Depois que Lê nos disse que os centros de energia de Claudia haviam sido desbloqueados, permitindo que a energia dela fluísse livremente, resolvemos contar tudo o que aconteceu, desde o início. Desde o desejo dela se exibir, depois na festa com o Dênis, a Pousada...e aí as cerimônias, então o caso estranho da suposta “Realidade alternativa”.
Leovani falou:
- Então, acho que a sua energia sexual, Claudia, estava em um nível alto , mas com roupas não circulava direito. A nudez permite que o fluxo de energia do corpo flua livremente, e você instintivamente passou a querer ficar nua. E fazer isso em público, com pessoas vendo, aumenta a excitação e consequentemente os níveis energéticos.
- E lá na Pousada?
- Alguém percebeu que sua energia era acima do comum, e resolveu convidá-la para participar do seu grupo.
- Para aproveitar a energia, e para que?
- Nem sempre as pessoas querem se aproveitar. Quem está mais adiantado no conhecimento esotérico muitas vezes deseja auxiliar os outros a se autodescobrir, a evoluir em vários níveis...
- Mas esse Estemir, ou Meister, me pareceu suspeito.
- Os Iniciados costumam passar por esquisitos... eu mesma sou considerada esquisita por muita gente.
- Isso é verdade. Mas e o lance da “Realidade Paralela”? Não pode ter sido apenas uma grande encenação?
- Encenações fazem parte das Iniciações. Geralmente, são a representação de antigos Mitos , que remontam a épocas muito anteriores às civilizações que conhecemos.
- Ah, como Atlântida e Lemúria...
- Isso. Mas podem ter havido outras civilizações, ainda mais anteriores.
Notei que, de alguma maneira, Lê estava tentando justificar as Ordens, as Iniciações...será que ela participava de alguma delas?
- Lê, falando sinceramente... você pertence a alguma dessas Ordens ou Irmandades?
- Ah, eu já entrei em algumas, fiquei um tempo, depois saí... eu não me acertei com uma boa parte delas, acho que não tenho disciplina suficiente para me manter em uma linha única de filosofia.
Naquele momento, minhas dúvidas aumentaram . Eu não sabia se poderíamos confiar em Leovani. Mas a massagem dela teve um efeito benéfico, tanto Claudia como eu estávamos nos sentindo muito bem, eu me sentia como se alguma coisa tivesse despertado dentro de mim, mas alguma coisa boa e muito intensa.
Minha esposa se adiantou, antes que eu pudesse questionar alguma coisa.
- Lê, essa massagem foi sensacional! Estou me sentindo maravilhosamente bem! Eu li que normalmente são deitas várias sessões...
- É verdade, amiga. Mas é que , nesses casos, as várias sessões seriam para desbloquear gradativamente os centros de energia. No seu...
- Ah, mas foi tão bom ! O que poderia dar errado se continuássemos?
- Querida, essa frase já diz tudo...”O que poderia dar errado?” Não parece com aquelas piadas que lemos na Internet?
- Ah amor...mas foi tããão bom...
- Lê, o que aconteceria se continuássemos com as massagens?- perguntei.
- Ah...bem...sinceramente, eu não sei !
- Como assim?
- Eu confesso que nunca vi nada parecido ! Eu aprendi a perceber e direcionar os fluxos de energia das pessoas, mas isto que aconteceu foi muito diferente! Parecia coisa de filme !
- Então, será que é por isso que essa gente está tão interessada em Claudia?
- Aiii, eu não sei mesmo! Isso provavelmente está em um nível bem acima da minha capacidade , não sei se devemos ir em frente.
- Aí estamos na mesma. Também não sabemos de é prudente avançar nessa senda.
O quarto em que estávamos parecia ter sido impregnado com parte daquela energia. Leovani falou:
- Acho que vocês reservar este quarto exclusivamente para as práticas esotéricas.
- E quem disse que queremos realizar práticas esotéricas? Claudia estava insegura. Como eu.
- Bom, para as massagens, meditação, talvez outras coisas.
- Então você vai continuar com as massagens?
- Podemos continuar. Mas veja, estaremos tateando no escuro, talvez eu precise falar com alguém mais adiantado que eu nesses assuntos. Eu mantenho contato com um dos meus instrutores da Massagem Tântrica, ele deve entender bem disso.
- Mas ele é confiável?
- Creio que sim.
Durante os meus anos de trabalho, aprendi que dificilmente a gente pode “por a mão no fogo” por alguém, ou seja, confiar completamente. Mas era isso ou cair nas mãos de Hector e Grasi, ou Meister e Nguvu.
