O mecânico e o professor: Leo & Nico - Parte 09

Um conto erótico de Emirs
Categoria: Homossexual
Contém 5575 palavras
Data: 11/10/2023 18:58:37
Última revisão: 12/10/2023 05:01:37

Além da dor, as duas bofetadas que recebi da minha mulher me fizeram sentir vergonha e muita raiva de mim mesmo. Eu não podia ter deixado a situação chegar a esse ponto. Não era difícil imaginar o quanto Renata estava sofrendo por ter em mãos as provas de que foi traída; mas o pior para ela foi descobrir que a terceira pessoa dessa história era um homem — e não uma puta, uma piranha novinha ou uma coroa cheia de grana, como havia especulado.

Como se não acreditasse na verdade que estava diante dos seus olhos, Renata recomeçou a deslizar a tela. Eu podia usar minha força para arrancar o celular de suas mãos, mas isso não mudaria nada, porque o principal já havia sido revelado. Enquanto ela se dava o direito de invadir minha privacidade, eu me lembrei de alguns momentos da nossa história: o namoro frio, as transas sem sabor, a gravidez não planejada, o casamento às pressas… Mesmo morna, nossa história durou mais de doze anos e agora chegava ao fim de um jeito muito triste.

Ao desgrudar os olhos do celular, Renata me encarou como se eu tivesse acabado de enfiar um punhal em seu peito. Prendendo com mais força a toalha de banho em torno da cintura, eu me preparei para o confronto. Num tom de desprezo, ela repetiu a única palavra que encontrou para se referir a mim a partir daquele momento.

— Veado.

Às vezes, nas minhas transas com Nico, a gente se chamava de veado, veadinho, veadão. Isso nos divertia e nos dava mais vontade de ser macho um para o outro, mas isso era só entre nós dois. Eu nunca admitiria ser chamado assim por alguém com quem não compartilhava essa parte da minha intimidade. Mesmo sem aceitar ser tratado dessa forma por Renata, consegui manter a calma e confirmei o que ela já havia descoberto.

— Eu já deveria ter falado sobre essas coisas que você acabou de ver, mas isso é muito difícil pra mim. Eu sei que menti muito e você tem todos os motivos pra estar com raiva. Desculpe, me perdoe, Renata.

Minhas palavras foram sinceras, mas pareceram ridículas. Eu não podia esperar que ela me compreendesse e nem que me perdoasse pela traição. Desde que reencontrei Nicolau, eu passei a fugir dela e até planejei sair de casa sem lhe dizer o motivo pelo qual queria a separação. Eu me achava um cara muito corajoso, mas sempre fui covarde para assumir meus sentimentos e meus desejos. No passado, errei com meu namorado; agora eu havia errado com minha esposa.

Transtornada, Renata jogou o celular no chão, avançou sobre mim e começou a dar socos desajeitados no meu peito e tapas na minha cara.

— Você sempre me enganou, Leonardo! Você nunca foi homem! Você não vale nada! Você não presta! Você é um… um veado!

Renata pronunciava essa palavra fazendo cara de nojo e isso me machucava mais do que os tapas. Usando toda sua força, ela dava socos e empurrões nos meus ombros, como se quisesse me jogar para fora de casa. Meus músculos eram resistentes, mas aquilo doía e deixava minha pele vermelha e cheia de arranhões. Tentando acalmá-la, segurei em seus braços e lhe dei uma chacoalhada.

— Pare com isso, fique calma! Você acha que vai resolver esse assunto batendo em mim? Nós somos adultos. A gente precisa conversar.

— Tire as mãos de mim, seu vagabundo! Você está me machucando! Covarde!

Assustado com sua reação, soltei seus braços e dei um passo para trás. Desabando no sofá, ela continuou a gritar.

— Com que cara eu vou olhar pra todo mundo agora? Você não podia ter feito isso comigo. Você não tem vergonha na cara? Você acha bonito ser veado, Leonardo? Não é possível!

— Não fale besteira. Pare de repetir essa palavra e pare de gritar. Pense no nosso filho; ele está ouvindo tudo. Até os vizinhos devem estar ouvindo. Não faça isso comigo, por favor.

— Você não se preocupava com nada disso quando saía de casa pra ir se encontrar com um homem. A vida toda você se escondeu atrás de mim. Você é um safado! Um veado safado!

