Traição: Parte 5 = Segunda chance?

Um conto erótico de Maurício
Categoria: Heterossexual
Contém 3508 palavras
Data: 03/02/2024 15:37:56

Na dúvida diga sempre a verdade, por pior que seja sempre é a melhor opção. Mesmo que naquele momento de dúvida a mentira possa parecer a melhor saída, não escolha esse caminho porque as consequências geralmente são desastrosas.

~Tudo aconteceu por um acaso Raphaela. Eu estava bebendo em um barzinho e vi um casal em uma mesa próxima. Eles me chamaram a atenção porque estavam discutindo feio. O rapaz por fim xingou a garota e deixou ela chorando na mesa. Eu fiquei com pena de ver ela naquela situação e fui até ela perguntar se ela estava bem. Ela disse que estava, eu perguntei se ela precisava de ajuda, mas ela disse que não.

Eu voltei para o meu lugar e voltei a beber meu whisky. Depois de um tempo ele se aproximou e me pediu dez reais emprestado para ajudar pagar a conta que o ex namorado deixou para ela pagar sozinha. Eu disse que ela não precisava se preocupar que eu pagava a conta para ela. Convidei ela para sentar ali comigo e se acalmar um pouco antes de ir embora. Dava para notar que ela estava um pouco abalada com a situação que ela passou com o ex ali a minutos atrás. Ela acabou aceitando se sentar. Eu pedi uma água para ela e começamos a conversar.

Até então eu não tinha reparado nela direito, mas com ela ali na minha frente não teve como não reparar o quanto ela era bonita. Loira, olhos azuis, rosto angelical, corpo perfeito, ela era realmente uma bela mulher. Depois de um tempo ela foi relaxando e pude ver seu sorriso. Nossa eu fiquei encantado com ela.

A gente ficou conversando por um bom tempo. Ela me contou que o ex era muito ciumento, chegava a ser possessivo às vezes. Ela disse que mesmo gostando muito dele, não aguentou os ciúmes e decidiu terminar o relacionamento. Ela falou mais algumas coisas da vida dela. Que trabalhava em uma loja de roupas ali perto. Que tinha trancado a faculdade porque a mãe estava muito doente e não podia ficar sozinha. Como era só ela e o pai eles revezavam. O pai trabalha de vigia noturno, então ele ficava em casa durante o dia e ela à noite.

Eu também falei um pouco de mim. Que eu já tinha me formado a alguns anos. Que eu era dono de uma agência de publicidade. Que morava em um apartamento ali perto. O papo acabou rendendo. Na verdade ela falou bem mais do que eu. Enquanto ela ia falando, mais eu me encantava com ela.

Quando ela resolveu ir embora ela perguntou se eu não poderia passar o meu pix ou alguma conta do banco para ela poder me pagar o dinheiro da conta que paguei para ela. Eu disse que não precisava, que ajudei por boa vontade mesmo e não foi um empréstimo. Ela insistiu, mas não adiantou nada porque não passei nem pix e nem o número da minha conta para ela.

Quando a gente foi se despedir foi que ela percebeu que não sabia meu nome e nem eu o dela. Rimos da situação e nos apresentamos. Ela me disse seu nome, me deu um abraço e agradeceu pela ajuda e pela companhia. Eu disse que não precisava agradecer. Ela me soltou e me deu um beijo no rosto. Eu disse que foi muito bom passar aquele tempo ali com ela. Ela disse que apesar de tudo que aconteceu o início de noite dela foi muito bom porque conheceu uma pessoa legal. Nós despedimos e ela se foi.

Dali fui para meu apartamento mas não consegui tirar a Lara da cabeça. Pensar que provavelmente eu nunca mais iria vê-la me dava um aperto no coração mas também me dava um certo alívio porque ali eu já sabia que se eu continuasse a ver ela provavelmente eu iria arrumar um grande problema para minha cabeça. Eu tinha me encantado com aquela garota.

