A Cueca de Fernando

Um conto erótico de Grimes
Categoria: Homossexual
Contém 1863 palavras
Data: 13/10/2020 23:47:03
Última revisão: 13/10/2020 23:59:04

Quando deu três horas da madrugada, meu relógio biológico tremeu em minha mente e eu despertei. Nunca entendi o porquê de sempre acordar nesse mesmo horário todos os dias. Por muito tempo encarei isso de uma maneira incômoda, quase que como um castigo de algum ser superior que por alguma picuinha decidiu colocar esse fardo sobre mim, mas quando passei a morar com meu irmão e sua esposa, reformulei meus pensamentos sobre essa possível praga celestial. Uma situação desconfortável, deu lugar a uma forma de prazer. Não sei a razão, e obviamente nunca tive interesse de saber o motivo, mas Fernando e Marieta tinham um horário certo para ter suas relações conjugais que, por pura coincidência, “começavam” às três horas. Começavam entre aspas porque eu nunca tive certeza se era nesse horário que eles realmente iniciavam a sua transa ou se era apenas uma pausa entre um sexo e outro, mas saber sobre isso não me interessava, o que importava era que de alguma forma estávamos todos conectados a esse horário tão místico.

Eles trepando e eu acordando.

Nas primeiras noites, confesso que era muito estranho perceber aquilo que acontecia a poucos quartos de distância. Por mais que eles não fizessem tanto barulho, saber que meu irmão estava transando era uma ideia bem desgostosa para mim. Pegava meus fones, conectava-os ao meu celular, ligava o Spotify, colocava o volume no máximo e apenas implorava pra que eles terminassem logo com aquele ato. Até que minha visão sobre tudo aquilo foi mudando aos poucos.

E do nojo surgiu a excitação.

Certa noite, em que eu acordei com um tesão dos infernos, coisa comum, o ritual deles se iniciava. Não sei bem ao certo a razão de não ter pegado meus fones naquele dia. O que sei é que eu não queria ignorá-los. Fiquei imóvel, apenas recebendo as pequenas vibrações perceptíveis que saiam do quarto deles. Os sons, quase que rarefeitos, iam chegando até mim e por alguma razão meu pau foi ficando duro até o ponto que tive que bater uma punheta para eles.

Nesta madrugada, as coisas estavam acontecendo da mesma maneira de sempre. Eu escutava-os conversando, sabe se lá sobre o que, já que pela distância tudo o que eu ouvia eram murmúrios baixíssimos, até que os barulhos característicos da ritualística começavam. Nos primeiros momentos, sempre quem dava as primeiras arfadas de ar era Marieta, o que, na minha mente criativa e pecaminosa, criava imagens de Fernando chupando a sua buceta ou enfiando alguns dedos naquele órgão que em pouco tempo receberia o pau do meu irmão. Outro sinal logo começa a reverberar pela casa e passo a escutar o ranger tão característico da cama daquele casal, mais imagens surgem na minha mente e consigo quase que ver Fernando socar sem pena naquela mulher. Até que Fernando passa a soltar os seus discretos sons, que eu não consigo nem considerar como arfadas de ar e muito menos como gemidos, são quase que grunhidos, na falta de uma palavra mais adequada para representação. É nessa hora que me excito de verdade. Pouco me importa escutar, imaginar e criar representações de Marieta tendo prazer. Ela é uma figura necessária, pois, sem ela, a situação em si não aconteceria, mas ela é apenas um instrumento condutor que me leva ao que eu quero, que é imaginar meu irmão no seu ápice de prazer, contorcendo-se, suando e grunhindo naquele momento tão íntimo.

Fernando pode estar fodendo Marieta, mas na minha mente, ele me fode.

Seus grunhidos passam a ser mais rápidos e incisivos. Passo a imaginar que ele faz aquele seu som tão característico bem próximo ao meu ouvido, enquanto passo minhas mãos por todo o seu corpo encharcado de suor e pecado. Olho em seus olhos e sei que ele me ama, não apenas como seu irmão, mas como seu homem.

Continuo a me masturbar dentro desse mar de pensamentos e deixo ser levado por esses sentimentos que vibram dentro de mim. O casal ao lado atinge seu clímax e vão dormir. Eu, no entanto, não consigo pregar meus olhos e sei que não posso fazer isso, até porque minha madrugada de prazer apenas acabou de começar. Chego bem próximo de gozar, mas paro. Não quero acabar com essa sensação agora. Solto meu pau, deixo ele ir perdendo vida aos poucos e espero.

Já são quase 4:15 da manhã, em pouco tempo eles precisarão sair para trabalhar e espero calmamente esse momento chegar. As horas vão passando com uma lentidão impressionante. Assisto qualquer coisa na Netflix, mas sem conseguir focar no que vejo. Apenas desejo que os celulares deles apitem seus alarmes para que acordem e, assim, eu possa dar continuidade ao meu plano, que não é a primeira vez que ponho em prática, mas, ainda assim, deixa-me nervoso e excitado como se fosse. Finalmente seus despertadores tocam e a excitação aumenta ainda mais. Meu pau, que a todo custo tentei deixar mole, ganha vida mais uma vez, mas, dessa vez, não tento desanimá-lo.

