PARTE 5 - CLAUDIO
Porra, Porra, Porra...
Que caralho de vida.
Como eu fui burro.
Entro na minha casa e nada do meu pai, na mesa da cozinha encontro um pedaço de papel escrito "sai para arrumar trabalho".
Eu já conheço o processo, ele sai de manhã, não encontra nenhum trabalho e volta para casa, tarde da noite, caindo de bêbado.
Ate ai, nenhuma novidade, dou um suspiro. Abro a geladeira e ela esta vazia, vou ter que sair para comprar comida.
Penso no dinheiro que ganhei trabalhando no quintal do Senhor Lopes, eu queria guardar para comprar um presente para Dona Cida, seu aniversario esta chegando, mas talvez tenha que gastar uma parte com comida.
Merda, vou deixar isso para depois. Eu fui embora da casa do Marcelo falando que tinha trabalho para fazer.
Covarde.
Então resolvo cumprir com a mentira. Saio de casa e vou para casa do senhor Lopes.
Bato na porta e espero Dário venha me atender.
- Chegou cedo, gost... - Ele começa a dizer, mas para.
- Estava me esperando? - pergunto parado na porta.
- Oi Claudio, entra. Veio fazer o que aqui?
- Vim ver o quintal, acho que posso colocar fogo no mato.
- Ah sim - ele fecha a porta da casa - pensei que tinha vindo colocar fogo em outra coisa.
- Não começa garoto, agora sou funcionário do seu pai.
- Fiquei sabendo, e isso pode ficar ainda mais divertido. - ele diz ficando de costa para mim e arrancando sua blusa.
- Ai meu saco, por que hoje todo mundo ta tirando a blusa pra mim?
- Como é? Quem mais tirou a blusa para você?
- Deixa quieto. Vou lá no quintal ver o mato.
- Não, espera, serio - Dário coloca sua blusa de volta no corpo. - O que foi? Pode falar comigo, eu sou assim, meio doido, mas pode confiar.
- Hum... - Porra, eu ia confiar? Inferno - É a Clara.
- Que Clara?
- A namorada no Marcelo.
- E o que tem? Ela não gosta de você e esta interferindo na sua amizade como o seu gêmeo gostoso.
- Não, e não chama o Marcelo de gêmeo que ele não gosta. A Clara me beijou hoje.
- Eita, conta o que aconteceu...
Eu estava jogando videogame com o Marcelo no quarto dele, enquanto Clara usava o computador. Dona Cida grita chamando meu amigo para ajudar o pai que tinha acabado de chegar.
- Agora que vai ser fácil ganhar mesmo - Eu falo zoando, quando Marcelo entrega o controle do videogame para Clara e vai saindo do quarto.
- Sonha, vou te dar uma surra - Clara me responde.
Clara joga bem, eu sei que ela é uma ótima adversária, nós já jogamos esse jogo antes. Mas ela esta meio distraída e acaba perdendo.
- Falei que seria fácil.
- Não quero mais jogar - Clara coloca o controle no chão e faz bico igual criança.
Eu fico rindo da cara dela e provocando, então quando vou ver, ela esta em cima de mim.
- seu besta, você vai ver só.
Clara começa a me atacar, tentando me bater, lógico que não de verdade, dava para ver que era só brincadeira, então eu fico de defendendo e rindo ainda mais, o que me desconcentra e a deixa com certa vantagem.
Quando finalmente eu consigo segurar seus braços, ela para, nossos corpos estão se encontrando em varias parte, mas eu nem percebo na hora, era só brincadeira.
Foi o que eu achei, ate que Clara abaixa a cabeça e me beija. Seus lábios são gostosos e eu a deixo me beijar. Eu solto seus pulsos e ela se afasta e começa a tirar a blusa.
- Espera. O que esta fazendo?
- Ficando mais a vontade.
- Não. - eu digo me afastando - Clara, você é namorada no Marcelo. O que aconteceu aqui não é certo.
- Mas você vive falando que me quer, pra eu largar ele e...
- Clara, isso é brincadeira, é pra implicar com o Marcelo, é só pra zoar - Digo olhando para ela - desculpa. O Marcelo nunca ligou por saber que é brincadeira e eu pensei que você também soubesse. Foi erro meu. - Clara ficou me olhando - Agora eu tenho que ir embora.
- Claudio - ela me chama e segura minha mão - por favor, não conta pro Marcelo, ele não vai me perdoar.
- O erro foi meu, eu não devia brincar com você.
Porra, Porra, Porra...
Que caralho de vida.
Como eu fui burro.
- Você vai contar para o gêmeo? - Dário me pergunta.
- Eu não vou atrapalhar o namoro do Marcelo, ele me disse hoje que é apaixonado por ela. Além disso o errado sou eu, sempre sou eu.
- Claudio...
- Não, agora eu tenho mesmo que ir ao quintal ver o mato.
Eu saio pela porta da cozinha antes que Dário falasse mais alguma coisa. O mato ainda não estava bom para colocar fogo, mas mesmo assim, coloco.
Eu fico sentado ali no quintal, vendo o fogo pegar e fico pensando na minha vida. O colégio estava quase no fim, depois eu poderia arrumar um emprego em tempo integral e cuidar melhor da minha vida. Me afastar do Marcelo iria doer, mas seria preciso, ao menos por algum tempo.
O fogo vai comendo aos poucos o mato, cansado de ver isso, resolvo entrar e me despedir de Dário.
