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5 meses depois...
Narrado por André
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Eu - Anda logo!!!
Denise - MEU ESSA CAIXA TA PESADA CARALHO
Eu - Ta gritando porque? - Disse entrando pela porta da casa de Guilherme junto a Denise com a última caixa da mudança.
Denise - Meu Deus, finalmente a última
Eu - Nem acredito que acabou, nessas horas que o Guilherme faz falta.
Denise - Não preciso de macho pra carregar caixas, eu em - Disse ela sentando no sofá.
Eu - Pois eu preciso de um pra por essa TV na parede, não sei nem ligar uma furadeira.
Denise - Olha, vou ficar te devendo também.
Guilherme já estava fora a quase 5 meses e só voltaria no final do ano, seguimos o combinado de alugar a casa já que ele ficaria esse tempo todo fora e sua intenção era comprar um ap quando voltasse. Essa missão ficou para mãe dele que tocaria e cuidaria das coisas dele aqui no Brasil. Meu amigo tava muito enjoado mesmo hahaha
A casa era maravilhosa comparada a que estava morando e o bairro era ótimo também, pois era uma área de casa onde 90% eram estudantes em espécie de republicas, era próximo a UFRJ então normalmente eram casas grandes como a de Guilherme só que 3 ou 4 estudantes morando e dividindo elas... Havia muito movimento na rua e isso me da uma sensação de segurança maior, principalmente a noite que era o horário que eu chegava em casa.
Denise - Vamos deixar a faxina para amanhã? Já são 21h e eu to quebrada.
Eu - Sim! Por mim pedimos uma pizza e ficamos de boa.
Pedimos a pizza e fomos assistir um filme no quarto que antes era de Guilherme.
Denise - Meu Deus que quarto sem graça, não tem 1 cor.
Eu - Olha essa janela - Disse apontando para o vidro da janela que tinha um adesivo do Botafogo ENORME.
Denise - Você vai precisar dar uma vida pra essa casa urgente.
Eu - Com toda certeza.
Os dias foram passando e fui deixando a casa do jeito que eu queria, comprei cortinas para a sala, Fernando colocou a TV na parede, comprei um fogão e cama nova e pintei algumas paredes.
Em outubro eu fui junto a mãe de Gui ver um ap que ele estava interessado em comprar mas não tinha como visitar, ele pediu para que a mãe dele fosse lá conferir se estava tudo certo e ela me chamou para opinar também.
Eu - Olha Dona Vilma, eu acho que ele vai amar, é enorme, tem uma varanda gourmet... Ele que adora fazer churrasco rsrs 3 quartos, 2 banheiros...
Vilma - Só quero ver como ele vai limpar tudo isso.
Eu - Acho que provavelmente ele vai contratar alguém pra isso kkk
Vilma - O Guilherme? Ele é chato, gosta das coisas do jeito dele, tanto que era eu que organizava tudo na casa que você está... As vezes que ia uma faxineira - Disse ela rindo
Eu - Você está com saudades dele né? - Disse encarando ela
Vilma - Eu estou... Coração de mãe doi tanto quando o filho está longe..
Eu - Eu imagino, eu longe do meu pai já sinto que vou morrer as vezes rsrs imagina uma mãe.
Vilma - E você não foi ainda visitar ele?
Eu - Na correria do dia a dia é impossivel ir para MG.... Eu converso com ele pelo menos 15 min todo dia mas ir para lá é bem complicado agora
Vilma - Poxa, ele deve estr sofrendo muito também.
Após a visita ao futuro apartamento de Guilherme e daquela conversa com a mãe do mesmo, eu me toquei que dessa vez eu poderia trazer o meu pai para passar o final de ano em casa, já que morando em uma casa maior poderia receber ele sem passar sufoco. Assim que cheguei em casa eu liguei para ele.
Pai - André meu filho, como está?
Eu - Oi Pai! To bem e o Sr?
Pai - Estou bem graças a Deus, aconteceu algo?
Eu - Na verdade queria te fazer um convite!
Pai - Convite? Para o que?
Eu - Eu estava esperando para vir pra uma casa maior e arrumar ela bonitinho, já estou instalado e pensei em fazer o natal e o ano novo aqui em casa, o que acha? Queria que o senhor finalmente viesse para cá!
Pai - O filho.. Mas é claro! Consigo chegar aí na semana do natal.
