Festa no vestiário - [Cartas do Fórum - Revista Ele & Ela – outubro de 1987]

Um conto erótico de RobertoC
Categoria: Lésbicas
Contém 1952 palavras
Data: 27/10/2024 18:13:23

Graças à minha altura - pouco mais de um metro e setenta - e pela experiência que tenho no esporte desde os tempos de primeiro grau, fui convidada a participar do time de vôlei quando entrei na universidade, uma das mais conceituadas na Zona Sul do Rio de Janeiro. Desde que entrei no time, percebi que a capitã e veterana Paula, demonstrava algum interesse por mim. Enquanto eu era a mais nova da equipe, com 18 anos recém completados, Paula era uma das mais velhas, com uns 24 anos, e uma das mais experientes. Era uma morena da mesma altura que eu, esbelta, de pernas longas, seios de tamanho médio e extremamente rijos, uns olhos verdes maravilhosos. De início, atribui o interesse ao coleguismo e ao fato de ser a caloura do time, embora soubesse de boatos que circulavam sobre algumas integrantes da equipe. Quando contava para outras alunas veteranas do meu curso que havia entrado no time de vôlei, notava um sorriso malicioso que logo era disfarçado e mudavam de assunto, e eu ficava sem entender.

Como sempre gostei de homens - o primeiro com quem transei foi aos 16 anos de idade, pensei que poderia tirar de letra qualquer investida de uma ou outra colega de time. Qualquer coisa em Paula, no entanto, me excitava:­ talvez sua liderança firme sobre as colegas, o jeito seguro com que comandava o time, a maneira direta de me encarar, ou o corpo esguio e equilibrado como o de um felino. Até o mês passado, porém, nunca tomara consciência de que uma mulher pode proporcionar a outra prazeres inesquecíveis.

Aconteceu há três semanas, quando fomos a uma cidade do Estado do Rio participar de um torneio universitário. Mais precisamente na semifinal, vencida por nós por três sets a dois, um jogo extremamente cansativo, pois o time local, nosso adversário, não se entregou até o último momento. Coube a mim, que sou cortadora, fazer o ponto final e na euforia que se seguiu, todas começamos a comemorar, pulando, gritando e nos abraçando, e vinham me parabenizar.

Vi que Paula foi abrindo caminho e quando chegou a vez dela dar os parabéns, abraçou-me fortemente. Senti seu corpo suado de encontro ao meu, as coxas nuas roçando nas minhas, seus seios firmes apertando os meus. Em meio à gritaria, ela encarou-me nos olhos e ofegante, acabamos movimentando a cabeça para o mesmo lado, o que fez com que nossos lábios se tocassem de raspão, antes de uma beijar o rosto da outra. Com aquela bagunça toda, não imaginei que havia malícia nas ações de Paula, achava que havia sido algo involuntário por causa da comemoração e da alegria pela vitória. No entanto, meu pensamento começou a mudar quando, no meio daquela confusão, senti suas mãos descendo pelo meu corpo e dando um apertão em minhas nádegas, trazendo meu sexo de encontro ao dela, que me pareceu quente e inchado. Fiquei surpresa e, sem saber o que fazer, deixei minhas mãos acariciando suas costas e seu pescoço, mas não fiz nenhum movimento para tentar escapar. Esfregamo-nos voluptuosamente uma na outra até que o próprio movimento da multidão, que corria para o outro lado da quadra, nos separasse. Mesmo assim, antes de ser levada para longe, ela segurou fortemente minha cintura, olhou-me fixamente com seus olhos verdes e murmurou:

- Gostei de ver, garota!

Estava rouca, ofegante, e seus olhos brilhavam como se estivesse tomada de desejo por mim. De minha parte, uma sensação até então nunca sentida, mesmo com os melhores homens com quem eu transara até então - e não foram poucos, tomava conta de meu corpo e em especial de meu sexo, já então totalmente molhado e latejante. Naquele momento estabelecera-se uma cumplici­dade entre nós, que aumentava ainda mais meu tesão. Estranhamente. porém, eu não queria um pau grande e duro. O que eu queria era sentir nova­ mente o corpo de Paula junto ao meu.

