Eu havia sussurrado no ouvido de Gwen.
Terminamos o almoço, e voltamos para o quarto, com Nguvu nos seguindo.
“- O que você cochichou para ela? ” Regina perguntou.
“- Eu conto se você contar qual é o trabalho de magia que precisa dos ‘membros’...”
“- Ah, se eu contar perde a força”
“- E se eu contar, perde a surpresa.” Ela fez um beicinho.
“- Não precisa ter ciúme, aliás eu é que deveria ter.” Ela ficou curiosa.
“- Bom... talvez tenha a ver com o Wolfe”
“- Não...neste caso não.”
Ela pareceu ficar menos enciumada.
Chegamos ao quarto e Regina, para me provocar, fez o Sub sentar na cama, e sentou no colo dele.
Ele a abraçou por trás, a gaiola de castidade roçando a bucetinha dela.
“- Não vai me contar o que cochichou com a Hawke?”
“- Ah, aí vai estragar a surpresa... e se você ficar aí se esfregando nele, eu cancelo tudo.”
“- Epa. Chantagem...” Ela saiu do colo de Nguvu.
“- Pode sentar na poltrona, Sub.”
Ela se deitou do meu lado, me abraçando e colocando a coxa sobre a minha.
“- Ai amor, você sabe que sou curiosa.”
“- Daqui a pouco, vamos saber se deu certo.”
Ficamos nos acariciando. Naquela posição, Nguvu ficava olhando com vontade a bunda de minha esposa.
Então, ouvimos um barulho na janela. Levantei rápido.
“- O que é?” Regina perguntou.
Era a forma alada de Hawke. Com seus olhos de falcão, ela havia localizado a chave que eu havia jogado pela janela. Ela deixou a chave no parapeito, e voou.
Peguei a chave e entreguei a Regina.
“- Então era isso!! A chave da gaiola do Sub... obrigada!!”
Regina me beijou apaixonadamente. Imaginei que ela iria imediatamente abrir a gaiola de castidade e aproveitar o caralhão de Nguvu.
Ele foi se levantando, alegre, e indo em direção a Regina.
“- Calminha aí, Sub!! Ela falou. Nem vem. Eu falei que cada vez que você tocasse meu cuzinho com o dedo seria um dia a mais com a gaiola. E eu contei as vezes.”
Ele fez uma cara... entre raiva e decepção.
Regina pegou a coleira no meu bolso, prendeu a chave nela, e me beijou de novo, grudando no meu braço.
“- Que bom que você confia em mim! E desculpe por eu ter ficado brava pelo cochicho no ouvido da Gwen...mas você deu uma lambidinha, eu vi.”
“- E você beijou o Sub na boca...” Ela riu.
Nguvu ficava pegando na gaiola e olhando para minha esposa. Mas ela nem estava dando bola.
Regina, já recuperada da nossa sessão de sexo, colocou sua coleira ( agora com a chave da gaiola de Nguvu presa a ela ), a pulseira e a tornozeleira, e me falou:
“- Vamos até o Salão Vermelho, quero ver quem está lá, aí eu falo sobre o primeiro ritual.”
Fomos andando. Como havia sido dito antes, nosso quarto deste lado do Castelo era bem perto do Salão Espelhado, e também do Salão Vermelho.
Chegamos ali, e Regina determinou que Nguvu ficasse sentado em uma cadeira do lado de fora do Salão Vermelho.
“- Sub, você não é membro da Irmandade Vermelha, aguarde aqui.” Ele se sentou, obediente.
Entramos e encontramos o Dr. Heller e Mestre Price. Obviamente, fomos muito bem recebidos.
“- Bela Regina e Número Um!!! Sintam-se à vontade, esta é sua casa, afinal...” Price disse.
“- Vejo que se recuperou bem, Regina...” Heller falou.
“- Ah, muito obrigada, Doutor! Estou novinha em folha...mas eu gostaria de fazer um ritual que irá ajudar a esclarecer algumas coisas...”
“- O que, Bela Regina?”
“- Eu o chamei de ‘Ritual da Verdade’. Eu havia estudado alguns rituais anteriores, e fiz algumas mudanças...” Ela mostrou uma sequência de gestos, passes, com o uso da energia sexual. O objetivo era que a parte passiva , que recebia a energia, passasse a responder apenas com a verdade as perguntas feitas.
“- E precisa mesmo tudo isso? O ritual não poderia ser mais simples?” perguntou Heller.