Eu - Perfeito!!
Conversamos mais um pouco sobre trabalho e faculdade e depois desligamos.
Nesses 5 meses que passaram a minha relação com Fernando ficou melhor, na verdade ficou ótima pois ficamos carentes do Guilherme e como consequência nos aproximamos mais, ele me ajudou com a mudança, instação de algumas coisas eletronicas, vinha as vezes dormir em casa, faziamos pipoca, assistiamos filme, bebiamos, ele jogava umas indiretas ou tentava de fato que rolasse sexo mas nunca mais rolou após nossa última transa.
O tempo foi passando, estavamos entrando em dezembro e quem trabalha com publicidade sabe que dezembro é o caos. Eu já estava de férias da faculdade, então mais então entrava mais cedo e saía mais tarde da empresa.
Yan - Você precisa que eu fique? Tu ta atolado de coisas.
Eu - Não querido, pode ir... Eu me viro aqui.
Yan - Beleza, se cuida, até amanhã.
Eu - Você também.
Jana - Andy, pode vir aqui? - Disse ela da sala.
Me levantei, peguei minha xicará de café e fui até a sala dela.
Jana - Você conseguiu terminar o banner da festa de fim de ano da empresa?
Eu - Sim, to só esperando o Rh aprovar.
Jana - Certo... Aquele logotipo da Apple?
Eu - Acabei de mandar para eles e to esperando aprovação também.
Jana - Então finalizamos as demandas - Disse ela prendendo o cabelo.
Eu - Nossa finalmente... Eu to morto.
Jana - Nem me fala... O Yan está se saindo bem?
Eu - Uma coisa ou outra mas mais de organização mesmo, mas ele está se saindo bem.
Jana - Eu não consigo gerenciar as coisas e ainda acompanhar e treinar ele... Vou precisar da sua ajuda com isso.... Aliás, você vai vir para a festa da empresa?
Eu - Vou tentar... kkkk
Jana - Tenta, vai ser bacana... Eu to indo embora quer uma carona para a academia?
Eu - Ain eu aceito, deixa eu só desligar o computador - Disse saindo da sala e indo até minha mesa.
Peguei minha mochila, desliguei o computador e fiquei esperando Jana na porta do elevador. Fomos para o estacionamento e ela me deixou na academia.
Assim que cheguei na academia fui no vestiario, guardei minha mochila e troquei de roupa e fui malhar.
Marcos - Fala gatinho!
Eu - Eae lindão, ta bem?
Marcos - Quando você chega tudo fica melhor - Disse ele piscando
Eu - hahaha bobo, assim acredito
Marcos - Vamos mudar seu treino semana que vem se quiser.
Eu - Pode ser!
Marcos - Continue assim!
Eu fiquei até umas 22h30 na academia e Marcos me deixou em casa que comparada a antiga ficava bem mais perto de lá
Marcos - Agora é caminho pra minha casa, bem melhor hahaha - Disse ele parando em frente de casa.
Eu - Eu não sabia disso se não nem aceitaria suas caronas hahaha
Marcos - Aaaa eu faço questão!
Eu encarei Marcos e dei um selinho nele
Eu - Quer entrar?
Marcos - Poxa eu queria e muito mas amanhã eu tenho um exame médico logo de manhã e é do lado de casa.
Eu - Aaaa tudo bem
Marcos - Mas espero outro convite haha
Eu - Pode deixar haha, mais uma vez obrigado, até amanhã! - Disse dando outro selinho nele
Marcos - Assim não né! - Disse ele me dando um beijo enquanto alisava minha perna.
Eu - Safado! Beijo!
Desci do carro e fui abrir o portão, Marcos ficou esperando eu entrar na garagem, deu uma buzinada e foi embora. Notei que estava rolando meio que uma festa na casa ao lado, havia um barulho alto de música sertaneja.
Entrei e joguei a mochila no sofá, subi para o quarto e entrei no banheiro, tirei toda a roupa e tomei aquele banho relaxante, desci para a cozinha apenas de cueca mesmo e comecei a cozinhar.
Cozinhar sempre foi uma terapia para mim, me relaxa, fora que você come haha não existe coisa melhor que comer.... Enquanto meu macarrão estava no fogo cozinhando eu estava temperando a carne moída para fazer o molho. Naquele momento eu estava focado na carne e na música que tocava ao fundo, Rihanna dando vida nos vocais na TV da sala.