— Eu já pedi pra não falar assim comigo! E fale baixo, por favor. Parece que você está querendo que todo mundo saiba sobre a nossa vida. É isso que você quer, dona Renata?

Eu pedia a ela para falar baixo, mas eu mesmo estava gritando. Sustentando seu olhar de fera, comecei a colocar tudo para fora.

— Eu imagino o quanto você está sofrendo, mas eu também estou. Nosso casamento aconteceu sem nenhum dos dois pensar direito. A gente era muito novo, não sabia quase nada da vida; eu nem sabia direito quem eu era. Não estou dizendo que fui obrigado a casar, mas você também não foi. Naquele momento, achamos que casar daria certo, mas todo mundo pode errar.

Segurando a cabeça com as duas mãos, Renata ficou olhando para mim como se a nossa história estivesse passando na sua mente. Se ela fizesse um esforço, poderia ver que, em alguns momentos, para não magoá-la, eu passei por cima de mim mesmo.

— Renata, durante todos esses anos, nunca me envolvi com outras pessoas. Nunca! Só aconteceu agora, porque ninguém aguenta passar a vida inteira se prendendo. Isso faz mal, isso acaba com a gente. Eu errei em não falar antes, mas eu já estava me preparando pra pedir a separação, só não sabia como fazer. Se eu lhe dissesse na cara dura que estava namorando um amigo, você aceitaria numa boa e me deixaria ir embora sem brigar? Ninguém aceitaria! Eu fui fraco, eu fui um moleque, mas não sou um canalha. Acredite em mim.

Em seus olhos, eu vi que ela não estava disposta a acreditar em nada do que eu dissesse. Antes mesmo de me ouvir, ela já havia me julgado e me condenado. Por causa de um erro, todo o esforço que sempre fiz para honrar nosso casamento perdeu o valor. Mesmo assim, continuei a falar, porque era importante para nós dois.

— Eu preciso viver a minha vida e você precisa viver a sua, antes que seja tarde pra nós dois. Ainda há tempo pra cada um seguir seu caminho. Eu quero que você fique bem, ao lado de alguém que seja tudo o que você sempre quis de mim e eu nunca pude lhe dar. Não foi por maldade, foi porque isso não era pra mim.

— Você sempre me fez de palhaça! Você sempre me enganou. Eu não tive nem coragem de ler todas suas conversas com esse rapaz. Coisas horríveis! Vocês são nojentos demais!

Nico já havia me alertado para o risco de manter nossas conversas no meu aparelho, mas eu lhe disse que podíamos ficar tranquilos. Antes de casar, eu avisei a Renata que não lhe daria o direito de mexer no meu celular, assim como eu não pegaria no dela. Naquela ocasião, ela tentou me convencer de que entre marido e mulher não podia haver segredos, mas eu argumentei que, se um tinha motivos para desconfiar do outro, não faria sentido viver junto. Ela retrucou que suas amigas tinham liberdade para olhar as coisas dos maridos; eu disse que cada casal sabe o que é melhor para sua vida. Com raiva, ela gritou sua senha para mim e insistiu para que eu lhe dissesse a minha, mas não cedi.

Em todos os anos de casados, nunca me interessei pelo que minha esposa fazia no seu celular e nunca permiti que ela visse o que eu fazia no meu. Nos últimos dias, porém, ela se encontrava em estado de alerta e eu vacilei. Aproveitando o momento em que deixei meu aparelho desbloqueado com Edson, ela deu o bote, mas a culpa foi minha. No clima de guerra em que estávamos vivendo, eu não podia ter dado bobeira. E teria sido pior se, antes dela, meu filho tivesse lido minhas conversas com meu namorado. Eu nunca me perdoaria se isso acontecesse.

Algumas conversas, eu já havia apagado, mas ainda havia muitas coisas guardadas, porque eu gostava de reler nossas mensagens e de olhar nossas fotos. Eu não sabia o que Renata viu, mas qualquer conversa minha com Nico seria chocante demais para ela. Eu e meu namorado éramos muito explícitos nas nossas mensagens e trocávamos fotos e vídeos que só podiam ser vistos por nós dois. Saber que minha mulher meteu os olhos na nossa intimidade me deixou indignado e muito envergonhado.

Como se as palavras e as imagens que viu na tela tivessem ficado gravadas na sua mente, Renata partiu para o ataque.

