Que porra é essa?
Criatura da noite (Cap. 1)
Eu estava muito ansioso, finalmente tudo tinha voltado ao normal depois de um ano todo perdido.
Já estava tudo certo, depilação perfeita, o pau lisinho e a bunda feito um pêssego, a chuca cristalina, pronto pra qualquer que fosse a situação, amém versatilidade.
Depois de meses trancado dentro de casa graças a pandemia, já estava na hora de ir pra noite mexer a raba, dar uns pegas e tirar o atraso. Hoje eu só dormiria depois de gozar no mínimo três vezes.
Eu estava morando sozinho num apartamento no centro de São Paulo já a três anos e amava a minha vida, apesar da solidão de morar na cidade grande. Graças a Deus era diferente de morar no interior onde, além de não conseguir emprego, não podia ser quem eu realmente era. Meus pais, religiosos dos ossos às pontas dos cabelos, só não me expulsaram de casa por medo do que os outros iam comentar. Bom filho que sou, fiz o favor de sair de casa por conta própria. E tava ótimo! Tinha minha casa, trabalhava em casa criando e vendendo meus projetos e podia sair com quem eu quisesse, menos na quarentena, né.
Enfim, encontrei meus amigos na estação e fomos pra um bar novo num bairro meio industrial. Um rolê diferente que prometia render muito bem. Prometia…
O bar era muito gostoso, ambiente ótimo, música perfeita mas os boys estavam bem frios. Rolava uns beijos uns amassos mas não ia pra frente, certeza que tinha furado a quarentena pra transar. Só eu trouxa que estava na seca com fogo no cu! Era muito frustrante. Eu não estava acostumado com decepções. Eu tinha o dom de conseguir o que eu queria, principalmente se fosse alguém. Eu nem precisava me esforçar, meu olhar e as palavras certas sempre me ajudavam mas, infelizmente, aquela noite estava diferente, por mais que eu conquistasse os boys, na hora o papo não fluía, eu mesmo desistia e pulava pra outro… talvez eu tenha ficado um pouco exigente depois de tanto tempo sem nada mas eu precisava criar juízo e pegar alguém!
Mais pro fim da noite, eu já estava praticamente cético que ia render algo, meus amigos já estavam loucos pra ir embora, bendito casal de velhos, então bora. O bairro era bem diferente do meu apesar de serem vizinhos. A vizinhança parecia tranquila então, como meus amigos moravam do outro lado, deixei que eles fossem de Uber e fui indo pra casa a pé sozinho mesmo. Não corria perigo. Só estava com o básico, bem escondido no meio das roupas e duvido que alguém fosse querer mexer comigo. Sou uma poc fofinha mas tenho o corpo grande e largo, um tanto intimidador, sem contar que estava puto de ter que voltar na seca. Mais puto ainda que nem o álcool nem o baseado tinham me dado brisa, só dor de cabeça.
Faltando alguns quarteirões pra entrar no meu bairro, avistei de longe o que poderia ser minha salvação. Na porta de um barzinho, deslocado da galera, estava a perfeição em forma de homem. Novinho, devia ter no máximo 23. O corpo magro e esguio mas que parecia ter a força de 10 homens. Ele não tinha piercings ou tatuagens aparentes e tinha um estilo próprio, clássico e jovem como uma aura que exalava dele. Estava vestindo um jeans justo, camisa estampada e uma shoulderbag complementado o look. A barba rala contrastando com o bigode um pouco mais grosso na pele morena como a minha porém muito pálida. Ele era tão perfeito que, mesmo pálido como um doente, seu semblante era saudável, forte e confiante. Eu não ia perder a oportunidade, e nem foi preciso me aproximar, meu "dom" me ajudava quando eu queria, era como se eu tivesse mandado um sinal mental pro garoto. Quando decidi que o queria, seu olhar se desprendeu do chão e veio direto pra mim. E que olhar! Seus olhos pareciam castanhos a distância mas exibiam um calor como se pequenas chamas ardessem dentro dele. Ele continuou me encarando, parecia em transe com minha presença e eu sustentei seu olhar enquanto entrava no bar. Parei perto do balcão pra pedir uma bebida quando senti alguém se aproximando e notei que naquele mesmo segundo o garoto, que estava na calçada quando entrei, estava parado ao meu lado me olhando.
