esperando a continuaçao
O mecanico gostoso - a primeira vez
Após anos trabalhando como mecânico em uma concessionária renomada do automobilismo, seu Rogerio, meu velho pai, decidiu que estava na hora de abrir seu próprio negócio — uma pequena oficina no terreno herdado da minha falecida avó, dona Rosa. — Ser autônomo era o seu maior sonho, morria de vontade de comandar sua própria empresa com a liberdade que quisesse, sem a pressão dos patrões e gerentes. Mas, como tudo na vida, a oficina não foi criada da noite para o dia, exigiu paciência, jogo de cintura e investimento. As coisas mais caras foram as ferramentas e o elevador para erguer os carros. Levou um tempo, mas o meu velho engrenou, em apenas um ano já estava tocando a oficina. As indicações dos amigos foram essenciais para a divulgação do negócio, nos deixando aliviados pelo gesto de carinho. Todo esse movimento se deu por meu pai ser um excelentíssimo mecânico, fazendo com que seu nome fosse reconhecido na praça. A demanda de clientes aumentou gradativamente e, apesar de pequena, a oficina tinha um espaço aconchegante na medida do possível. As esposas dos clientes ficavam felizes pelo espaço arejado que meu pai havia destinado para que pudessem esperar seus carros.
Com o passar do tempo foi impossível manter a oficina solo. Meu pai precisava de apoio, obrigando-o a investir em mais um elevador, e de quebra um ajudante — Marcão.
A oficina do ROGERINHO, como era conhecida, ocupava toda a frente do terreno, nos deixando consequentemente com os fundos para construir a nossa casa. O barracão de zinco e de estrutura metálica escondia a nossa humilde residência na parte de trás. O investimento no terreno foi algo surreal, mas que gerou lucros.
- Vou no sítio arrumar o carro ‘véio’ do seu Pedrinho. Deixei a chave do portão com o Marcão. Beleza? – meu velho me surpreendeu na sala. Ele estava usando seu traje habitual de mecânico — calça jeans surrada, camisa polo com o nome da oficina e uma botina preta desgastada.
- O senhor vai voltar quando? – perguntei, me ajoelhando no assento do sofá retrátil.
- Uns dois dias no máximo. Não deixa de fazer o café pros clientes e de desligar o compressor, me ouviu Miguel? – falou sério, com as mãos na cintura. Essa sua pose de machão sem paciência era muito engraçada.
- Ta bom! – revirei os olhos. – Vai com Deus. Deixa o cartão de crédito na mesa. Não vai querer que o seu magrelo morra de fome.
Meu pai riu, se aproximando do sofá para me dar um beijo no topo da cabeça, saindo logo em seguida com a saveiro.
Apesar de muitas maldades que ouviu dos amigos e dos parentes mal-amados, seu Rogerio nunca me abandonou ou brigou comigo pelo meu jeito. Ele nunca deixou o ódio das pessoas impedirem de ser um pai incrível. Era um homem chucro, com zero destreza em dar conselhos, as vezes até mesmo impaciente com a minha falta de masculinidade em lidar com coisas corriqueiras da sua vida, como por exemplo: limpar uma poça de óleo sem sujar toda a nossa casa e o pátio da oficina. Eu era um desastre ambulante, péssimo com o trabalho braçal. Mas era ótimo na cozinha.
Ao contrário de mim, seu Rogerio começou a trabalhar muito cedo. Seu primeiro emprego foi de auxiliar de entrega, sendo o braço direito do tio Rubens, um velho rabugento e mulherengo. Na companhia do tio Rubens o meu velho deu início a uma jornada épica, sendo uma verdadeira zona essa parte da sua vida. Aos 15 anos havia visto e feito coisas que outros garotos sonhariam em fazer, como por exemplo: beber e sair com prostitutas de beira de estrada. O velho Rubens o mostrou a sagacidade da vida de caminhoneiro, o guiando por caminhos não tão adequados para um pré-adolescente. A coitada da mulher do tio Rubens nunca soube das traições do marido, era tão inocente que não percebia o homem infiel com a qual havia se casado.
- Miguel, faz mais café! Acabou já o que você fez – o Marcão entrou na sala com a garrafa térmica em uma das mãos.
- Mas já acabou? – perguntei um pouco confuso, eram 10:00 da manhã, os clientes mal haviam aparecido na oficina. Normalmente iria fazer mais café no meio da tarde. Não entrava na minha cabeça que o Marcão havia secado uma garrafa inteira sozinho, mas era meu trabalho.
- Sim – deixou a garrafa na mesa – faz logo! – falou severo, no seu modo normal de sempre comigo.
- Vou fazer – suspirei cansado, me ajeitando para levantar e preparar a bebida preta que tanto os clientes elogiavam — modéstia à parte.
