— Como assim? — Ela falou preocupada
Era um dia comum de trabalho, Danielle usava um terninho, não que o escritório pedisse, mas ela gostava de se vestir bem, era uma camisa social branca, quase transparente com seu sutiã bonito aparecendo de forma discreta, um blazer azul marinho e uma calça social também azul marinho também com sapatilhas na mesma cor
Foi até o próprio computador e ligou, algumas pessoas vieram ao lado dela, fez o login com a autenticação biométrica
— Vai subir uma mensagem de hackeamento — Fábio disse sentando do outro lado da baia de escritório.
Nada aconteceu, o computador entrou normal
— Nada, demora para aparecer? — Ela perguntou curiosa
— Não, tem que aparecer na área de tabalho — Armando disse se aproximando dela mais do que ela queria e dando um cheiro no cabelo dela — Tá cheirosa — Ele falou num tom baixo, ela se afastou devagar sem responder
— Você mexeu nas portas do seu computador? — Fábio perguntou curioso
Ela pensou por um instante
— Mexi sim, eu tava fazendo uns testes e deixei tudo fechado, só tá a 8080 aberta, por que? — Danielle disse
— Por que o vírus está caçando portas, a 8080 ele bate no seu apache? — Fabio perguntou se levantando e dando a volta na mesa
— Não é apache é o meu meu servidor web — Ela respondeu — Que vírus? — Perguntou curiosa
Fabio colocou o notebook ao lado dela, uma mensagem pedindo 45 milhões de reais pelos dados criptografados.
— Meu Deus! — Ela respondeu assustada — Perdemos dados?
Fabio olhou para ela pensativo
— Você tá fazendo um servidor web do zero? — Ele perguntou curioso
— O que isso tem a ver? — Ela perguntou irritada
Ele sacudiu a cabeça
— Ainda não sabemos, vi esse alerta em uma das máquinas dos robôs hoje às 08:00 liguei para a equipe de Firewall e eles identificaram mais dez máquinas com o mesmo sintoma então desligamos a chave geral
— Geral? da empresa toda? — Ela perguntou assustada
— Sim, todas as redes, todos os roteadores, tudo — Armando falou ao lado de Fábio
— 65 mil máquinas paradas? — Danielle disse preocupada
— Sim — Wellington, o Gestor da Área respondeu — Estamos fudidos!
Danielle olhou para ele, fazia tempo que não falava direto com ela, as limitações morais dele não permitia que se dirigisse diretamente à Danielle, até aquele momento era extremamente formal e mandava apenas coisas por email.
— Temos que escanear cada uma das máquinas para descobrir e tirar o virus — Fabio disse
— Precisamos de uma amostra, uma das máquinas para saber se o antivírus funciona, se não corremos o risco de entrar na máquina e sermos infectados também. — Danielle disse pensativa
— Eu sei, estão trazendo três máquinas identificadas com o vírus, chegam jaja, aí vamos colocar elas na rede fechada e fazer os testes. — Fabio respondeu mostrando que estavam sintonizados.
Danielle olhou em volta, haviam muitas pessoas, o ar condicionado estava desligado, todos os sistemas eram automáticos gerenciados pelo painel ligado em rede, pessoas do Marketing, Financeiro, Limpeza, Operação todos olhavam assustados para ela e começavam a se aglomerar, todos esperando alguma luz.
Danielle se levantou observando e sendo observada, mesmo sendo o foco das atenções indesejadas ela nunca gostou da exposição
— Sr Jair! — Apontou para o homem com um uniforme bege que olhava-a curiosa — Vem aqui por favor!
Danielle pegou duas cadeiras e colocou próximo à Janela mandou Fabio e Wellington segurarem, eles obedeceram, ela subiu e fez um gesto para Jair subiu também, ele obedeceu, todos olhavam com curiosidade
— Aqui — Ela mostrou o botão no splitter do ar condicionado — Aperta e segura cinco segundos — O Aparelho piscou a luz de vermelha passou a ficar azul — Solta e segura mais vinte segundos — Ela fez e a luz piscou emitindo um barulho diante da observação da multidão na pequena sala — Agora aperta e segura por três segundos — A luz ficou vermelha e o ar condicionado emitiu um apito e se ligou jogando ar gelado na sala instantaneamente. — Entendeu?
— Entendi “Seu Moisés” — Jair disse sem pensar e um segundo depois arregalou os olhos percebendo o que havia dito — É, eu, eu — Gaguejou
— Danielle — Ela disse sem mostrar emoções
— Entendi Dona Daniela, é cinco depois vinte depois três aí gela né? — Ele disse para confirmar se o que havia visto estava certo
— Isso, faz em todos e mostra pra eles como fazer, aí vão ficar fora da rede, mas vai dar para controlar pelos controles
— Não tem controle! — Jair disse preocupado
— Tem uma caixa guardada cheia de controle — Uma mulher que Danielle não conhecia respondeu ao longe, era da equipe de limpeza — Eu vou pegar
Danielle apontou pra ela e deu um “joia”, a mulher saiu em disparada e Danielle desceu da mesa, foi direto ao seu notebook pegou o Notebook
— Quem é de TI vem comigo! — Foi para a sala de reunião e parou próximo ao quadro, virou-se para a porta e as pessoas não pararam de entrar, dez, vinte, trinta pessoas e outras no vidro, ela piscou preocupada e tomou fôlego, todos esperavam ela falar algo.
