Diário de Fernanda — Quinta, 20 de dezembro de 2007
Querido diário,
Hoje foi um dia pesado e cheio de preocupações. Não posso deixar de registrar o que aconteceu para desabafar e tentar encontrar uma solução para tudo isso.
As coisas na faculdade estão complicadas. Me ferrei. Fiquei em DP em três matérias, algo que eu nunca imaginaria que aconteceria comigo.
Acho que minha tentativa de conciliar as aulas e meu trabalho de acompanhante não está dando certo. As noites em claro e a exaustão estão cobrando seu preço, e agora estou enfrentando as consequências.
Além disso, minha mãe e minha irmã, estão começando a desconfiar de mim. Elas perceberam mudanças em meu comportamento e estilo de vida, e isso está me tirando o sono. Será que eu conto? Melhor não, minha mãe não me perdoaria, imagina a decepção dela, ao saber que a sua filha mais velha virou puta.
Hoje mesmo, minha mãe veio me visitar aqui no apartamento, e eu tive que esconder minhas roupas, sapatos mais sensuais, além das joias para que ela não suspeitasse de nada. É um jogo delicado que estou jogando, e a pressão está aumentando a cada dia. Preciso encontrar uma maneira de equilibrar minha vida, meus estudos e meu trabalho de acompanhante, mas parece que a tarefa está se tornando cada vez mais desafiadora.
Espero que eu consiga superar essa fase difícil e encontrar uma solução que me permita seguir adiante sem levantar suspeitas. Por enquanto, vou me organizar melhor para evitar que essa situação se repita.
Encerro esse registro no diário com um peso no coração, mas também com a determinação de enfrentar esses desafios de frente.
Estou com sono, até amanhã, querido diário.
Fernanda.
Diário de Fernanda — Sexta, 21 de dezembro de 2007
Querido diário,
Hoje foi um daqueles dias em que o destino decidiu me surpreender. Enquanto descia de elevador após ter atendido um cliente no hotel Mercury, o elevador parou no quinto andar, entrou um homem alto, magro, uniformizado que superava minha estatura. Só tinha nós dois. Ele tinha olhos verdes e um ar confiante e me fez sentir um pouco nervosa com sua abordagem direta. E ele fez um comentário intrigante, perguntando se eu era uma acompanhante. Minha resposta foi um sincero “sim”, e a partir daí nossa conversa tomou um rumo diferente.
Foi a primeira vez que alguém me aborda; perguntando se sou puta. Descemos juntos no saguão do hotel, e enquanto conversávamos. Percebi que Regis era um piloto de avião. Ele usava uniforme da (…). O piloto era casado, e tinha um olhar cativante que me intrigou. Ele me convidou para acompanhá-lo ao restaurante do hotel, onde continuamos nossa conversa de forma mais tranquila. Eu imediatamente me senti atraída por seu espírito aventureiro.
Minha vida como acompanhante me leva por caminhos imprevisíveis, e hoje não foi exceção. Enquanto bebíamos, conversamos sobre diversos assuntos, e o coroa mostrou um interesse estrutural por mim. Eu me senti à vontade ao seu lado. Sua atenção e admiração pela minha beleza me deixaram curiosa, mas também mantive minha cautela preservada.
Ao longo da conversa, Regis mencionou seu interesse em contratar meus serviços como acompanhante. Ele comentou que vinha de uma semana cansativa e que estava estressado. O piloto comentou que precisava de uma companhia e de um corpo sensual para tirar seu estresse.
Conversamos sobre os detalhes e chegamos a um acordo que parecia benéfico para ambos. Mas, eu estava com fome, passava das quatorze horas, o fiz pagar um almoço saboroso antes de subirmos para o quarto.
Ainda assim, a situação me deixa com sentimentos conflitantes. Por um lado, sei que meu trabalho envolve encontros como esse, mas por outro, o fato de ser bonita, me faz provar deliciosas refeições, e a sensação de estar em um ambiente exclusivo para poucas pessoas.
Após me alimentar, subimos juntos para o andar do seu quarto no hotel. Gentil, ele abriu a porta pedindo para que eu entrasse primeiro.