— Você vivia pra cima e pra baixo com esse rapaz. Fotos na praia, no shopping… até na cama! Uma vergonha! E o pior é que você foi capaz de levar meu filho para esse meio. Você não tinha o direito de arrastar Edson para suas safadezas. Eu tenho até medo de pensar no que você e aquele outro vagabundo fizeram com meu filho.

Essa acusação me deixou atônito. Renata tinha todo o direito de descarregar sua mágoa sobre mim, mas era muita crueldade dizer isso só porque viu as fotos que eu, Nico e Edson fizemos na praia. Com uma mão tremendo diante da cara dela, gritei feito um louco.

— Cale essa boca! Você me respeite! Não se atreva a falar uma porra dessas! Não consigo nem imaginar o que é que está passando na sua cabeça. Você acha que eu seria capaz de fazer coisas erradas com meu filho? Eu não sou um monstro! Que tipo de homem você pensa que eu sou?

— Você não é homem! Você não é nada! É uma vergonha pra Edson ter que chamar você de pai. Ele não merece isso. Você é o pior exemplo que meu filho poderia ter.

— Eu não vou deixar você me sujar diante dele. Eu sou pai e não abro mão disso! Edson sabe que é a pessoa mais importante da minha vida. Não sou perfeito, mas sempre dei o melhor de mim para meu filho. Não seja injusta comigo.

— Você não se importou com ele e nem comigo. Você desprezou sua família para ficar com seu… com seu macho! Vocês são dois veados, duas bichonas! Não é assim que dizem? Eu também sei das coisas, Leonardo. Conheço muitos veados por aí, só não imaginava que eu dormia com um deles.

— Você não sabe de nada! Só sabe falar besteira! Eu errei, eu fui cínico, mas agora estou jogando limpo e você fica aí procurando nomes pra me ofender. Olhe pra mim! Pode olhar! Eu sou isso mesmo que você está gritando pra todo mundo ouvir. Eu sou veado, Renata! Eu sou!

Ela não esperava que eu fosse capaz de me assumir dessa forma, por isso ficou sem saber o que dizer. Eu mesmo fiquei surpreso por ter coragem de gritar isso na cara dela. Depois de respirar fundo, baixei a voz e continuei a mostrar que não deixaria ninguém me humilhar por eu ser esse homem.

— Eu demorei muito pra entender isso e pra me aceitar. Mas esse assunto é meu e eu não dou a ninguém o direito de me desrespeitar. Eu sou veado e sou homem pra caralho!

Foi com os olhos cheios de lágrimas que gritei essas coisas. Eu estava me sentindo muito forte por ter vencido o medo e os preconceitos que tinha em relação a mim. Não sei como minhas palavras impactaram a mente de Renata, mas seus olhos também se encheram de lágrimas. Ela estava sofrendo muito, mas eu ainda tinha algo para falar.

— Renata, esse rapaz com quem estou vivendo se chama Nicolau. Nós…

— Cale a boca, Leonardo! Eu não quero ouvir mais nada! Não quero saber quem é esse homem! Não me interessa quem é esse infeliz, esse safado, esse vagabundo que você arranjou pra tirar meu juízo. Não quero saber nada sobre seu macho! Eu quero esquecer essa história. Cale a boca! Acabou a conversa!

Como se quisesse se esconder, ela baixou a cabeça e cobriu o rosto com as duas mãos. Eu não queria ser cruel, mas a gente precisava ir até o fim.

— Renata, você queria saber tudo e eu vou falar. Eu e Nicolau começamos a namorar muito antes de você surgir nessa história. Nosso namoro foi escondido, mas foi muito bonito. Um foi o primeiro homem do outro, mas a vida nos separou e ficamos muitos anos sem nos ver. Agora que nos reencontramos, queremos viver juntos. A gente se ama. Você nunca entenderá, mas é com ele que eu sou homem de verdade. Você é uma grande mulher, mas eu não nasci pra ser seu homem. Eu não posso, eu não quero amar mulher alguma.

Minha sinceridade fez Renata cair num pranto que fazia seu corpo todo tremer. Eu tive vontade de confortá-la com um abraço, mas me contive, porque isso lhe traria mais sofrimento.

— Desculpe, Renata, mas a gente não pode fugir da verdade. Você ainda tem muitas coisas pra viver e poderá conhecer alguém com quem seja feliz. Tente pensar por esse lado. Com o tempo, você vai perceber que essa separação é boa pra nós dois. Você é a mãe do meu filho, eu só posso desejar a sua felicidade.

