Meu nome tem cinco letras (15/15)

Um conto erótico de Gui Real
Categoria: Gay
Contém 2367 palavras
Data: 09/04/2024 09:48:21
Última revisão: 19/04/2024 17:23:41

15 – Pedro

Eu faço personal para cinco casais, essa grana é para mim e para a conta de água, me sinto péssimo em não contribuir com nada, os outros ficam putos com isso, mas entendem... Hoje faz cinco meses que chegamos no Recife, ficamos no apartamento de Artur, tinha varanda, dois quartos e estava todo equipado no, só foi necessário arrumar o segundo quarto e jogar fora aquela cama anterior dele, meu deus como rangia, os primeiros dez dias parecia que íamos nos matar. Chico sugeriu que deixássemos Artur comandar a casa porque a casa é dele, mas Artur achou um absurdo, Tomás disse que todos tínhamos um voto e Artur dois, isso foi aceito por todos, e no fim o que estava acontecendo era um medo generalizado de qualquer um dos quatro pular fora. Mas isso não aconteceu.

Pedi desculpas a dois dos casais que treino, eu me desculpei porque estava desatento, meus sogros (os pais de Artur) vão tomar sopa lá em casa, fico sempre ansioso com isso, morro de carinho pelos quatro, mas não relaxo quando vamos nos encontrar, até rever um abraço e um beijo no rosto, eu não consigo relaxar. Quando Artur contou à família dele e a de Chico que não éramos dois casais, mas um quarteto e como nós conhecemos e como nós organizamos, eu chorava comum hidrante quebrado do início ao fim, mas eles só sorriam e ouviam, o irmão de Chico já havia contado anteriormente e preparado o terreno, “Não é o que esperamos, mas vocês são muito sem vergonhas, nos fazem pegar carinho por vocês e depois soltam a bomba. Não faz qualquer diferença para nenhum de nós.”

Hoje meus sogros virão aqui em casa, “os velhinhos são ótimos”, diz Tomás e ele tem razão, ele chega da lojinha de capinha de celular que montou para se distrair, o negócio traz grana suficiente para pagar as despesas e dois funcionários, uma garota e eu, que não piso lá, mas sou fichado para garantir direitos previdenciários, naquele momento Chico estaria no refeitório do hospital ou se encaminhando para lá, havia pedido licença do hospital público, não aguentava mais UTI, agora atuava sempre como psiquiatra; provavelmente Artur estava esquentando a sua marmita junto com outros funcionários da universidade e provavelmente também iria ver o celular enquanto come e responderia todas as interações do WhatsApp, então mandará mensagem de carinho para Chico, Tomás e eu. Tomás entra no apartamento e diz que o cheiro está maravilhoso, um dia fiz salada apenas, ele disse isso e o chamei de falso, ele levantou meu braço e lambeu meu suor, disse que meu cheiro era incrível e delicioso.

Tomás entra perguntando o que tem pra comer, digo que temos de pedir algo, me distraí com o jantar de mais tarde e esqueci de fazer o almoço de nós dois, ele me beija, diz que podemos sempre comer um ao outro, pega no meu pau e vem me agarrando, desligando as panelas, diz que vamos comer no boteco da avenida, diz que uma sopa se faz em menos de uma hora, ele tem razão, tento relaxar, saímos pra tomar cerveja e comer tudo o que faz mal à saúde física e muito bem à saúde emocional. Voltamos meio altinhos para casa, ele me joga no sofá, me beija, diz que quer que eu o coma, claro. Ele se coloca de joelhos no sofá, vejo o cuzinho dele já liso, sem uma preguinhas, cu de quem dá muito, de quem ama rola, cu de quem é sem vergonha e amado, e Tomás é meu amor, eu o amo muito, não canso de meter nele chamando ele de putinho amado, de safado gostoso, depravado de meu coração, “Mete, preto, mete fundo e rasga.”

