas eu fui ríspido:

— Por favor, eu respeito a sua vontade de fazer o que desejar, quando desejar, mas peço que respeite a minha maneira de receber e processar isso. Preciso sair e ficar sozinho, quero pensar em tudo.

Ela ficou parada me olhando. Estava branca como cera. Me aprontei, e sem me despedir, saí. Peguei o carro e andei meio a esmo, por duas horas. Eu nunca imaginei que ficaria tão incomodado com algo daquele tipo. Eu sempre achei que era um liberal, e que uma transa fora da relação não nos afetaria. Era isso que eu achava. Mas, aquela, naquelas condições, me afetou, e eu estava embaralhado.

A verdade é que ao saber que era o Stuart que tinha saído com a minha Mabelle, fiquei tão invocado, revoltado e frustrado, que perdi completamente o encanto que eu tinha naquele relacionamento com ela. Não saberia explicar. Foi algo estranho, uma bomba de implosão interna, detonando imediatamente o meu envolvimento afetivo com ela. Naquele momento meu peito sentia apenas tristeza e frustração.

Na verdade, eu fiquei meio enojado com a situação, a sensação que eu tive é de que ela já sabia o que ia acontecer antes de sair. Deduzi que a amiga devia ter armado para apresentar o amigo a ela. E ela tinha resolvido experimentar. Me vi chocado com a forma direta e sem medo que ela contou, e como se deixou levar. Mesmo me considerando um sujeito liberal, percebi que não estava preparado para superar aquilo. Meu coração reagiu de forma clara, esfriou. E eu tinha que ser sincero com ela.

Ao regressar à casa, duas horas depois, encontrei a Mabelle triste, deprimida, e eu também estava. Quando eu entrei ela veio ao meu encontro, como sempre fazia, para me dar um beijo, mas eu recusei. Pedi que ela esperasse. E já que tinha que ser feito, pois era o que eu queria, tratei logo de dizer:

— Olha, estive pensando, não assimilei o golpe. Não imaginava reagir assim. Não me fez bem, pensei que poderia superar, e não superei. Tomei uma decisão. A partir de hoje, eu não tenho condições de continuar junto com você. Eu a quero muito bem, mas estou sentindo uma rejeição enorme, e meu sentimento não é mais como era.

Mabelle tentou falar algo mas eu a interrompi:

— Não vou conseguir continuar nossa relação. Você pode ficar aqui, até decidir para onde vai. Estamos nos separando. Não temos mais nada. Dormirei no outro quarto, até você ir embora.

Ela me olhava admirada, parecia assustada, não sabia o que dizer. Duas lágrimas rolaram pelas suas faces. Me ouviu de boca aberta. Esboçou uma resposta, abriu a boca, mas, segundos depois, prendeu, suspirou e se calou. Suas lágrimas rolavam e eu, chateado, não queria nem mais ver aquela cena.

Me afastei e entrei no quarto de hóspedes, onde fiquei sentado sobre o sofá-cama, tentando me acalmar. Ela não me seguiu logo. Acho que não acreditava naquilo. Um minuto ou dois depois ela veio, e perguntou:

— Jura que você está falando sério? Eu amo você! Por favor, me perdoe.

Tive que ser frio, mesmo estando arrasado, e falei:

— Mabelle, eu gosto muito de você, mas fiquei traumatizado com o que aconteceu. Não estava preparado. Me doeu muito do jeito que foi. E agora, a partir disso não vou ser um parceiro bom para você. Ficarei um ser revoltado, ácido e inseguro, com você. Melhor a gente se separar. Para não acabar de estragar o pouco de carinho e respeito que ainda resta. Me desculpe, mas eu não a quero.

Mabelle era uma mulher firme. Ela suspirava, soluçando, chorava sem fazer barulho, mas estava abalada. Virou as costas, saiu dali e foi para o nosso quarto. Fiquei ali sentado, como um zumbi.