Pegou uma caneta preta e olhou para o quadro branco, apagou o que estava escrito, desenhou um círculo no meio e diversos círculos coloridos menores ficou olhando alguns segundos, olhou para a sala, todos esperavam ela falar.
Danielle era reconhecida por ser muito inventiva, inteligente e não subia nos cargos da empresa pois a diretoria era reconhecidamente homofóbica e já estava claro que qualquer um subiria menos ela, mesmo sendo contratada para uma simples programadora plena e com uma capacidade muito além, ela precisava se submeter a cargos menores para ficar empregada.
— Esse circulos vermelhos são as áreas Administrativas — Mostrou o quadro, todos observavam em silêncio os 4 circulos — Esses são os nucleos de TI — Mostrou os circulos azuis com circulos negros dentro — E esses menores são as operações
As pessoas observaram e discutiram brevemente, ela continuou
— Temos filiais espalhadas pelo Brasil todo e América Latina, temos informações de onde começou isso e da extensão desse dano? — Danielle perguntou olhando para Wellington, ele não soube responder
Fabio tomou a frente
— Temos indícios no RJ, PE, BA e CE além daqui de São Paulo, por via das dúvidas desligamos todos os ramais — Fabio disse direto
— Ótimo, o que vamos fazer é acionar os núcleos locais da TI e verificar máquinas por amostragem para sabermos se tem virus — Falou olhando para o quadro — Não liguem a internet da empresa, vamos ter que levantar uma rede paralela, Wellington, providencia um aparelho de Wifi pra gente
— Um Wifi? — Wellington perguntou sem entender
— Sim, um aparelho de Wifi caseiro, vamos pedir um ponto da concorrente, aqui no prédio já tem, para ligarem vai ser fácil
— Da concorrente? — Wellington perguntou preocupado — Tá louco? — Se corrigiu — Louca?
— É uma rede completamente distinta da nossa, é improvável que tenha algo
Wellington não respondeu com palavras apenas acenou com a cabeça, pensativo e saiu andando rápido.
Danielle ficou coordenando as ações com a TI, depois coordenou com o ADM o que eles precisavam fazer que se resumia entrar em contato com o Call center e fazer o pré atendimento para manter o contato via voz, todas as pessoas de todas as áreas foram convertidas em pré suporte interno para tranquilizar.
Horas depois saiu da sala exausta e cansada de tanto falar, anunciaram que as máquinas haviam chegado, olhou no relógio e era 13:00 quando se debruçaram com cuidado para ver o que havia acontecido.
A diretoria chamou uma reunião de emergência com os líderes, Wellington foi participar a partir do celular, Danielle ficou com o time técnico, mas em quinze minutos seu telefone tocou, ela atendeu, era uma chamada de vídeo com dezenas de pessoas.
Se levantou num salto e colocou o fone de ouvido, arrumou o cabelo no reflexo da sala de reunião.
— Você é a Danielle? — O Diretor da empresa perguntou, ela o conhecia pelos vídeos institucionais e fotos, nunca tinha falado com ele pessoalmente ou mesmo por vídeo
— Eu mesma — Respondeu
— Qual a sua função aqui na empresa? — Perguntou sério
— Sou programadora — Respondeu assertiva — Pleno
— E por que você está comandando a linha de frente de análise? — Perguntou curioso
— Eu sou inventiva e gosto de estudar, conheço o comportamento anômalo de vírus, sou boa em programação, sistema operacionais e estruturas de rede do callcenter com a telefonia analógica e digital
O Diretor parecia ler alguma coisa que escreviam, não falou com ela por alguns segundos
— Estão me ouvindo? — Danielle perguntou achando que não a ouviam
— Estamos sim, só um minuto — O Diretor disse e colocou no silencioso, parecia estar em outra ligação ou falando com outras pessoas
Alguns minutos se passaram e ele olhou para a tela
— Danielle, o que você precisa para resolver esse problema? — O Diretor perguntou direto
— Preciso de atenção do time e tempo — Danielle falou, reparou em Wellington do lado dela gesticulando algo
— O que você precisa para resolver isso até amanhã cedo? — O Diretor perguntou novamente direto
Ela ficou em silêncio, assustada, não tinha um tempo, um prazo em mente, mas aquilo era absurdo, um prazo agora quando nem sabiam o que estava acontecendo direito
— Você não tem um prazo? — O Diretor perguntou reforçando o que havia dito — O que você pensa, até amanhã à tarde dá? — Ele perguntou — Deixo todos que você precisar à sua disposição
— Fala pra ele que precisa de dois dias! — Wellington disse quase num sussuro gesticulando com os dedos
— Um minuto! — Danielle falou e colocou no mudo, virou-se para Wellington
— Dois dias? — Perguntou para Wellington, tá loco?