Do nada ouvi a campainha tocando em plena 23h45, fiquei preocupado, fui até a porta da sala e olhei para o portão, era um cara um pouco mais alto que eu, devia ter unsanos, a barba totalmente fechada, branco com algumas tatuagens no corpo, era grande até, estava sem camisa com uma bermuda de tactel , boné e chinelo, estava segurando uma caneca na mão.
Eu fui até o portão e encarei ele.
Eu - Oi?
Pedro - Opa, vizinho tudo bem? - Disse ele pela grade do portão
Na hora senti um cheiro de bebida alcoolica vindo dele que quase fiquei tonto junto, ele estava um pouco tonto.
Eu - Você mora aqui na rua?
Pedro - Sim, aqui na casa ao lado, sou seu vizinho pow!
Eu - Eu nunca te vi kkkk
Pedro - Eu moro aqui com mais um amigo, dividimos a casa.
Eu - Aaaa sim, por acaso é essa casa com musica alta?
Pedro - É... Foi mal, chamamos algumas pessoas pra comemorar o fim do semestre e estamos dando uma festa
Eu - Aaaa sim... E o que quer?
Pedro - Pow, lá só tem bebida e to varado de fome mas não tem nada para comer, fui fzer um arroz e nem isso tem lá, sabe como é homem né, nem eu nem meu amigo lembramos de fazer compra. Vi você chegando agora a pouco e pensei se vc tinha um pouco pra arrumar. - Disse ele mostrando a caneca.
Eu - Tenho... Pera aí - Disse abrindo o portão e pegando a caneca dele.
Pedro - Aí sim!! Salvou muito!
Entrei em casa e deixei ele esperando na garagem, entrei na sala e fui seguindo para a cozinha, abri o armário, peguei o pote de arroz e coloquei dentro da caneca dele.
Quando me virei para colocar a caneca na mesa dei de cara com ele na cozinha, na hora levei um susto e só consegui pensar nele pisando de chinelo no tapete que era branco.
Eu - CARALHO QUE SUSTO!!
Pedro - Foi mal!! kkkkkkkk - Disse ele rindo, ele ria de uma forma tão bonitinha porque mesmo ele sendo alto e um pouco gordinho, não diria gordo porque ele era forte mesmo mas tinha uma barriguinha de cerveja hahaha nada exagerado, mesmo assim ele tinha uma risada meio infantil, ele fechava os olhos enquanto ria e sua bochecha fazia umas covinhas.
Eu - Aqui - Disse dando a caneca para ele.
Pedro - Pow que casa bonita a sua, lá ta mó bagunça, tem umas meninas desde ontem lá, bebida pra todo lado, louça suja kkkk
Eu - É, é bom arrumar a casa kkkk
Pedro - Que cheiro é esse?
Eu - Eu estou fazendo macarrão com carne moída
Pedro - Que delicia!!
De onde eu venho quando estamos fazendo comida ou comendo algo nós temos que oferecer por educação, mesmo que a pessoa tenha indiretamente invadido sua casa e esteja sendo folgada.
Eu - Você quer?
Pedro - Pow, aceito sim! Mó fome mano
Eu - Senta aí na mesa, vou só fechar o portão. - Disse pegando a chave e indo até a garagem trancar o portão, quando voltei, ele estav sentado todo bonitinho na mesa, tava na cara que ele estava mamado de cerveja kkkk na hora a raiva deu lugar para a curiosidade.
Ficamos conversando enquanto fazia a comida e a música rolava na sala, ele me contou seu nome, tinha 25 anos e estudava Engenharia Naval, na hora que ele comentou isso lembrei de Bruno, pois o papo dele era o mesmo, tudo sobre navios. Ele morava com o amigo que estudava o mesmo que ele e os dois eram de São Paulo e tinham se mudado para o Rio a 2 anos para estudar já que ganharam bolsa.
O papo estava rolando até ele falar.
Pedro - Mano, que música de viado kkkk
Eu - Deve ser porque eu sou - Disse me virando e olhando para Pedro.
Pedro - Aaa foi mal kkk - Disse ele sem graça.
Eu - Sem problemas kkkkkkk
Pedro - Meu amigo lá de São Paulo também era.