Meu primeiro pedido a Regis, ao entrar no quarto, foi para ir ao banheiro. Ele autorizou. No banheiro, tirei a roupa, da bolsa, peguei a escova e pasta dental. Tomei uma chuveirada escovando os dentes.
Depois de um banho rápido. Passei creme no corpo e decidi me trocar antes de continuar o programa. Coloquei um conjuntinho de lingerie vermelha bonita e sensual que valorizou meu corpo. Prendi o cabelo e dei uma ajeitada na maquiagem, sabendo que aquilo seria apenas o começo do que estava por acontecer.
Ao retornar para os aposentos, encontrei Regis sentado no sofá, esperando por mim. Me aproximei lentamente. Ele ofereceu-me uma bebida. Acabei pedindo vinho. Sentei ao seu lado enquanto me servia. Beberiquei dois goles, e deixei a taça na mesinha, deixando que minhas mãos deslizassem por seu corpo, iniciando uma sessão de carícias ardentes. Rapidamente veio um beijo com sabor de vinho tinto, uma saudação ousada que deixou claro o clima intenso que estava por vir.
A química entre mim e o piloto era envolvente, e a cada beijo trocado, parecia acender ainda mais a chama do pecado. Sem qualquer hesitação, desci até o chão ajoelhando em cima de uma almofada. Tirei suas calças, tirei o seu pau para fora e comecei a fazer sexo oral nele. Não engolia a saliva, deixava escorrer melando mais o pau do cliente. Peguei a taça que estava bebendo, com ousadia joguei um pouco de vinho em cima na cabeça do pênis e chupei desenfreadamente olhando para o piloto.
O tesão que envolvia aquele momento era impossível de resistir. Regis gemia, fazendo carinho. Ele correspondeu às minhas ações quando me tirou do chão. Me proporcionando o mesmo prazer naquela cama grande que viria a me chupar toda nessas carícias deliciosas. O piloto fez-me contorcer na cama, ele sabia onde exatamente beijar ou lamber.
Nos próximos instantes, nos rendemos a uma variedade de posições sensuais. Transei de quatro, ele começou pelo meu ânus após enfiar uma camisinha bastante lubrificada no pau, cavalgando em cima de mim em uma união que transcendia os limites da física.
Logo em seguida, eu de bruços, nessa posição, a pedido do cliente, tive que olhá-lo, um pout pot-pourri (boceta e anelzinho). Exploramos o papai e mamãe, Regis me comia com força, mas durou pouco. Ele gozou. Ficamos deitados lado a lado descansando da rapidinha.
Deu tempo de conversar e conhecer o cliente e suas histórias pelos ares, mundo afora. Ele é piloto há dezoito anos. Têm três filhos. Casado há vinte e um anos. A coitada da esposa deve ter chifres até no nariz, rs.
Começamos o segundo tempo em seguida. Mergulhados na intensidade do momento presente. As preliminares foi no 69 na cama. Mas o sofá e o banheiro foram testemunhas de nosso encontro proibido. Terminamos com ele ejaculando nos meus seios. Gostei da experiência do coroa, demonstrava ser um homem vivido que não tinha medo de aventurar se longe de casa.
Meu diário, não posso expressar em palavras a adrenalina e a satisfação que senti hoje. O encontro com Regis foi como uma montanha-russa emocionante, preenchido de prazer e desejos realizados. Sinto uma felicidade e um ímpeto vibrante. Vivemos uma aventura inesquecível, deixando nossas marcas na memória um do outro.
Amanhã é um novo dia e o mundo espera por mim, mas sei que esse encontro com o piloto ficará guardada como uma lembrança especial. Mal posso esperar para descobrir quais outras experiências curiosas cruzarão meu caminho.
Até breve, diário.
Com ousadia,
Fernanda
Diário de Fernanda — sábado, 22 de dezembro de 2007
Querido Diário,
Bom dia? — Amigo diário, você saberia responder essa pergunta? Qual é o segredo do feitiço das acompanhantes de luxo? E esse é o tipo de pergunta que dificilmente terei a resposta. Minha vida está tomando uma forma e não sei se estou preparada para enfrentá-la. Entrei nessa jornada para ganhar dinheiro, pagar minha faculdade, pagar o aluguel desse apartamento, mas com objetivo de comprar meu apartamento, quero ter carro novo, poder viajar, comprar o que der na telha sem ter que dar satisfação a ninguém.