Uma hora depois eu ouvia alguns movimentos dela andando pela casa, e mais uma outra hora depois, quando saí do quarto para ir à cozinha beber água, ela estava com uma mochila cheia, e uma malinha pronta, perto do sofá da sala. Ao me ver passar disse:

— Me desculpe Lelis. Não queria nada isso. Estou arrasada. Eu gosto muito de você. Sou apaixonada. Mas, vou respeitar sua vontade. Vou para casa de minha irmã. Depois combino para vir buscar minhas coisas. Mas, eu espero que reconsidere. Voltarei se você me pedir.

Eu nada disse. Concordei com a cabeça, sem dizer mais nada. Estava abatido. Deixei que ela fosse embora. E fiquei um dia meio fora do ar. Passei o domingo inteiro anestesiado. Não tive condições nem de comer.

A primeira semana eu trabalhei meio no automático. Percebi que o Stuart não mudou em nada comigo no trabalho, e por isso, desconfiei que ele não soubesse que a Mabelle fosse minha namorada. Eu não deixei que ele notasse nada do meu problema.

Uma semana depois, Mabelle ligou e disse que iria ao apartamento buscar o resto das coisas. Eu não estava em casa e não vi. Quando cheguei ela havia levado tudo que era dela. E jogou a chave por baixo da porta.

Dias depois, o Stuart me contou que ele estava saindo com uma garota muito gata, que havia se separado de um relacionamento estável. Perguntei o nome da garota e ele disse. Então, por ele mesmo, fiquei sabendo que ela ainda saiu com o meu chefe de criação mais umas vezes. Mas, como sempre acontecia, ele logo deixou de sair com ela.

Somente um mês depois que já havíamos nos separado, um dia, o Stuart me chamou numa conversa discreta e perguntou:

— Por que você nunca me contou?

— Contou o quê? – Questionei.

— Que a Mabelle era a sua namorada? A garota que eu saí uma noite e levei no swing! Eu não sabia de vocês. – Ele falou.

— Não falei pois não tinha mais importância Stu. Quando eu soube, já tinha acontecido. Já era. E pelo visto, você não sabia mesmo que era a minha namorada. Foi um acaso. Não ia adiantar nada você saber disso depois que a relação acabou.

— Nossa, mas ela ficou destruída! – Ele disse.

— Também não foi fácil para mim. Você continua com ela? – Perguntei.

— Não, ela não gosta de mim, só saímos poucas vezes, ela gosta mesmo é de você. Ela saiu comigo mais três vezes porque estava desnorteada, parecia muito carente, ficou meio autodestrutiva. Mas, ela sabia que eu não era quem ela queria. Ela é muito legal, você devia perdoar. – Ele respondeu, tentando se explicar.

Decidi fechar a conversa.

— Agora já era, Stu. O caso morreu. Eu não a quero mais. O cristal depois que se parte não se cola mais.

Stuart ficou me olhando sem acreditar. Eu disse:

— De certa forma eu me puni por ter negligenciado minha relação com ela. Aprendi a lição, mas eu perdi o embalo com ela, fiquei travado. Não sei se conseguiria superar o que aconteceu. Foi melhor terminar.

Ele me olhava, pensativo, abanou a cabeça e disse:

— Ela vale um esforço enorme. Você deveria repensar. Quem me dera. Eu bem que queria ficar com a Mabelle, mas ela não me quer. Ela gosta mesmo de você.

Fiz um gesto vazio, de “deixa pra lá” e saí de perto. Demos por encerrada aquela conversa. E não tocamos mais nesse assunto. E os meses foram passando.

Naquele momento, no trânsito, depois de deixar a Mahria em sua casa, enquanto dirigia para meu apartamento, eu refletia que jamais seria o mesmo de antes, com mulher alguma. A ferida que se abre quando acontece, sem a gente estar preparado, sem ser avisado, é muito forte, e incomoda. Agora, estava diante de outro problema. A Mah era um prêmio bem maior do que eu mereceria, pois ela era fantástica, em todos os sentidos. Bonita, inteligente, gostosa, sensual, divertida, corajosa, boa negociadora, e preparada, formada em marketing, tinha tudo para fazer uma carreira brilhante. E parecia ser uma garota muito parceira.

Eu era o sujeito que estava, com muita habilidade, aprendendo a fazer com que ela me desejasse, em vez de mostrar que estava louco por ela. Era a minha estratégia. Eu resolvera ser mais discreto, menos transparente, e deixar acontecer.