Como se não quisesse aceitar que nosso casamento havia acabado, Renata caiu num pranto cheio de soluços. Eu nunca entendi o motivo pelo qual ela sempre me quis tanto, mesmo estando cada vez mais insatisfeita com nosso relacionamento. Diante do seu desespero, eu me perguntei se ela seria capaz de querer continuar sendo minha mulher, mesmo sabendo que era com um homem que eu me realizava. Isso seria horrível demais. Para que não restasse nenhuma ilusão, eu falei com firmeza.

— Renata, eu sou feliz com meu amigo Nicolau porque ele é um homem igual a mim.

Sem suportar a dor provocada por essa declaração, ela voltou a descarregar sua fúria em meu corpo. Para me esquivar, cruzei os braços diante do peito e fiquei me jogando de um lado para o outro, mas ainda levei alguns tapas na cara.

— Pare com isso, por favor. Eu sei que esse momento é horrível, mas você está livre pra viver a sua vida. Pense dessa forma.

Com os movimentos que eu fazia para me defender, a toalha se soltou da minha cintura e eu fiquei saltando nu pelo meio da sala, com meu caralho pulando sem parar e batendo nas minhas coxas. Minha situação era ridícula e humilhante, mas eu não queria tocar em Renata, porque eu não era um covarde.

— Como você tem coragem de me dizer que ama um homem? Você não tem vergonha na cara! Você é um veado safado, Leonardo!

No instante em que recebi mais uma bofetada, ouvi algo que me deixou apavorado.

— Pare, mãe! Não bata no meu pai não!

A voz rouca do meu filho doeu em mim mais do que todas as pancadas que levei. Saber que ele estava me vendo naquela situação era a maior vergonha da minha vida. Com sua chegada, eu cobri minha rola com as duas mãos e Renata parou de me bater, mas ainda encontrou forças para me ferir.

— Edson, nunca mais chame isso de pai. Você não merece ser filho desse safado. Leonardo não vale nada!

Dizendo isso, ela saiu da sala e foi se trancar no quarto. Coberto de vergonha, eu fiquei parado no meio da sala, sem saber o que dizer e sem coragem de encarar meu filho. Antes de voltar para o seu quarto, ele pegou a toalha no chão e jogou-a no meu ombro.

— Pai, vá tomar banho. Vá se cuidar.

Meu filho havia acabado de fazer doze anos e já era homem.

Embaixo do chuveiro, deixei as lágrimas correrem. Eu estava chorando por mim, por Renata e por nosso filho, mas me sentia aliviado. Minha nova história estava começando e eu precisava ser forte para enfrentar todos os problemas que surgiriam em meu caminho. Não seria fácil, mas eu já havia dado o primeiro passo.

De volta à sala, peguei meu celular no chão e deitei no sofá. Ao ser arremessado por Renata, a tela ficou toda trincada, mas ele ainda funcionava. Nicolau havia mandado uma mensagem perguntando como tinha sido o aniversário de Edson e eu escrevi uma resposta curta.

"Foi lindo demais, ele ficou muito feliz. Agora está tudo triste aqui. Renata já sabe sobre nós dois."

Depois de enviar essa mensagem, desliguei o aparelho e fechei os olhos, mas não consegui dormir. Quando amanheceu, eu ainda estava pensando em como seria minha vida a partir daquele dia. Antes que me levantasse do sofá, Renata e Edson passaram pela sala, prontos para sair. Depois de abrir a porta, ela falou sem olhar para mim.

— Quando sair, deixe a chave. Você não mora mais aqui.

Prendendo os lábios, meu filho olhou para mim e baixou a cabeça. Antes que eu falasse com ele, a mãe pegou em seu braço e o levou com ela.

Eu já estava decidido a ir embora, mas me senti humilhado por ser expulso dessa forma. A casa era do meu sogro, mas não foi de graça que morei ali. Dizendo que era para que ficasse bom para os dois lados, ele me cobrava metade do aluguel que cobraria de qualquer outro inquilino. Ninguém nunca falou isso, mas eu sabia que a lógica dele era que só a filha tinha o direito de morar de graça na sua casa. Eu sempre paguei minha parte e achava melhor assim. Agora podia ir embora sem ficar devendo favor a ninguém.

Minha cabeça ainda estava fervendo, mas eu precisava ter coragem para encarar o mundo. Depois de tomar um banho apressado, joguei umas roupas na minha bolsa de trabalho e coloquei umas coisas numa sacola. Antes de partir, vi que Nico havia ligado várias vezes, mas eu não quis ligar de volta, porque ele já deveria estar dando aula. Para adiantar o assunto, mandei uma mensagem.