Ouvi os passos do Marcão no corredor depois de pegar a garrafa. Ele era um homem de pouco assunto — comigo pelo menos —, mas era brincalhão e falante com os clientes e amigos. Era e é um excelente funcionário e um homem justo. Havia ganhado a confiança do meu velho, sendo reconhecido como um bom mecânico, e isso não podia discordar, ele era muito bom com o serviço braçal. Não eram poucas as vezes que meu pai o elogiou, sempre dizendo o quanto Marcão era rápido para adivinhar os problemas nos carros, as vezes sacando antes dele que era mais experiente.
Marcão era um homem vivido, acumulando 27 anos de idade na bagagem, tendo um passado conturbado e um pouco triste. Era um moreno alto e forte, não tendo uma pessoa que colocasse defeito nos seus brações musculosos e repletos de veias salientes. Era um armário de quase 1,90 de altura. Levantava os pneus pesados dos carros com uma facilidade absurda, sendo surreal de assistir as veias dos braços todas saltadas com o músculo trabalhando ao máximo. Era de fato um diamante valioso escondido no meio da graxa e da poeira dos carros. Nem preciso dizer que as clientes babavam no moreno mexendo em seus carros, o que era bem ridículo, pois o Marcão não dava muito papo para elas — era totalmente profissional.
- To com um cliente no barracão. Você leva o café? – voltou correndo do barracão, me olhando com a íris negra e intensa.
- Levo, tranquilo – respondi, tentando ao máximo não fugir do contato visual. Era algo difícil de se manter com ele.
Marcão voltou para o barracão e me deixou na cozinha com o coração quase saindo pela boca de tão difícil que foi manter o contato visual.
Após ministrar o café na garrafa térmica, fui levar para a oficina, só que uma conversa nada agradável se desenrolava no pátio.
- O Rogerio saiu? – ouvi a voz do cliente pelo corredor. Estava parado próximo a porta que dava acesso ao pátio.
- Sim, só ta eu e o Miguel, o filho do chefe! – Marcão respondeu de imediato.
- O veadinho? – Fiquei estático. Aquele desconhecido estava zombando de mim sem ao menos me conhecer.
- Tem outro? – Marcão perguntou, o acompanhando na zombaria.
Uma lagrima de ódio e tristeza ameaçou escorrer do meu olho. Ainda mais ouvindo Marcão zombar de mim.
- Como que um homem tipo o Rogerio foi ter um filho baitola? O conheço a anos Marcão, foi o melhor mecânico que já mexeu no meu carro. Esse garoto é uma vergonha pro pai! – O homem cuspiu as palavras com seu preconceito e discurso de ódio. Parecia tão dono da verdade que me enojava.
- O garoto é tranquilo e bem inteligente – Marcão revidou, o que me deixou surpreso, mas que não durou muito tempo.
- Não deixa de ser baitola – o homem riu, sendo acompanhado do idiota do ajudante do meu pai.
- Verdade. – Foi a única coisa que o Marcão disse, não emendando mais naquele assunto que quase me fez chorar.
Não quis mais ouvir nada, dei meia volta e corri para dentro de casa com a garrafa térmica de café. Estava me sentindo um lixo, quase desabando de tão incrédulo pelo que falavam de mim pelas costas.
Me tranquei no quarto, não saindo para nada, só queria ficar em silencio no meu cantinho magico — o lugar mais seguro do mundo para uma pessoa não assumida. Ali era onde podia ser eu mesmo, onde tinha liberdade longe de preconceituosos que zombavam do meu tom de voz doce e suave, ou mesmo da maneira com que segurava os objetos com delicadeza e da minha aparência um tanto feminina. Sempre soube que era diferente dos outros garotos da minha idade, mas nunca me senti errado, era só o meu jeito de viver e ser. É tão errado ser você mesmo?
- Miguel? – o imbecil do Marcão me chamou do corredor. – Estou com a chave do portão. Já estou saindo!
- Ta.
- Você não levou o café, né. Joguei tudo fora, estava frio quando vim pegar – insistiu em conversar.
- Não to nem ai! – resmunguei.
- Desliguei o compressor. Amanhã eu vou me atrasar um pouco pra chegar, tenho um compromisso importante. – Ignorou o que havia lhe dito.
Marcão foi embora segundos depois. Estava com muita raiva da cara dele, não conseguia nem mesmo ouvir a sua voz de tão puto, e isso era muito difícil de acontecer, nunca fui uma pessoa explosiva e briguenta.
Preparei o jantar depois que o mecânico foi embora, estava desapontado com tudo que ouvi, mas a vida tinha que continuar, preconceituosos nunca iriam acabar no mundo. Antes de dormir liguei para o meu velho, queria ouvir sua voz e rir do seu jeito atrapalhado — era evidente que ficava preocupado em dizer algo que pudesse me magoar.