No dia seguinte trabalhamos normalmente, e a Mahria manteve a pose discreta, mas depois do trabalho, ela veio na sala de criação, me abraçou e me beijou e o Stuart viu aquilo e ficou olhando, admirado. Exclamou:

— Ah, agora vocês já estão de amorzinho né? O que houve? Assumiram?

Mahria que respondeu:

— Eu estava querendo faz tempo, mas o Lelis não se resolvia. Ele é um sujeito difícil. – Disse ela, sorrindo.

O Stuart fez uma cara de sem-graça e resmungou:

— Porra, não sei o que esse traste tem de especial, mas todas as gatas fantásticas morrem de amores por ele.

Eu percebi ali, que ele, inteligente, plantava uma semente de curiosidade na Mahria. Ela perguntou:

— Todas as gatas? Fantásticas? Quais? Que eu não estou sabendo?

Para não ficar calado, e deixar a resposta para o Stuart, eu falei:

— Eu tive uma namorada, que viveu comigo, ele conheceu, mas isso acabou.

Ele tratou de dizer:

— Maior gata, linda, apaixonada por ele até hoje. E ele não quis.

Claro que a Mahria queria saber mais.

— Que gata é essa? Fiquei curiosa.

Ele aproveitou:

— Uma gata mesmo, bonita e inteligente, apaixonada por ele, e o bobo não quis.

Resolvi matar a conversa:

— Eu não queria mais ficar com ela, achei que era melhor separar. Acabou.

— Ela é apaixonada por ele até hoje. – Disse o Stuart, achando que ia deixar a Mahria insegura. Mas, ele se enganou e aquilo até me ajudou. Ela disse:

— Muito bem, então, perdeu amiga. Agora, já era.

Ela me puxou pelo braço e falou:

— Anda, vamos logo, vamos ver o que essa garota gosta tanto, que eu estou curiosa.

Eu dei risada, e fui saindo puxado por ela. Vi que o Stuart ficou ali nos observando sair, meio desapontado. Percebi que aquilo foi como uma derrota para ele.

Claro que a Mahria estava fervendo de vontade de namorar gostoso, e disse:

— Não tem nada de happy-hour hoje, vamos logo, direto para onde possamos ficar à vontade só nós dois.

Era a palavra mágica para seguirmos para um motel. E começava ali a noite dos meus sonhos.

Mahria era uma mulher bem-resolvida, assumida, e sem mimimi. Logo que entramos na suíte ela me abraçou, me beijou e foi me despindo, dizendo:

— Vamos tomar um banho, adoro sexo no chuveiro, e fica ainda melhor depois do banho.

Despimos nossa roupa entre carícias e beijos, e quando vi aquela mulher escultural, nua na minha frente, percebi que eu havia encontrado o meu tesouro.

Eu notei que a Mahria estava muito assanhada e fui provocando, beijando no pescoço, na nuca, nos seios, ela se esfregava e acariciava meu pau que estava duro como um porrete. Mas, eu demonstrava desejo, sem perder o controle, sem parecer um abobalhado diante daquela deusa, e fui dando banho, falando coisas que a arrepiavam, e em pouco tempo nossa respiração estava ofegante. Entramos debaixo dos jatos de água do chuveiro trocando carícias, e assim foi enquanto nos ensaboávamos. O corpo espetacular daquela garota me deixava completamente admirado. Ela era tão gostosa ou até mais do que a Mabelle que sempre foi espetacular. Havia uma diferença entre elas, só que era mais na atitude do que no físico, pois ambas eram maravilhosas. Mabelle era mais amorosa, mais doce, e a Mahria era mais independente, atirada, sem grandes jogos afetivos ou emocionais. Ela se colocava diretamente sem disfarçar e mostrava o que queria. Mahria era mais direta e objetiva, e tomava a iniciativa sem esperar ser abordada. Tomamos nosso banho lentamente e como as carícias foram se intensificando, eu apalpava sua bocetinha com os dedos enquanto ela me masturbava de leve. Beijávamos com muita entrega e os bicos dos seios dela estavam duros e empinados, prensados contra o meu peito. Meu pau estava entre as suas coxas e pressionava a xoxota.