“A coisa foi feia, mas falei tudo. Passei a noite sem dormir, estou moído e minha cabeça está estourando. Estou saindo pra trabalhar. Quando sair da oficina, irei para o apartamento. Preciso do seu apoio.”

Carregando uma bolsa nas costas e outra na mão, saí do quarto onde dormi durante tantos anos, atravessei a sala onde vivi alguns momentos importantes e abri a porta da casa que nunca foi minha. Nada ali era meu. As coisas que comprei sozinho ou com a ajuda de Renata eram do meu filho. Por mais que me esforçasse, não consegui segurar as lágrimas. Apesar de todos os problemas, eu também vivi muitas coisas boas ali dentro.

Eu não queria ir embora brigado com Renata e sem poder conversar direito com meu filho, mas teve que ser assim. Engolindo o choro, tirei a moto da área, fechei o portão e, através da grade, joguei a chave no meio da sala. Ao olhar para a rua, achei estranho ver tantas pessoas nas calçadas. Da janela da casa ao lado, a vizinha me olhava como se eu fosse uma atração de circo.

A filha da puta era a maior fofoqueira da rua e já deveria ter espalhado tudo o que conseguiu ouvir da minha briga com Renata, sem deixar de acrescentar detalhes saídos de sua cabeça. Era inacreditável, mas muita gente acordou cedo para ver a partida do homem safado que traiu a esposa com um macho e foi expulso de casa por ter se assumido veado. Eu sabia que era assim que estavam falando de mim. Se eu fosse um moleque, mandaria todo mundo tomar no cu e se arrombar, mas eu já era um homem e só a minha vida me interessava. Montado na moto, passei por aquele bando de desocupados sem dar importância a ninguém

Ao chegar à oficina, meu patrão e meu colega me receberam com as perturbações de sempre. Eu não estava com cabeça para ouvir tantas besteiras, mas fiz um puta esforço para não demonstrar minha irritação. Josias esticou logo os olhos para minhas sacolas.

— O que houve, Leonardo? Está de mudança? Foi despejado?

Sem dizer nada, joguei minhas coisas num canto e comecei a me arrumar para o trabalho, mas seu Samuel estava inspirado.

— Ai, garanhão! Tu tá com cara de quem não pregou o olho. Com certeza passou a noite toda metendo a língua e a rola numa beiçuda babona! Tu tá arrebentado!

Eu não suportava mais essas conversas e hoje precisaria me esforçar muito para não explodir. Achando aquilo muito engraçado, meu colega Josias, entrou na conversa.

— Arrombar uma bucetuda é muito bom, mas o cara não pode passar a noite toda botando a broca pra trabalhar, não é, seu Samuel? O motoqueiro ficou quebradão das fodas do fim de semana. Parece que ele mexeu com uma tabaca braba! Tá todo arranhado!

Olhando atentamente para mim, meu patrão soltou uma gargalhada.

— Caralho! Você pegou uma pantera, não foi? Essas são as melhores! Homem que é homem gosta de puta bruta, pra ter o prazer de derrubar a vadia e meter a pica na buceta dela, até deixar a safada bem mansinha. Você é fera, garanhão!

Para não estourar, eu me meti debaixo de um carro e comecei a fazer meu serviço. Depois de vomitarem mais umas putarias, os dois buceteiros se calaram e também se concentraram no trabalho. Com o calor de lascar que fazia ali, meu corpo ficou banhado de suor, minha cabeça voltou a latejar e meus miolos começaram a ferver. Para piorar, eu estava sem comer e, de vez em quando, sentia uma vertigem muito forte, como se fosse desmaiar. Se isso acontecesse, meus colegas diriam que eu estava com frescura.

No intervalo de suas aulas, Nico mandou mensagem para me dar força e me perguntou se eu estava precisando de alguma coisa. Mesmo sem cabeça para escrever, mandei algumas mensagens contando como estava minha situação.

"Estou caído, mas tô me sentindo aliviado. Não vejo a hora de ir embora daqui, pra tomar um banho, comer e descansar. Minha cabeça está estourando. Estou preocupado com meu filho. Eu não pude nem dar um abraço nele. Espero que a mãe não complique para a gente se ver."