Entro na casa, mas ele não esta no andar debaixo. Talvez tenha desistido de me esperar e resolveu ir para o seu quarto.
Penso em ir embora, mas tenho que pedir para que ele não contasse o que eu disse para ninguém, então subo as escadas e vou ao seu quarto.
Antes de entrar, escuto uns gemidos vindo lá de dentro, será que esse puto estava se masturbando?
Em silêncio, vou em direção ao seu quarto, a porta estava aberta e Dário estava com o rabo virado para porta.
Mas não estava sozinho, eu não sabia quem era, mas tinha um corpo nu em cima da cama, suas pernas abertas e Dário entre elas, chupando seu pau.
A cena me fez lembrar que ele estava assim comigo apenas um dia atrás. O puto movimentava a cabeça, subindo e descendo, mas o que me chamava mesmo à atenção era aquela bunda.
Eu fiquei imaginado como seria provar aquela bundinha, meu cacete foi ficando duro. As poucas garotas que fiquei tinham frescura para dar o cuzinho, nem eu insistia, estava mais que feliz por estar conseguindo uma bucetinha. Agora vinha varias coisas na minha mente ao ver o Dário se movimentar.
- Que boquinha gostosa... Não vou me cansar nunca dela... chupa mais, vai... - diz rapaz sendo chupando.
Ele se mexe, se apoiando mais na cama e me olha. Era o mesmo que eu tinha visto no banheiro da escola com Dário. Alex.
- Hum, acho que temos platéia - Ele diz e coloca a mão na cabeça do garoto, empurrando a boca dele de volta pro seu pau - Você é um dos gêmeos do terceiro ano que o Dário tanto fala, né?!
Dário tenta levantar a cabeça outra vez, mas Alex não deixa e o prende entre suas pernas, sem deixar que ele parasse de chupa.
- Sou o Claudio, e você esta quase sufocando ele. - eu digo entrando quarto.
- Que nada, ele gosta disso - o garoto abre um sorriso safado - só não estendo a mão porque ela esta ocupada no momento.
- sem problema - Alex olha para mim e seus olhos param no volume marcante do meu short. - Hum, não vim atrapalhar, era só para avisar pro Dário que eu já terminei, agora to indo.
- Fica cara, podemos dividir o lanche.
Não falo nada, apenas saio do quarto, mas paro na porta e vejo Alex ainda segurando a cabeça de Dário e fodendo com rapidez a boca dele.
Desço a escadas pensando que eu precisava urgentemente transar. Primeiro a Clara me agarrando e agora o Dário fodendo na minha frente.
Fui direto para casa, meu pai ainda não tinha chegado, entro no banheiro e ligo o chuveiro e vou tomar banho. A imagem da Clara vindo para cima de mim e me beijando invade a minha mente quando estou debaixo d'água.
Depois começo a lembrar do cuzinho de Dário, virado para mim, eu seguro meu cacete e começo a movimentar minha mão.
Lembro do Alex com a mão na cabeça de Dário, enquanto fode a boca dele com vontade. Então me imagino atrás do Dário, enquanto Alex fode, eu me imagino colocando meu cacete naquele cuzinho, meu pau sendo apertado dentro do garoto e eu me movimentando.
A Clara volta para minha mente, seu beijo foi tão bom, fecho os olhos e sinto aquele beijo. Meu cacete ta explodindo na minha mão, quando abro os olhos, percebo que não é a boca de Clara que eu estou imaginando e sim do Alex, um pouco antes dele dizer: "Fica cara, podemos dividir o lanche". Eu gozo na minha mão.
O final de semana chega e eu evito Marcelo o tempo todo. Não consigo olhar meu amigo, sem me sentir culpado. Na segunda eu começo com o trabalho na academia do Senhor Lopes, então uso o emprego como desculpa durante toda a semana.
Também evito o Dário, preciso me focar no emprego e não em ficar pensando no cuzinho do filho do meu chefe. Quinta-feira no colégio, na hora da educação física, fico esperando o Marcelo escolher entre futebol ou vôlei, quando ele opta por vôlei, eu vou pro futebol.
Finjo que não percebo a cara que o Marcelo faz e corro pro campo, eu jogo a primeira partida, mas meu time perde e vamos pro banco. Enquanto espero minha vez de jogar de novo, sinto uma pedrinha bater em mim. Procuro quem me tacou e vejo Dário do lado de fora da quadra me chamando.
Penso em fingir que não vi, mas ele ia acabar chamando a atenção dos outros, então vou ate ele.
- O que foi? – pergunto de cara fechada.
- Preciso te mostrar uma coisa.
- Estou sem paciência para brincadeira Dário.
Viro para voltar para o banco, mas ele passa a mão pela grade da quadra e segura meu braço.
- É serio.
Olho para ele e percebo que ele não esta brincando.
- ta ok, o que é?
- Vem, me segue.
- Se você estiver inventando alguma coisa para me agarrar...
- Claro. Você é tão gostoso que o meu fogo no rabo não aguenta.
Não o respondo, apenas peço para que me espere e vou para saída da quadra, o encontro parado no mesmo lugar e começo a seguir ele.
- Que lugar é esse? – pergunto quando ele para de andar, Dário faz sinal de silêncio e aponta para porta.
Minha paciência estava esgotada, se ele me tirou da aula para algum joginho, ele ia ver. Eu abro a porta devagar e não acredito no que vejo
– Caralho!
CONTINUA...