Ela respondeu:
“- Um Ritual é feito para causar uma impressão visual, psicológica, mental e astral... e claro que coloquei umas coisinhas aqui e ali para apimentar um pouco, afinal a Irmandade é sexual, não?”
“- Realmente... e é muito interessante, Regina ! Mas quem terá que falar a verdade?”
“- Nguvu.”
“- E se ele recusar?” Heller perguntou.
“- Não pode, ele fez um acordo que seria meu ‘Sub’ e eu sua ‘Domme’ em frente a dois monges.”
“- Mas por essa eu não esperava! Você planejou isso desde o início?” Price falou.
“- Eu já falei a vocês antes...eu não fiquei só dando a bunda todo esse tempo...”
“- Assim, ficaremos sabendo das reais intenções dele...isto se o Ritual funcionar.”Eu disse.
“- Deve funcionar, eu sinto que vai dar certo.”
Essa me surpreendeu. Regina havia criado um Ritual que faria Nguvu revelar o que realmente havia acontecido nas ocasiões onde era suspeito de tentar ferir ou matar Regina e a mim...
“- Então, podemos fazer hoje à noite?
“- Creio que sim”, disse Mestre Price, “- Podemos fazer antes da nossa Reunião ...”
“- Tem Reunião periódica aqui?”
“- Ah sim, claro que tem, são reuniões semanais, eu só não os havia convocado porque achei que Regina estaria se recuperando de toda aquela sequência extenuante de rituais sexuais... eu mesmo fiquei bem cansado...” Price falou.
“- Mas então, vamos fazer. E também estou curiosa para saber como são as reuniões...preciso ir ao Salão Espelhado me arrumar. Eles arrumam homens lá também?”
“- Claro, por que?”
“- O meu Sub vai ter que ser bem preparadinho, quero ele bem arrumadinho para o meu Ritual.”
“- Espero que não dê confusão...” , eu falei.
“- Ah... e depois tem um outro... um trabalho de Magia... mas vou precisar que todos vocês topem.”
“- Todos nós?”
“- Depois, na reunião, eu conto...” Ela riu.
“- Você tem ideia do que ela quer aprontar conosco, Número Um?” Heller perguntou.
“- Não... mas se ela está junto, sempre é bom... “ falei.
Os dois concordaram com a cabeça.
Saímos dali, e deixei Regina e Nguvu no Salão Espelhado. Ela tirou a coleira e a tornozeleira, ficando apenas com a pulseira de rubis, pediu que eu cuidasse bem. Certamente, desconfiava de Nguvu. Ela poderia cochilar enquanto as moças estivessem fazendo seu cabelo, manicure e pedicure, e ele poderia surrupiar a chave. Melhor não arriscar.
No quarto, voltei a ler o livro que Hawke me emprestara, com a história completa da Irmandade Vermelha.
Eu me perguntava por que havia apenas homens, e de repente aceitaram Regina. E por que não Hawke?
O livro explicaria, mas era algo surpreendente.
Há três séculos, Mestre Wolfe, em um transe, havia feito uma previsão. Ou profecia, seja qual o nome dado a isso... a Irmandade Vermelha seria liderada por uma mulher belíssima, meio humana, meio Deusa, e que viria a mudar tudo no Castelo.
Seria Regina? Esse negócio de “profecia” me parecia algo muito impreciso .Mas o desenho que Wolfe havia feito na época parecia com ela.
Achei melhor não falar nada a Regina por enquanto, eu queria saber o que ela estava imaginando que reuniria todos. Seria esse o início da profecia?
E havia um desenho do Círculo Mágico, em vermelho e dourado... esse desenho mexeu comigo.
Voltei ao Salão, com o livro no bolso. Nguvu aguardava do lado de fora, já pronto. As moças haviam passado o óleo no corpo dele, ele estava bem lustroso. Com exceção da gaiola de castidade, ele estava exatamente igual à primeira vez em que o vi carregando Regina, completamente nua, no colo, para a primeira Iniciação na Irmandade.
Dali a pouco, saiu Regina, maravilhosa, toda arrumada,e seu corpo também brilhando com o óleo especial, com um tipo de “glitter” que dava reflexos como se fossem minúsculas estrelas brilhando sobre o corpo dela.
Ela segurou meu braço, pegou a corrente que conduzia Nguvu, e fomos para o Salão Vermelho, bem perto dali.