Ainda em meio às comemorações, as moças de nosso time, extenuadas pela dura partida, foram esgueirando-se para o vestiário que nos fora desti­nado. Fui uma das últimas a chegar e quando entrei havia umas dez ou doze titulares e reservas de nosso time parcialmente despidas ou totalmente nuas aprontando-se pata o banho. Procurei Paula entre elas e não a encontrei. As colegas me davam os parabéns novamente e cada abraço daqueles corpos nus era um suplício para mim, excitada como eu estava. Tudo o que eu quena era encontrar Paula e teria de ser ali mesmo - meu sexo ardente não podia esperar.

Observei a disposição do vestiário. Era formado por dois ambientes. Em um, logo após a porta de entrada, ficavam os armários e bancos de madeira. Mais ao fundo, uma parede e uma abertura na lateral separavam o outro ambiente, onde havia diversos chuveiros separados por uma espécie de pare­de, embora nenhum tivesse porta. Enquanto eu começava a me despir na parte onde ficavam os armários, minhas colegas de time já tinham tirado toda a roupa e começavam a entrar nos chuveiros, algumas abraçadas.

A algazarra da comemoração foi diminuindo até que se ouvia somente o barulho da água caindo dos chuveiros. De repente, comecei a ouvir alguns barulhos suspeitos, como suspiros e risinhos contidos. Parei o que estava fazendo para prestar atenção nos sons que vinham dos chuveiros. Os suspiros foram se transformando em gemidos e outros ruídos que aos poucos tomavam conta do ambiente e mostravam que a euforia daquela vitória na quadra servira para liberar corpos e corações. Fiquei surpresa e assustada, mas ao mesmo tempo aquilo foi me excitando cada vez mais. Sentei- me num dos bancos do vestiário e tirei lentamente meu short e minha camiseta, mantendo os tênis e as meias. Meus seios mostravam-se extraordinariamente duros. Meus mamilos pareciam furar o ar e minha vagina pulsava à simples lembrança da esfregação com Paula instantes atrás. Minhas nádegas contraíam-se involuntariamente e, dominada pelo tesão, comecei a acariciar meu ânus com a mão esquerda, enquanto a direita apalpava os seios, descia por meu ventre e entrava pelo meio de minhas pernas, iniciando um movimento de vai e vem em meu clitóris. Dos chuveiros. continuava a vir o barulho dos gemidos e da água que caía.

A ponto de gozar, eu me arqueava toda sobre o banco do vestiário, com uma perna sobre o as­ sento e a outra aberta, apoiada no chão, sentindo a dureza da quina de madeira encaixada em meu rego. Foi então que Paula entrou. Vinha correndo, o rosto vermelho e, de costas para mim como estava, não me notou de início. Num segundo, sua camiseta pulou longe e seu short caiu sobre o piso molhado do vestiário. Eu podia ver seu corpo longo e perfeito, suas nádegas carnudas, suas pernas firmes, as costas lisas. Ela levantou o cabelo sobre a nuca e olhou-se no espelho de corpo inteiro. Eu morria de tesão, mas não queria chamá-la, preferia prolongar um pouco mais aqueles instantes de contemplação de seu corpo. Paula então me viu pelo espelho.

Confesso que não fiquei nem um pouco embaraçada por ter sido surpreendida naquela situação. Eu sabia que o que ela queria era o mesmo que eu. Paula voltou-se e pude contemplá-la total­ mente de frente, e a simples visão de seu sexo coberto por vasta cabeleira quase me fez gozar. Interrompi por alguns momentos os movimentos de minha mão em meu clitóris e deixei que ela se aproximasse. Paula, sempre olhando-me nos olhos fixamente, aproximou-se e abaixou-se diante de mim. Devagarinho, desatou o cordão de meu tênis e começou a lamber meu pé direito, ainda por sobre a meia, enfiando a língua no cano, abaixando-o até deixá-lo inteiramente livre. Sua língua percorria meus dedos do pé e o espaço que há entre eles, enquanto eu subia aos céus total­ mente descontrolada.