Os dias foram passando e mesmo assim as lembranças dela não saíram da minha cabeça. Eu conseguia lembrar de cada detalhe do seu rosto, o perfume dela parece que tinha ficado impregnado na minha narina. Mas segui minha vida. Não tentei procurar ela nem nada. Eu sabia que se eu procurasse eu acharia ela porque ela disse que trabalhava em uma loja de roupas ali perto do barzinho. Podia ser até um pouco difícil mas com certeza eu acharia ela.

Porém eu não queria problemas nem para mim e nem para meu casamento.

Depois de quase um mês eu resolvi voltar no mesmo barzinho que a conheci. Não fui na intenção de tentar ver ela. Só resolvi ir lá beber meu whisky. Mas não demorou meia hora da minha presença ali e vejo Lara entrar no bar me olhando com um lindo sorriso no rosto. Ela veio até mim e me deu um abraço e um beijo no rosto. Meu coração disparou na hora, naquele momento eu vi que eu estava ferrado. Aquela garota mexia muito comigo.

Ela disse que sempre passava na porta do barzinho para ver se me via novamente. Disse que estava com o dinheiro para me pagar dentro da bolsa já fazia um bom tempo e estava quase desistindo de me ver novamente. Eu disse que estava feliz por vê-la de novo, mas não queria o dinheiro. Ela insistiu e acabou que aquilo virou um pequeno debate. No final ela propôs de nós dois gastar o dinheiro ali. Não era muito, mas dava para pagar duas doses de whisky para mim e dois refri para ela. Eu acabei aceitando para não render mais aquele debate. A companhia dela era uma grande atrativo para eu aceitar sua proposta.

Sentamos em uma mesa mais afastada e conversamos durante um bom tempo. No meio dessa conversa ela olhou na minha mão e viu minha aliança. Ela me perguntou se era de compromisso. Naquele momento eu tinha dois caminhos a seguir. Falar a verdade e correr o risco de nunca mais ter a companhia dela, ou mentir e arriscar meu casamento. Eu não pensei direito na hora, eu só olhei naqueles olhos lindos e respondi. Eu disse que não, que era um presente da minha mãe. Que eu usava sempre porque foi ela que deu e porque eu gostava dela.

~Meu Deus Maurício que merda você fez! E ela acreditou nisso?

Raphaela disse com uma cara de incredulidade.

~Minha aliança é de ouro rose como você sabe, pois ajudou sua amiga a escolher. Lara acho que acreditou por isso. Nem parece uma aliança de casamento. Mesmo estando na mão e no dedo que indica isso, ela poderia ser mesmo só uma aliança comum. Ou até mesmo um anel.

Raphaela torceu o nariz como de costume

~Tudo bem, faz um pouco de sentido, prossiga.

Eu continuei a relatar a história

~Bom, naquele dia conversamos bastante e fiquei sabendo mais sobre a doença da mãe da Lara. Ela tinha arritmia cardíaca e um problema grave de pressão alta. Ela não podia ficar sozinha porque quando tinha alguma crise mais aguda tinha que ser levada para o hospital o mais rápido possível. Mesmo com os remédios e as dietas para controlar a pressão o risco era grande.

Nossa conversa fluiu bem, apesar da diferença de idade a gente tinha muita coisa em comum. Quando mais a gente conversava mais eu me encantava com ela. Lara além de linda era uma garota inteligente, humilde e batalhadora. Ela era uma menina de família que não gostava de bagunça e era linda. Era para ela estar fazendo o último ano do curso de administração, mas teve que trancar por causa da doença da mãe. Mas ela queria muito concluir seus estudos em um futuro próximo.

Tivemos momentos ótimos ali e quando nos despedimos trocamos números de telefone. Ela me deu um beijo no canto da boca que fez meu coração disparar novamente. Eu já estava totalmente afim dela e parecia que ela também tinha interesse em mim.

Dali para frente trocamos mensagens sempre que dava. Eu tomei cuidado para Talita não ver. Nem era difícil porque Talita vivia ocupada. Nos finais de semana era Lara que ficava ocupada cuidando da mãe e da casa. Lara que limpava a casa, lavava as roupas e fazia tudo já que a mãe já estava um pouco fraca por causa do problemas de saúde.