Ontem aconteceu algo totalmente inesperado! Me encontrei com Stelio no hotel, o homem moçambicano que me contratou para ser o pior programa até hoje, mas, nesse começo, a atração entre nós foi instantânea.
Um aprendizado. — “Nunca julgue o livro pela capa. ”
22:30. — Cheguei ao hotel de táxi usando um look ousado, com uma blusinha vermelha, um casaquinho preto, minissaia branca e sandálias vermelhas, que deixavam minhas pernas à mostra. Assim que a mal-humorada da recepcionista me autorizou a subir para o terceiro andar. Dei três batidinhas na porta e aguardei, meu coração começou a bater mais rápido, ele demorou um tempo considerável para abrir a porta.
Ao abrir a porta, Stelio estava lá, me aguardando com a mão na calça, mexendo no monstrinho que habitava no meio das pernas.
Eu. — Oi, boa noite, sou a Lara, tudo bem?
Ele me cumprimentou com um beijo. Stelio, olhou para mim de cima a baixo, mostrou-se encantado desde o momento em que nos encontramos na porta. Sua admiração pela minha beleza era evidente em seu olhar.
O quarto não era grande, mas tinha sua sofisticação, cama grande, televisão de 42 polegadas, mesa com 2 cadeiras e duas poltronas brancas.
Conversamos rapidamente, sentados na beirada da cama, bebemos vinho para relaxar. Ele pagou o programa antes de começar, e um bônus de cem reais para o táxi. Guardei o dinheiro na bolsa. Não demorou muito para o desejo tomar conta do cliente em todos os sentidos, antes que eu percebesse, nossos lábios estavam colados novamente. A excitação tomava conta de nós dois. Ele tomou a taça da minha mão e a colocou no criado-mudo. As roupas foram tiradas num ritmo frenético, revelando nossos corpos ansiosos pelo prazer. Stelio era forte, um gigante em comparação a mim. Ele devia ter 1,90 de altura, preto, ombros largos, braços fortes, tatuagens tribais nos ombros, nas costas e pernas.
A cama do quarto se transformou em playground, onde ele explorou cada canto do meu corpo, e eu entreguei a toda essa loucura sem saber o que punha vir, sem saber o que o futuro me reservava.
As preliminares foram intensas, repletas de carícias apaixonadas. Chupei ele por um tempo considerável. O cliente fez da minha boca uma boceta, metendo nela até eu engasgar. Ironia do destino? Se isso não fosse trágico. Ontem recebi o melhor oral da vida. Stelio fez-me gozar, e sua boca ficou meladinha pela minha luxúria. Ele tinha beiços grossos, dentes branquinhos. Stelio até me apelidou de (Copinho de leite), pela textura da minha pele clara em comparação com sua pele escura.
A entrega nos levou a fazer amor no clássico 'papai e mamãe', nos unindo de uma forma tão íntima que parecíamos um só. Não foi fácil ter que suportar um homem com o dobro do seu peso. Seu desejo era tão avassalador que aos poucos perdia o controle, dominado pelo tesão que percorria suas veias. Stelio sem perceber, sua violenta penetração se tornou avassaladora, quase assustadora.
Em meio a investidas cada vez mais intensas, confesso, querido diário, que me senti perdida e desamparada. Não sabia como lidar com tamanha fúria que se misturava com o prazer do cliente. Meu corpo pulava, meu coração acelerava, e minha pepeca atacada por um tronco indomável, enquanto tentava encontrar uma solução para aquela situação desconfortável. A partir daí o programa foi azedando.
A pergunta é: Como controlar um homem com mais de 100 quilos em cima de você? — A resposta. Cravando às unhas nas costas até sangrar.
O moçambicano cerrou os dentes de dor, eu pensei que ele ia me dar um soco ou uma cabeçada. Stelio, diminuiu a intensidade da penetração.
