Na segunda, durante as aulas, Bruninho se pegou reparando no volume das picas dos colegas de escola dentro das bermudas e calças dos uniformes. Vários meninos perceberam os olhares do viadinho e alguns zombaram dele, mas ele, resolvido, assumido e mais afeminado do que nunca, se sentia seguro e feliz com sua orientação e não se importou nem um pouco.
No entanto, ser flagrado imaginando como seriam as rolas dos coleguinhas fez Bruninho perceber que conhecera cheiros e texturas, forma e volume da pica de Artur, mas sem quase ter visto direito a ferramenta do namoradinho!
Tentando recordar como era o pau de seu macho, a bichinha descobriu que lembrava direitinho das cores e das formas da rolona grossa de titio Gil, mas que quase não tinha memória visual do pau de Artur. Tinha que mudar isso! Daí ela anotaou suas metas na margem do caderno de física: “Ser a melhor boqueteira de Belém! Deixar Tutu apaixonadinho! Decorar tudo do pau de Tutu e descobrir do que ele mais gosta no boquete!”
No início da noite, sozinho em seu quarto, Bruninho se permitiu fazer contato com Artur pelo zap. Ele havia se segurado durante a noite de domingo, sempre preocupado em não parecer uma bichinha pegajosa para o namoradinho, mas agora já haviam passado quase 24 horas do maravilhoso boquete no amado e ele achou que o tempo em silêncio estava de bom tamanho.
- Oi, Tutu.
Como sempre, Artur levou alguns minutos para ler a mensagem e mais alguns para responder.
- Oi.
- Tá tudo bem?
- Tá.
- Eu queria te falar sobre ontem.
Bruninho deu um tempo pra ver se Artur entraria no tema, mas depois de quase 10 minutos sem mensagem, resolveu continuar.
- Não vou te perturbar, não. Só queria te dizer que foi o dia mais feliz da minha vida. Obrigada.
Bruninho se sentiu aliviado por ter desabafado e ao mesmo tempo ficou muito satisfeito consigo mesmo por ter ousado agradecer no feminino. Mas a resposta de Artur encerrou o diálogo de um jeito frio e indiferente.
- Tá.
“Tá”? Como assim “tá”? Bruninho abria seu coraçãozinho de viado, escrevia no feminino e tudo o que ganhava era um “tá”? Decepcionado com Artur, o viadinho resolveu dar um gelo do namoradinho e transformar sua indignação em tesão, pegando no esconderijo do armário o pen-drive com o arquivo do filminho gravado há 16 anos pelo femboy Edinho, que registrara um dia de fodas entre seu titio Gil e a viada-madrinha Leia.
Bruninho avançou o filme até a cena em que a grossa caceta do titio Gil saía tesa e toda babada da boca da então esposinha trans. Ele reviu com atenção o finzinho do boquete de Leia no Tio, para comparar com o que tinha feito em Artur no domingo e memorizar os gestos e falas da linda travesti.
Depois, o viadinho assistiu novamente às cenas em que titio Gil comia Leia e os dois gozavam juntos, primeiro de frango assado e se beijando apaixonadamente, e depois com Gil sentado num sofá e Leia encaixada de frente, sobre ele, tendo um seio mamado furiosamente pelo macho no instante em que os dois gozaram.
Bruninho voltou a se impressionar com Titio macho e Madrinha travesti gozando juntinhos duas vezes seguidas, mas sabia que naquelas posições o piruzinho de Leia se esfregava na barriga peluda de Gil. Até aí, tudo bem. Ele podia se imaginar gozando como Leia, de modo até parecido com o jeito com que ele gozava esfregando seu pauzinho em seu ursão de pelúcia. Mas o que Bruninho veria em seguida mudaria pra sempre sua ideia sobre o sexo anal passivo.
Na sequência do filminho Bruninho viu a viada-madrinha, ainda encaixada em seu macho, chamar a câmera-gay:
“- Vem cá, Edith! Filma aqui os rostos da gente. É que eu vô pedir uma coisa muito especial ao meu homem!”
E viu Leia reproduzir o encantamento de sua Mamãe:
“- Ái, Gil. Homem da minha vida... agora me come de quatro, por favor!”