— Coloca três então, o diretor não vai aceitar mais que isso
— Danielle? — Ouviu a voz dele
Ela voltou para a ligação e abriu o áudio, entendia o que estava acontecendo, sabia que aquilo era grave, milhões de reais estavam em jogo, milhares de pessoas e familias estavam com o ganha pão em risco.
— Não sei dizer quanto tempo vai demorar exatamente — Falou confusa
— Eu preciso de um prazo, algo proximo, dois dias, três, a partir disso fica inaceitável ficarmos tanto tempo parados
Danielle observou o rosto dele, estava suado, a testa brilhando, estava nervoso tentando passar credibilidade e tranquilidade
— Em tres dias é impossível senhor Fausto, desculpe a sinceridade — Falou diante de Wellington que gesticulava freneticamente para ela não dizer nada
— Qual o seu prazo programadora? — Ele disse sério
— Estamos falando de sessenta e cinco mil unidades, dessas quase mil são administrativas acrescentando cerca de dez mil virtuais como servidores e robôs se arredondar são sessenta mil máquinas para serem verificadas uma a uma
— Quanto tempo? — Ele refez a pergunta
Danielle não respondeu
— Uma semana — Wellington falou no áudio tentando assumir o controle perante o silêncio de Danielle
Ninguém se pronunciou
— Danielle? — O Diretor ignorou Wellington
— No melhor cenário as primeiras centenas de máquinas entram no ar em um mês, no pior em dois, se formos otimistas vamos demorar de três a quatro meses de trabalho árduo para colocar 60% no ar e mais três ou quatro meses para restabelecer o processo em 100%.
Ele respirou fundo devagar, todos ficaram mudo na reunião, o suor correu pela teste dele
— Quais são as nossas opções? — O Diretor perguntou à Danielle
— Todas as opções envolvem voltar no tempo e impedir isso de acontecer, o que podemos fazer agora é remediar, tirar o vírus, analisar os danos e voltar a rede para o ar com segurança e cuidado.
— Você tem ideia do que são sessenta mil funcionarios parados? — Ele perguntou à Danielle
Wellington fez um gesto com a mão avisando que ela estava ferrada e disse em sussurro “Se fudeu, eu te avisei”
— Tenho ideia sim, eu sei exatamente quanto custa cada ponto de atendimento e por isso que começamos os esforços a cerca de três horas — Danielle respondeu assertiva, fez uma pausa e arrumou o cabelo esperando o Diretor dizer algo.
Ele fez que sim com a cabeça
— Wellington — O Diretor chamou na Reunião
— Sim senhor — Wellington suava, respondeu rápido
— Blinde essa menina e dê tudo o que ela precisa, a resposta que os especialistas do firewall, da rede e da consultoria de segurança me deram foram as mesmas, dê tudo o que ela precisa pra colocar a gente no ar de novo. — Ele fez uma pausa — Danielle
— Sim senhor — Ela respondeu direta
— Contamos com você — Respondeu
— Obrigada — Ela respondeu
Em seguida outros gestores tiraram do mudo e agradeceram também
— Pode ir Danielle, Wellington fica — O Diretor disse
Danielle saiu da reunião e voltou ao trabalho, já era 17:00 quando Armando cutucou-a no ombro com um saco de papel na mão
— Dani, para um pouco, vem comer — Ele disse segurando no ombro dela
Ela olhou para ele, piscou e lágrimas desceram dos olhos, ardiam devido ao foco.
Levantou-se e pegou a comida, Armando havia pego comida para ela e Fabio, eles se levantaram. Danielle foi até o banheiro antes, olhou-se no espelho, parecia cansada, mas estava elétrica ela amava aquele tipo de trabalho forense, sentia-se em um filme.
Foi ao refeitório, Armando e Fabio a esperavam na mesa com outras pessoas, todos comendo.
Ela sentou-se e abriu seu lanche, era um Quarteirão do McDonalds, ela amava aquele lanche, ela olhou para ele e arrumou o cabelo de forma involuntária expondo o pescoço fino
— Obrigada! — Ele sabia que ela amava aquilo, sentiu-se mal de mexer no cabelo dando uma clara demonstração de interesse, não queria que ele se interessasse mais nela
As pessoas conversavam sobre vários assuntos, mas Danielle estava focada, pensativa em como encontrar o vírus, em como resolver o problema do jeito mais rápido possível, mastigava muito pois sabia que era importante, mas seu olhar atravessava a parede, ouviu um estalo
— Tá viva? — Era Fabio estalando o dedo na frente dela chamando a atenção
— To sim, tava pensando, desculpe — Ela respondeu
— Você vai fazer como hoje? — Ele perguntou curioso
— Como assim? — Ela perguntou pensativa
— Você mora longe né, na zona leste, vai ficar mais tarde, como vai fazer? — Ele perguntou
— Eu levo ela pra casa — Armando disse
— Não senhor, eu vou ficar aqui até resolver, se a gente conseguir escrever o script certinho a gente termina e coloca pra rodar hoje ainda
— Não pode ficar muito tarde Dani, senão não tem trem nem nada pra voltar — Armando disse
— Eu sei — Ela respondeu tentando acabar com aquela conversa
— Eu vou ficar com você — Fábio disse
— Até que horas? — Armando disse curioso
— Até a hora que precisar, se ela que é uma mina aguenta, eu aguento também — Fabio falou sorridente
Danielle olhou para ele, viu sua barba espessa, sua pele parecia queimada de sol, estava bem acima do peso, ela lembrou que ele havia dado apoio a ela no primeiro dia que ela veio vestida como Danielle e havia abandonado Moisés, ela sorriu.
