Texto muito bem escrito, isso pra mim já vale nota. Eu não sou muito fã de séries longas, mas ao ver o Nome do Autor, Sr. Hilst, eu resolvi conferir, afinal sou fã da Hilda...rsrsrs... Continue a história como você a planejou. Nós que escrevemos se formos mudar detalhes para agradar a todos acabaríamos reescrevendo a Bíblia. Abraços e seja bem vindo ao site.
Meu sobrinho teimoso veio me visitar (pt.1)
Cheguei do trabalho aliviado, era sexta-feira, tirei os sapatos ali mesmo, perto da porta de entrada, desabotoei a camisa suada, dei uma lufada de ar enquanto largava a pasta sobre o sofá. Um descanso merecido. Enxuguei o suor da testa na toalha antes de repousá-la sobre o ombro ao rumar para o banheiro.
Como um bom banho pede música, deixei uma calma trilha de fundo rolando para tentar afastar a dor de cabeça que se instaurava sempre que eu retornava para casa. Enrolei o cinto colocando-o sobre a tampa do vaso, desabotoei a calça e a dobrei sobre o cinto, tirei a cueca e aproveitei para jogá-la no cesto de roupa suja ali perto. Soltando o ar, deixei a cabeça cair para trás, o pau enclausurado relaxava agora sobre meus ovos, fiquei um tempo ali sentindo aquele aroma de macho tomar conta do ambiente.
A água morna parecia me fazer massagem, me arrepiava a parte interna das coxas, arqueava a coluna, passeava por entre os pelos dos braços. Esfregando o sabonete pelo meu peitoral pensei em bater uma ali mesmo, meu saco se contraiu com a ideia, mas não o fiz, ficaria para mais tarde.
Parei em frente ao espelho, enquanto me enxugava, para dar uma conferida no shape. Passeando os dedos por entre os pelos do meu peito, da barba e da minha pentelhada, desembaraçando alguns fios no processo, notei que estavam ficando grisalhos, traçando um contraste com minha pele morena. Os muques, o peitoral, as escápulas, e principalmente a parte que eu mais gostava, minhas pernas, resistiam com seus músculos definidos, nem tão definidos assim, já que eu não era muito assíduo na academia, de qualquer forma, alguns diriam que para minha idade eu sou “enxuto”, meu mal mesmo eram as cervejas. “É… daqui a pouco faço 37. A idade chega para todos mesmo” pensei comigo. Terminei de me enxugar, pus uma samba-canção preta e saí do banheiro.
Ocupado arrumando o almoço não vi que batiam à porta. Pausei a música e esgueirei pela fresta. Para minha surpresa era o pirralho do meu sobrinho Pedro, tinha um tempo que eu não o via, certeza que só veio porque sentiu falta do meu PS4, apertava a campainha feito um alucinado, justo no dia que a minha cabeça gritava, alinhamento dos astros. Engoli o orgulho e fui atender a porta.
⁃ Abre aqui Tio, abre logo essa porta (Os gritos imperativos de Pedro entremeavam-se com o berro da campainha soando)
⁃ Peraí Pedro, caralho, já tô indo (Gritei apressando o passo)
Sorte a minha que a grade já estava aberta.
⁃ Até que enfim, hein! Demorou! (Esbravejava Pedro já se convidando para entrar).
⁃ Boa tarde, né! (Retruquei rispidamente).
Não pude deixar de notar que ele havia crescido desde a última vez que o vi, estava quase do meu tamanho, 1,80 mais ou menos. E claro, tive que falar o que todo tio fala:
⁃ ‘Tas’ grande menino. Medindo quanto? (Perguntei mesmo para ser simpático, na real não estava muito interessado na resposta)
⁃ Sei lá, uns 1,80, por aí. O que tem pra gente comer? (Não lembrava de Pedro ser tão mal-educado assim. Bom, relevei) Posso pôr o sapato aqui?