- O café já ta pronto? Tem cliente esperando na oficina – Marcão me perguntou da porta da cozinha, estava sério como no dia anterior — como sempre, na verdade — mas dessa vez não fiquei tímido, só mantive uma feição apática.
- Quando estiver pronto vou levar. Não enche o saco! – retruquei.
- Como é? – vi aquele homem enorme perder a postura diante de mim. Era assustador!
- Ta surdo? Quando tiver pronto vou deixar na porcaria da oficina! – falei ríspido, não medindo as minhas palavras diante seu semblante de confusão e raiva.
- Ta achando que é quem, em moleque? Não tem medo de levar um soco na boca? – vociferou.
- Você não é homem para isso! – Me virei, o deixando ainda mais irritado com toda a situação. – Agorinha eu levo a porcaria do café.
Ouvi um soco no batente da porta, mas não fui olhar, continuei focado na água que estava prestes a ferver.
O Marcão passou o dia de cara virada para todo mundo que veio na oficina, não sendo o mesmo brincalhão. O moreno estava passando medo com seus músculos tão tensos e com a feição assustadora, quase assassina.
- Busquei marmita pra gente. Vai querer coca? – Marcão apareceu na sala com duas marmitas em uma sacola.
- Não, valeu. Eu já comi um lanche que pedi no iFood – disse, o olhando brevemente e voltando a mexer no celular.
- Porra! Por que não avisou? Não ia gastar dinheiro, caralho! – esbravejou, deixando a sacola no balcão de mármore.
- Problema é seu – disse – pode comer se quiser, deve estar com fome depois de trabalhar pesado – fiz uma cara de menino mimado.
Não sabia, mas estava alimentando a ira de uma besta, era algo que estava fora do meu controle e não conseguiria reverter. Aquela cena de menino mimado o deixou muito irritado, pois o Marcão ficou semanas monossilábico e quieto na dele. Nem mesmo meu pai conseguiu tirar um sorriso do seu rosto. Sabia que não devia continuar com aquela situação, mas ainda estava magoado, tinha um crush no mecânico, e isso só aumentou minha raiva na hora que o ouvi com o cliente idiota. Não foram poucas as vezes que manjei o corpo sarado do Marcão, o secando com meus olhos de águia. Era um desejo ardente e totalmente sexual pelo moreno gostoso.
- Aconteceu alguma coisa com o Marcos. O filho da puta está me escondendo algo. Não percebeu nada estranho? – Meu pai falou durante o jantar. O mal humor do Marcão estava atingindo seu desempenho no serviço e na convivência dentro da oficina.
- Será? Não vi nada diferente – me fingi de desentendido.
- Tenho que conversar com ele – meu pai continuou a dizer – as coisas devem estar ruins com a família dele. Aqueles merdas nunca vão deixá-lo em paz! – meu pai se referiu aos pais de Marcão.
Marcão tinha um passado sombrio, era filho de um casal problemático que o negligenciou a vida toda — irresponsáveis —, jovens demais quando o tiveram. Ele era quase um morador de rua quando o meu pai o conheceu, se esbarrando por acaso em uma roda de conversa na qual o Marcão estava, e como predestinado, os dois tiveram uma troca franca de experiencia de vida, com direito a filosofia de dois homens embriagados. Depois disso não demorou para Marcão ser contratado, iniciou seus serviços na oficina e se mudou para uma casa perto do trabalho, um lugar onde podia ter suas coisas e obter a tão sonhada liberdade. Aos 23 anos Marcão conseguiu comprar uma moto, um terreno na qual construiu sua casa e uma conta bancária razoável para seu estilo de vida. Hoje em dia com 27 anos, já podia se dizer que era um homem realizado.
Estava tranquilo na cozinha com minhas amigas — esponja e detergente — quando o grandão me surpreendeu com seus braços fortes agarrando meu pescoço. Se não o conhecesse jurava que iria me bater.
- O que contou pro seu pai? Virou fofoqueiro também? Desembucha veado! – Marcão falou bravo, com o rosto muito próximo do meu. Conseguia sentir sua respiração descompassada a centímetros de mim.
- Não falei nada – agarrei seu braço que estava envolvendo meu pescoço – ele só está desconfiado do seu jeito. Você parece um touro bravo!
- Cacete! Ele deve ter me visto resmungar com a dona Maria semana passada... merda! – me soltou.
- Você ta bem? – pus minha mão na lateral do seu braço com delicadeza. Era um carinho singelo, sem segundas intenções.
- Agora você liga, veadinho? – cuspiu as palavras com um sorriso no rosto. – Achei que tinha dado com a língua nos dentes. Pelo menos não é um fofoqueiro!
- Só um veadinho, né? A vergonha do pai. – Resmunguei, despejando o veneno do fatídico dia em que os ouvi na oficina.