Ele me leva ao banheiro, goza mijando a parede antes e depois de sua porra cair em sua mão e ele me dar pra lamber entre seus dedos, ele manda eu gozar dentro, encho a bunda dele e me ajoelho atrás dele, o buraco dele solta meu leite de macho de volta, vejo escorrer pelas pernas dele e isso é lindo, lambo e como e sinto a pele dele, é sexo, mas é mais que isso, é a materialização do que sinto por ele, eu desejava mais beijei novamente, me esfregava em sua pele, ele se ajoelha e coloca meu pau quase todo mole na boca, pergunta se eu vou fazer mais algo, começo a urinar na boca dele e agora isso não era mais uma extravagância dele, era um hábito nosso, como tomar uísque, ir no cinema e comer sushi, comum, mas não é uma coisa semanal, não cospe, não bebê, nós nos beijamos deixando aquilo vazar sobre nós dois, fico novamente de pé, mijo o cabelo dele, o rosto, o corpo todo, o ponho de pé e volto a meter dentro de sua bunda, ele me chama de desgraçado fodedor, caralhudo gostoso, “Eu te amo, Pedro, eu te amo demais, eu me sinto muito mais homem quando eu chego em casa e a gente almoça, volto para rua depois de ficar no seu colo recebendo carinho seu, eu te amo quando a gente fode junto, quando te vejo fodendo os outros dois, quando você passa por mim e me chama de gostoso, Pedro, quando você me diz que me ama, Pedro, eu sinto que não preciso de mais nada, bastava isso, mas nós ainda temos Chiquito e Tutu”, “Tá com raiva deles? Ou chamou por nomes que os deixam putos só pra eu não agradecer o que você disse? Eu te amo, meu amor, não pense, amo tanto que amar transcende o nome, amo ao longo do tempo, amo você de formas que ainda não ousei entender, sinto você no ar e te respiro, amo você, Tomás você não entende, é esse bigode que mexe comigo, não tire.”, ele fica puto, me faz virar e mete em mim, me fode, morde meu pescoço, sinto ele encher meu rabo com um jato quente e espumoso, minha bunda enche e esvazia, gozamos juntos, tomamos banho juntos, namoro com ele um pouco no sofá, levanto quando ele dorme, era quase quatro da tarde, seríamos oito em casa, mas o irmão de Chico iria vir com a esposa (ex de Chico) porque eles vivem aqui nas sextas-feiras, acredito que as duas irmãs (esnobes) de Artur virão com seus maridos (esnobes) e três adolescentes (legais pra caralho), porque eles sempre ficam falando que os pais de Artur preferem nós a quaisquer um deles (verdade inalienável).

Sopa de feijão, sopa de macaxeira, torradas, salada de frutas e a lata de marrom glacê que custou caro e ainda não abrimos, suco de acerola, café, e com certeza Tomás vai ser obrigado a fazer um monte de capuccinos e drinques de café. Ele merece dormir, não tolera os cunhados de Artur, mas é amado por eles...

Artur chega fazendo barulho, shhh, ele me beija, diz que pela minha cara fodi bastante, confirmo com um sorriso, ele diz que não quer saber, ia me comer e pronto, tira o pau e fica brincando com ele enquanto provo o tempero, ele diz que eu poderia colocar um pouco de coentro e pimenta do reino, era o que faltava, agradeço dando uma chupadinha na cabeça da pica dele, ele joga a cabeça pra trás, termino o tempero, o pau dele está duro e eu me ajoelho na frente de meu namorado, ele fode minha boca e diz que eu sou divino, ele me faz chorar e engasgar no seu pau, pau grande do caralho, ele pergunta se eu quero, eu quero, ele afasta algumas coisas na bancada, põe meu peito na mesa e baixa minha calça, ele chupa meu cu e cospe no meu buraco, “Cu liso, cu de quem gosta de rola, cu de quem é amado, cu gostoso da porra”, Tomás acorda, vem falar com Artur, dá uma tapa na minha bunda e diz que eu acabei com ele, diz que o cheiro da sopa está delicioso, senta ao nosso lado e brinca com uma maçã, olha para a cena e me beija, diz que eu sou gostoso, mas eu devia ver a cara de prazer que Artur fazia, quero ver, estou cavalgando Artur enquanto nós três trocamos beijos.

Chico entra e vê a putaria, “Tomás quieto vendo putaria? Vocês foderam e agora você está fodendo com Artur, né? Te aguenta, Pedro, hoje vamos dormir juntos e nem quero saber de cansaço, de dor, de porra nenhuma, hoje vamos transar e nem sei o que fazer se você inventar pretexto, que sopa perfumada é essa? Meu irmão disse que vem hoje.”

Eu estava relaxado pela primeira vez, recebi o abraço e o beijo de meus sogros, comíamos em turnos, quem terminava ia lavar o prato e dava lugar na mesa para os próximos, foi uma alegria. Até os parentes de Artur estavam simpáticos. O pai de Artur pede a atenção: “A melhor cozinheira do mundo é a minha mulher, mas a melhor sopa do mundo é a de Pedro, o churrasco de Artur e as sopas de Pedro... Sopa grossinha, cheirosa, e por maior que seja a quantidade nunca sobra o bastante para levar pra casa, todo mundo repetindo e repetindo... Uma salva de palmas ao cozinheiro!”, durante as palmas começam a cantar parabéns, acho estranho, Chico fala que é meu aniversário e eu fico surpreso, sério?