No meio de semana eu e Lara nos falávamos bastante, principalmente à noite. Eu comecei a ficar quase a semana toda no apartamento e Lara ficava mais tranquila a noite quando chegava em casa. Nos encontramos mais algumas vezes no meio da semana e cada vez mais íamos nos envolvendo. Até que depois de 3 encontros rolou o primeiro beijo. Depois de mais um mês a gente veio pro meu apartamento e tivemos nossa primeira transa. Ela era perfeita em tudo e eu estava muito apaixonado por ela.

Depois de 3 meses que saímos juntos a primeira vez eu confessei meus sentimentos por ela e começamos ali um namoro sério. Estava tudo correndo bem já que ela não tinha tempo para mim nos finais de semana e no meio de semana eu ficava no apartamento. Eu achei que dava para levar o namoro e o casamento até eu conseguir ganhar um bom dinheiro na agência. Minha ideia era ganhar uma boa grana e depois me separar da Talita e me casar com a Lara.

Mas as coisas começaram a dar errado. Primeiro que a doença da mãe dela piorou muito e ela estava passando mais tempo no hospital do que em casa. Lara praticamente ficou quase sem tempo para mim. Talita ao contrário começou a trabalhar menos. Parou de viajar a negócios, ficava mais em casa nos finais de semana. Eu gostava de Talita, ou melhor eu gosto dela. Quando ela começou a falar em ter o nosso primeiro filho eu comecei a perceber um pouco mais a besteira que eu estava fazendo.

Aquilo mexeu muito comigo e com meu humor, aí parece que tudo começou a dar errado. Primeiro a minha crise de ciúmes do Dudu. Depois Lara me fala que provavelmente a mãe iria ter que fazer uma operação que era muito cara. Depois a tentativa de assalto que Talita sofreu. No dia que Talita estava no hospital machucada a Lara estava no hospital com a mãe dela que estava muito mal. Eu já conhecia o pai e a mãe dela. Eles eram pessoas maravilhosas e eu queria estar lá ao lado deles, mas eu não podia porque minha esposa também estava precisando de mim.

Para falar a verdade no último mês, a única vez que tive uns dias de paz e felicidade foi no final de semana que passei no apartamento com Lara. O pai dela estava de folga e passou o final de semana no hospital e ela pode ficar comigo. Depois disso foi só coisa ruim acontecendo. Aí chegou o dia que Lara me ligou pedindo para eu ir na casa dela e quando cheguei Talita estava lá com ela. O resto você já sabe.

Raphaela me olhou com uma cara que me deu medo.

~Maurício você conhecia os pais da Lara e ela não quis conhecer os seus?

Pelo jeito ela tinha algumas perguntas.

~Eu falei que meus pais não moravam aqui. Que minha família era de Divinópolis.

Raphaela torceu o nariz.

~Quanta mentira Maurício. Não esperava isso de você! Mas é os finais de semana que Lara podia te ver? Como você fazia?

E tome perguntas.

~Era raro. Geralmente era uma vez por mês, já que era quando seu pai tinha folga e assim mesmo ela tinha que estar em casa no domingo. Ela tinha às vezes a noite de sábado para dormir comigo. Eu posso dizer que contei muito com a sorte. Em duas dessas vezes Talita estava viajando. Uma vez para São Paulo e outra para a Argentina com seu pai. Da penúltimo vez não tinha como eu escapar de estar em casa, aí inventei uma viagem às pressas para ir ver minha mãe que estava meio doente. Na última eu tinha saído de casa por causa da crise de ciúmes.

Raphaela fechou a cara quando falei da minha mentira sobre minha mãe.

~Meu Deus! Nem vou falar nada para não te ofender, apesar que você merece! Então vocês namoram há quatro meses Maurício?

~Sim, estávamos namorando a quatro meses e vai fazer oito que a vi pela primeira vez.