Marcão me olhou atônito, a íris negra perdida em meus olhos, quase senti uma pitada de arrependimento em sua feição.
- E você, não é? Quero dizer... Você não é um veadinho? – perguntou, debochado. O lindo sorriso de cafajeste desenhando seu rosto.
- Vai se foder! – o empurrei para longe, cansado daquela conversa que só me fazia ficar mais puto a cada minuto.
Estava tomando distância do mecânico quando ele agarrou meu pulso com força, me puxando para seu peitoral, fazendo nossos corpos se chocarem — era a mesma coisa de bater em uma parede de concreto.
- Qual é? Não precisa ficar de bico, é só brincadeira Miguel! Mas quanto ao ‘veadinho’, se quiser mamar um cacetão grosso... – sorriu ladino, deixando o convite no ar.
Não esbocei reação alguma depois de sua revelação. A única coisa que martelava em minha cabeça era o fato de Marcão, o ajudante brucutu do meu pai, querer uma mamada de outro homem. Que porra estava acontecendo? Era um sonho muito quente e fantasioso de um gay virgem e não assumido? Não sei dizer, mas era tentador.
- Eu nunca...
- Você é virgem? – afirmei com a cabeça, não o olhando nos olhos, estava com vergonha de ser virgem aos 21 anos. Quando tive coragem de voltar a olhar para Marcão, vi apenas um sorriso ainda maior e um brilho nos seus olhos, como se fosse um tubarão em modo de ataque para predar sua presa.
- O que foi maluco? Que cara é essa? Além de grosso é louco agora. – Tentei quebrar o clima, mas estava suando frio.
- Grosso você pode ter certeza de que eu sou – falou, dando um aperto generoso no malote da calça jeans surrada. – E grande, bem grande. Com a cabeçona da pica roxa e saborosa.
- Já se chupou para saber? – zombei.
- Não preciso, tenho quem faz isso pra mim. E agora tenho você! – Engoli seco, quase desabando na sua frente para fazer um boquete no meio da cozinha.
- Agora?
- Mais tarde! Quando fechar a oficina. Já bola uma desculpa pro seu pai – tirando a mão do pacote, Marcão a levou para o meu rosto, me fazendo cheirá-la. Havia resquício do odor da sua pica suada. – Vou marretar esse seu cuzinho! E nem pensa em dar pra trás.
O dia passou lentamente, Marcão não voltou a falar comigo depois da nossa cena sensual na cozinha, mas o convite estava de pé, e eu já me imaginava embaixo daquele homem. Meu pai não engoliu a desculpa que dei para dormir fora, mas me liberou, e naquele momento era a única coisa que precisava.
- Leva camisinha! – meu pai gritou do pátio. Não consegui esconder o vermelho que tomou o meu rosto, ainda mais com Marcão do seu lado rindo.
- Acha que ele vai meter o boneco, chefe? – Marcão perguntou ao meu pai, sendo um completo cínico.
- Tomara, quem sabe assim sai um pouco de casa – respondeu, inocente. Não sabendo a real motivação do sorriso do seu ajudante.
- Aproveita Miguel, vai ter a noite inteira pra brinca! – Marcão provocou, me deixando ainda mais irado com a sua cara de pau.
- Vai voltar cansado – seu Rogerio mais uma vez entrou na onda do Marcão.
- Vai mesmo... – os olhos negros do mecânico me paralisaram, era um olhar de cobiça que nunca havia visto em minha vida, tive a sensação de que Marcão desejava me despir no meio daquele pátio e se enterrar no meu cuzinho naquele mesmo instante.
Com uma falsa cara de aborrecido, os deixei no pátio, meu coração estava a mil, nunca imaginei que teria um macho do calibre do Marcão me fodendo. Não sabia nem mesmo que posição eu me encaixava em uma relação homoafetiva, mas tinha certeza de que o mecânico seria o dominador e ficaria montado em minhas costas. Meu Deus, eu ficaria de quatro para o Marcão? Com a bunda exposta para seu caralhão cavalar. Precisaria de uma cadeira de rodas no outro dia depois que tudo terminasse, que loucura, o moreno era o dobro do meu tamanho, nunca fui baixinho, mas comparado ao 1,85 de Marcão, era difícil competir, ainda mais levando em conta a quantidade de músculos que ele tinha. Só a sua mão cobria todo um lado da minha bunda branquela e magra.
- Pensando em mim? – Marcão chegou de mansinho na sala, o safado parecia outra pessoa, havia um brilho diferente no olhar. – Ta pronto?
- Sim, já deu a hora?
- Já! Vamos? Falei para o seu pai que ia te dar carona até metade do caminho. Tem capacete?
- Um antigo.