Com sotaque português, Stelio. — “Rapariga (moça), você me feriu nas costas, não faça mais isso. ”
Caralho, eu fiquei com cara de boceta mal lavada — o cara só faltou me rasgar no meio, agora só porque dei alguns arranhões nas costas dele, ele reclamou? Fiquei puta da vida. Mas na hora nada disse, fiquei com medo do homem me bater, sei lá.
A intensidade do momento nos impulsionou a explorar outras posições, e logo me vi de quatro no sexo anal. Stelio me usava como uma peça em um jogo de xadrez, se movendo atrás de mim, com seus tentáculos, segurando nos meus seios e quadris. Era difícil escapar de seu domínio, da sua força, de seu controle absoluto. No entanto, uma faísca de rebeldia tomou conta de mim. Eu não podia simplesmente me deixar abater, mesmo diante de um homem tão enlouquecido pelo desejo.
Enquanto ele seguia suas investidas violentas contra o meu ânus, decidi dar um passo à frente. Firme como uma leoa, ergui meu olhar e enfrentei Stelio. Com voz audaciosa, pedi que ele encontrasse limites e equilíbrio em meio à nossa transa ardente. Mas, o moçambicano apertou meu pescoço. Pensei até em gritar e pedir socorro, mas nesses momentos, a gente não consegue raciocinar direito.
O anal se tornava cada vez mais poderosa e ardente, alternando entre movimentos suaves e intensos, enquanto nossos corpos se fundiam em um ritmo enlouquecedor. Foram os cinco minutos mais longos da minha vida. Enfim, Stelio gozou pressionando o pênis dentro, puxando meus cabelos. Ele usava camisinha, porém, tinha que certificar que não havia se rompido.
Querido diário, ontem experimentei uma ousadia e uma intensidade que jamais havia sentido antes. Quando Stelio me soltou, caí mole na cama, com a respiração acelerada e os olhos lacrimejando, completamente sem forças. Tinha ciência que um dia isso poderia acontecer. As meninas já haviam me avisado. Foi mais uma experiência de tantas outras, que ficará eternamente marcada em minha memória.
Ele ficou sentado ao meu lado e acendeu um cigarro de maconha. Stelio me ofereceu um trago, mas recusei fumar. Levantei da cama e fui ao banheiro. Quando me olhei no espelho, puta merda, amigo diário: maquiagem borrada, descabelada, corpo marcado por marcas de mãos, ele não me bateu, mas em compensação o que ele fez, gera a estup…
Stelio não tinha limites e audácia. Tomei um susto do caralho quando o negão invadiu o banheiro, urinou na minha frente e disse que, queria tomar banho comigo. Com medo de dizer não, fui com ele.
Eu pedi para Stelio maneirar na penetração que o meu corpo não era feito de borracha. Ele entendeu a mensagem e percebeu que não era preciso agir com tamanha força para atingir o prazer. Aos poucos, suas investidas violentas se transformaram em carícias intensas.
Posição em posição, nossos corpos se entrelaçavam, se moviam em perfeita harmonia enquanto nos entregávamos ao prazer que nos consumia. Eu contava cada segundo para Stelio gozar ou dar o horário e eu vazar do hotel. O moçambicano gozou no meu rosto, me lavei assim que terminou de gozar, saí do banheiro deixando ele sozinho. No quarto, coloquei a minha roupa com rapidez e vazei do quarto descalça, segurando as sandálias na mão, e a bolsa no ombro.
Querido diário, a noite passada me mostrou a importância de mantermos o controle, mesmo em meio as dificuldades. Aprendi que não devemos permitir que o tesão nos leve a perder a noção do que é certo e errado.
Vou, tirar férias, ficar em off vinte ou trinta dias, descansar e esquecer sobre a noite de ontem, àquele homem não toca mais em mim.
Que essa experiência me sirva de lição, querido diário, e que minha voz nunca se cale diante de situações desconfortáveis. Afinal, é através da coragem de nos impormos que encontramos o verdadeiro prazer.
Querido diário, feliz natal, ano novo, até ano que vem!
Fernanda.