⁃ Po… de (Disse ele já tirando sua chuteira suja de lama e colocando ao lado do meu sapato do serviço, no terraço. Sem nem esperar que eu terminasse a frase)
Ele estava de camisa de time e um short preto leve. Me deu as costas e foi direto para a cozinha, abrindo as tampas das panelas procurando pelo almoço.
⁃ Pelo visto, o negócio tá bom por aqui. (Disse Pedro abrindo o armário e se esticando para alcançar os pratos mais acima)
⁃ Acabei de esquentar. (Falei de braços cruzados, com os lábios semicerrados)
Do meu ponto de vista se fazia notável a roupa de Pedro aderida ao seu corpo suado, por baixo do short fino vi que não usava cueca, ou pelo menos não na parte de trás, onde a umidade delineava perfeitamente a silhueta da bundinha redonda de Pedro. Logo, senti que meu pau subia.
⁃ Vai comer não, velho? (Falou Pedro de costas, entre uma colherada e outra, recolhendo mais comida das panelas)
⁃ Tô indo, t- tô indo (Gaguejei já trotando em direção ao banheiro, pondo o pau para baixo)
Recostei-me na porta do banheiro fechada, e só me ocorria o pensamento de que ele tinha visto tudo. Sabia que uma hora a punheta que eu não bati iria me cobrar, (espero que ele não tenha me visto) mas não justo agora e justo com... Pedro. Aquele misto de tesão e culpa talvez tivessem feito com que eu me atrasasse no banheiro mais do que tinha imaginado (espero que ele não tenha me visto). “Caralho, não é possível que ele tenha me visto, estava de costas quando eu saí”, pensei enquanto apertava os olhos. Uma manobra para afastar o pensamento de ter sido pego com o pau duro apontando da samba-canção. “Porra, tu não vai ‘vim’ não?” Pedro gritava da cozinha. “Peraí, moleque!”, respondi ainda me encolhendo atrás da porta. Olhei para baixo para ver se estava tudo bem, e é… Estava. Quando um vislumbre da bunda carnuda de Pedro me corta a memória, me contive. Respirei fundo ao abri a porta do banheiro.
⁃ Tá suado, o que houve? (Disse Pedro, entre uma garfada e outra, esboçando um sorriso de canto)
Lendo aqueles olhos eu podia jurar que ele realmente tinha visto aquela cena toda.
⁃ Nada, só o calor mesmo (Limpei o suor da testa com o antebraço ao caminhar para a cozinha)
Minhas mãos eram como as de quem foi pego fazendo coisa errada, o atrapalhado medo da vergonha e do tesão. Pus meu almoço, e me sentei, normal, creio não ter dado pinta de estar se passando algo.
⁃ O que foi? ‘Tas’ esquisito. (Falou ele, olhando para o prato quase vazio a essa altura)
⁃ Quem? Eu? (“Será que esse pirralho notou alguma coisa?” Esbravejei silenciosamente). Que nada (Esbocei um tímido sorriso como forma de afastar a situação antes que se instaurasse. Mas pensando bem, eu devia estar um pouco trêmulo sim)
⁃ Ah, ‘tendi’, é que o senhor é esquisito mesmo. (Pedro deu de ombros se levantando para pôr seu prato na pia)
⁃ Ah (Apenas assenti com a cabeça)
⧫•⧫•⧫•⧫•⧫
Ambos terminamos de almoçar, e tendo passado um tempo, o ar de provocação foi se apaziguando. Eu lavava os pratos enquanto Pedro jogava o PS4, que ele, obviamente, não pediu permissão para jogar, e para variar jogava FIFA. Não bastava apenas jogar na quadra, tinha que jogar dentro de casa também, bom, quem sou eu pra julgar. De certo que a imagem daquela bundinha redonda e suada velada pelo short de corrida ainda estava gravada em minha mente, e era inevitável não ficar de pau duro relembrando aquela cena fugaz. Retornou-me o questionamento se ele estava usando cueca ou não, com certeza não usava uma calcinha, então devia ser uma daquelas jockstraps. Onde será que ele conseguiu uma? Com o pai? Com o treinador, talvez?