Terminaram de comer e Danielle sentiu que Armando estava enciumado.
Voltaram para o computador, aos poucos a equipe foi se dissipando e indo para as suas casas, alguns entraram remotamente para falar com eles, apenas Danielle, Armando e Fabio ficaram no prédio, por volta das uma da manhã Armando insistiu com Danielle para sair, mas ela estava elétrica.
— Para Armando, eu não vou sair daqui até eu resolver, se você quiser dá uma carona pro Fabio e vão embora — Ela falou explodindo de nervoso, estava cansada, exausta e não queria encheção de saco, Armando estava obviamente com ciúmes dela com Fabio
— Eu só vou quando você for, não tenho mulher, filho nem cachorro em casa, tô de boa — Fabio falou puxando o teclado de Danielle — Deixa eu ver isso aqui que eu manjo
Ela virou-se para Armando
— Vai Armando, pode ir, assim que terminar aqui eu peço um Uber — Ela disse
— Eu levo ela, tô de carro, moro na região ali, relaxa Armando — Fabio falou sem olhar pra trás
— Viu, tenho carona já pode ir, sua namorada — fez uma pausa dramática — Que graças a deus não sou eu, vai brigar com você — Danielle disse e virou-se para o computador — Obrigada pela ajuda, até amanhã! — Falou de forma petulante
— Posso falar com você antes de ir? — Armando disse
Ela se esticou na cadeira, estava cansada
— Pode sim — Levantou-se — Te acompanho até o elevador.
Haviam outras pessoas ainda em outras partes, pessoas procurando arquivos maquina a maquina e fazendo acessos fisicos em backups, o RH estava em peso vendo a parte da folha de pagamento que seria feito de forma manual.
Chegaram no Hall do elevador
— Desce comigo — Armando disse — Até a garagem, preciso mesmo falar com você
Ela levantou uma sobrancelha desconfiada, entrou no elevador com ele, Armando adorava aquela expressão de “Análise” que ela fazia, ela fazia isso as vezes para ele pois ele achava engraçado
— Fala o que você quer Armando — Danielle disse
— Você tá cansada, eu não confio nesse cara, não quero você sozinha com ele — Armando disse
— Não quer? — Ela perguntou cruzando os braços — E você tem que querer o que mesmo? — Ela perguntou nervosa — Você não é meu namorado, lembra?
— Ele pode ser perigoso!— Armando disse direto
— Perigoso como? — Danielle perguntou curiosa
O Elevador descia até o subsolo
— Eu não confio nele, se ele quiser te pegar a força, você não tem como impedir
Danielle revirou os olhos
— Ai meu, você tem essa sua cabeça promíscua então acha que todo mundo é assim como você — Ela falou irritada — Você tá com ciúmes de mim mesmo, sério?
— Não é ciúmes, eu me preocupo com você — Ele disse entristecido
— Sua namorada sabe que você se preocupa comigo? — Ela perguntou preocupada
— É sério, eu me preocupo — Ele repetiu
O Elevador parou no subsolo, Armando saiu e colocou a mão na porta
— Vamos comigo até o carro — Armando disse parecendo se preocupar com Danielle
— Fazer o que? — Ela perguntou olhando em volta, o estacionamento aceso, mas quase sem carros — Preciso trabalhar, quanto mais rápido eu terminar, mais rápido eu vou pra casa
— Só quero falar com você um pouquinho — Ele se aproximou e passou a mão no braço dela
Danielle o empurrou
— Sai fora mano, você namora, eu to trabalhando, deixa de ser ridículo — Ela falou irritada — Solta o elevador!