Raphaela não perguntou mais nada mas me disse que era para eu tentar não perturbar Lara porque a mãe dela estava muito mal mesmo e teria que fazer a operação no coração. A garota estava passando por muita coisa ruim, se eu tentasse procurar ela eu podia piorar a situação. Ela disse também que eu tinha agradecer muito a Talita porque o pai dela ficou com muita raiva de mim e ele com raiva se tornou um homem muito perigoso. Mas Talita fez ele prometer que não iria fazer nada de mal comigo.

Realmente meu sogro era um homem bom mas não lidava bem com quem mexia com a família dele.

Raphaela ficou ali conversando mais um pouco comigo. Contei a ela que iria fechar a agência porque era inviável continuar com ela aberta. Que ia arrumar outro apartamento e procurar um emprego.

Raphaela perguntou se eu não tinha dinheiro guardado e eu disse que não tinha muito. Expliquei que investi tudo na agência e o que eu tinha era pouco. Que o que eu pudesse vender da agência provavelmente iria ser a conta de pagar os direitos trabalhistas dos meus funcionários. Talvez nem daria. Que o que eu tinha guardado estava pensando em comprar um carro usado. Ela disse que sentia pena de mim mas que eu merecia tudo que eu estava passando e tinha sorte de Talita ter dado até o fim do mês para eu desocupar os imóveis dela.

~Raphaela porque apesar de tudo ela ainda parece ter pena de mim?

Raphaela me olhou e disse

~Ela me disse que apesar de tudo o que você fez pelo menos você não tentou roubar ela e você teve muitas chances já que tinha acesso ao computador dela. Que você se esforçou muito para conseguir suas coisas, que mesmo ela ajudando você se esforçava para merecer as oportunidades que ela te dava. Que no aspecto profissional você foi perfeito. Que foi honesto no sentido financeiro. Que você só foi um fdp como marido. Então ela iria tirar toda a ajuda que ela te dava, mas só isso. No mais não ia se meter na sua vida não. Que se a vida quisesse te cobrar tudo bem mas ela lavava suas mãos e não iria se vingar ou nem tentar te prejudicar.

Talita era mesmo uma pessoa diferente. Se eu mandasse no meu coração a gente teria sido muito feliz juntos.

~Eu entendi. Eu já esperava isso dela, mas e você? Sei que está com muita raiva de mim e com motivos. Mesmo assim ainda veio me ver mesmo eu não merecendo. Porque?

Ela torceu o nariz de novo.

~Porque sei que apesar de tudo você não é uma pessoa ruim. Errou muito mas eu imaginei que isso não tinha sido algo que você premeditou. Por isso

Eu fiquei feliz de ouvir aquilo. Mas ela tinha mais a dizer.

~O que me deixou mais com raiva é que eu desisti de tentar ser feliz com a pessoa que eu gostava na época para ela ser feliz ao seu lado e você jogou tudo fora.

Aquela informação era nova para mim

~Você ama a Talita? É isso?

Ela respirou fundo e disse

~Não, eu gostava dela na época que a gente se conheceu. Nem sei se era amor, mas eu gostava muito dela. Mas aí você apareceu, ela se apaixonou por você e eu simplesmente desisti de me declarar a ela. Ela também só me via como amiga e parceira de cama. Acho que foi até melhor assim. Com o tempo, apesar de eu ter derramado algumas lágrimas por ela, esse sentimento foi sumindo e hoje acho que nem existe mais. Somos melhores amigas e está ótimo. Mas nunca mais gostei de ninguém. Por isso estou solteira até hoje. Acho que ela foi meu único amor, se é que era amor mesmo.

Eu dei um abraço na Raphaela. Ela meio que se assustou com minha atitude mas acabou me abraçando de volta. Eu pedi perdão a ela. Ela disse que estava tudo bem. Nos soltamos e ela disse que precisava ir embora. Eu agradeci ela por ter vindo. Ela disse que manteria contato comigo e se foi.