- Serve – falou, já despontando a sala e indo para a porta. – Te espero lá fora.
Com meu capacete velho em mãos, fui para a frente de casa encontrar o mecânico, não fiz rodeios, apenas subi na garupa da moto do Marcão e envolvi sua cintura com meus braços delicados.
- Vai devagar! – colei meu corpo ao seu, estava com medo da velocidade em que andávamos. O Marcão não diminuiu, me restando apenas agarrar seu corpo e torcer para que a corrida fosse rápida.
Uns 8 minutos depois chegamos na sua casa, Marcão estacionou a moto na calçada e como esperado zombou da maneira quase infantil que me agarrei em suas costas. Apesar de sexy, pouco aproveitei a sensação, estava mais preocupado em não morrer com a velocidade exagerada em que o mecânico pilotava.
- Não sabia que tinha cachorro! Qual o nome dele? – perguntei assim que desci e vi um pitbull correr na nossa direção.
O cachorro ainda era filhote, mas já batia em meu joelho, mesmo novo possuía a força para me desestabilizar, e foi isso que aconteceu quando ficou de pé e me exigiu carinho com lambidas e latidos, me encantando de primeira. Era fascinado por cachorros.
- É cadela. Se chama pandora, o planeta do filme daqueles bichos azuis. Acho que é... – Tentou se lembrar, mas fugiu da sua cabeça o nome do filme.
- Avatar.
- Esse mesmo. Esse filme é foda! Acho que foi o primeiro filme que assisti no cinema, lembro até hoje da sensação.
Com muito custo Marcão tirou pandora do meu encalço, a cadela não queria sair de perto de mim, e isso foi engraçado, pois o mecânico teve que criar uma barreira com o próprio corpo para que o animal me deixasse em paz até que entrássemos de vez na casa.
- Valeu segurança – agradeci com um sorriso.
- Acho que em poucos minutos ela gostou mais de você do que de mim. – Falou com uma falsa feição de aborrecido.
- É que eu sou lindo, sabe! – brinquei.
- Deve ser isso...
Um silencio desconfortável inundou a sala, Marcão parecia desconcertado com a própria frase dita, e era raro ver esse homem nessa situação. O mecânico fazia mais o modo executor, ele era o cara que pegava a parada e fazia funcionar — analogias.
- Já mamou uma pica? – o mecânico cortou o silencio, resumindo tudo no que de fato tínhamos marcado de fazer.
- Não.
- Vai começar no nível hard então – sorriu de lado, ao mesmo tempo que amassava o pacotão na calça. - Vem aqui! Sente o pauzão que vai rasgar essa bundinha rosa.
Marcão guiou minha mão até o volume da sua calça a soltando em seguida para que sozinho desfrutasse do calor e da sensação de segurar sua pica, que mesmo sob o jeans, deixava claro que o moreno era bem-dotado. O alisei com calma e em certos momentos o apertava com força sobre o tecido, fazendo-o suspirar.
- Ah, porra! Vou ter que te foder muito pra abaixar meu tesão. – Marcão me puxou para o seu corpo, descendo as mãos até minha bunda, apertando forte cada lado, deixando a marca dos dedos em minha pele.
Era admirável nossa diferença de altura, me sentia completamente pequeno e ao mesmo tempo superprotegido em seus braços, era como se nada no mundo pudesse me tocar enquanto o Marcão tivesse me abraçando.
- O que você está... – me desesperei, mas logo o Marcão me segurou firme. Havia me assustado com a sua mão invadindo minha bunda por debaixo do tecido da calça, se esgueirando com os dedos curiosos até a entrada lacrada e virgem.
- É só o meu dedo Miguel! Se com um dedo rodeando seu cuzinho já está assim, imagina quando tiver algo dez vezes mais grosso te arrombando. – Sorriu malicioso, explorando o meu buraquinho com os dedos, não deixando escapar nenhuma expressão que fazia a cada investida de sua ação.
Em um ato involuntário passei meus braços por debaixo dos seus e o envolvi em um abraço forte, deitando o rosto de lado em seu peito para buscar abrigo. Com essa minha ação o Marcão teve total liberdade para explorar minha bunda, a aliciando da maneira que quisesse, enquanto eu me desmanchava em tímidos gemidos de prazer e incomodo com a pressão dos seus dedos.
- Calma, calminha Miguel! Relaxa o cuzinho pro seu macho. Só respira e solta o ar até que eu entre com mais um dedo.
E, assim o fez, Marcão adicionou um segundo dedo no meu rabo, fazendo-me suspirar com as múltiplas sensações de ter algo invadindo o meu cuzinho — o processo inverso que meu músculo anal estava acostumado a realizar.
- Marcão... – falei choroso e dengoso. Ele pareceu gostar do meu embaraço, pois aumentou o ritmo dos dedos em meu rabo.