Ele soltou, ficou olhando pra ela enquanto a porta fechada
— Filho da puta — Ela falou já sozinha no elevador, os olhos cheios de lágrimas, estava magoada, olhou pra cima e lembrou-se do palavrão — Desculpa Jesus — Sempre que falava um palavrão ela pedia desculpas e se beliscava em seguida
Danielle voltou para cima, ela Fábio e mais seis programadores com mais gente da TI falavam na sala enquanto eles construíram o programa de averiguação
— São quarenta probabilidades Dani — Fabio disse — Eu não to conseguindo mais pensar — Falou tomando outro gole de coca-cola
— Eu to bem ainda, eu consigo testar — Danielle falou
— Não mana, consegue não — Fabio disse — Vamos parar isso aí e ir embora, te dou uma carona, voltamos amanhã cedo, já são 3 da manhã
— Fabio, pode ir embora, eu fico aqui, pode ficar tranquilo — Danielle disse direta
— Não dá pra te deixar aqui mina — Ele disse
Danielle riu
— Falei algo engraçado? — Ele perguntou franzindo o cenho
— Não, é que você me trata igual mulher, acho bacana da sua parte— Ela disse — A gente não conversa muito né Fabio? — Ela falava com ele enquanto digitava, o sono havia causado algum torpor em Danielle
— Mas você não é mulher mesmo? — Ele perguntou parecendo confuso
— Ah Fabio, para né, você me conheceu antes — Ela disse — Sabe o que eu sou mesmo
— Isso não importa mina, agora você é uma mina mesmo, pelo menos eu vejo assim — Fabio disse — Não é pra ver assim?
Ela olhou para ele brevemente parecendo assustada
— Claro que é! — Ela falava sem olhar para ele, mas é que as pessoas são cheias de dedos e cuidados e você simplesmente me trata como mulher, isso é gostoso pra caramba
Se arrependeu imediatamente da palavra “gostoso”, olhou para ele e corou
— Legal, é legal pra caramba — Ela se corrigiu — Acho que to falando besteira já, é o sono eu acho
Fabio ficou quieto, do lado dela
— Pode ir Fabio, sério, eu mato aqui e vou de Uber — Danielle disse
— Não rola mais — Fabio disse
— Por que? — Ela perguntou olhando pra ele
— Eu to num ponto que tenho tanto sono que não aguento mais dirigir sozinho, sempre fui fraco pra dirigir, se eu for sozinho vai dar merda
— Entendo — Ela falou pensativa — Vai de Uber então a empresa reembolsará, tenho certeza
— Eu vou ficar com você aqui, vamos focar e a gente resolve e depois vê isso. — Ele se aproximou dela e ela sentiu a respiração cansada dele.
Ela nunca tinha encontrado alguém com o intelecto e fôlego como o dela para trabalhar, aparentemente ele entendia o que ela era e não ligava, ela sorriu, mas não deixou ele ver.
Ficaram juntos conversando sobre o programa de computador, Danielle executou os testes e fez um ajuste, e então as 6:03 da manhã o programa funcionou, eles viram a pequena rede sendo varrida, os diagnósticos sendo mostrados,encontrando os problemas que eles sabiam
— Funcionou porra! — Danielle gritou levantando os braços e jogando o corpo para trás na cadeira
Fabio normalmente era contido, mas também ficou animado e ergueu os braços
— Aaaaeee caralhoooo você é fudida minda!!! — Ele falou
Danielle colocou as duas mãos na boca se contendo
— Desculpa Jesus! — Ela fechou a boca devido ao palavrão
Olhou para Faio e ele deu uma gargalhada debochada
— Desculpa Jesus é foda hein Dani! — Ele falou se levantando e esticando os braços — Você devia é ter pedido ajuda pra ele antes né? Aí a gente tinha terminado a umas quatro horas atrás — Parecia animado enquanto estalava as costas, estava bem acima do peso e aquilo era cansativo
Ela sorriu
— É que eu sou crente, não posso falar palavrão — Ela disse — Eu não quero!
— Ta aí uma coisa que você vai me explicar — Ele pensou um pouco — Se quiser, claro
— O que? — Ela perguntou sentindo os olho pesarem
— Como é que você consegue ser crente e ser… — Ele não terminou
Ela fez uma careta e respirou cansada
— Depois a gente conversa sobre isso tá — Ela falou exausta se levantando — Olhou as mensagens no computador — Os meninos vão começar às oito, vou escrever as instruções pra eles e deixar no chat e vou encostar para dormir
— Vamos pra sala de descompressão — Fabio sugeriu
E assim fizeram, escreveram as instruções, e foram se retirar
Danielle se deitou no sofá que havia na salinha e Fabio colocou 3 pufes no chão improvisando uma cama, em segundos ambos dormiam pesado
O Alarme de Danielle tocou às 09:00, ela acordou quebrada, Fabio não conseguiu acompanhá-la, tomou o lugar dela no sofá.
Danielle chegou ao escritório, Armando estava lá com outros da equipe
— Olha ela aí! — Armando falou quando viu Danielle
— Aaaaeeeee — Os programadores comemoraram quando a viram
Ela ficou envergonhada e sentou-se no computador com cara de sono e com frio com um sorriso cansado no rosto, viu os testes que estavam executando com o programa que ela havia escrito.
Estavam fazendo testes em pequenas redes controladas de máquinas.
Ela se levantou para pegar um café e Armando se aproximou dela
— Você ficou acordada a noite toda fazendo isso? — Ele perguntou diante das olheiras de Danielle
— Ficamos — Ela falou
— O Fabio ficou com você? — Armando disse — Que hora terminaram?