Excitadíssimo, mas sem se masturbar, Bruninho viu Leia de quatro na cama, olhando com cara de piranha para seu macho, por cima do ombro, ostentando aquele corpão-violão que Bruninho invejava. As coxas grossas, o bundão natural, volumoso e redondo, e entre as pernas, na sombra, o pauzinho murcho e pendente, faziam o viadinho querer logo tomar hormônios femininos, e não só os bloqueadores de testosterona que já tomava.
E então, com Leia de quatro, com as pernocas bastante abertas e os joelhos bem para a frente, Bruninho viu, num close proporcionado por Edith, a pirocona lustrosa e mais jovem de tio Gil chegar entre as bandas do bundão da travesti e lentamente sumir no anelzinho do amor de sua viada-madrinha. E a rola ostentava uma dureza que faria qualquer um duvidar que aquele caralho já havia cuspido porra três vezes, só durante as cenas do filminho.
“- Aiiinnnhhh... Gil... meu amooorrr... ainnnhhh... tá tão duro...”
A câmera de Edith filmara de lado o casal, e mostrara bem quando, depois de socar bastante o caralho no reto de sua querida trans por um bom tempo, Gil começou a se deitar sobre o lombo de Leia, com ela ainda de quatro. E então Bruninho pela primeira vez viu o que era o “encaixe” do tio com a viada-madrinha.
“- Isso, Amor... meu homem... assim... ainnnhhh...”
Com os joelhos do macho também na cama, entre os joelhos da travesti, as coxas musculosas e peludas de Gil colavam nas coxonas e bundão lisinhos de Leia. Abdome e tórax do comedor se fundiam com o lombo e costas da viada. Mas o que mais impressionou Bruninho foram os brações grossos e super definidos do tio.
“- Assim... assim... meu amooorrr... aiiinnnhhh... eu vou morrerrr...”
Gil comia Leia com os punhos cerrados contra a cama, como se tivesse acabado de esmurrar o colchão. Os antebraços musculosos apertavam os lados dos fartos seios da travesti e os cotovelos do macho prendiam e pressionavam o ventre da viada contra o corpão dele. Detalhe final, os brações de veias saltadas apertavam os lados da viada.
“- Aiiinnnhhh... assim... assim eu sou nada... nadinha... aiiinnnhhh... sou só... a... aiiinnnhhh... a bainha... pra tu guardar... aiiinnnhhh... esse teu piruzão gostoso...”
Em resposta a Leia, Gil apenas grunhia, e um close nele mostrou uma expressão animalesca que fez Bruninho se arrepiar todo, se imaginando no lugar da viada-madrinha. Mas depois de alguns minutos mostrando o encaixe, a câmera de Edith se posicionou obedecendo a um pedido da travesti.
“- Aiiinnnhhh... Edith... Edith... não... aiiinnnhhh... não vô conseguir... segurar mais... mostra meu... aiiinnnhhh... mostra meu luluzinho... que eu... vô... aiiinnnhhh...”
E a câmera-gay filmou Leia de frente e ligeiramente por baixo. Bruninho notou o quanto o lindo rostinho redondo da viada-madrinha tinha a expressão de uma agonia de prazer, torcendo as sobrancelhas, mas viu muito mais. O viadinho invejou as tetas naturais e grandes da travesti, com enormes aréolas roxas e mamilos duros e saltados, balançando no ritmo rápido das pirocadas curtas e fortes de Gil. E viu o piruzinho de Leia.
“- Gil... amor... tu tá vindo, né?... aiiinnnhhh... num me deixa... num me deixa sozinha... pelamordeDeus... eu tô quase... tô quase... aiiinnnhhh...”
O pauzinho flácido e pequenino da travesti balançava loucamente no mesmo ritmo das tetas e Bruninho de início achou que a trans mentia para instigar mais um gozo de seu homem. Se Leia estava de piruzinho mole, é porque ela não ia gozar. Mas a sequência da cena desmanchou essa ilusão de Bruninho.
“- GIL!!!... É AGORA!... É...”
“- ÚÚÚRRRGGGHHH!!!”
“- ÁÁÁHHH!!! TÔ GOZAN... TÔ GOZANNN...”
“- ÚÚÚRRR... ÚÚÚRRR... CU GOSTOSO DA PORRA!!!”
“ÁÁÁHHH... Porra... tua porra... jorrando lá dentro de mim... delícia... áááhhh... melhor coisa do mundo... obrigada... obrigada, Meu Amor!”