Eles são rápidos, em pouco tempo já estão saindo para o trabalho. Espero mais alguns minutos, até porque não posso me dar ao luxo de ser pego caso algum deles tenha esquecido algo, e, depois de 20 minutos, levanto-me da cama e saio do meu quarto. Por mais que já fosse quase 6:30 da manhã, e a luz do sol começasse a entrar pelas janelas da casa, meu espírito ainda estava preso à madrugada. Vou fechando todas as cortinas da casa. Quero ignorar e tirar todos os rastros possíveis da manhã, ainda é madrugada, ainda é noite. Depois de deixar a casa escura, não tanto o quanto eu gostaria, mas escura, ando até a porta do quarto de Fernando. Toco a maçaneta e um arrepio percorre meu corpo, vindo desde meus pés, passando pelo meu pau duro como uma pedra, indo até meu cérebro, que começa a liberar doses cada vez mais intensas de ocitocina ao meu corpo, fazendo com que toda minha estrutura trema perante aquilo que farei.

Entro no quarto.

Está tudo muito escuro, pois a cortina grossa e espessa está fechada. Não ligo as luzes, apenas pego a lanterna do meu celular e começo a procurar o meu objeto de desejo: uma cueca usada de meu irmão. Vou até o cesto de roupa suja, com a luz tremeluzindo, e procuro alguma peça intima de Fernando, mas, para minha surpresa, não encontro nenhuma. Mexo mais uma vez o recipiente, dessa vez com mais atenção, mas o resultado ainda é o mesmo. Já estava brochando e quase perdendo as esperanças quando lembrei que talvez alguma cueca dele ainda estivesse no banheiro. Vou até o cômodo, a luz já nem tremia mais, olho para as paredes e vejo em um dos ganchos para colocar roupa o que eu tanto queria. Meu coração se acelera de novo e sinto a excitação voltar ao seu ápice com a minha descoberta. Pego a cueca, dou uma forte aspiração na região onde ficaria o pau de Fernando e arfo de prazer ao sentir o cheiro forte do meu irmão. Cheiro esse que já estou praticamente me acostumando a sentir, de novo. Quando éramos menores e ainda morávamos com nossos pais, as vezes eu dava sorte de encontrar alguma cueca dele, quase sempre manchada de porra, o que fazia com que instantaneamente minha língua fosse parar sobre aquela marca de gozo já seco. No entanto, com a vida de casado, nunca mais encontrei marcas de prazer em suas roupas intimas, mas aquele suor e o cheiro de resto de mijo que eu sentia eram suficientes para mim. Peguei a cueca e estava levando-a para o meu quarto, quando tropecei em algo que não vi e caí por cima do cesto de lixo do banheiro. Por sorte não tinha muita coisa a ser recolhida, apenas uma embalagem de pasta de dentes, outra de sabonete, até que quando levanto essa última, vejo algo que eu não esperava.

Uma camisinha usada.

Se antes eu estava excitado, agora nem sei dizer o que sentia. Olhei para a cueca de meu irmão e a coloquei de volta ao gancho. Não precisarei mais dela. Pego aquela camisinha com cuidado. Só de pegar nela quase gozei ali mesmo. Mas não podia, tinha que aproveitar ainda mais aquele momento único que eu estava prestes a viver. Solto meu pau para evitar de esporrar ali mesmo e com as duas mãos vou tentando desfazer o nó do objeto. A sorte está ao meu favor, mais uma vez, pois o nó não estava tão bem feito assim. Pego a camisinha e a levo ao meu nariz. Pela primeira vez, eu estava sentindo o cheiro da porra do meu irmão, não através de uma cueca, mas o seu cheiro real, puro, branco e leitoso. Desligo a lanterna de meu celular, coloco-o sobre o vaso sanitário, ando até o box do banheiro, entro e fecho a porta. Faço tudo isso sem tirar do meu nariz aquele objeto. Sento no chão, naquela escuridão, e deixo-me levar pelos sentimentos mais pecaminosos e heréticos de minha mente. Em um impulso, enfio meu indicador naquele gozo grosso e quando tiro meu dedo, permito com que minha língua sinta o gosto que o prazer fraternal pode oferecer. Enfio mais uma vez e dessa vez passo por todo meu rosto aquele líquido pastoso. Eu deliro de prazer. Quando sinto que não aguento mais e que vou gozar mesmo sem estar tocando meu pau, coloco toda a borda da camisinha em minha boca e aos poucos vou virando-a. Sinto a porra de meu irmão tocar minha boca e, agora, em grande quantidade, sinto o gosto adocicado que a porra de Fernando possui. Vou bebendo todo aquele líquido, ávido de sentir ele escorrer por minha garganta, e gozo de uma maneira que nunca gozei antes. Minha porra bate quase na altura de meu pescoço, não apenas um, nem dois e nem três, mas cinco jatos de porra.

Tiro a camisinha de minha boca e a coloco ao meu lado. Paro, fico sentado na escuridão daquele box, ainda arfando com a minha inesperada empreitada. Rio. Penso no quanto minha atitude seria condenada pela sociedade, penso no que aconteceria se Fernando me pegasse fazendo aquilo, penso em uma foto minha espelhada na TV em algum programa sensacionalista com a chamada dizendo "Homem espanca irmão por vê-lo beber sua porra de uma camisinha usada" e rio ainda mais. Pego a camisinha e a coloco em um canto do box do banheiro e tomo uma ducha bem relaxante. Por sorte, mais uma vez, Fernando sempre deixa sua toalha dentro do banheiro, pego-a e me enxugo. Ligo a luz do banheiro, não me importa mais a claridade, a madrugada já acabou. Pego a camisinha e devolvo-a ao lixo, pego meu celular e vou para meu quarto. Penso mais uma vez em tudo que fiz nesse breve inicio de dia e chego à conclusão de que talvez acordar às três da manhã não fosse uma praga de Deus, mas sim um presente de Satanás.

Durmo!

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