— As seis mais ou menos por que? — Ela perguntou colocando o café
— Vocês dormiram juntos? — Armando perguntou
— Dormimos Armando, ele é muito bom de cama — Ela falou divertida
— Vocês ficaram? — Ele perguntou enciumado
— Claro que não, ele é bom de cama igual eu, ele deita e dorme, dormi no sofá e ele nos pufes lá na salinha — Ela falou irritada — E eu não devia ter que explicar isso pra você né caramba?
— Eu tenho que ficar de olho — Ele disse
— De olho em que Armando? pelo amor de Deus? — Danielle perguntou irritada, mas sem que ninguém além de Armando notasse — Eu não sou sua namorada, para de ciuminho, tá loco?
— Não confio nele — Armando disse
Ela revirou os olhos
— Tá bom Armando, anotei aqui, não me enche vai — Ela disse e saiu da sala de café.
Passaram o dia trabalhando no programa, procurando, refazendo servidores, configurações e informações, no fim do dia ainda tinha coisa para fazer e Danielle estendeu o horário até de noite e foi o mesmo drama, mas Fabio fez uma alteração, foi para casa, tomou banho e voltou.
Danielle não queria sair até resolver os problemas, fez tudo o que precisava junto com Fabio e o laço entre os dois se estreitou, conversaram e descobriram muitas coisas em comum, ele também era fã da cultura pop, falaram sobre musica, games, animes, mangás, quadrinhos e tudo mais, o tempo passou muito
— Como você tava na minha frente o tempo todo e a gente não trocava ideia, você é tão legal — Ela falou no fim da madrugada
— Você não dorme não? — Fabio perguntou curioso — Cogito a hipótese de você ser um vampiro
Danielle riu divertida
— Eu durmo pouco — Ela disse — Não sei por que
— Você dormiu umas três horas de ontem pra hoje, vai entrar em colapso — Fabio disse mostrando uma certa preocupação
— Não, sério, as vezes eu durmo duas horas, aí eu levanto pra fazer alguma coisa — Ela disse explicando
— Caramba, fazer o que? — Ele perguntou curioso
— As vezes assistir algum documentário, ler um livro, pintar as unhas, tem muita coisa pra fazer sozinha.
Depois de muito conversarem eles terminaram às cinco da madrugada e Fabio deu uma carona até a casa dela, ele jurou que não tinha tanto sono e que conseguiria ir para casa sozinha, levou-a até a porta e na hora de ir embora ele saiu do carro para acompanhá-la no portão, ela deu um abraço nele ao se despedir e entrou a passos acelerados.
Ficou pensando que o abraço talvez tivesse sido demais, mas estava com sono.
Dormiu pouco e foi para a empresa logo pela manhã
A semana como esperado foi infernal, Danielle desmarcou a consulta com Priscilla e atravessaram na empresa durante as madrugadas Sexta, Sábado e Domingo, a semana novamente voou.
Estavam na quarta semana de trabalho ininterrupto
— Dani, te falar — Fabio disse se alongando na cadeira — A gente vai morrer — Ele disse preocupado — É sério, tá foda isso!
— Cansativo né? — Ela falou curvada olhando para a tela — O cabelo amarrado e mal cuidado, as unhas descascadas de azul e sem maquiagem.
— To tentando ir no seu ritmo para te impressionar, mas ta realmente foda, você é de aço parabéns — Ele disse conformado
Ela olhou para ele, a barriga grande, parecendo suado, respirando com dificuldade.
— É que você tá muito acima do peso amore, aí você cansa mesmo — Ela falou sem pensar, em um segundo se arrependeu — Desculpa, eu não devia falar isso, é… não é da minha conta, desculpa. — Ela sacudiu a cabeça — É que quando estou com sono eu fico meio bêbada, sei lá
— Não, mas é isso mesmo, você tem razão, eu to gordo mesmo, culpa minha querer acompanhar uma gostosa novinha igual você — Ele disse sério
Ela olhou para ele assustada, não era comum chamarem ela de gostosa assim, ela sorriu por impulso, passou a mão no cabelo e olhou para a tela constrangida, ficaram em silêncio alguns minutos
— Você me acha gostosa? — Ela perguntou sem olhar pra ele
Ele se inclinou na direção do ouvido dela
— Você é a mais linda daqui, só de olhar pra você eu fico doido — Fabio disse sincero — Que me dera ficar com uma garota assim
Ela continuou olhando pra tela, séria, olhou no relógio do desktop, eram nove horas da noite.
Estava pensando nisso, ele não era um homem feio, era relaxado, acima do peso, mas era bonito, era inteligente, não ligava para ela ser transexual, gostava dela, era engraçado, gostava das mesmas coisas que ela, pensou se algo entre eles daria certo, lamentava que ele era do trabalho e sabia que relacionamentos no trabalho não davam certo, lembrou-se imediatamente de Armando.
Ela batucou na mesa com as unhas grandes e sem cores, um dedo por vez, nervosa, pensativa, sem olhar para ele, Fabio estava constrangido, observando-a pensar
— A gente tem todos os acessos né? — Ela falou parecendo cortar todo o clima — Verificou os usuários de Administrador Local?