Mahria suspirava muito gostoso indicando que estava excitadíssima. Não demorou muito para ela se ajoelhar à minha frente e passar a chupar o meu pau com grande habilidade. Deu para perceber que ela já tinha uma boa experiência e não poupava atenção, lambendo e chupando com gosto. Engolia a pica até encostar na garganta, ela aguentava um pouco mas logo retirava procurando respirar. Depois, voltava a engolir e chupar. Com isso, eu fui ficando cada vez mais excitado, e vi que não ia resistir por muito tempo. Então, peguei-a pela cintura, abracei e a levei para a cama, molhados mesmo, e a deitei sobre os lençóis. Conforme ela se deitou de costas, já entrei entre as suas pernas e foi a minha vez de chupar aquela bocetinha linda, lisinha, sem pelos, com um grelinho ligeiramente saliente, como uma azeitona pequenina. Bastou minha língua roçar aquele clitóris macio e a Mahria soltou um suspiro profundo, se arrepiando inteira. Chupei e lambi aquela bocetinha por uns três minutos ouvindo a Mahria ter orgasmos sucessivos, encadeados, gemendo e agarrando meus cabelos:

— Ahhh, que loucura! Que delícia de chupada! Estou gozando muuuuiiitooo!

Depois que ela se contorceu e se debateu gozando bastante, por uns cinco minutos, eu me afastei um pouco, e ela pediu:

— Vem, mete, enfia em mim! Estou tarada!

Encostei a rola na xoxota e fiquei com a cabeça na entrada, apenas atiçando o desejo de ser penetrada. Mahria gemia e repetia sem parar:

— Vem, enfia! Mete, mete tudo! Eu gosto de uma rola bem dura!

— Gosta de uma rola, minha safada? – Perguntei.

— Gosto! Adoro! Ela respondeu.

Fui enfiando bem lentamente, quando ela me agarrou com as unhas, cravando na minha cintura, na altura dos rins, por trás, e me puxou para dentro dela. Meu pau forçou a entrada e senti a boceta quente e pulsando. Logo enterrei a rola inteira dentro da xoxota e Mahria cruzou as pernas sobre meu corpo e me puxava, enquanto eu começava o vai e vem dentro dela. Eu estava me controlando bem e com isso, pouco depois de estar fodendo com muita calma, consegui fazer com que ela acabasse gozando mais uma vez. Dei uma aliviada e ficamos abraçados, namorando. Mahria me fez deitar de costas e subiu sobre o meu corpo. Eu a abraçava e sugava seus mamilos arrancando gemidos de prazer.

Mahria sussurrava:

— Gosta que eu seja bem safada?

— Adoro, pode soltar essa safadeza! – Respondi.

— Agora sou a sua putinha, Lelis, e eu vou fazer você ficar louco de tanto prazer. – Ela sussurrava em meu ouvido. Meu pau chegava a doer de tão rígido.

Pouco depois ela foi se ajeitando e se encaixou sobre meu pau duro, procurando fazer com que ele a penetrasse na xoxota. Ela fez questão de se atolar bem fundo na minha rola, e ficou rebolando. No meu ouvido ela sussurrava:

— Ah, que delícia! Fode a sua putinha! Assim vou gozar de novo.

Aguentei com ela cavalgando por mais uns três ou quatro minutos. Ela rebolava, se esfregava, cavalgava forte, depois abrandava, e quando eu pensava que não ia suportar mais reter o gozo, senti que ela retirava a rola da boceta, pegava meu pau, com o braço por trás das costas, e direcionava meu cacete para o seu cuzinho. Ela mesmo encaixou e ficou firmando a rola para que meu pau se enterrasse em seu cuzinho.

Exclamei:

— Quer dar esse cuzinho?

Lentamente, a rola foi abrindo espaço, o ânus se dilatava e ela gemia, suspirando:

— Quero! Vem, vem meter no meu cuzinho! – Ela pediu.

