GUGA (PARTE 1)
(*Esse cap inicial foi escrito por Augusto Lincon)
E aí?
Este vai ser o primeiro relato das minhas experiências homossexuais a que chamo "raras". E raras porque eu sou um homem já perto dos 35 e, embora tenha me casado e separado duas vezes, tive muitas mulheres. Comecei cedo na vida sexual, quando meu pai me levou num puteiro e me jogou no meio da safadeza. Eu tinha de 15 para 16 anos, se ainda lembro.
Hoje eu me considero bissexual, mas um bissexual apenas ativo. Eu só como.
É verdade que eu sou muito alto, grandão mesmo, e musculoso até demais. Tipo urso, cabelo na máquina 3, já fui do quartel. Hoje, sou psicanalista.
Meus olhos são escuros e faço a barba dia sim, dia não. Não curto me depilar e nunca senti vontade de dar o rabo ou chupar pintos. Nojo só de pensar.
Bocetas, ao contrário, já provei muitas. Gosto de ser o dominador, o macho, o homem. Já comi paciente meu, um rapaz evangélico, e até um cara que achou que ia me assaltar, uma vez. Comigo é assim. Vacilou, eu como.
E como eu dizia, não desci o meu caralho pesado só na mulherada: também tracei uns gayzinhos novinhos e mesmo em caras héteros eu já passei a rola.
Minha pica mede 26 centímetros, um cacetão inchado sobre duas bolas também enormes. A propósito, eu me chamo Guga. Às vezes Gugante — de gigante. Apelido dado por quem provou, hem! E convenhamos, é ótimo ser roludo, ter rolão!
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Sem perder tempo e querendo apenas contar como até os homens não resistem a mim, começo este primeiro conto mostrando a vocês como comi um gayzinho enrustido. Sorte a dele, claro, por eu ter sido o primeiro a comê-lo, e sendo acavalado de rola como sou. Ele era lindinho, como uma putinha virgem.
Foi assim...
Eu tinha nem 30 anos e estava de férias. Fui passar uns dias na casa do meu irmão. Ele e a Eliana, minha cunhada, estavam brigados. Estando lá hospedado na bonita casa do Júnior, pude conhecer um amigo dele, um que ia lá para jogar esses jogos no computador. Eu tinha paciência zero para esses jogos, mas eles, puta merda, estavam ficando viciados. Tinha vez que eu chegava da academia ou da pós e lá estava o Vitinho jogando na sala com meu irmão, fosse no notebook ou na TV.
Meu irmão sempre foi largadāo, menino mimado e um pouco idiota também. Usava boné de noite, até dentro de casa. Ele puxou à nossa mãe. Branquinho, cabelo preto arrepiado. Já eu, um negro pardo, bem diferente no aspecto, mas em comum no gosto por bocetas. Ele tem quase a minha altura. Meu pai é negro. Puxei ele.
Eu nem podia imaginar que o Vitinho gostava mesmo era de rola. Ele era feito o meu irmão na aparência, mas sem a porra do boné o tempo todo na cabeça. O Vitinho tinha só 16 anos quando me deu o cuzinho — e gostou.
Mas, para infelicidade dele, eu não repito figurinha.
Os dois jogavam e falavam alto, pareciam dois loucos na sala. Conversa sobre mulher também rolava. Como sei cozinhar, quase sempre eu é que fazia o rango. Tinha vez que o Vitinho dormia lá mesmo, na casa do meu irmão. Na época eu tinha 28 anos, o Júnior, 24, e o Vitinho beirava os 18 anos.
Tô falando demais, mas vamos lá. Agora vai ser sobre quando descobri que o amigo do meu irmão era viadinho.
Foi numa noite chuvosa. Meu irmão tava mal, gripe braba. Pegou no sono depois de tomar os remédios. Eu, depois do banho quente, fui enrolado na toalha pegar umas roupas na área de serviço. O Vitinho estava quieto na sala, pensativo no estofado e, vez por outra, via alguma coisa no notebook dele. Ele tinha conversado com meu irmão e acabou ficando por ali, como se esperasse a chuva passar.