Bruninho se eletrizou. A viada-madrinha agradecia pelo orgasmo de tio Gil e o viadinho lembrou que mais cedo agradecera a Artur pelo gozo em sua boca.
O casal no vídeo lentamente desengatou pica e cu, mas ao mesmo tempo se atracou num beijo romântico muito carinhoso, que despertou a inveja de Bruninho. E o que mais impactou o jovem viadinho foi o gozo de sua viada-madrinha. Nem ela mesma, nem ninguém mais, havia tocado no piruzinho de Leia e, no entanto, a rolinha da travesti cuspira sua porrinha mesmo estando mole. Como era possível, aquilo?
No dia seguinte, terça, assim que chegou da escola, Bruninho passou um zap para sua viada-madrinha e Leia, de folga naquele dia, logo atendeu ao afilhado viadinho.
- Oi, Dindinha! Tudo bem?
- Tudo, meu Queridinho! E contigo?
- Tudo bem. Pode fazer uma vídeo chamada?
Logo as duas viadas, a quarentona e a adolescente, se viam nos celulares, uma elogiando a beleza da outra. Depois de mais umas frescurites, Bruninho falou do filminho pornô:
- Dindinha, eu vi o filminho quase todo e...
- Até agora tu não viu todo? Ééé... acho que eu já fui mais “interessante”.
- Ái, Dinda. Né isso não. É que... eu paro pra gozar...
- Fofa! Que bom! Serviu pra alguma coisa. Mas... huuummm... tu gostou de ser chamada de “Fofa”, né? Descobriu que quer ser tratada no feminino?
Morrendo de vergonha, mas sorrindo como cúmplice, Bruninho fez que sim e em seguida falou.
- Gosto sim. A Dinda tinha razão.
A conversa fluiu mais um pouco até Bruninho chegar na pergunta que queria fazer: como era possível gozar só dando o cu, sem tocar no próprio piruzinho? Leia explicou um pouco, dizendo que tinha demorado pra chegar lá e que era sobretudo uma questão de entrega total no sexo e que nem toda travesti conseguia.
- Além disso, minha queridinha, tamanho é documento. Dá pra ter gozo anal até com um bom pau médio, se o macho souber usar. Mas com pirocão... do tipo do tamanho do teu Tio pra cima, fica mais fácil.
- Então... depende do “namorado” também?
- Muita coisa! Depende da química com o parceiro, da intimidade, dos carinhos e pegação... de muita coisa. Espia... euzinha mesma, com toda a fila de rola que já experimentei, conheci muito poucas picas em que consegui gozar de primeira, com o macho socando em mim.
- Titio?
- Não. Teu Tio, não. Com Gil levou bastante tempo pra acontecer. Mas depois que a gente se conheceu melhor, aí eu gozava fácil, com ele me comendo. Toda hora.
- Eu vi. Então... assim... na primeira vez... não acontece?
- Aaahhh, acontece sim, meu Amorzinho! É um pouco raro mais acontece. Comigo aconteceu algumas vezes, mas duas foram muito especiais!
- Ái, conta, Dinda! Por favor!
Leia riu da animação da bichinha afilhada e contou sensualizando.
- Olha, Filha... pensando nessas duas vezes... eu acho que depende também do formato de pica que faz a gente gozar mais fácil. Esses dois, que me lembrei, são de dois formatos diferentes, mas cada uma era... huuummm.
Super excitado com a narrativa da viada-madrinha, Bruninho pediu pra Leia continuar e a travesti atendeu:
- O primeiro é a rola do tipo pau-de-cachorro. É mais grossa no meio e engata no cuzinho, prendendo a gente enquanto o pau estiver duro. Isso dá um tesão! O primeiro que conheci com pau de cachorro foi Miguel. Gozei pelo cu logo na primeira vez que ele meteu em mim. Ah, Miguel... Gente boa. Fez os móveis daqui de casa. Hoje é marido de outra trans, a Carlinha, que é minha psicóloga.
Tudo aquilo era novidade para Bruninho, desde uma trans ser psicóloga até pica que prendia no cu. Mas o melhor veio depois.
- E tem a pica que é torta pra frente. Quando o macho come a gente de quatro e bomba na gente, o cacete toca direitinho no lugar certinho! Nooossa!