Ele entendeu que aquilo queria dizer que eles estavam num ambiente de trabalho e que outros assuntos não eram permitidos, puxou o notebook e abriu a tela
— Verifiquei! — Ele respondeu desanimado, mas começando a voltar ao trabalho — Meu usuário e o seu tem todos os acessos — Falou ao conferir na tela
Ela começou a acessar os sistemas, ele viu, entrou no sistema de segurança, estavam no andar cinco, ela selecionou o andar dez e desligou as câmeras, abriu o bloco de notas e escreveu “10 minutos” não falou mais nada, levantou-se, pegou a bolsa pequena e saiu em direção ao elevador.
Fabio ficou em silêncio parado pensando.
Danielle entrou no andar, as câmeras desligadas, foi para o banheiro, lavou o rosto, as mãos, se perguntava se fazia algo certo, estava tarde, com sono, não sabia o que esperar e se arrependeu de ter desligado as câmeras e chamado Fabio.
Pegou a bolsinha, fez a maquiagem, a dias não usava nada, blush, lápis de olho e batom, queria ser rápida, em pouco tempo tinha se tornado habilidosa em se maquiar.
Olhou para as unhas, estavam maltratadas, se encarou no espelho com o rosto bonito
— É dona Dani, tem que dar mais atenção à feminilidade se quer ser mulher mesmo — Falou para si mesma.
Guardou as coisas e foi para a sala de descanso do outro andar, sentou na mesa de sinuca com as pernas penduradas, não sabia bem o que fazer, apenas esperar.
A sala era menor, havia um sofá, uns pufes, uma TV com videogame e uma estante de livros.
Ela ouviu o elevador chegando no andar, seu coração bateu forte
— Você é doida Dani, mas deixa se levar, você é solteira e ele também, se ele quiser ele que venha pra cima, vamos ver se ele tem coragem — Pensou um pouco — Ele é solteiro né? — Foi tomada por uma onda momentânea de pânico com o pouco que sabia sobre Fabio
Ela pensou que Fabio era mais velho que ela, talvez tivesse alguém, não entraram nesse detalhe, ela pensou que seria um erro, que ele veria ela de uma forma promíscua, a porta se abriu e ela se arrependeu imediatamente.
Ele olhava sério para ela, se aproximou devagar olhando-a com curiosidade, ambos se encarando curiosos, um tentando ler a mente do outro, Danielle ofegante como uma caça que se colocou ali propositalmente
— Olha Fabio eu tava pensando, não sei se isso — Antes de ela terminar de falar ele avançou e a beijou, ela não impediu
As mãos dele avançaram sobre as coxas dela cobertas pelo jeans apertado, subiram segurando a cintura e ele a puxou para mais próximo, fazendo ela deslizar para a beira da mesa de sinuca, ela laçou o pescoço dele com as mãos e aproveitou o beijo, foi longo, quando terminaram se abraçaram
— Você ia falar algo? — Fabio disse no ouvido dela enquanto a abraçava
Ela deu um risinho e fez que não com a cabeça, aproveitou aquele abraço quente e carinhoso, fechou os olhos aliviada.
Danielle usava uma jaqueta jeans e uma camiseta por baixo, era um pano fino, o sutiã negro com enchimento, o sutiã aparecia na transparencia do tecido, ela amava aquele efeito de transparencia coportada
— E agora? — Danielle perguntou apoiando o queixo no ombro do corpo enorme de Fabio
Ele não respondeu, as mãos que estavam nas costas dela entraram por baixo do tecido da camiseta e soltaram o feixe do sutiã com bastante habilidade
— Eeeiii! — Ela reclamou mas sem querer que ele parasse
As mãos deram a volta e empurraram o sutiã para cima
— Não Fabio, eu tenho vergonha! — Ela falou sem pensar, tinha vergonha dos seus seios diminutos
Ele levantou a camiseta dela e olhou para os seios, eram bem pequenos, os bicos eram largos e apontando para cima, não existiam seios mesmo praticamente era só os mamilos turbinados por hormônios femininos.
Ele olhou por alguns instantes, a luz era fraca, apenas o que vinha do corredor iluminava, ela via a cara dele, parecia de decepção.
Ela estava envergonhada, um homem estava acostumado com seios de verdade, não aquelas coisas, pensou em se justificar.
— Eu… — Antes de iniciar a frase foi interrompida
— Que coisa mais linda, você não sabe o quanto eu sonhei com eles — Ele falou passando o polegar em um deles fazendo Danielle tremer e em seguida abocanhou um deles enquanto apertava o outro
Danielle gemeu e revirou os olhos apontando o nariz para o teto
Viajou em pensamentos, não havia parado para pensar muito, mas sabia que alguns homens a desejavam, Fabio parecia ser um desses, nos momentos que ela se esquivava, que seu seio marcava ele estava sempre atento? Será que ele se masturbava pensando nela?