O Vitinho era sofrido. Tinha pai alcoólatra e aposentado, e uma madrasta que fazia da vida dele um inferno. O Júnior meio que desestressava o carinha. Até eu passei a me sentir um irmão mais velho para ele.
Vitinho era filho único por parte da falecida mãe, pois o pai dele tinha tido outras mulheres e filhos. Diferente do crianção do meu irmão, o Vitinho não era o tempo todo extrovertido. Era um pouco mais educado e respeitador, comportado e de dizer poucos palavrões. Eu diria que um jovem doce e agradável. Ele tinha sua própria masculinidade, sim. E tinha covinhas quando sorria, rostinho de bebê mesmo.
Eu passei só de toalha depois do banho, o som da chuva caindo era forte. Estava faltando barbeador na casa, e minha barba era visível.
Recostado no estofado, ele se virou e me olhou.
— Meu Deus, o Júnior tá é doente, né, Guga? Que ele fique bom logo. Ele gripou, tá de dar pena.
Parando um pouco depois do sofá, eu disse:
— Pois é, cara. A gripe pegou ele. Mas rapidinho esses remédios fazem efeito... Eu vou aqui pegar uma roupa. Mas fica aí, menino, espera a chuva passar ou dorme aí.
— É, eu tô pensando na vida, sabe...
— Os mesmos problemas? — guinei à direita dele.
— Sim. Tô triste, Guga. Ainda bem que fico de manhã no colégio e posso vir pra cá depois. Meu pai, só um milagre. E minha madrasta, só a morte.
Eu ri.
Ele era presença, sabe? Olhos bonitos, claros. E parecia um comedor de xoxotas. Parecia.
— Fica pensando nisso, não, garoto — eu disse. — Tudo passa. Daqui a pouco, as coisas melhoram. Foi assim comigo. Mainha só ajudava o Júnior, painho foi preso e morreu doente. Batalhei, tá ligado? Consegui meu canto, meu dinheiro, minha faculdade eu que paguei, e agora tô na segunda pós... Tá certo que sou divorciado, mas daqui a pouco eu dou sorte com a segunda mulher.
— Tu gostava quando era do quartel? — Ele, com a mão direita, penteou sua franja negra pra trás.
— Ah, não muito... Por quê? Tá sonhando em virar soldado, rapá? — brinquei. — Não fosse meu temperamento, eu teria chegado longe. Mas a psicologia me conquistou.
Mecanicamente, eu apertei meu pau sob a toalha azul. O Vitinho olhava fixo para o teto, pensativo. Eu notava que ele tinha um respeito maior por mim, mesmo tendo me conhecido há quase duas semanas. O garoto se sentia intimidado por eu ser grande, mais sério e bem mais maduro que o meu irmão, seu único amigo.
— Entendi. Tu parece mais realizado nessa profissão — ele apoiou a nuca na mão. — Chuva forte da porra. Parece que o céu tá caindo — e bocejou.
— É. Vou aqui, já volto...
E desapareci.
Eu já gostava dele e sentia pena. Tenho meu lado paizão e humano também. Ele vestia bermuda jeans e casaco. Seu rosto era fino, tinha um corpo fortinho natural, mas perto do meu irmão ele parecia magro. Perto de mim, os dois pareciam bem menores.
*** ***
Lá fora, na parte coberta do quintal, eu peguei umas roupas e fiquei pensando, vendo a noite chuvosa. Meu irmão doente e de cama. O Vitinho carregando essa cruz pesada aos 16 anos...
Simplesmente tirei a toalha e deixei o frio me envolver. Meu pênis estava mole e arretado comigo, porque eu curto o frio. E ali fiquei uns minutos. Esticava o prepúcio do meu pinto gordo e pesado enquanto pensava já estar na hora de arrumar uma segunda esposa. Mas o que, nessa época, eu não sabia era que o meu segundo casamento, quase dois anos depois, também acabaria em divórcio.