Eu - Deixou de ser? kkkkkk
Pedro deu risada e aquela risada dele era muito linda, não parava de reparar, acho que até ele percebeu que eu ficava analisando.
Terminei o jantar e coloquei em um prato para ele, me servi também, peguei um suco de abacaxi e servi na mesa. Pedro comia com tanto gosto, tanta vontade, eu fiquei olhando ele comer e de certo modo achei muito bom ele ter gostado hahaha as vezes eu fazia comida mais para as pessoas gostarem do que eu.
Pedro comeu e repetiu.
Pedro - Porra, que comida boa puta que pariu!
Eu - kkkkkkk gostou? Valeu kkk
Pedro - Isso sim é comida de verdade, não os lanches que a gente pede todo dia
Eu - Todo dia você come lanche? Como você ainda ta vivo? kkkkkkk
Pedro - Só Deus sabe
Comemos, conversamos mais um pouco e Pedro resolveu ir para casa finalmente.
Pedro - É nois cara, valeu mesmo pela comida
Eu - De nada!
Pedro se levantou e me deu um abraço, fiquei uns 3 segundos recebendo o abraço dele até retribuir, deixei ele no portão e ele foi para casa.
Aquilo foi a coisa mais doida do meu ano.
Os dias foram passando como água e logo era a semana do di 20, meu pai iria vir para o RJ no dia seguinte, Guilherme tinha um comodo no quintal onde ele guardava bagunça, caixas, produto de limpeza, moveis velhos, pedi permissão para jogar fora aquelas coisas pois iria fazer um quarto de hospedes, e no final ficou lindo, pintei tudo, coloquei mais luzes, comprei uma cama de solteiro e um guarda roupas pequeno. Arrumei bonitinho para quando meu pai ou até um amigo viesse tivesse onde dormir.
Era sabado, estava saindo da aula pratica do CFC e fui caminhar um pouco na praia, meu celular tocou e era Guilherme.
Eu - Fala cachorro!
Guilherme - Au au
Eu - Como você tá? haha
Guilherme - To bem, só cansado mesmo, não vejo a hora de terminar isso e voltar para o Rio
Eu - Tu ta trabalhando todo dia?
Guilherme - Todo dia, umas 14 horas kkk
Eu - Meu Deus, esta sendo escravizado kkkkkk
Guilherme - Mas vai valer a pena.
Guilherme estava gravando a série em Portugal e eles iriam finalizar as gravações na ultima semana do ano, ele estava ansioso pois a série infantil iria ser reproduzida em Fevereiro lá e ele não estaria lá para acompanhar, ele veria pela tv a cabo daqui.
Eu - Tua mãe te falou sobre o ap?
Guilherme - Sim, já está tudo certo, já está estourando meu cartão em moveis até
Eu - Para de reclamar porque você tem dinheiro
Guilherme - Fazer o que né, o pai ta rico hahaha
Eu - kkkkkkkkkkkkk não é pra tanto
Mas era, ele além do cache que já era quase milhonario pra época, teria direito a porcentagens pela TV local, ele estava feito, não tinha o que reclamar.
Guilherme - E você? Como está?
Eu - Tô bem, só cansado também mas é a vida...
Conversamos mais um pouco e desliguei pois não dava pra dar mole na orla da praia... O dia passou voando e estava ansioso para reencontrar meu pai no dia seguinte... Tanto que tratei de dormir cedo mas não tive um sono tão bom.
Sonhei aquela noite que estava dentro de um avião e quando olhei pela janela ele estava caindo se aproximando do chão, assim que ele tocou o chão houve uma explosão e eu acordei com o susto.
Eram 5h30 da manhã e eu não consegui voltar a domir... Aquele sonho parecia tão real que tomei um baque, desci as escadas e fui pegar um copo de água. Como não consegui voltar a dormir, fiquei jogando video game até dar a hora de me arrumar e buscar meu pai no aeroporto.
Peguei um táxi já eram 9h da manhã e fui direto para o aeroporto, cheguei lá por volta das 10h00 e fiquei esperando no saguão. O voo dele chegaria 10h40, então tomei um café por alí mesmo, que por sinal era o olho da cara, assim que deu o horário e vi as pessoas desembarcando, fui para frente do portão
Quando vi meu pai vindo com a mochila nas costas minha perna tremeu, não o via a 1 ano e meio e nesse tempo todo ele estava mais bonito, jovial, nem parecia aquele cara pra baixo após minha mãe ter deixado a gente.
