Manhã de segunda-feira, 30 de janeiro de 2023. Cheguei ao trabalho e pelo bom dia frio da dona Augusta, imaginei que ainda estivesse zangada comigo.
Viver em pecado é enfrentar o mundo, né?
Mesmo assim, um minuto após acariciar e acalmar o Nero e o Brad que faziam festa pulando sobre mim, tentei conseguir um adiantamento para não atrasar a fatura do meu cartão. Contei sobre o assalto sofrido, mas a coroa insensível nem ligou, disse que eu não deveria frequentar esses lugares à noite, e que só faria o pagamento dia 6, próxima segunda-feira.
A maldita deveria estar me castigando por conta do lance da jacuzzi. Mandou-me tomar café rápido e levar logo os cães para passear, pois estavam muito inquietos. Saiu a seguir com seu carro.
Até perdi o apetite, deixei meu café para mais tarde. Contudo, sorri comigo mesma ao pensar: “se a patroa soubesse que a inquietação dos peludos era anseio por mais um dia de transas comigo, ela teria me expulsado da sua casa a pontapés.”
Retornei do passeio uma hora depois, e enquanto escovava a dupla canina, a diarista chegou com cara de nojo exibindo uma camisinha usada, disse que achou no saco de lixo. Fui interpelada a respeito do bagulho.
Além de surpresa, fiquei extremamente constrangida.
Antes de prosseguir, voltemos até o último sábado:
Ao final do primeiro ato de incesto com meu pai, e após adormecer nua sobre o colchão inflável, acordei ligada e fiz uma limpeza minuciosa na área em que transamos. Enrolei a camisinha usada em papel higiênico e coloquei no meio do saco de lixo da cozinha, amarrei a boca do plástico e deixei no local de descarte com outro saco. O caminhão da coleta passaria segunda-feira de manhã e levaria embora a prova do crime.
Todavia, para meu infortúnio, a borrachinha incriminadora foi descoberta.
Mas por que caralhos essa louca foi fuçar no saco de lixo? Pensei com raiva.
Se ela levasse o assunto até a patroa, seria o caos, a mulher associaria o preservativo com a hidromassagem aquecida. Não ia prestar, o bicho ia pegar feio pro meu lado.
Pensei rápido na elaboração de uma mentira: disse que era do meu namorado, usamos na minha casa na noite de sexta e escondi às pressas em minha bolsa porque minha mãe retornou muito rápido de sua ida ao mercado.
— No sábado acabei esquecendo de descartar o negócio no caminho e só lembrei ao chegar aqui, então coloquei no saco de lixo — disse para a senhora e tentei virar o jogo.
— A propósito, dona Geralda: o que a senhora estava procurando nos sacos de lixo?
Gaguejando ela disse que estava verificando se havia lixo reciclável misturado com orgânico. Concluiu tentando explicar que sempre fazia isso a pedido da patroa.
A mulher humilde e de pouca instrução não falou com essas palavras, em razão do seu vocabulário limitado, mas soou tão falso deixando claro que mentia. Minha preocupação era que estivesse na captura de algo com o intuito de me prejudicar.
Qual é a da diarista? Questionei-me apreensiva.
— Vou te pedir um favor, dona Geralda, não comente nada com a patroa, ou posso até perder meu emprego devido a uma bobagem dessa. Preciso demais desse trabalho e ficaria muito triste com a senhora se eu fosse despedida — falei séria e num tom ligeiramente ameaçador enquanto a encarava.
A mulher não disse nada, só me lançou um olhar de desdém e superioridade, talvez por deduzir que eu estava em suas mãos.
Quando percebi sua intenção de sair com a camisinha…
— Dá pra mim, por favor, dona Geralda! — levantei esticando o braço em sua direção.
— Vou por no lixo, o caminhão já vai passar — disse a mulher.
— Por favor, deixa comigo, o negócio é meu! — falei resoluta.
Ela torceu o nariz e me entregou o bagulho com a maior má vontade.
Queimaria aquilo quanto antes. Na pior das hipóteses, restaria apenas o testemunho dela, sem provas.
Passei o dia bolada pensando qual seria a real motivação para a dona Geralda procurar coisas no lixo. Será que seu interesse era sobre meu consumo de comida ou álcool quando permanecia sozinha no casarão?
Ou havia algum interesse da coroa em meus hábitos sexuais?