- E esse, quem foi, Dinda?
Há muitos anos Leia tinha descoberto o quão gostoso é dar de quatro pra uma pica torta pra frente. Havia sido com um rapaz cliente, muito bonito e que era ativo e passivo, mas com quem saíra só uma vez. No entanto, a trans queria mesmo era contar de Jean, seu novo marido.
- Foi Jean, meu bem. O macho que me fez desgrudar da memória da rola de teu tio Gil.
- Áááiii, Dinda... conta comé que vocês se conheceram... a primeira vez...
- Agora não dá, meu Anjo. Tenho coisas pra fazer e vou ao médico daqui a pouco. Mas eu escrevi isso no meu diário. Sabe? Foi a Carlinha que me orientou a fazer um diário. Tu devia fazer, também. Eu faço no meu celular, mesmo. Tenho a história de como fiquei com Jean toda escrita.
- Ái, me manda, Dinda?
- Vou te mandar. Só o texto sobre Jean.
Leia tinha muita coisa no diário, sobre Gil e Gilda, que Bruninho não podia saber. Mas seus textos eram organizados por épocas e o capítulo sobre Jean estava bem separado.
As duas viadas se despediram e Bruninho foi dormir com uma nova meta em sua vidinha de fêmea.
Além de querer ser a melhor chupadora de rola de Belém, fazer Artur se apaixonar, decorar tudo sobre o pau de Artur e aprender o que seu homem mais gostava no boquete, a viadinha agora estava determinada a aprender a gozar dando o cu. E quando gozasse assim, de quatro, com Artur a enrabando, ela ia fazer a mesma cara linda que ela tinha visto mamãe Gilda fazer, quando ela e titio Gil gozaram juntinhos, no sofá da sala.
Com essas metas em mente, Bruninho lembrou excitado que seria bom confirmar com Artur a “visita” do dia seguinte e sondou o namoradinho pelo zap.
- Oi, Tutu
- Oi.
- Posso te esperar amanhã, de tarde?
- Você ainda quer que eu vá te ver?
Bruninho percebeu, naquele momento, que se não tivesse provocado Artur ficaria esperando em vão por ele no dia seguinte. Ele não compreendia o motivo da dúvida do namorado, mas reagiu imediatamente.
- Puxa, lógico que quero! Eu te falei: domingo foi o dia mais feliz da minha vida!
Seguiram-se uns minutos de silêncio, com Artur tendo visto a mensagem mas nada respondendo, até que Bruninho não se segurou e perguntou:
- Você vem?
- Eu vou!
- Que bom! Te espero. 3 horas, né?
- É.
À tarde, no banho depois do treino no vestiário da natação, Artur tentou entender porque não dissera a Bruninho que tinha dúvidas sobre se deveriam se encontrar de novo, ou não. Era difícil, porque ele mesmo não conseguia explicar sua dúvida. Sua vontade de namorar Bruninho era antiga, mas ter gozado na boca do menino logo no segundo encontro fazia Artur achar que estava abusando de Bruninho e da confiança de Dona Gilda.
Artur ficaria muito surpreso se soubesse que enquanto ele se sentia culpado de esporrar na boca de Bruninho, mamãe Gilda levava o filhinho viado num salão para fazer as sobrancelhas. A profissional foi super acolhedora, elogiou a beleza do rostinho andrógino e uma outra funcionária deu um monte de dicas de maquiagem, que Bruninho anotou mentalmente para um futuro próximo.
Depois, Gilda levou Bruninho no shopping, numa loja de lingeries de grife e pediu para chamarem a gerente. Veio uma mulher gostosa, muito bonita mas muito maquiada e exageradamente produzida, de calça colada e toda trabalhada no ouro. Ela tinha uns 35 anos, portanto mais nova do que Gilda e um pouco mais baixa. Bruninho reparou nos modos exagerados de perua, na bela cabeleira de um louro falso com cachos armados e fixados com laquê, e nos lindos olhos verdes, por trás de enormes óculos vermelhos, tipo “gatinha”. Mas o que mais o viadinho estranhou foi o tratamento entre a mulher e sua Mamãe, começando pela gerente:
- Sócia! Que coisa boa! Mas devia ter avisado antes, pra gente tomar um café!