Lentamente, a pica deslizou para dentro, atolando o cuzinho daquela maravilha de morena. Eu percebi o quanto ela era experiente no sexo, e aquilo era bom demais. Mahria rebolava satisfeita e gemia deliciada, começando a ir para frente e para trás. Pela respiração acelerada, pelos gemidos e pelo ritmo com que ela se esfregava, eu notei que ela estava para gozar.

Coloquei o dedão dentro de sua bocetinha e forcei com a mão apertado seu púbis. Mahria soltou um suspiro longo e acelerou a cavalgada exclamando:

— Ahhhh, tesão! Macho safado! Eu vou gozaaarrrr!

Senti que ela estremecia inteira e o ânus se contraía em torno da minha rola. Conforme tinha as contrações do orgasmo, ela começou a soltar jatos de líquido num squirt que inundou meu ventre. Aquilo era a prova maior do prazer que eu lhe proporcionava. Então, não consegui mais reter, e, também gozei intensamente, soltando vários jatos de porra dentro dela. Por alguns segundos que pareciam intermináveis, nós flutuamos num êxtase mágico, como se fossemos levados por ondas revoltas de um mar agitado. Depois de quase um minuto gemendo ela tombou sobre meu peito e ficou ali, suspirando satisfeita, com a respiração quase a faltar. Eu também estava muito ofegante e satisfeito de ter realizado aquela deliciosa relação, a nossa primeira, e que seria sempre lembrada.

Naquela noite, ainda tivemos mais duas rodadas deliciosas de sexo, e na terceira vez eu mal consegui gozar, de tanto que já havia ejaculado. Mas ela sempre teve orgasmos muito intensos.

Quando finalmente, descansamos, ela me disse:

— Eu achava que era bom, mas não sabia que seria tão bom.

Eu sorri e confessei:

— Eu tinha certeza de que seria a coisa mais fantástica que podia me acontecer. E sou muito grato a você, por querer isso.

Adormecemos abraçados, exaustos e saciados.

Daquele dia em diante, nossa relação só se fortaleceu. E na mão inversa, o Stuart passou a ser mais distante, não íamos mais ao happy-hour, ele falava pouco com a gente, apenas questões de trabalho, e passou a ficar um sujeito meio implicante. Eu sentia que era um sentimento de frustração dele, principalmente por não ter conseguido conquistar a Mahria. Esse clima de tensão passou a se refletir no trabalho, e começamos a ter alguns desentendimentos sobre as criações das campanhas. Quem entende um pouco de publicidade e propaganda, deve saber que a alma do negócio, é a sinergia entre a dupla de criação, pois é onde surgem os grandes insights, e as boas ideias. Um dando gás para as ideias do outro. Mas sempre que eu tinha uma boa ideia, o Suart a descartava, e tentava colocar outra, que ele criava. Como era o Diretor de Criação, acabava tendo o comando. Mas, isso se refletiu na insatisfação de alguns clientes, que recusaram algumas as propostas de campanha. Não durou muito isso e acabamos tendo que expor o caso para os donos da agência, que já haviam percebido que o Stuart estava numa fase negativa, e muito depressiva. Eles nos alertaram que do jeito que estava não podia continuar.

Eu e a Mahria, mantínhamos a nossa relação sempre protegida desse embate, mas ela sabia que aquilo estava nos prejudicando. Dois meses depois da nossa primeira noite, ela já estava ficando mais em meu apartamento do que na casa dela. Uma noite, estávamos conversando, e ela me disse que se sentia meio culpada por tudo que estava acontecendo. Na conversa, eu contei da frustração que ele tinha, de não ter conseguido ficar com a minha ex-namorada. Mahria não sabia e eu contei a ela todo o caso. Ela ficou muito admirada e depois de termos feito um sexo maravilhoso, enquanto tomávamos banho, ela me perguntou:

— Se eu tivesse ficado com o Stuart antes de ficar com você, você ficaria comigo na mesma?

Eu pensei na situação, e tentei ser sincero:

— Se isso tivesse acontecido, talvez eu não quisesse ficar com você, mesmo que a desejasse muito, para evitar causar um conflito, como acabou acontecendo.

— Pois é, deu no mesmo. Acabou acontecendo do mesmo jeito. – Ela falou.

Concordei, e ela disse:

— Mas, se eu tivesse ficado com ele, você ainda me desejaria?