É uma zombaria, eu não lembrava, agora faz sentido os três querendo e fazendo questão de fazer sexo comigo, não posso argumentar, tenho de fazer um sexo gostoso com Chico, nunca mais vou esquecer, três fodas e me encaminhando para a quarta, vão acabar comigo. A mãe de Chico pede silêncio: “Dizem que casar bem um filho é ganhar uma filha, verdade, essa menina que vai me fazer de avó é uma filha, como sofremos quando Chico viu o casamento dele acabar, hoje tenho dois filhos e uma filha, parte de meu sofrimento foi não conseguir correr para dar colo a ela, eu estava com raiva dela, mas eu entendi naquele momento que eu também a amava. Perdão, querida, perdão. Hoje meus meninos são unidos como nunca antes e ela é novamente, como nunca deixou de ser, parte da família. Celso e Laura estão felizes e Chico também. Chico me diz que é bissexual e havia arrumado um namorado, mentiu. Hoje se sente totalmente gay e está casado, namorado é uma conversa, Chico está casado com três homens, nunca pensei que teria genro, e eu teria três, mas eles nunca se comportaram assim, eu tenho mais três filhos, se comportam como filhos, me levam ao médico, me levam para onde quero, Pedro me leva para comprar calcinhas e dá opinião sobre isso, meu filho, desculpe eu ter entrado em sua vida tão tarde, eu não sabia que você existia, querido.”

Eu chorei? Não, não até ela me beijar o dorso da mão, aí eu chorei, Tomás (coração de gelo) perguntou se era sério, se podia comprar presente de dia das mães e dos pais (o pai dele nunca o assumiu) – essas coisas fazem falta, e nós terminamos a noite comendo um bolo de chocolate que tombou um pouquinho, mas ficou lindo nas fotos, uma delas vai ficar na parede enorme, tenho uma família, sou o único negro da família e sou amado tanto quanto qualquer outro, sinto uma paz dentro de mim. Ganhei um presente lindo, todos nós, os quatro temos uma aliança, pra mim é suficiente, os pais de Chico (que agora são meus), e os de Artur (que também são meus – ficaram com inveja e reivindicaram o direito de paternidade, Artur também é casado conosco, hahahaha).

Foram embora, faxina no dia seguinte, Artur estava cochilando na poltrona da sala, Tomás o levou embora com Chico. Espero Chico na varanda, era quase meia noite, digo que com ele não vou fazer amor no dia de meu aniversário, ele sorri, diz que não tem importância, nem se eu estiver cansado demais, estou, mas acho que se ele conseguir manter os olhos dele com aquela mesma cor castanha acinzentada eu ia acabar ficando derretido e duro, ele ri, ele pergunta se podemos ir para o quarto, digo que sim, ele sempre prefere a cama, eu vou me despindo e jogando minha roupa pelo caminho. Eu o deito e o beijo, digo que estamos condenados a ter uma barriguinha sex, todos, os quatro, ele diz que um dia não será uma barriguinha e não será sexy, digo que sempre será sexy, ele sempre será parte de mim, ele me beija e eu mordo seu lábio, seu queixo seu pescoço e seu mamilo, sua clavícula e chupo seu umbigo, ele segura minha cabeça e me beija antes de eu chupar seu pau, ele geme, ele diz que quer que eu o foda, pergunta se eu consigo ou se... levanto suas pernas e vejo o cu mais cabeludo da casa, gostoso demais, ele diz que pensou em mim o dia inteiro, eu quero comer ele, ele pede pra ser de ladinho, quer que eu o coma e o faça dormir, diz que nem se importa em gozar, o importante é dormir sendo agarrado por mim, preenchido por mim, “Chico, você é um presente maravilhoso.”, ele dorme, eu ainda estou martelando quando escuto a respiração dele, eu retiro meu pau de seu cu, escultor o silêncio da casa, no quarto ao lado vejo os dois dormindo, confiro a porta trancada.

Não sei dormir sem conferir se a porta está trancada e todos estão bem, me deito, Chico pergunta se a porta está trancada, confirmo, sei que ele está brincando com minha mania, “E a porta da área de serviço?”, ele ri, mas lá vou eu bufando conferir, me deito com a barriga pra cima, ele rindo morde minha orelha e se vira, eu o abraço, ele pede desculpas pela brincadeira, eu sinto o cheiro de seu pescoço, digo que só perdoo se ele dormir enquanto faço amor com ele, ele está cansado, cuspo na ponta dos dedos e coloco dois dedos no cu dele, “Porra, Pedro, agora vai ter de fazer amor direito, goza dentro?”

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Fim da jornada.

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Fim da jornada?


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