- Se apenas foder seu rabo com os dedos é assim, imagina quando rasgar essa belezinha apertada e quente – falou do meu cuzinho, me deixando sedento em tê-lo dentro de mim, mesmo que sofresse para receber toda sua pica.
Marcão ao ver que já tinha se divertido o bastante com meu íntimo, tirou os dedos, me fazendo suspirar em lamento.
- Calma, a melhor parte vai começar agora! Só vai precisar virar esse rabo branquelo pra mim e esperar o cacetão entrar – sorriu, contente pelo próprio desempenho em despertar minha libido.
- Desse jeito? – Me virei para ele apoiado no sofá. Minhas pernas estavam abertas e meu rabo empinado na sua direção.
- O Rogerio que me perdoa, mas não vou conseguir ser delicado com essas pregas rosas e apertadas – o mecânico falou, cego de tesão com a visão privilegiada do meu rabo. Senti quando se aproximou com a pica dura e meteu em meu rabo, mesmo ainda no tecido. – Tem certeza de que quer continuar, Miguel? Costumo ser um pouco indelicado e rude com minhas vadias. É isso que você ouviu mesmo, o primeiro rabo masculino que eu como é o seu, e a garota não era nem um pouco virgem. E sem querer ser um sabido do sexo, a deixei bem aberta! – sentenciou, me fazendo gelar com sua confissão.
Como assim vadia? Como assim eu sou o primeiro homem? Quando essa máquina de músculo e libertinagem me viu como algo a ser experimentado? Eram tantas perguntas em meio a uma nuvem de tesão, que pouco me importei, eu o queria, e ficaria de cadeiras de rodas se essa fosse a consequência da minha escolha — exagerado!
- Eu quero!
- Quer o que?
- Você.
- Não – segurou meu rosto com a mão e apertou minha cintura com a outra. – Você quer um cacetão grosso te arrombando, não é isso?
- S... sim, eu quero isso – corei de vergonha, o deixando contente. Algo me dizia que tudo era muito divertido para Marcão. Ele sabia que eu era tímido, que não era adepto a xingamentos.
Satisfeito, o moreno se afastou e começou a se despir, me fazendo engolir seco ao ver o tamanho do seu pau e o quanto era grosso. O que esse deus grego da putaria está fazendo em uma oficina? O que eu estou fazendo? Esse mastro que ele chama de pênis iria me destruir no instante que adentrasse meu anel de carne.
- Sem pânico – ouvi sua voz. O Marcão me olhava como um predador focado em sua vítima. Eu era sua vítima. – Não vou mentir pra você, isso vai doer, e eu não sou o melhor para te iniciar no mundo do sexo. Mas prometo que vou me esforçar para deixar tudo bem gostoso, me ouviu Miguel? – alisava minha bunda, ao mesmo tempo que se masturbava em minhas costas. Tudo era muito sexy e depravado.
- A camisinha?
- Te juro não ter nenhuma doença. E eu quero muito gozar no seu cu, Miguel. – Evidenciou a sua vontade, e perdido em prazer o deixei entrar sem a devida proteção. Era algo imprudente, mas confiava no Marcão.
- É algum ritual de macho?
- Digamos que é a minha forma de marcar minhas posses. – Sorriu malicioso, dando um tapa ardido em um lado da minha bunda. Gemi no instante seguinte com a ardência em minha pele alva – E essa é a primeira marca.
- Grosso.
- Bem grosso!
O mecânico abaixou minha bermuda e com facilidade me deixou exposto da cintura para baixo, com o rabo empinado e livre.
Marcão se apressou em encostar a glande inchada na minha entrada, a melando com o seu líquido translúcido.
- Vou enfiar a cabeça e depois você vai empurrado o cuzinho na minha direção. Assim você vai ganhando coragem.
Na teoria parecia tão fácil, mas logo percebi que não era. Marcão pressionou seu pau na minha entrada, alongando as pregas ao limite para dar passagem para o seu mastro calibroso e repleto de veias. Estava gemendo de dor quando o safado parou de atolar seu pau no meu rabo, e como se buscasse me amparar, deitou-se sobre minhas costas para beijar minha nuca e reaver a onda de tesão que transbordava do meu corpo.
- Numa escala de 1 pra 100, você tem toda a cabeça dentro do seu rabo apertado! – Sério, topografia? Eu estava dilacerado e o mecânico meteu leitura de medidas de objetos no papel.
Nem sei como aquilo se encaixava no que estava acontecendo, mas para Marcão era uma boa frase na situação.
- Ouvi isso na escola uma vez – riu no pé da minha orelha, fazendo um arrepio percorrer toda minha coluna. – Acho que o meu forte nunca foi estudar, sabe. Sempre gostei de botar a mão na massa. – Disse. - Empurra o rabo no meu pau! No seu tempo. Vou ficar parado até você enfiar tudo no cuzinho.