As chupadas eram fortes, violentas e barulhentas, as mãos dele eram grandes e apertavam os seios dela força, ele mordeu, chupou e lambeu, beijou e mostrou toda a sua vontade, o que deixou Danielle visivelmente excitada.
Ninguém tinha chupado os seios dela por tanto tempo, ela começou a ter uma reação nova, tesão nos seios, fechou os olhos e gemeu acariciando o cabelo curto e ralo dele, estava gostoso, mas ela não queria que continuasse, queria apenas uns beijos isso não iria dar certo, era demais, ela tentou abaixar a camiseta ou fechar a jaqueta e empurrar ele.
Mas Fábio teve uma atitude inesperada, ele rasgou a camiseta dela
— Que isso? Seu louco! — Ela falou assustada
Ele a ignorou e continuou chupando os seios dela, quando ela percebeu estava acariciando seus cabelos e curtindo os beijos e mordidas dele, ele subiu a cabeça e novamente a beijou na boca, o beijo era quente, molhado, a lingua larga e invasiva, um beijo gostoso e cheio de tesão.
Danielle não pensou muito, a mão desceu e ela apalpou Fabio, sentiu o volume, algo duro, ela apertou.
Ele abriu o zíper da calça
— Ai Fabio, melhor a gente parar por aqui— Ela falou ofegante enquanto ele abria a calça
— Tá ruim? — Ele perguntou sem parar o movimento
— Não, não é isso, é que é errado — Ela falou e ouviu o barulho do elevador
Olharam-se assustados e ele correu entrou atrás da estante, Danielle saltou e ficou na frente da estante pegando um livro qualquer enquanto abotoava a jaqueta jeans
— Moça? — A voz do segurança a chamou
— Eu? — Ela respondeu sínica fingindo um susto, ofegante
— Faz o que aqui? — Ele perguntou — Você não é lá do cinco?
— Sou, é que aqui tem uns livros melhores, tava escolhendo um pra dar uma relaxada, tá pesado o trabalho — Ela falou massageando o pescoço
— Ah, ta bom, essas câmeras estão dando pau, ficaram escuras de novo — Ele respondeu — Vim ve se tinha acontecido algo
— Ah, eu to mexendo nos sistemas, elas vão ficar instáveis mesmo até a gente acertar tudo, não se preocupa, eu fico 6037, liga pra mim quando for assim — Danielle falou explicando sobre as cameras — É meio aleatório
— Ta bom então — Ele falou anotando num papel o Ramal
— Danielle — Ela falou ao ver anotando
— Certo Danielle se precisar liga na recepção, vou descer e fico lá agora ta bom? — Ele disse atencioso
— Obrigadinha! — Ela disse sorridente e ficou olhando os livros
— Já saiu? — Ouviu a voz de Fábio
— Espera ae— Ela falou saindo e indo até o elevador, ele estava descendo — Ela voltou para próximo da estante — Sim, ele desceu, acho melhor a gente parar com essa doideira — Danielle terminava de abotoar a jaqueta jeans
Fabio saiu de trás da estante, a calça aberta, o penis largo e curto para fora, estava em riste, a barriga grande, a camisa social aberta mostrava o corpo todo peludo, era um homem obeso, Danielle nunca tinha se relacionado com um homem assim
Ela ficou olhando esperando o que iria acontecer, ele se aproximou, desabotoou a jaqueta dela com cuidado, tirou e colocou em cima da mesa de sinuca, tirou os trapos da camiseta que estavam pendurados nela e depois o sutiã
— Você é linda demais, meu Deus — Ele disse olhando ela nua da cintura para cima
Ela sorriu
Ela respirou fundo
— Obrigada — Pensou um pouco — Fabio
— Pois não — Ele disse beijando o pescoço dela fazendo ela ficar ofegante e dengosa
— Não sei se é o certo a gente fazer isso — Ela falou com a voz manhosa sentindo o pau dele bater no joelho dela
— Você não quer? — Ele pressionou ela contra a mesa de sinuca — Se você não quiser tudo bem
— Não é que eu não quero, eu não sei se é certo, aqui, agora, sei lá — Ela falou abaixando a cabeça e tocou no pau dele devagar — É grosso hein, caramba! — falou se arrependendo em seguida.
Ele se afastou
— Tudo bem, não quero te forçar a nada — Ele falou visivelmente frustrado
Ela saltou de cima da mesa
— Não fica triste, comigo tem que ser bem devagar e já estamos indo bem rápido — Ela disse, se aproximou e pegou no penis dele ainda ereto, deu um beijo nos lábios — Guarda isso
Ele obedeceu, ela passou por ele
— Bem, não vou conseguir mais trabalhar hoje, acho que trabalhamos demais — Vestiu o sutiã e em seguida a jaqueta jeans — Me leva pra jantar hoje?
Ele sorriu animado enquanto se arrumava
— Levo, onde você quer ir? — Ele perguntou animado
— Você que é o homem ué, decide!— Deu as coisas e saiu pisando duro.
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