- Ái, sócia! Tava só passando e tive uma ideia de uma coisinha em que tu podia me ajudar!
- É pra já!
Imediatamente Bruninho percebeu que o tom entre Gilda e a gerente da loja era de pura falsidade feminina, rivalidade disfarçada em amizade festiva. Sendo abraçado de lado pela Mãe, o viadinho foi apresentado.
- Márcia, minha sócia! É o seguinte! Deixa te apresentar meu filhinho querido, Bruninho, uma flor de menino!
- Geeennnteeemmm!!! Que coisinha mais lindinha que tu fez, Gilda!!! Tu já tinha falado, mas nunca tinha me mostrado! Deixa eu dar uma espiadinha! Dá uma voltinha pra Tia, meu lindinho.
Já assumido, Bruninho tinha remodelado seu guarda-roupas e usava um Skechers rosa chá, uma calça de ginástica feminina azul royal e uma camisetinha sintética branca, colada no corpo e destacando os mamilos pontudos das tetinhas. E foi uma bichinha adolescente, risonha, desmunhecada e toda prosa com a aprovação da mamãe, que deu uma voltinha completa se exibindo para Márcia.
- Que raba, hein, meu anjo? Tu puxou muito tua mãe. Inclusive em gostar da fruta que eu como até o caroço.
“Raba”! Foi a primeira vez que Bruninho ouviu falarem assim de seu bundão e ele amou! Márcia continuou.
- Mas diz, minha Sócia! O que eu posso fazer por vocês?
- Ah, para com isso! Tu já sabe! Quero ver umas lingeries pro meu filhinho. Bruninho quer seguir os passos de nossa outra sócia, a madrinha dele.
Mamãe Gilda e Márcia falavam de Leia também como “sócia” e Bruninho se perguntava em que elas poderiam ser sócias, sem entender o real sentido da palavra, no contexto. Márcia comentou amistosamente, sobre Leia.
- Nossa! Falar nisso, deve ter mais de um ano que não vejo nossa outra sócia. Parece que me abandonou. Mas das últimas vezes que a vi, tava cada vez mais parecida contigo. Passa por tua irmã, fácil.
- Ela é muito mais bonita do que eu!
- Bobagem!
- Mas não te abandonou, não! E que tá casada com um negão gostoso, e só quer saber de acasalar!
Entre risadas e provocações, Gilda e Márcia fizeram Bruninho provar uma linda frente-única de rendinha, carmim com bordas pretas, que ficou maravilhosamente justa no corpinho andrógino do adolescente. A peça fechava com três colchetes entre as pernas, no períneo, e disfarçava um pouco o piruzinho do viadinho, todo duro da excitação de vestir a lingerie. Na cintura, a frente-única tinha um cintinho de fita de seda para amarrar, costurado à rendinha. E uns dez centímetros acima a peça se dividia num ousado decote em “v” que ia aberto dali até o pescoço, onde as duas partes que ocultavam os seios terminavam se fundindo em uma gargantilha preta, também de seda.
O efeito do decote sobre os peitinhos pouco volumosos de Bruninho foi dar a impressão de que as tetinhas do viadinho eram maiores, enquanto que a gargantilha modelava seu rostinho delicado. Pela primeira vez na vida, Bruninho se sentiu realmente feminina, vendo-se no espelho do provador. E, claro, a bichinha se apaixonou pela própria imagem. Mas Bruninho ficou com receio da reação de seu namoradinho.
- Mãezinha, eu... a-mei... quero muito levar! Mas não tenho coragem de usar amanhã com Tutu, não.
- Tudo bem, meu amorzinho. Bora levar esse pra tu usar quando se sentir à vontade, e bora comprar um outro que tu sinta que pode usar amanhã.
Com a ajuda de Márcia, as duas fêmeas acabaram escolhendo um pijaminha sexy, de seda cor de rosa clarinha e brilhante, sem nenhuma renda. Márcia fez questão de fazer Bruninho experimentar o mini short do pijama até achar um número que fosse apertadinho na boca das pernas, deixando as coxas grossas da bichinha em evidência. E a blusinha era simples, de alcinha, soltinha, reta e sem decotes na borda de cima, e curta o bastante para exibir o umbiguinho de Bruninho na parte de baixo. Gilda comentou:
- Esse até parece um dos pijaminhas que tu tem. Só que é de seda e a blusinha é feminina. Mas é uma blusinha lindinha. Espia! Ela mostra teu umbiguinho. Tu ficou uma graça!