Juntei-me a ele no sofá, ele estava vidrado na tela, contorcendo a cara conforme a dificuldade da partida variava, não parecia nem perceber que eu havia me sentado ao seu lado. E ali, tendo aquela visão daquele vagabundo ao meu lado, no auge dos seus 18 anos, o corpo franzino, o bigode ralo sobre os lábios, o cabelo ondulado pregado à testa por conta do suor, a camisa de time que agora secava tremulando ao ventilador logo ao lado, imaginei aquela bunda redonda e como o pau deveria exibir uma pentelhada preta, imponente, apertados numa jockstrap contendo o cheiro característico de macho, separados de mim apenas por um fino short preto, vislumbrar aquelas imagens só aumentava o meu tesão. Mal via a hora de enfiar minha cara naquelas preguinhas quentes e rosadas, e chupar com força mesmo, ouvir aquela putinha mandona se derreter em gemidos na minha chupada, apertando meus braços com a boca aberta de tesão, encher aquele cuzinho de cuspe e ensinar àquele marmanjo como um homem deveria se comportar.
⁃ Ei baitola, tá olhando o que? (As palavras de Pedro me zapearam de volta ao sofá)
“Ele me chamou de baitola? Que moleque do caralho.” Pensei comigo.
⁃ Tu me chamou de que? Moleque do caralho! (Não me contive).
⁃ Relaxa, baitola. Vai querer jogar? (Falou ele enquanto me apontava o controle).
⁃ Não valeu. Vem cá, quando você vai me falar o porquê decidiu vir pra cá hoje? (Eu o indaguei)
⁃ Mainha saiu, e como ela não ia fazer almoço mandou eu vir pra cá, pra não ficar sozinho em casa. (Ele falou sem tirar os olhos da tv)
⁃ Tô ligado. Mas vem cá, não é muita folga da tua parte não? (Eu disse em tom de brincadeira)
⁃ Vai dizer que você não gosta quando eu venho pra cá? (Ele falou dando um leve tapa na minha coxa)
Aquele moleque sabia como me tirar do sério. Era irônico como a inconveniência quase compunha sua personalidade.
No mais, a tarde passava tranquilamente, no fim das contas até que a dor de cabeça não foi tanta. Era verão, e o calor me obrigava a tomar mais uma ducha. A geladeira emitiu um ‘bip’, creio ter sido Pedro a pegar algo dela. Eu conseguia distinguir os grunhidos raivosos de Pedro mesmo através da porta fechad, eram os únicos sons que cortavam a paz daquela tarde. Tive uma surpresa assim que abri a porta do banheiro…
Comentários
Curioso para o desenrolar dos acontecimentos. bem interessante acompanhar aqui
Jogo de gato e rato.
Desculpa mas não consegui chegar nem na metade do conto. Odeio gente focada na casa dos outros.
Me conta, o que você acha que poderia melhorar?
Confesso que esperava mais.
O que você acha que poderia melhorar? O conto está muito curto? tem alguma sugestão?
SE TOCA BAITOLA, ENQUADRA ESSE SOBRINHO MAL EDUCADO DA PORRA. ELE É UM MOLEQUE MUITO DO SEM EDUCAÇÃO. ENSINE BOAS MANEIRAS A ELE. ELE TEM QUE TE RESPEITAR, MUITA FOLGA DA MÃE DELE TB MANDAR ELE PRA CASA DO TIO. SE LIGA. LAMENTÁVEL.
Bom, sou escritor novato, e este é o primeiro conto de uma série de contos a vir por aí. Espero que gostem, caso tenham sugestões deixem-nas aqui nos comentários para que eu possa melhorar minha produção. Boa punheta 🍆💦💦💦