Para minha surpresa, perto do meio-dia, Nico parou o carro no outro lado da rua, na frente da oficina, e ficou me esperando. Sem querer ouvir besteira do meu patrão, acenei para ele e esperei dar o horário de largar o serviço. Depois de lavar as mãos e passar uma água no rosto, fui ao seu encontro.

Em pé ao lado do carro, Nico abriu os braços para me acolher. Sem me incomodar com os olhares de seu Samuel e de Josias, uni meu corpo ao dele e coloquei a cabeça em seu ombro. Minha vida estava uma bagunça, mas aquele abraço me fez sentir que eu estava no caminho certo.

— Leo, você está precisando descansar. Se eu pudesse, levaria você para casa agora mesmo.

— Seria bom demais, mas preciso trabalhar. Tenho um filho pra criar e tenho muitas coisas pra resolver com a mãe dele. E agora eu também vou assumir de verdade meu lugar de marido do professor Nicolau.

— A gente vai conversar sobre essas coisas quando você estiver com as ideias em ordem.

— Eu ainda não sei nem como vai ser, mas estou confiante que vai dar tudo certo.

— Eu vim aqui para você saber que não está sozinho. Trouxe alguma coisa para você comer.

— Incrível como você sempre sabe do que estou precisando. Desde ontem, eu não como nada. Estou fraco e este calor está me matando. Só você mesmo pra encontrar tempo de cuidar de mim. Você tá todo arrumado e eu estou suj…

Antes que eu terminasse, Nico colocou um dedo na frente da minha boca e me impediu de falar.

— Leo, você disse isso no começo dessa história, lembra? Isso é besteira. Eu vim aqui para lhe dar um abraço do jeito que você está. Somos homens trabalhadores: um mecânico e um professor. Somos um casal muito gostoso, não acha?

Só Nicolau mesmo para me fazer sorrir e me botar pra cima num momento em que eu estava tão derrubado.

— A gente é foda mesmo, professor. Estou morrendo de sede, queria beijar sua boca, mas aqueles dois safados dentro da oficina estão de olho na gente e eles não merecem ver como é gostoso o nosso beijo.

— Se o problema é sede, eu também trouxe um suco para você.

— Não é a mesma coisa que seu beijo, mas serve, por enquanto.

— Leonardo… é melhor eu ir embora, para você poder comer e descansar um pouco. Estou indo para casa, já encerrei meu trabalho por hoje.

— Você poderia levar umas coisas minhas no seu carro?

— Que pergunta, Leo. Vai lá buscar suas coisas.

Quando me viram pegar as bolsas, seu Samuel e Josias trocaram um olhar malicioso, mas eu ignorei. Depois que joguei minhas coisas na mala do carro, Nico me entregou a sacola com a comida que comprou para mim.

— Espero que esteja bom.

— Está pesado, você caprichou. Valeu, Nico.

Antes de entrar no carro, meu marido me deu mais um abraço. Enquanto ele aspirava meu cheiro de trabalhador suado, eu aproveitei para sentir seu perfume delicado e sussurrei em seu ouvido: amo você, Nico.

Só depois que ele partiu, eu retornei para a oficina e me sentei num canto para comer.

— Tratamento vip! Você é o cara, Leonardo!

A ironia de Josias era irritante, mas eu estava determinado a não cair no jogo dele. A comida estava muito boa e era só isso que me interessava. Incomodado por eu não lhe dar importância, ele continuou a perturbar.

— Foi com esse cara que você estava na praia naquele dia, não foi? Você, ele e o seu garoto.

Eu queria almoçar em paz, mas o fuleiro fazia de conta que não percebia minha impaciência. Sem parar de comer, dei uma resposta atravessada, num tom de quem está mandando alguém pra puta que pariu.

— Foi ele mesmo. Tem algum problema?

— Tem problema não. Eu só não sabia que você tinha essas amizades…

— Que amizades? O que é que você tá dizendo?

— Calma, rapaz. Você ficou nervosão! Relaxe, motoqueiro.

Para aumentar minha irritação, seu Samuel meteu o bico na conversa.

— Esse cara já trouxe o carro aqui uma vez e foi o garanhão quem consertou. Eu me lembro bem do jeitinho de moça dele. O magrelo é o maior boiola. Não sabia que vocês andavam juntos…

Ouvir aquele coroa safado falar assim de Nicolau fez meus músculos enrijecerem e a comida travou na minha garganta. Enquanto eu tomava alguns goles de suco, Josias completou as escrotices do patrão.