Senhor! Ele era ainda mais lindo de perto. Era realmente muito pálido pra ser alguem normal mas exalava uma beleza curiosa, como se fosse projetado pra seduzir.
Ele notou que fiquei abalado com tanta informação na minha frente e abriu um sorriso incrivelmente dócil, me pegando de surpresa novamente.
Puxou assunto comigo perguntando de onde eu estava vindo, parecendo estar super interessando em mim. Parecia que cada detalhe dele, a maneira como falava, me olhava e interagia com o espaço estava programado de tão perfeito. Ele sabia exatamente como mexer as mãos enquanto falava, e tava me deixando louco toda vez que pousava os olhos nos meus lábios enquanto eu fao respondia. Cada vez que meu desejo por ele aumentava, mais ele se aproximava de mim.
No meio da conversa, ele disse que combinou com uns amigos lá mas eles tinham furado e ele ficou só pra não perder a noite. Assim como eu estava querendo algo pra compensar o tempo da quarentena então decidimos unir o útil ao agradável. Ele disse que morava a uns dois bairros de distância então chamei ele pra minha casa. Que mal faria, né. Por mais que estivesse com álcool e erva no sangue eu estava sóbrio o suficiente pra tomar as providências caso algo saísse do meu controle e, francamente, apesar de ele ser um pouco mais alto, eu era bem mais forte e tinha minhas maneiras de lidar caso o boy saísse da linha.
Fomos caminhando pra minha casa conversando e nos conhecendo. Ele usava as palavras certas sempre e meu tesão só aumentava a ponto de que, quando entramos em casa, meu pau já estava em riste dentro da calça e eu ansiava pelo corpo dele. Fomos pro quarto e então aconteceu… ele me tocou.
Foi então que me assustei. Apesar da noite está um pouco fria, nós tínhamos acabado de caminhar vários quarteirões. Pessoas normais estariam no mínimo mornas neste momento, mas a mão dele estava fria como uma pedra quando ele tocou meu rosto e me beijou. Me arrepiei inteiro e ele percebeu. Seus lábios e sua lingua, apesar de úmidos e macios também estavam gelados como pedra. Senti que seus lábios se abriram num sorriso com meu arrepio e abri os olhos. Realmente havia chama nos olhos dele. Pequenas labaredas ardiam dentro da sua iris me hipnotizando. Senti medo, mas também senti tesão. Ele intensificou o beijo, possuindo minha boca e assumindo as rédeas, suas mãos eram realmente muito fortes e me seguravam com firmeza e delicadeza.
Fomos em direção a minha cama, ele me levando enquanto eu estava no modo automático sendo levado hipnotizado por aqueles olhos. O que era ele? O que eles estava fazendo? Por que eu não reagia? Por que eu queria tanto ele dentro de mim? Sim, eu estava com medo, perdi totalmente o controle da situação mas eu o queria, eu precisava do corpo dele no meu, eu precisava do pau dele em mim, do pau dele dentro de mim!
Já na cama, ele deitou em cima de mim e entre minhas pernas, tirou a camiseta num movimento único e rápido que eu nem percebi, no tempo de uma piscada ele já estava pelado me imobilizando no colchão. Ele era ainda mais perfeito nú. Seu corpo era magro mas era possível ver o desenho dos músculos definidos sob a pele pálida. Ele tinha alguns poucos pelos distribuídos nos lugares certos e seu corpo parecia reluzir sob a luz da lua. Seu pau era lindo! Acompanhava a cor morena e pálida do corpo mas a cabeça era rosada assim como seus lábios. Não era enorme nem muito grosso, era simplesmente perfeito em todas as medidas e detalhes. Feito pra dar prazer em todos os sentidos.