É bom essa vaca ficar esperta, ou vai virar churrasco ao pegar num fio desencapado de um eletrodoméstico qualquer. Pensei impiedosa.
Procurei evitar qualquer deslize nos dias seguintes, nem entrei na área da jacuzzi. O mais difícil foi dar um tempo na minha relação erótica com os cães tarados. Os dois assediadores caninos pareciam sentir mais falta das transas do que eu. Já estávamos habituados, mas era prudente a pausa, meu emprego estava por um fio.
***
Manhã de domingo, 05 de fevereiro.
Acordei com o som da campainha, só então lembrei que havia marcado com meu pai. Ele veio me buscar para irmos na festinha de 7 anos da sua filha do meio.
— Nossa, pai! Não é muito cedo?
— Marcamos nove em ponto, lembra? Falta só cinco para às nove.
— Tô morrendo de sono, posso dormir mais cinco minutos? — falei bocejando.
— Hahaha, gracinha! Vai se arrumar, vê se não demora.
— Vem, sobe e espera no meu quarto, estou sozinha!
— Ainda está sem celular? — perguntou meu pai.
— Infelizmente, sim, mas deve ficar pronto amanhã.
Havia mentido para ele que mandei arrumar o aparelho. Sabia que ele não poderia me ajudar a comprar outro, então por que fazê-lo sentir-se inútil contando que fui roubada, né?
Não tivemos intimidade depois daquele sábado que foi nossa primeira vez, faltou oportunidade. Minha líbido estava a milhão.
— Impressionante, filha, como você é linda e sexy de qualquer jeito, seja só de camiseta, ou com esse pijaminha.
Parece que a líbido dele também estava transbordando, era nítido o volume acentuado sob sua bermuda.
— E como você prefere?
— Não vou mentir, prefiro você nua.
Não tivemos receios ou falsos pudores, ele me tascou um beijo longo e safado. A seguir despiu-me da blusa e shortinho.
Após ajudá-lo a também ficar nu, deitei em minha cama e o recebi sobre mim após ele abrir e dobrar minhas pernas… Ahhh! Impossível não gemer gostoso ao senti-lo deslizando e invadindo minhas entranhas. Só depois ele se preocupou:
— Você trouxe aquelas camisinhas?
— Não, deixei lá no meu trabalho.
Ao ameaçar tirar de dentro, prendi o homem com braços e pernas antes de dizer:
— Mas eu trouxe a pílula do dia seguinte.
Minha única preocupação naquele momento, não era com uma possível gravidez, mas, sim, com o retorno fortuito do meu padrasto. Raríssimas vezes ele voltou antes das 14h, assim como minha mãe. Foda-se! Pensei. Meti a louca e mexi como nunca havia feito antes.
Os próximos minutos foram de urros e gemidos. Gente! Papai fode muito gostoso, não foi impressão minha naquela primeira vez, ele realmente é delicinha. Minha mãe não sabe o que perdeu.
Mudamos de posição. Minha cama, minhas regras. Fui pra cima dele e sentei com a boceta no seu nervo rígido. Cavalguei sobre o homem que me fez flutuar ao apertar meus peitos ou agarrado à minha cintura me fazendo descer e subir no seu pau.
Vibrei alucinada com meu gozo, antes e além da conta quando senti sua ejaculação sendo despejada em meu interior. Caralho! Que coisa louca seria engravidar do meu pai… Bateu um medinho e fiquei arrepiadinha, mas não trocaria o prazer daquele momento por nada.
Logo depois, fomos e voltamos de um banho rápido. Enquanto isso, sua mulher não parava de enviar mensagens solicitando sua presença.
Levei um baita susto quando a imagem do meu padrasto refletiu-se pelo espelho enquanto terminava de ajeitar meus cabelos. Felizmente papai já estava totalmente recomposto, o quarto também.
Seu Eleno pediu licença e entrou. Após os cumprimentos, meu pai disse que já ia tirar o carro da entrada da garagem.
— Fica tranquilo, vou sair logo! — só passei aqui porque deixei um cliente nas proximidades. Tenho corridas agendadas — disse seu Eleno, ele trabalha com a Uber.
— Estou pronta, vamos? — falei ansiosa para o meu pai.
Saímos sob os olhares desconfiados do meu padrasto, pois deveríamos estar com a cara igual a do “gato que comeu o canário”. É difícil manter a naturalidade após momentos tão intensos e proibidos.
Beijos e até a próxima!