Marcamos a nova sessão de massagem para a semana seguinte, no mesmo horário, e já deixamos o quarto arrumado e devidamente fechado. Como já era noite alta, convidamos Leovani para jantar conosco, fizemos uma refeição leve. Depois, ela foi para sua casa, e fomos dormir. Claudia dormiu logo, e em minutos estava em sono profundo. Também pudera, após tantos orgasmos...já eu parecia completamente “aceso”, como se aquela energia, em grande parte, tivesse entrado em meus próprios centros psíquicos. Seria esse o objetivo dos Mestres lá do mosteiro, absorver essa energia para alguma finalidade? E...será que eu mesmo poderia usar essa energia, esse poder, para fazer alguma coisa útil, ajudar alguém, sei lá?
Procurei relaxar e tentar dormir. Tive sonhos muito estranhos, com Templos muito antigos, rituais estranhos, orgias ritualísticas... Deusas e Deuses, como os das Mitologias de várias culturas, mas todos conversando entre si, como se não houvessem várias religiões antigas, e sim uma Grande Religião, que englobava tudo.
Claudia acordou bem disposta, e já foi falando:
- Acho que devemos parar de ir à Pousada, parar de ter contato com Hector e Grasi, enquanto faço as massagens com a Lê e estudamos esse assunto . Assim, talvez a gente consiga entender melhor as coisas antes de aceitar fazer uma Iniciação em uma Ordem sobre a qual não sabemos praticamente nada.
Concordei. Só que aqueles veículos suspeitos continuaram a aparecer. De vez em quando, tocava o telefone e quando a gente atendia, a ligação caía. Mas podia ser telemarketing.
Liguei para a empresa que fazia a segurança da nossa casa, avisando sobre esses veículos suspeitos, pedi que conversassem com essas pessoas para ver se moravam ali, e, se não moravam, o que estariam fazendo. Aparentemente, funcionou, porque o carro de luxo e a moto não vieram mais.
No dia seguinte, havíamos marcado para que dois jardineiros viessem cuidar do jardim. Um deles, o João, também fazia serviços gerais, como trocar telhas quando necessário, já que era baixinho e magro, assim era difícil que alguma telha quebrasse com seu peso. Claudia ficou em casa para orientar os dois, enquanto fui trabalhar. Claro que eu acompanhava tudo pelas câmeras de vídeo. Embora ela tivesse dito que não estava a fim da tal Iniciação, eu sabia que ela continuava a fim de se exibir. E eu estava curioso para saber se ela iria ficar pelada na frente dos jardineiros.
Nem precisei esperar muito. Vi os dois rapazes chegarem no portão e tocarem a campainha. Claudia estava enrolada em uma toalha, como se tivesse recém saído do banho, inclusive com os cabelos molhados. Ela abriu o portão de fora e em seguida o portão da garagem, com o controle remoto. Uma vez dentro, os dois olharam espantados. Claudia se justificou:
- Ah, desculpem! Eu havia terminado meu banho e ouvi a campainha...mas podem ir entrando, podem começar pelo quintal nos fundos, e depois que terminaram, passem para o jardim... podem vir.
Depois, ela me contou que ficou toda arrepiada quando sentiu os olhares dos jovens sobre ela. Ela os acompanhou até o quintal, que tem muros altos, é o lugar onde ela costuma tomar banho de sol nua. Quando chegaram lá, ela disse:
- Fiquem à vontade. Vou me vestir e daqui a pouco volto para ver como tudo está indo, se precisam de alguma coisa...
Ela se virou , e “acidentalmente”, a toalha enganchou na maçaneta da porta, caindo ao chão. Os dois jardineiros olharam estupefatos para minha esposa, completamente nua, de costas, a bunda perfeita totalmente exposta.
- OOOOHH!
Claudia ficou com o rosto vermelho, a pele toda arrepiada e os mamilos bem duros, revelando sua excitação. Ficou um pouco parada, depois pegou a toalha. Quando se abaixou para pegá-la, os rapazes tiveram uma boa visão da bucetinha totalmente depilada. Mas em seguida, ela foi rapidamente para o quarto e fechou a porta. Como nos quartos e banheiros não há câmaras, tive que esperar. Pensei em ligar para ela, mas preferi resolver alguns assuntos de trabalho.
Lá fora, os jardineiros estavam trabalhando e conversando, mas pelas expressões deles eu vi que estavam falando sobre o que haviam visto há pouco. João parecia estar advertindo o colega, com certeza dizendo que, se eles se engraçassem com Claudia, perderiam o trabalho que realizavam costumeiramente.
Mais um pouco, e Claudia apareceu no corredor, com um vestidinho curto. Certamente sem nada por baixo. Foi até a cozinha, onde pegou uma garrafa de suco e dois copos, para oferecer aos rapazes. Eles agradeceram e beberam, em seguida voltaram a trabalhar.
Quando terminaram o quintal, foram até o jardim, na frente. Claudia ficou dentro de casa, arrumando algumas coisas. Algum tempo depois, vi João batendo à porta, e Claudia foi ver o que era. O rapaz apontou para um ponto do outro lado da rua, e cochichou algo no ouvido dela. Minha esposa pareceu assustada, imediatamente pegou o celular e me ligou.
O que poderia ser?
CONTINUA