Raphaela salvou meu dia, sua visita me fez um bem danado. Provavelmente ela seria a única que ainda iria manter uma amizade comigo. Essa história dela ter desistido de tentar ser feliz me fez pensar. Talvez era o que eu deveria fazer. Eu amava Lara de todo meu coração, mas acho que ela não iria me perdoar nunca. Era melhor desistir dessa ideia de procurar ela. Ainda mais depois do que Raphaela falou, eu realmente poderia piorar a vida dela e eu não queria isso.

Fui tentar descansar porque no outro dia eu tinha decisões importantes para tomar.

Logo cedo reuni todos meus funcionários e comuniquei a eles que infelizmente eu iria ter que fechar a agência. Fui sincero com eles. Não contei os detalhes mas falei a verdade. Que eu tinha traído minha esposa e que sem ela para me ajudar não tinha como eu manter a agência. Que eu iria vender tudo e acertar tudo com eles. Falei que se alguém tivesse interesse em alguma coisa da agência como computador, impressora ou algum móvel podia falar com minha secretária que ela iria me passar tudo.

Deu para ver a cara de tristeza no rosto de cada um. Com certeza era por estar perdendo o emprego porque acho que depois que expliquei tudo ninguém ficou triste pelo meu fracasso.

Mas me enganei, alguns funcionários vieram falar comigo depois e até me deram um apoio moral. A maioria ali estava no seu primeiro emprego, acho que se sensibilizaram por eu ter dado a primeira oportunidade para eles.

O resto do dia eu usei para falar com cada cliente da agência. Expliquei a situação e a maioria não causou problemas, mas dois disse que iria ver com seus advogados porque se eu fechasse seria quebra de contrato e tinha multa. Eu nem me preocupei muito. Eu já estava na merda mesmo, mais um ou dois problemas não iria fazer diferença.

Os dias se seguiram e era uma tristeza só na agência. Eu estava cada dia mais triste e bebendo mais. Meu whisky era meu fiel companheiro todo início de noite. Raphaela sempre me mandava mensagem perguntando como eu estava. Ela não rendia assunto comigo, mas pelo menos se preocupava com meu bem estar. Eu estava dormindo mal, comendo mal e bebendo bem. Eu estava um caco.

Depois de cinco dias que falei do fechamento da agência para meus funcionários eu estava no meu escritório e recebo a visita do advogado da Talita.

Eu achei que era sobre o divórcio mas não. Ele disse que dona Talita tinha uma proposta para mim. Ela queria ficar com minha agência. Eu passava tudo para o nome dela e ela assumiria tudo mas eu não iria receber nada em troca. Eu perguntei ao advogado se ela iria manter a agência e os funcionários. Ele me pediu licença e foi fazer uma ligação. Quando voltou disse que sim. Ela iria manter a agência e os funcionários. Que a intenção dela era ter uma segunda agência para cuidar dos clientes com marcas menores no mercado e a minha era exatamente o que ela queria.

Se eu não aceitasse eu iria perder tudo, meus funcionários iriam perder o emprego e provavelmente eu iria sair devendo por causa das multas de quebra de contrato. Eu teria que abrir falência. Se eu aceitasse eu iria perder tudo, mas os meus empregados manteriam o emprego e eu não sairia devendo. Nem tinha o que pensar. Fechei o negócio.

Aí que veio a surpresa.

O advogado disse que se eu quisesse continuar no cargo de presidente eu poderia, mas que eu teria um salário de acordo com o cargo e teria que cumprir os horários igual todo mundo. Ele disse que dona Talita queria alguém competente no cargo. Mas se tivesse qualquer tipo de reclamação de mim eu seria despedido como qualquer outro funcionário. Eu não pensei duas vezes. Disse que aceitava sim. Ele saiu e disse que voltava no outro dia para a gente resolver toda parte burocrática. Eu o agradeci e ele se foi.

Eu não sabia o que pensar. Será que era uma armadilha para ela tentar me humilhar? Ou era mesmo algo verdadeiro e ela só estava fazendo o que ela sabe fazer de melhor? Negócios. Optei pela segunda opção. Vendo pelo lado dos negócios ela tinha dado uma cartada certeira. O problema era que eu não merecia estar ali.

O que será que Talita está aprontando?

Continua.


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