Graças a idiotices de Kayke, eu estava com a cara mais fechada que o clima que nos recebeu no litoral. Chovia horrores e ficamos no quintal da casa fazendo churrasco e jogando baralho. Fazia até um pouco de frio, também por isso achei a decisão de Kayke de vestir uma sunga branca ridícula. Só faltava ele pendurar uma melancia no pescoço de tanto que ele se esforçava para chamar a atenção. Eu tentava focar nos pontos altos da viagem — jogar truco, beber com os amigos e saborear um bom churrasco — e aproveitar o feriado ao máximo, independentemente da chuva incessante.
Kayke, percebendo que as pessoas estavam mais focadas em curtir do que os constantes pedidos de atenção dele, decidiu que o frio e o temporal não o impediriam de pular na piscina. Seu plano foi bem sucedido, embora que por um tempo menor do que ele provavelmente estimou, já que ninguém se sentiu compelido a se juntar a ele. Não era uma festa na piscina, era apenas um idiota passando frio. Se ele não conseguiu convencer as pessoas usando seu carisma, talvez a força fosse um método mais efetivo.
Por ser uma das mais leves, bêbadas e tolerantes com as babaquices dele, minha namorada se tornou o alvo perfeito. Ele ergueu ela no colo, e pulou com ela na piscina, ignorando que Tais lutava e gritava, não querendo cair na piscina com as roupas que vestia. Agora com companhia dentro da piscina, Kayke começou com as babaquices costumeiras. Rangendo os dentes, eu assistia eles brincarem de dar caldos um no outro, numa cena parecida com a “Banheira do Gugu”.
Um trovão ecoou intensamente, e Taís decidiu que era imprudente demais continuar com a brincadeira na piscina. Em silêncio, agradeci a Zeus e Thor por interromperem aquela tortura. No entanto, parecia que ainda não havia conquistado o favor das demais divindades do panteão, pois o churrasco prometia ser um verdadeiro teste para minha sanidade com os desafios que ainda estavam por vir.
O primeiro desafio foi reprimir minha vontade de confrontar Kayke quando ele saiu da piscina. Sua sunga branca revelava claramente o quanto ele tinha gostado de brincar de agarrar minha namorada. E eu não era o único que notou o volume. Taís também encarava com olhares furtivos a cintura do seu amigo. Eu fiquei enciumado, mas confesso que não atribuí malícia a ação dela, já que o volume estava tão saliente que era difícil ser ignorado.
O segundo desafio imposto pelos deuses naquele churrasco foi enfrentar um show de funk. Uma das garotas do grupo, reclamando que o rock que tocava era chato, trocou a playlist. Rapidamente, o churrasco se transformou em uma espécie de disputa entre o clube do Bolinha e o clube da Luluzinha: todas as meninas dançavam enquanto os meninos se mantinham ocupados bebendo e jogando truco. Taís, com seu vestidinho branco molhado, dançava com tanto entusiasmo que deixava pouco à imaginação, sendo o destaque ao descer até o chão, já me fazendo sonhar acordado o que eu faria com ela de noite.
Infelizmente, eu não fui o único a perceber os talentos dela. Violando a divisão de gêneros existente no local, Kayke se juntou à dança das meninas. Brincalhão e inocente no começo, parecia que eu era o único ali que sabia o que realmente passava na cabeça daquele desgraçado. Incapaz de deixar minha namorada em paz, frente a frente eles começaram um dueto. Sempre dissimulado, ele ia aos poucos conquistando seu espaço.
“Dagging” é uma dança jamaicana em que os dançarinos simulam o ato sexual mais extremo possível no palco, que chegou até sofrer proibições do governo. Kayke decidiu que iria enriquecer nosso grupo, performando a dança estrangeira bem ali com a minha namorada. Por trás da minha namorada, Kayke jogava seu corpo com tanta violência que uma hora ela se desequilibrou e caiu. Sem se preocupar se Taís havia se machucado, ele simplesmente pulou em cima dela, e movimentando freneticamente seu quadril, simulava um anal. Embriagados, todos os presentes pararam o que estavam fazendo para rir, aplaudir e incentivar os artistas, menos eu, que estava chocado demais para acreditar que aquilo realmente estava acontecendo.
Taís gritava para que ele parasse, embora risse e se divertia com a situação. Quando finalmente se recompuseram, minha namorada se lembrou da minha existência. Eu já não conseguia disfarçar minha irritação, tremendo e espumando de raiva. Percebendo que eu estava à beira de causar um tumulto, ela decidiu que seria melhor nos afastarmos da festa e me levou para dentro de casa para tentar me acalmar. Eu estava bem puto com o Kayke, mas também culpava ela por não colocar freios nele.
Tivemos a briga mais feia do nosso relacionamento. Taís alegava que era absurdo eu ter ciúmes, já que tudo não passava de uma brincadeira e os dois eram apenas amigos, mas eu não era convencido nem um pouco por esse argumento. Se eu não estivesse tão bêbado para dirigir, eu terminaria meu relacionamento, pegaria o carro e sairia dali. Não era possível ela achar o que estava acontecendo normal. Sem controle pela raiva que eu sentia, comentei que talvez nossa relação tinha chegado no seu limite. Contrariando minhas expectativas, aquele momento foi o estopim para Taís me abraçar.
Eu havia lançado um ultimato, mas ao final da discussão, deixei claro que aquelas "brincadeiras" não seriam mais toleradas. E obtive a mais doce vitória possível, pois, após alguns segundos abraçados, Taís não resistiu e começou a me beijar. Combinação de emoções fortes e bebida haviam transformado minha namorada. Essa nova Taís era bem mais impaciente e voraz, arrancando minhas roupas sem se preocupar que algum dos nossos amigos poderia entrar no quarto a qualquer momento. De pé, ela se desdobrava para ao mesmo tempo me beijar e me masturbar furiosamente.
Algo não estava normal na minha cabeça também, invés de aproveitar aquele momento, as imagens de Kayke dançando com minha namorada não saíam da minha cabeça. E o pior, não sentia mais raiva, mas sim as imagens me ajudaram com minha excitação. Incontrolavelmente gozei sem conseguir passar das etapas preliminares daquela relação. Taís ria que havia melado toda a coxa dela, tirando sarro que havia sido muito rápido. Aquela havia sido a punheta mais confusa de toda minha vida, e eu me sentia bem envergonhado de nosso sexo de reconciliação ter sido tão rápido.
Para compensar, terminei de tirar as peças de roupa molhada de Taís, joguei ela na cama, e retribui o favor que recebi com minha técnica “secreta”. Meu indicador penetrava as partes íntimas da minha namorada, massageando a região mais funda que alcançava, enquanto minha língua focava no clítoris dela. Já havia conseguido que ela gozasse diversas vezes nessa posição, mas acredito que graças a bebida, naquele dia ela estava demorando muito.
Mais um barulho alto de relâmpago surgiu, mas desta vez Zeus e Thor não estavam do meu lado. A casa estava sem luz, e era possível ouvir passos próximos da gente, indicando que a qualquer momento as pessoas entrariam no quarto compartilhado para pegar celulares ou qualquer coisa que os ajudasse na escuridão. Em modo de pânico, nós dois rapidamente colocamos nossas roupas, e Taís me beijou, prometendo que mais tarde terminaria nossa folia. Orgulhoso de mim mesmo pensei: “Kayke pode ficar com as idiotices dele quanto quiser, no final do dia, a Taís vai dormir comigo.”
<Continua>
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