Eu ponderei a tentei ser verdadeiro:

— A gente nunca sabe exatamente como vai se sentir depois. Mas eu adoro você, e se tivesse acontecido, antes da gente ficar junto, eu ainda desejaria você, pois eu sempre desejei.

Acabamos de tomar banho, e eu estava ajudando a passar creme hidratante na pele da Mahria, algo que eu gostava muito, pois podia acariciar e tocar em todo o seu lindo corpo. De repente, a Mahria me perguntou:

— Você acha que seria bom se eu ficasse com o Stu, para quebrar esse clima de frustração?

Era uma questão tão inesperada que eu fiquei admirado, olhando, sem entender. Perguntei:

— Você sente vontade de ficar com ele?

Mahria, estava séria, quando respondeu:

— Antes, no começo, eu senti vontade, ele é sedutor, mas eu não queria, senti mais vontade de ficar com você. É de você que eu gosto de verdade. Mas, hoje, que estamos juntos, se eu ficasse com o Stu uma vez, para ele realizar esse desejo, talvez isso ajudasse vocês dois a se entenderem novamente. Como você vê isso? Você aceitaria?

Fiquei calado e era tão inesperada aquela situação, que cheguei a parar o que estava fazendo. Era uma resposta muito delicada. Olhei para a Mahria e perguntei:

— Você sente vontade de fazer isso?

Mahria ficou me observando por alguns segundos, antes de responder:

— Não quero ter nada com ele, apenas tive essa ideia. Se você concordar, talvez seja uma forma de quebrar essa sensação de frustração dele.

Eu, na hora, pensei muito rápido, e achei que em vez de levar para o lado do drama, deveria levar para o lado da brincadeira. Era uma decisão muito delicada, e eu desconfiei que a mente safada da Mahria, poderia ter imaginado algo que, talvez, ela desejasse fazer. Eu disse, meio sorrindo:

— Mah, você é muito safada! Não tem vergonha de me sugerir isso? Quer dar para o Stu, com a minha autorização? Quer me fazer de cono dele novamente?

Mahria me abraçou e me beijou, olhava com expressão safada, e perguntou:

— Você acha que vai ficar menos do que é? Acha que será menos macho se acontecer isso?

Eu continuava levando na brincadeira, e respondi:

— Não fico menos nada. Não é isso que me afeta. Eu quero saber o que você deseja. Acho que você tem vontade de dar para o Stu, e agora que já está comigo, e sabe do que já aconteceu com a gente, está querendo provar o amigo. E quer minha aprovação. Fala sério!

Mahria colada em mim, falava como se estivesse me seduzindo:

— Você não tem o que temer. Eu sou sua. Não preciso fazer isso, mas me ocorreu essa ideia. Acho que é a forma de resolver essa rivalidade de uma vez. Você não acha que é uma boa oportunidade de apaziguar isso?

Eu estava muito mais tranquilo do que antes, a Mah era sempre muito direta e transparente e não fazia nada escondido. Mas, eu queria que ela pelo menos assumisse que sentia vontade, e não que fazia apenas para ajudar nossa relação com o Stuart. Resolvi ser direto:

— Se você assume que tem vontade, que sente o desejo de fazer isso, eu tenho que respeitar. Se é apenas para apaziguar a rivalidade, não acho certo.

Mahria ficou em silêncio, um pouco. Depois, me levou para a cama, e pediu:

— Deixa eu contar um pouco da minha história. Eu fiz a minha faculdade, trabalhando como garota de programa. Foram cinco anos, desde a preparação para entrar na faculdade. Minha família estava em crise, eu não tinha como pagar as despesas, e aceitei trabalhar para uma casa famosa por suas garotas bonitas. Ganhei dinheiro e experiência. Você saber disso, que eu fiz sexo com montes de homens, casais, e até com algumas sessões de sexo grupal, faz alguma diferença?

Naquele momento eu entendi de onde vinha a grande experiência da Mah no sexo, e a capacidade de ser sempre assertiva, sem ficar fazendo jogos de sedução. Era exatamente aquilo que eu gostava nela. Falei:

— Não, não faz diferença. Eu gosto desse seu jeito experiente e sem frescura.