— Parabéns, companheiro. É bom arranjar um amigo assim. O cara é tratado como um rei, não é, seu Samuel?

Dando gargalhadas, os dois foram para a frente da oficina e me deixaram terminar de almoçar sossegado. Eu estava com muita raiva, mas sabia que não seria no braço que eu ia fazer com que eles respeitassem as pessoas.

Quando o dia de serviço terminou, eu estava acabado. Sem falar com ninguém, montei na moto e parti rumo à minha nova casa. No meio de um mar de veículos, eu pensava na vida e sentia medo, ansiedade, alegria, alívio, tristeza e confiança, tudo misturado. Eu parecia até um adolescente, mas era um cara que só se aceitou de verdade depois dos trinta anos.

Ao deixar a moto no estacionamento do condomínio, passei o olhar por todos os blocos e pela área de lazer. A partir de agora, meu endereço seria aquele. Assim que abri a porta, Nico me recebeu com um beijo demorado e já foi tirando minha roupa.

— Estou suado demais. Calor da porra naquela oficina.

Dando beijinhos na minha barba, ele ficou alisando minha bunda por cima da cueca e esfregando seu caralho no meu.

— Minha cueca tá molhada de suor. A coitada da pica ficou presa o dia inteiro. Está toda grudando.

Puxando a coitada para fora da cueca, Nico alisou o talo, espremeu a cabeça e depois cheirou a mão. Dando um tapa na minha bunda, ele me conduziu ao banheiro e lá se encarregou de cuidar do meu corpo. Eu estava triste, preocupado e com dor de cabeça, mas seus carinhos me acalmaram e me fizeram sorrir.

Com muita dedicação, meu marido ensaboou meu corpo e passou shampoo no meu cabelo e na minha barba. Quando ele começou a lavar minha rola, eu enchi a mão de sabão, meti no meio da bunda e fiquei fazendo movimentos para dentro e para fora, como se estivesse serrando meu rabo. Passando shampoo nos próprios cabelos, Nico ficou olhando para mim e abriu um sorriso.

— Que trato gostoso você dá nessa sua bundona. Vou cair de boca!

— Rapaz, deixe de ser safado. Respeite seu marido.

Como se estivéssemos lutando, eu o virei de costas, meti a mão cheia de espuma no meio da sua bundinha e também dei um trato naquele rego apertado.

— Está cuidando do que é seu, não é, Leonardo?

— Quem come, cuida, não é assim?

— E você come pra caralho!

Depois de um longo dia de muita tensão, essas brincadeiras me trouxeram um pouco de alívio e renovaram minha confiança. Eu não estava bem, mas minha pica não estava nem aí para os meus problemas. Toda animada, a vadia levantou a cabeça e deu um salto de bicho que foge da jaula. Sem resistir à tentação, Nico se sentou entre minhas pernas, beijou meus ovos e ficou chupando a cabeça vermelha daquele meu cogumelo.

Ter meu marido sentado aos meus pés durante o banho me deu um tesão da porra, mas eu não queria gozar só com aquela brincadeira. Eu queria que nossa primeira foda de casados fosse na nossa cama, mesmo que tivéssemos que deixar para fazer isso outro dia, já que eu estava com o corpo arrebentado e com a cabeça estourando. Para apagar nosso fogo, liguei novamente o chuveiro e comecei a tirar o shampoo do cabelo.

Segurando nas minhas coxas, Nico continuou sentado no chão. A água que escorria do meu corpo caía nos cabelos dele, descia por seu peito e fazia um rio entre suas pernas. Falando aos pedaços, para não engolir água com sabão, ele fez um pedido que parecia uma ordem.

— Marque seu território, Leo.

Para que Nico sentisse a pele arder, desliguei logo o chuveiro. Passando a mão em seus cabelos, apontei a pica para o seu peito e comecei a lhe dar um banho com o líquido fermentado nas profundezas do meu corpo. Enquanto eu fazia minha parte, ele alisava sua pica dura e revirava os olhos para mim. Naquele momento, estávamos realizando um ritual que só fazia sentido para os dois machos envolvidos.

Quando o mijão terminou, eu lhe dei a mão e o coloquei de pé, para recomeçarmos o banho. Com os corpos enxutos e perfumados, vestimos as cuecas brancas que ele separou para usarmos naquela noite e fomos para a cozinha.