Novamente, Nguvu deveria esperar do lado de fora.
Levamos uma surpresa quando vimos todos os membros da Irmandade Vermelha, inclusive Drake, com suas roupas rituais, na mesa. Então, lembrei do que vira no livro. Estes acontecimentos provavelmente haviam sido previstos trezentos anos antes.
E eles,mesmo não nos tendo contado, estavam preparados para o acontecimento.
“- Bela Regina, você está deslumbrante! Parece uma Deusa!” disse Drake.
“- Então... pedimos a dois monges e duas hetairas para ajudarem no seu Ritual. “
O Círculo Mágico já estava preparado com velas ao redor, que seriam acesas no momento certo. Incenso também foi colocado, já se sentia o odor característico.
Regina se postou em frente ao círculo, em uma pose altiva, olhando para os Adeptos e Hierofantes na mesa. Eu também assumi meu lugar à mesa, o ritual envolveria Regina e Nguvu.
Pensei em comparar com aquele ritual no iate, mas era muito diferente.
As duas hetairas nuas foram buscar Nguvu, que entrou relutante. Ao ver o Salão Vermelho pela primeira vez em sua vida, os Adeptos e Hierofantes, e Regina em frente a eles, magnificamente nua, ele se assustou.
“- O que é isto? Um julgament...”
Mestre Sands fez o sinal de silêncio e repreensão. Ele, como Sub de Regina, não poderia falar, apenas aceitar submisso o que ela decidisse. Nguvu parecia apavorado.
Sands falou:
“- Nguvu, você aceitou voluntariamente ser o Sub de Regina, o que foi proclamado por dois monges da Ordem. Deve fazer o que ela lhe determinar.”
Ele abaixou a cabeça, em sinal de submissão. As hetairas deram para ele beber da taça dourada, com o líquido especial.
A seguir, os dois monges o levaram até o círculo mágico, fazendo com que se deitasse com os braços e pernas abertos, em cima de uma estrela dourada de cinco pontas. As velas foram acesas. O corpo de Nguvu brilhava, não apenas pelo óleo, mas também pelo suor. Ele suava frio, com medo do que viria.
A seguir, os punhos e tornozelos dele receberam pulseiras de couro, que foram presas a correntes.
Regina também pegou uma taça e sorveu, lentamente, o líquido dourado. A seguir, me pediu a chave da gaiola de castidade, e me passou a pulseira dourada com rubis, ficando agora totalmente nua, sem nenhum adorno. Ela foi até o Negão deitado, e cuidadosamente retirou a gaiola. O caralhão de Nguvu estava livre, ele sorriu e soltou um suspiro de alívio.
Ela me entregou a gaiola e a chave, piscando um olho para mim.
A seguir, Mestre Sands passou a recitar palavras em um idioma estranho, e uma música de tambores começou a tocar. Pareciam como tambores orientais , tipo Taiko. De onde viria essa ideia?
As hetairas massagearam o corpo do Negão, pressionando os pontos do prazer. O caralhão dele foi devidamente lubrificado, massageado, e foi se levantando rapidamente, até ficar bem duro, apontando para cima, afinal estava preso todo esse tempo...
Então, Regina se transfigurou.
Sabe-se lá onde havia conseguido, Regina tinha em mãos uma grande adaga ritual curva, o cabo todo adornado com estranhos desenhos, parecida com uma que eu havia visto antes ( Ver “A Sociedade Secreta do Sexo” – partes 8 e 9 ).
Ao ritmo desse batuque, Regina rodopiou em volta do círculo, em uma dança ritual que eu ainda não havia visto. Os membros da Irmandade Vermelha olhavam, atônitos. Era como se uma Deusa primordial houvesse incorporado em minha esposa. Seus movimentos ágeis , seu corpo nu se movendo ora em câmera lenta, ora como uma Deusa furiosa, deixavam quem assistia em transe.
Olhei para Nguvu, estava com os olhos arregalados e, me pareceu, úmidos. A adaga subia e descia nas mãos de Regina.
Ela passou a dançar dentro do círculo, sobre o corpo do Negão. Ela abaixava e subia o corpo, agora em movimentos claramente sexuais. Ora as nádegas dela roçavam no caralhão duro dele, ora a bucetinha dela roçava os lábios de Nguvu. E a adaga voava perigosamente perto do rosto e do caralhão dele.
CONTINUA