Então, a Mah se deitou pelada sobre mim, e falou:

— Então, pensa agora, que eu já fiz sexo com um monte, e entre eles, estava o Stuart. Faria alguma diferença?

Eu sabia aonde ela queria chegar:

— Não faria. – Eu respondi.

Ela então, disse no meu ouvido:

— Você tem que entender que eu gosto de sexo. Eu não misturo o sentimento que tenho por você, com sexo feito com outros. Estou com você porque eu quero, eu gosto e não será uma trepada com o Stuart que vai mudar isso. Nada muda para mim. Será que muda para você?

Eu pensei um pouco antes de responder. Queria ser sincero:

— Juro que não muda o que eu sinto por você. Eu entendo se disser que tem vontade de foder com ele. Nem que seja para conhecer e experimentar. Mas, tem que me dizer.

Mahria me beijou, e disse, com a voz suave:

— Você é um cara excepcional. Eu não troco você por ninguém. Mas eu quero fazer isso. Primeiro, porque eu acho que nós dois merecemos tentar essa solução. Segundo, porque eu acho que o Stuart merece ser ajudado. Do jeito que está não haverá futuro para ele na agência. Percebi que a batata dele está assando.

Eu estava tranquilo. Por mais incrível que possa parecer, eu achava que a intenção da Mah tinha os dois objetivos, apaziguar nossa relação com o Stuart, matar a vontade dela e a dele. Eu disse:

— Tudo bem, faça como você achar melhor.

Mahria me beijou e disse:

— Deixa comigo.

Eu fiquei com o coração um pouco apertado. Mas deixei rolar. E ela tinha razão. Na primeira oportunidade ela falou com ele. O Stuart, mostrando que era um sujeito decente e um rival de respeito, quis saber se eu estava de acordo. Fomos para um happy-hour, bebemos um bocado, num clima de camaradagem, como no início. E depois, fomos para um Motel. Onde tivemos uma noite muito excitante para todos. E mesmo que a rivalidade não tenha terminado, a nossa amizade e parceria prevaleceu. Quando puder eu farei um relato contando como foi que isso aconteceu.

Fim desta história, que pode talvez, se for da vontade dos leitores, continuar.

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Comentários

Foto de perfil de P.G.Wolff

Uma história com surpresas e reviravoltas! No início, achei que era apenas um cara solteiro que ganhou a sorte grande, depois ele estava em um relacionamento, aí vieram as surpresas. Excelente conto!!! Todas as estrelas.

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P.G. Wolff - Quando a vida real ilustra a história, fica muito bom de contar. Temos um envolvimento diferente com a situação. Muito obrigado.

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Claro que queremos a continuação, seus contos são top, sua forma de contar as emoções de forma bem realistas é sensacional.

estrelado

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Obrigado Kikinho. Prometo fazer um segundo conto com a história a partir deste ponto.

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Conto longo, com uma história dentro de outra história, reviravoltas interessantes e um final surpreendente.

3 estrelas

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Turin, obrigado. Esta história é bem longa. Para o desafio eu fiz com que tivesse um final. Mas eu devo retomar para publicar uma segunda história a partir deste ponto. As reviravoltas são a parte mais gostosa. Obrigado.

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Torço para que venha mais.

Minha mente tem suas próprias versões para essa continuação rs

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Excelente conto Leon, se quizer acho que deve continuar essa estoria parece que tem molho

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Lógico amigo queremos o desfecho desta história muito interessante parabéns nota mil kkkk

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Foto de perfil de Majases ♠️♥️♠️

Deliciaaas de soluções. Nada que uma bucetinha experiente não resolva.

Adoramos

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Hahaha essas bocetinhas são as verdadeiras "varinhas mágicas" das fadinhas! Obrigado.

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Pode continuar. Eu no caso do Lelis nunca aceitaria um segundo par de cornos do mesmo tipo

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Muito legal, e o outro conto, vai ter fim?

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Todos os meus contos são feitos para ter fim. Depende de eu ter tempo pra terminar. Mas eu pretendo. Publiquei este antes pois era a data limite do desafio e o conto foi sendo feito em pequenas pausas de trabalho.

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