Depois do jantar, continuamos sentados diante do balcão e eu lhe contei tudo o que havia acontecido nos últimos momentos da minha vida de casado com Renata. Com muito cuidado, Nico se permitiu falar sobre esse assunto.

— Eu vi os arranhões em seu peito e no seu pescoço. Ela pegou pesado, mas eu entendo. Aliás, eu não consigo nem me colocar no lugar dela. Eu fico triste por ser o causador de tanto sofrimento para essa moça.

— Você não causou nada. Você apenas me ajudou a me assumir diante dela. Foi muito ruim a forma como ela soube de nossa história, mas é melhor sofrer agora e se livrar de um casamento ruim, do que sofrer a vida inteira sem separar, não acha?

— Acho, Leo. E desejo de coração que ela encontre alguém para ser feliz.

— Minha maior preocupação agora é com Edson. Ele ouviu tudo. Não sei como está a cabeça dele. Eu tenho medo de que ele sinta vergonha de ser meu filho.

— É natural que ele esteja assustado e confuso com tudo o que está acontecendo, mas você precisa ter calma. Seria muito ruim para ele se ver no meio de uma guerra entre o pai e a mãe. Ele tem doze anos, já é capaz de compreender muitas coisas e tem o direito de se fazer ouvir.

— Você tem razão. Com o tempo, ele vai perceber que essa foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Eu não queria falar com Renata agora, acho que ela precisa de um tempo para aceitar essa mudança na nossa vida, mas vou ter que ligar pra ela. Vou pedir pra falar com ele.

— Enquanto vocês conversam, vou arrumar as coisas aqui.

— Vou esperar você lá no quarto. Vamos dormir juntos pela primeira vez, professor. Aquela cama agora é oficialmente de dois caralhos!

Quando Nico entrou no quarto, eu estava deitado com a cara enterrada no travesseiro. Deitando-se ao meu lado, ele começou a fazer carinho nas minhas costas e na minha bunda. Virando meu rosto para o dele, eu mostrei minha tristeza.

— Nico, ela não quer deixar eu falar com meu filho.

Colocando sua cabeça ao lado da minha, meu marido me abraçou e ficou em silêncio.

— Desculpe, Nicolau. Eu sonhei tanto com nossa primeira noite de casados. Eu não imaginava que seria tão triste assim.

— Leo, estamos juntos na alegria e na tristeza.

***

Obrigado aos leitores que chegaram ao fim deste longo capítulo e continuam acompanhando essa narrativa que não é feita apenas de erotismo.

Em breve, mais um episódio da história do mecânico e do professor.


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Comentários

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Já posso pedir a continuação? Esse conto está excelente, tem muitas camadas. eu quero mais!

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Fantástico sua escrita. Sentindo aqui. Ansioso para a próxima!!!!

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Show. Agora vida nova e com amor fica muito mais fácil. Divórcio, pensão e visitas autorizadas pelo juiz. Isso ela não pode negar a não ser que o menino não queira o que eu duvido que aconteça. Nico é um cara legal e eles até ja se conhecem. E não se assuste se ele preferir ficar com o pai. Apos os 12 anos o adolescente já é ouvido em tribunal e pode até optar com quem quer ficar. Conheço casos em que os filhos preferiram ficar com o pai. Ansioso pelo desfecho dessa saga.

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Emirs, sua capacidade de nos prender nessa história é gigante. Pelo menos eles estão juntos para enfrentar essa situação. E que delícia ter alguém assim atencioso pra te receber em casa depois de um dia assim heehh

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Como eu previa os ovos acabaram por se partir. Agora vamos ver como fica a omelete. Para começar, vai ser difícil acender o fogão porque se adivinham muitos ventos de todos os lados. Do lado da Renata e família com chantagem sobre o filho. Da vizinhança. Do Samuel e Josias na oficina. Dos colegas do professor, dos alunos, dos pais, etc. Uma tempestade que vai virar furacão e que só um grande amor pode resistir a tanta adversidade, unindo-os cada vez mais. O único fator que têm a seu favor é já serem ambos suficientemente adultos e seguros sobre os seus sentimentos para terem quilhões suficientes para resistir ao que se segue, principalmente se optarem por continuar a viver no mesmo sítio. A melhor solução, nestes casos, costuma ser a mudança para outra cidade, onde não sejam conhecidos e possam inserir-se desde o início como casal.

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Lindo o capítulo! Queria um Léo na minha vida...

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