Saídas da loja de lingerie, a mãe gostosona chamou o filhinho viado para lanchar num café do shopping, curtindo os olhares que os machos davam para suas formas voluptuosas, como sempre. Gilda começava também a notar as caras de tesão de um ou outro rapaz que reparava no bundão de sua bichinha, quando Bruninho perguntou:
- Mãe! Tu, a Dinda e Márcia, são sócias em que?
Gilda fez um sorriso malicioso e chegando bem perto do filho falou baixinho:
- Na piroca do teu Tio!
- Mãe! Não acredito! Ele pega a Márcia, também?
- Tem uns anos que ele come a Márcia. E ela se apaixonou por aquele piruzão lindo e agora morre de vontade de tirar teu Tio de mim.
- E como que tu sabe disso tudo?
- Gil me conta tudo, filhinho. Inclusive das coisas que eu preferia não saber. E Márcia sabe que eu sei. Por isso ela me chama de sócia e à Leia também.
A expressão de Gilda tinha ficado séria e Bruninho descobriu que por baixo dos tratamentos falseados de amizade, a mãe tinha um ciúme profundo de Gil com Márcia.
- Mas... Mãezinha! Eu vi como Titio te olha. Ele te ama de verdade. A Márcia não tem a menor chance! E tu é muito mais bonita... e esse teu corpão...
Com um raro amargor na voz, Gilda comentou com Bruninho o real motivo do ciúme, que era algo insuperável.
- A Márcia, Bruninho, pode dar ao teu Tio uma coisa que ele quer muito e que eu não posso dar... nem tu... nem tua dinda Leia... Teu Tio quer ser pai. De verdade. Quer gerar uma vida. E pra isso, só com outra mulher.
Bruninho fez uma cara de tristeza tão profunda que a mãe se arrependeu de ter contado o segredo. Mas Gilda era Gilda e logo reagiu. Sacudindo os cabelos, a gostosona riu e mudou o rumo da prosa.
- Agora chega de falar do meu homem! Vamos pensar no teu namoradinho, amanhã. Eu acho bom tu sair da escola uma aula mais cedo, que é pra se arrumar. Amanhã é quarta mesmo!
No dia seguinte, Bruninho fez exatamente o que a mãe sugerira. O último tempo de aula das quartas era educação física e o viadinho estava liberado dessa atividade há muito tempo, graças aos pareceres médicos sobre seus hormônios.
Era meio dia da quarta, quando Bruninho saiu da escola e foi correndo pra casa. Tutu só ia chegar às 3h da tarde, mas a bichinha queria se preparar com muito cuidado. Sozinho em casa, o almoço de Bruninho foi só suco de laranja, a chuca foi longa e minuciosa e a hidratação da pele foi caprichada. Último detalhe antes de se vestir, Bruninho lubrificou bastante o cuzinho com KY Hot. Ele pensava apenas em um novo boquete, mas vai que Artur...
Às duas da tarde Bruninho era uma femeazinha andrógina, linda e tesuda, de rostinho delicado acentuado por sobrancelhas feitas, peitinhos querendo furar a blusinha de alças do pijaminha e coxonas apertadas no shortinho fino de seda. E a viadinha esperou nervosa, sentada na sala e passeando por sites eróticos no celular, por pouco mais de uma hora, até que a campainha tocou.
Dessa vez, apesar de toda, a ansiedade, Bruninho teve consciência de seu visual feminino e cuidou de ver no olho mágico se era mesmo Artur que tocava a campainha. E confirmando que era o namoradinho, o passivinho abriu rapidamente a porta e puxou o visitante para dentro pela mão, sem nem dizer um “oi”. Apenas Artur cumprimentou:
- Oi, Bruninho. Eu...
Artur mal teve tempo de reparar no pijaminha de seda do viadinho porque, ainda com a porta do apartamento se fechando, sua boca foi bloqueada por um beijo apaixonado de Bruninho. E Bruninho se pendurou no pescoço do nadador e fez os dois corpos girarem e se moverem até que Artur ficou prensando a bichinha contra a porta, os dois de pé e agarrados no beijo.