Como um suicida, joguei o quadril na direção de Marcão, fazendo o seu pau escorregar alguns centímetros a mais em meu rabo, criando uma onda de dor. O mecânico ia me encorajando com frases obscenas, mas que tinham o efeito de atiçar meu tesão, mesmo que o meu próprio pau ainda estivesse mole devido a atenção que estava dando para o consolo de carne que estava me perfurando as entranhas.
- Isso, putinho! Está na metade já. – Marcão segurou minha cintura com as mãos calejadas do serviço duro.
Como alguém podia ser tão grande, Marcão iria chegar no meu estômago quando começasse a bombar o meu rabo, e certamente me deixaria de cadeira de rodas como a princípio imaginei ao vê-lo se despir. Eu sabia que precisava acelerar a penetração, o mecânico não teria muito mais paciência, eu conseguia sentir isso com a força que segurava meu quadril e o jeito que seu olhar cobiçoso recaia para o pau atolado até a metade no meu rabo.
Tomado de coragem, afundei minha bunda até sentir seus pentelhos rocarem minha pele, e depois disso cai no sofá com a dor e o corpo todo em uma louca convulsão. Lagrimas começaram a sair sem que conseguisse segurar. Eu estava completamente exposto, arrombado e definitivamente não virgem.
- Se eu soubesse que queria tudo de uma vez teria empurrado sua janta a muito tempo. Mas já que decidiu atolar tudo, eu posso começar o show – o safado zombou.
- Desgraçado!
- Olha pra esse cuzinho todo estourado – Marcão abriu meu rabo para ter visão do estrago que seu pau tinha causado. Ele parecia maravilhado com a visão. – Seu cabaço já era!
- Não diga, seu bruto! To sentindo até meu estômago ardendo.
- Só não caga no meu cacete! Ou caga, não to nem ai! Só vou parar de arrombar esse cu na hora que te encher de leite grosso.
- Seu nojento.
Marcão sorriu, saindo o suficiente com o pau e se encaixando novamente no meu cuzinho, me fazendo urrar com a sua ação.
As estocadas do mecânico eram brutas, ele metia com vontade no meu rabo, se saciando de um prazer animalesco. Eu me tremia todo embaixo dele, as pernas pareciam gelatinas e meus braços estavam moles que nem tentáculos, se enrolando na primeira coisa que encontrei para buscar apoio em meio aquela depravação. O mecânico parecia ciente que o pau era muito para que eu aguentasse, mas não parou de bombar, se descontrolando em alguns momentos com tapas e estocadas mais fundas que o necessário. O meu alento foi ele se debruçar e beijar minha nunca enquanto tirava prazer do aperto dos meu músculo em seu pau. Essa migalha de carinho me ajudou, parecia água gelada em meio ao sol escaldante do Saara. Os lábios dele percorriam minha pele com suavidade, me arrepiando inteiro, e como um gato eu me aconchegava ainda mais em seu corpo, construindo uma sensação ainda maior de passividade e submissão a suas vontades. Podia sentir meu cuzinho resistir ao atrito e socadas da sua pica no fundo do meu reto, mas pouco as minhas pregas anais podiam fazer, se nao dar passagem para seu mastro, e Marcão usufruiu dessa resistência, pois cada vez que eu o apertava involuntariamente, mais estocava com euforia. As minhas tentativas de fuga eram nulas, ele me tinha até a consumação do ato. Não que estivesse odiando o mecânico me fodendo, mas já estava no limite, as pernas tremiam como vara verde e os dedos dos pés torciam com cada estocada.
- Ai, Marcão! Está muito fundo. Vai devagar seu bruto, meu cuzinho não aguenta você desse jeito, seu animal.
- Geme na minha pica, geme! – me pediu autoritário. Àquela altura não tinha muito o que fazer a não ser gemer.
O homem estava num torpor de luxuria que ninguém o traria de volta a realidade, ele só tinha um único propósito naquele momento que era me foder com força. Eu parecia um boneco em seus braços. O meu corpo magrelo era empurrado para frente com suas estocadas severas e puxado pelos seus braços vigorosos em um ritmo repetitivo.
- Aaaaai! – gritei ao sentir a sua rola se atolar muito fundo no meu rabo, me atingindo em um ponto que descontrolou o meu corpo, causando um mini pane no meu sistema.
- To gozando, porra! Toma o leitinho de macho... – senti o Marcão ficar ainda maior no meu interior antes de explodir em jatos potentes de esperma.
O mecânico me inundou as entranhas com seu líquido espesso e pegajoso, era o meu prêmio por ter aquentado seu pau todo esse tempo, o que recebi de bom grado.