Eu estava tão distraido me enamorando por aquele corpo que nem notei que ele também tinha me despido. Ou ele era absurdamente rápido ou as drogas que eu tinha botado pra dentro aquela noite estavam começando a fazer efeito.
Ele me beijou novamente mas agora tinha uma certa ferocidade a mais nos seus movimentos. Ele manipulava meu corpo como se eu não tivesse peso algum. Passava as unhas no meu corpo e mordiscava meus lábios e meu pescoço com selvageria mas parecia calibrar a força e intensidade no último instante pra não me machucar. Eu ainda estava fora do controle no meu corpo, me deixando levar em seus movimentos e ofegante de prazer. O medo ainda estava presente mas o tesão e a hipnose dele estavam controlando a situação.
Seus movimentos eram tão rápidos, precisos e selvagens que era impossível decifrar o que ele estava fazendo até que senti a dor do seu pau abrindo caminho em mim. Me arrepiei novamente pois, assim como o resto do seu corpo, seu pênis era gelado e firme como uma pedra. Tinha a maciez da pele humana mas era como um consolo de mármore sendo introduzido em mim. Sem piedade ele enfiou de uma vez e abafou meu gemido de dor com a mão. Como a mão dele tinha ido na minha coxa pra minha boca em menos de um segundo? Ele era o que???
Ele estava entre minhas pernas metendo com força e fundo ainda abafando meus gemidos com a mão forte e fria na minha boca. Ele me encarava fundo nos olhos, as chamas queimando lá dentro controlando meu corpo. Ele fez um sinal pra que eu ficasse em silêncio e meu corpo obedeceu no ato. Ele aumentou a velocidade das estocadas e foi ajeitando nossos corpos de forma que ficasse abraçado ao meu corpo ainda entre minhas pernas metendo com fome. Eu sentia dor, sentia tesão e sentia frio debaixo daquele corpo forte de pedra. Mas só conseguia gemer baixo. O garoto me abraçava forte e estava beijando meu pescoço, se deliciando com ele aumentando a velocidade a cada estocada. Ele estava quase me rasgando ao meio, como ele tinha energia pra isso? Nunca vi alguém meter tão forte e sem parar um segundo como ele.
Eu já estava todo aberto e ele estava praticamente sugando meu pescoço enquanto me abria mais ainda. Suas mãos seguraram firme no meu quadril e senti que ele ia gozar quando ele meteu fundo em mim com aquele pau perfeito e... gozei. Soltei vários jatos de leite quente sobre minha barriga sem nem tocar no meu pau enquanto ele pulsava deliciosamente dentro de mim. Meu corpo já estava ficando mole mas ele ainda pulsava e afundava mais seu pau em mim até que, com um movimento rápido da boca, ele me mordeu. Enterrou os dentes no meu pescoço perfurando minha carne. Ele era um monstro! Eu queria gritar mas estava totalmente incapacitado. Sua boca que antes era gelada agora estava quente com o meu sangue e sua saliva queimava minha pele como um veneno ácido. Ele começou a sugar meu sangue mas algo o fez parar. Ele cuspiu meu sangue como se estivesse estragado e se afastou do meu corpo veloz como um raio. Eu estava tonto, e o local onde ele me mordera agora ardia como se a chama dos olhos dele estivessem entrando pela minha corrente sanguínea. Eu vi seu corpo nú colado na parede do meu quarto me olhando como se eu fosse algo podre. Eu estava perdendo os sentidos, a dor e o fogo que começava a arder dentro de mim estavam me deixando inconsciente. Eu ia morrer ali, não tive mais forças pra abrir os olhos, meu corpo era pura brasa, não tinha mais o que fazer então era o fim. Deixa que queime...