Aos poucos, sua boca subia pelas minhas pernas, detendo-se na parte que há por trás dos joelhos, percorria minhas coxas e, quando eu pensei que sua língua fosse dedicar-se à minha vagina, Paula evitou a região e, subindo pelo meu ventre, pôs-se a lamber meus seios com uma voracidade que até então eu nunca tinha visto. Não pude resistir e abracei-a fortemente de encontro a mim, enquanto minha mão direita descia por suas costas até escorregar por suas nádegas. Procurei avida­mente seu rego e, encontrando aquele orifício pulsante em meio às suas nádegas, enfiei meu dedo médio sem aviso, fazendo com que ela gemesse de dor e prazer. Sua mão desceu pelo meu corpo e, por sua vez, também procurou meu orifício, penetrando sem dó nem piedade. O cheiro de suor de Paula me deixava louca e nossas bocas e línguas se encontraram em meio a gemidos cada vez mais altos.

Foi então que senti sua mão procurando minha xoxota. Numa perfeita simetria, fiz o mesmo e começamos a nos masturbar mutuamente em ritmo cada vez mais intenso. Paula, completamente enlouquecida, com uma das mãos apertava minha nuca, com a outra socava um dedo com velocidade na minha bucetinha e gritava em altos brados, ordenando-me que eu gozasse:

- Vai sua putinha, goza para mim!

Só me restou obedecer à ordem da minha capitã: eu não me fazia de rogada e contorcia-me junto a ela, sentindo seus dedos dentro de mim, sua boca na minha, o calor de sua vagina inundada em minhas mãos. Aquela situação não podia continuar por muito tempo. Não dava mais para segurar e ambas explodimos num gozo vio­lentíssimo que, pelo menos para mim, superava todo o prazer que eu já sentira até aquele dia.

Só então eu percebera que o barulho que fazíamos era tão grande que nossas colegas de time haviam interrompido suas próprias atividades e nos observavam, masturbando-se também umas às outras. Quase simultaneamente aquelas dez ou doze mulheres também gozaram. enchendo o ambiente de gemidos tão altos que devem ter deixado intrigados os que estavam lá fora. Mônica, outra de nossas colegas de time, só então lembrou-se de trancar por dentro a porta do vestiário, que até aquele momento estivera aberta - imaginem o risco!

Creio que os leitores podem imaginar o que rolou naquele vestiário daí em diante. Em duplas, trios ou até quartetos, foi um festival de carícias, beijos, chupadas, tapinhas nas bundas, línguas e dedos para todos os lados. Muitos gemidos, gritinhos, suspiros e palavrões ecoaram naquele vestiário enquanto a água caía dos chuveiros. Eu, que achava que poderia me esquivar da investida de qualquer mulher, passei na mão de todas as colegas de time, literalmente! Mas confesso que sentia um tesão especial com Paula! Fui submetida aquela espécie de rito de iniciação e gozei muito naquela verdadeira orgia lésbica! Ao final, estávamos totalmente exaustas, tanto pelo jogo quanto pela suruba!

Como era recém-chegada ao time, eu não sabia, mas depois me contaram que tudo aquilo era um hábito para minhas colegas. Elas me contaram que sempre que alguma nova jogadora entra no time, ela passa por esse rito e que o mesmo havia acontecido com cada uma delas. Era papel da capitã e mais experiente introduzir a novata nessa brincadeira, papel que coube a Paula no meu caso, e que essa tradição já vinha ocorrendo há muitos anos, com várias turmas de alunas. Coincidência ou não, o time de nossa universidade tem o histórico de ser o maior vencedor em campeonatos universitários. Também fiquei sabendo que duas de nossas professoras de Educação Física são ex-alunas de nossa universidade e que também jogavam no time de vôlei. E pelo que contaram, elas acabam participando de vez em quando, para garantir que a tradição está mantida. Tradição da qual, aliás, acabei me tornando adepta nessas últimas semanas.

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Esse é um conto que foi publicado originalmente no suplemento Cartas do Fórum da Revista Ele & Ela, de outubro de 1987


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