- Ficaria engatado nesse rabo o dia todo – disse-me, o pau ainda socado até o talo em meu cu. – Acho que peguei pesado com seu rabo. – Marcão evidenciou o estrago em minhas pregas, mas só tive uma ideia real quando o seu pau saiu de dentro de mim, fazendo o esperma descer pelas minhas coxas com um vermelho esbranquiçado — fruto do sexo bruto.
Tombei como um corpo sem vida no sofá, o meu rabo estava dolorido, as minhas pernas mal se aquentavam em pé.
- Vou tomar banho – Marcão me deixou na sala.
Não se passaram 20 minutos e Marcão voltou enrolado em uma toalha branca, me jogando uma outra.
- Toma um banho, acho que tenho uma roupa que deve servir em você – me disse.
- Me ajuda!
- Da próxima vou pegar mais leve com você – Marcão bufou, mas veio ao meu auxílio como um bom cavalheiro.
Hum, da próxima? Não vou mentir que meu coração quase parou ao ouvir ele dizer que queria repetir o nosso sexo.
- Vou te esperar na sala. Tem sabonete no armário da pia.
Como esperado, o meu rabo estava extremamente sensível e inchado, uma fileta de sangue descia sorrateiramente pelo meu cu, mas nada tão sério, era apenas o uso desacerbado de força para uma primeira vez. E, fora que o mecânico era bem-dotado, o que só piorava a penetração.
- Ficou um pouco grande, mas vai servir. Tem algo de comer, estou cansado e dolorido? – andei um pouco desajeitado até o sofá onde Marcão estava sentado.
- Esqueci que você é um mimadinho...
- Ah, vai Marcão! Você acabou de me comer do jeito que você queria, só dessa vez, seja legal comigo. - O olhei com olhinhos pidão.
Meu velho sempre caia nessa minha cara de gatinho de rua. E, com o mecânico bruto não foi diferente.
- O que você vai querer? Pizza? – confirmei com a cabeça, não seria louco de recusar um lanche, muito menos pizza – vou pedir de uma pizzaria aqui perto.
- Quatro queijos e Frango! – Pedi.
Não demorou nem 40 minutos e o entregador buzinou no portão. Marcão foi quem pagou, o que era esperado, pois em nenhum momento fez menção de dividirmos a conta. O rapaz sempre gostou de ser o protetor/dominador, era esperado que não gostasse de se sentir inferior, o que podia soar um pouco machista, mas era só a sua personalidade de homem chucro.
- Isso está delicioso! Você não vai provar a de quatro queijos? Só comeu de frango. – O observei de onde estava sentado.
- Não sou fã de queijo. Vou ficar só no frango mesmo, obrigado! – me disse.
- Jura? Prova um pedaço, aqui, toma! – me aproximei com uma fatia em minhas mãos, a deixando próxima a sua boca. – Morde.
Era para ser algo inocente, mas ver Marcão mordendo o pedaço de pizza direto das minhas mãos me deu um gatilho, um calor no peito, e um sentimento de posse e pertencimento a alguém. Mas era algo surreal, Marcão queria me foder, nunca demonstrou outros sentimentos por mim.
- O que foi? – Marcão me olhou, não entendendo a minha mudança de humor. Estava muito à vontade com ele, mas agora parecia perdido e um pouco deprimido por tudo aquilo ser apenas um caso isolado.
- Nada.
A nossa noite terminou com um filme de ação que o Marcão escolheu, mas ficou só nisso, nada mais aconteceu. Até pensei em dizer algo, mas estava sem clima e tesão. Ele não fez menção de fazer sexo.
- Bom dia, garotão! Dormiu bem? – meu pai me perguntou no outro dia. Estava um pouco perdido, queria que Marcão não me destratasse depois do nosso dia quente e sexy.
- Bom dia! Estou um pouco cansado... – me alonguei – o Marcão me trouxe.
- Ele ta no barracão? – confirmei com a cabeça. – Beleza, vai descansar um pouco, eu faço o café agora de manhã.
Dei um abraço apertado no meu pai, envolvendo meus braços magrelos ao redor do seu corpo parrudo.
- Ai! – Dei um pequeno gemido quando o soltei, ainda estava supersensível pelo sexo intenso e abrutalhado da noite anterior.
- O que foi?
- Dor de cabeça.
- Ih, ressaca? Tem que beber muita água, Miguel. – Meu pai falou inocente.
Me senti um garoto pervertido ao mentir para o meu pai, mas era necessário, não sei qual seria sua reação se soubesse que de fato sou gay e Marcão era o motivo da minha saída na noite anterior.
CONTINUA...
ESSE CONTO ERA A IDEIA PARA UM LIVRO, MAS NÃO ENGRENOU, ENTÃO DIVIDI EM 3 PARTES E VOU POSTAR AQUI MESMO NO SITE.