Depois voltei e, cumprimentando o Vitor com um rosto amigável, fui para o meu quarto. Ele tinha ficado tão solitário lá na sala, que senti vontade de descer e assistir TV com ele. Talvez preparar um lanche para nós. Só tinha a gente acordado mesmo.
Larguei as roupas, tirei a toalha e me sentei na beirada da cama. Olhei para o meu pau e me orgulhei, relembrando coisas, rostos, mulheres, bocetas virgens, bundas femininas... Até sorri um pouco. Daria pra escrever uma saga somente sobre a minha rola. E então o Vitinho apareceu na porta aberta do meu quarto...
Eu não me assustei, continuei sentado e com o caralhão à mostra. Ele virou para o lado, nervoso.
— Ah desculpa, Guga. É que... Eu queria per-perguntar se...
— Ei, calma, não vou brigar porque me viu pelado. Queria perguntar o quê?... Vem cá, senta aí. Ainda tá aperreado? Fica desanimado não, bicho. Tenta se distrair. Tá chato jogar sem o Júnior, né? — E bati um joelho no outro, abrindo e fechando as pernas.
Ele deu dois passos, desviando o olhar do meu pau. Descalço, falou:
— É que você é psicólogo, né? Então pensei em ver como te pago para ter uma hora lá no seu consultório. Até o Júnior vai lá, né? — ele falou todo acanhado por eu estar nuzão.
— Ah, é isso? Relaxa, não vou cobrar de você. Sente que deve conversar com algum psicólogo?
Ele fez que sim com o rosto e parou com aquilo de não me olhar pelado. Parecia sem jeito, mas agora já tinha olhado com calma para o meu pauzão pendurado.
— É isso aí. Deve ser bom conversar, contar tudo que sinto. A gente vai guardando muita raiva, entende? E também eu já gosto de falar com você que, além de irmão do meu melhor amigo, é psicólogo.
— Uhn. Combinado então. A gente se vê lá, beleza? A raiva é péssima conselheira. Nunca decida nada com raiva.
Eu costumo falar nesse tom amigável e animado com todos. Ele gostou de saber que eu iria escutá-lo qualquer dia.
— O senhor tá certo — ele pensou um pouco, já à vontade com o meu estado. — Guga, é... Se você for comer, dá pra fazer aquela salsicha pra mim? Tô com fome.
Eu tive dó. O menino parecia sempre com fome aqui na casa do meu irmão.
— Você gostou, num foi? Tenho prazer em cozinhar, fazer coisas diferentes. O Júnior queima tudo, cê sabe... Eu já tô descendo.
Meu pau balançou quando levantei e fui pegar uma cueca na mala. Até cresceu um pouco, uma leve ereção. Só dei uma balançada e o apertei. O Vitinho, todo vergonhoso, deu uma última espiada no meu caralho e sumiu falando um "brigado" baixinho. Eu alcei uma sobrancelha, vesti minha jockstrap roxa, dessas que deixam toda a bunda aparecendo, e meti um calção branco por cima.
Me detive no espelho um segundo... Um homão da porra, pensei, orgulhoso do meu físico, da minha pele avelã e do meu corpo peludo. Do vulto do meu pauzão no shorts. Parecia até estar sem nada por baixo dele. Eu sou todo por igual de corpo, um musculoso forte nas pernas também. Sempre fui robusto desde a adolescência.
Então, para mim, planejei preparar um pão de alho; e para o Vitinho, salsicha. Ele tinha gostado mesmo da minha salsicha, fui pensando, saindo do quarto. E sorri, sem pensar mal dele.
Mas quando eu desconfio de uma coisa... Eu gosto de testar.
E foi o que fiz naquela noite chuvosa.
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