Fiquei assustado ao ver também que ao lado dele tinha uma mulher que aparentava ter a mesma idade dele o acompanhando enquanto carregava uma mala pequena. Meu pai me procurava com os olhos até que gritei.
Eu - PAI!!!
Meu pai olhou para mim e veio em minha direção abrindo os braços, eu corri até ele e não me segurei, comecei a chorar a ponto de soluçar, não sei explicar eu só tive uma sensação de conforto, tipo quando nos perdemos da nossa mãe no supermercado e ela aparece segundos depois, no caso ele eram quase dois anos.
Pai - Meu Deus garoto, como você ta diferente!!!!
Eu - Ai pai que saudades - Disse chorando
Pai - Calma, eu to também estava morrendo de saudade!
Ficamos nesse abraço por alguns minutos, me acalmei e cumprimentei a mulher ao seu lado.
Em algumas ligações ele já tinha me falado que tinha conhecido uma mulher e que eles estavam se conhecendo, aconselhei ele a seguir a vida pois ele ainda era novo e era bonito! E na hora me toquei que o negócio estava sério mesmo a ponto de trazer ela.
Cintia - Oie, prazer, Cintia!
Eu - Prazer, André.
Cintia era bonita, tinha por volta de 50 anos, me contou que era Médica e trabalhava em um posto de saúde da minha cidade, eles tinham se conhecido lá, inclusive.
Estavamos no táxi quando meu pai comentou.
Pai - Que cidade quente é essa? Tem condições isso não
Cintia - A última vez que vim para o Rio foi la em 1980 haha
Eu - Acho que mudaram algumas coisas mas como diz a música, o Rio continua lindo haha
Chegamos em csa, meu pai ficou surpreso por eu ter conseguido me sair tão bem no Rio a ponto de ter um conforto como aquele, ele não deixava de falar que estava orgulhoso e tudo mais.
Como ele veio com a namorada e a cama do quarto de hospedes era de solteiro, deixei eles no meu quarto que tinha a cama de casal e ficaria no quarto de solteiro nesse tempo que eles ficariam aqui.
Meu Pai e Cintia foram trocar de roupa e ficar mais a vontade, enquanto isso montei uma mesa de café da manhã e fiz um café fresco e esperei eles descerem.
Eu - Vocês querem fazer alguma coisa hoje?
Pai - Podemos passar na praia, fazem mais de 20 anos que não vejo o mar
Cintia - Ai seria maravilhoso
Eu - Podemos ir!
Enquanto eles comiam eu fui arrumar as coisas para levar a praia, na hora Denise me avisou que estava passando em casa para conhecer meu pai e a chamei para ir a praia também.
Assim que ela chegou já começou a falar merda logo na garagem.
Denise - Cade o paizão de família??
Eu - Fala baixo vagabunda! A mulher dele ta aí e vai acabar contigo
Denise - Careca não vou ficar o máximo é ela tirar minha lace hahah
Assim que ela entrou em casa deu de cara com meu pai assistindo o canal de esportes na sala.
Denise - ANDRÉ PAI, PRAZEEER!!! - Disse ela cumprimentando meu pai que riu assustado.
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24 de dezembro.
Cintia - Vou separar essa uva passa aqui porque seu pai é enjoado.
Eu - kkkkkkkkkkk já aprendeu rápido né? Sofria fazendo comida pra ele kkkkkkkk
Cintia - Nem fala, ao mesmo tempo que é mais fácil cozinhar é mais dificil hahaha
Eu - Cintia, obrigado por trazer essa energia tão boa pro meu pai de volta... Depois que ele separou parece que uma parte dele morreu sabe? É tão bom ver ele bem agora
Cintia - Imagina, eu queria agradecer também por me receber bem aqui, confesso que fiquei um pouco ansiosa por vir e você não aceitar bem que seu pai está namorando
Eu - Claro que não, ele estando feliz é o que importa pra mim!
Pai - Filho, vou abrir a geladeira para pegar outra cerveja viu? Tem carne lá na churrasqueira
Eu - Pai para de avisar essas coisas! Fica a vontade kkkkkkkk
A ceia de natal foi entre nós 3 e pela primeira vez tive um momento familiar depois de tantos anos.
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