Que fofos!!!
O FUTURO!? – HISTÓRIA BASEADA EM FATOS REAIS - CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 02 – A ESCOLA É UM APRENDIZADO
Já se perguntaram como seria se pudéssemos voltar no tempo e mudar coisas que fizemos de errado, ou se pudéssemos reviver momentos memoráveis? Eu já pensei várias vezes como seria se eu voltasse para mudar erros que cometi, ai me vem que se eu fizesse isto, eu não estaria amadurecendo, eu seria só um cara corrigindo erros e reescrevendo o que não me levaria a amadurecer, pois eu saberia que sempre que errasse eu poderia voltar e consertar meus erros. Já os momentos memoráveis, o que faz deles momentos inesquecíveis é o simples fato de não poder reviver, vivemos uma vez e os guardamos no coração o que os torna únicos com pessoas que amamos e que levaremos conosco o resto das nossas vidas.
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Acordei com meu telefone tocando. Eu tinha apagado desde que cheguei do colégio, olhei a hora e já era 16:00. Pegue o celular e vi o nome da Julia e a foto dela na tela.
- Oi Julia. – Falei ao atender com a voz meio de sono.
- Não acredito que você estava dormindo. – Falou ela.
- Estava. Por quê?
- Estava conversando com o Lucas para fazemos o trabalho hoje a noite. – Ela deu uma pausa como se esperasse uma confirmação, mas não houve. – Ele falou que poderíamos fazer na casa dele.
- Eu preferia que dividíssemos e cada uma fazia uma parte das questões e as que nós não conseguíssemos responder a gente se juntava no colégio amanhã para responde já que temos duas aulas vagas amanhã. – Coloquei o celular no viva-voz e comecei a tirar a roupa para ir tomar um banho.
- Você é um estraga prazeres. – Falou ela com a voz irritada.
- Não. Sou prático.
- Vou falar com o Lucas e lhe aviso. – Falou ela. – Mas prefiro a gente fazer na casa dele às 18:00.
- Veja e me avise.
- Tchau.
- Xau! Beijos.
Fui para o banho, fiquei por volta de uns 5 minutos embaixo do chuveiro só sentindo o a água fria nas minhas costas. Uns trinta minutos depois a Julia me ligou para avisar que o Lucas preferiu a minha ideia de dividimos e me passou as minhas questões.
Liguei o computador enquanto vestia uma roupa. Nunca mais tinha visto meu facebook, fazia uns dez dias que não entrava. Comecei a ver as postagens e uma notificação de amizade me chamou a atenção. Cliquei no ícone e vi que o Lucas havia me mandado uma solicitação de amizade, Lucas Rodrigo, era um nome bonito, então aceitei a solicitação e fui ver o perfil dele. Nos dados deles tinha lá a data de nascimento dele, cidades que ele havia morado, alguns parentes deles, o pai e a mãe dele e o status dele: solteiro.
Era verdade quando ele falou que tinha viajado muito, ele já tinha passados por muitas cidades, cada uma melhor que a outra. Cliquei para ver as fotos dele. Ele tinha muitas fotos com os pais e com colegas das escolas que ele havia passado, além de muitas fotos dele sozinho. Comecei a olhar uma por uma, ele era uma cara bem bonito, de verdade, o tipo de cara que chama atenção onde chega. E aqueles olhos negros dele era o que mais me chamou atenção nele. Sempre gostei de olhos penetrantes. Tive uma garota que paquerei no ensino fundamental que tinha heterocromia, um olho azul e outro verde, eu achava lindo.
Estava em uma foto do Lucas com boné quando a caixa de diálogo do facebook começou a indicar que alguém estava falando comigo. Era o Lucas falando comigo pelo facebook.
LUCAS RODRIGO: Oi. Boa tarde amigão. Tudo bem?
DAVID RAPHAEL: Eai cara. Tudo bem e com você?
LUCAS RODRIGO: Estou bem, comecei a fazer as questões. Já começou?
DAVID RAPHAEL: Estou com livro aqui do lado para fazer. Você é bom em matemática?
LUCAS RODRIGO: Sou. Uma das matérias que mais gosto. E você?
DAVID RAPHAEL: Sou o básico. Gosto mais de português.
LUCAS RODRIGO: Pois vamos está sempre em sintonia, pois sou péssimo em português. Kkkkkkk
DAVID RAPHAEL: kkkkkkkkk
LUCAS RODRIGO: Você me ajuda no português e eu lhe ajudo na matemática.
DAVID RAPHAEL: Fechado. (y)
LUCAS RODRIGO: 😉
Ele ficou um tempinho sem falar nada. Eu peguei o caderno, os lápis e caderno para começar a fazer as questões.
Uns cinco minutos depois ele falou novamente.
LUCAS RODRIGO: Vai fazer o que mais tarde?
DAVID RAPHAEL: As questões. Rsrsrsrs Por quê?
LUCAS RODRIGO: Seu besta. Estou perguntando depois que terminar?!
DAVID RAPHAEL: Não vou terminar cedo. Vou fazer e vou dormir. Por quê?
LUCAS RODRIGO: Nada não.
DAVID RAPHAEL: (Emoji pensando)
DAVID RAPHAEL: Hum. E você?
LUCAS RODRIGO: Dormir também. Tenho que sair aqui, vou cuidar senão as questões não serão respondidas hoje.
LUCAS RODRIGO: Até mais cara. Flw!
DAVID RAPHAEL: Blz. Até amanhã.
Terminei as questões era quase 23:00, desliguei o computador e fui dormir. Todos já estavam dormindo na casa e eu fiz o mesmo.
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No dia seguinte quando cheguei no colégio o Lucas estava conversando com a Julia, estavam falando das questões.
- Terminou as suas questões? – Perguntou o Lucas quando eu sentei na cadeira ao lado dele.
- Ficaram alguns, se não me engano 5 questões e vocês?
- As minhas só ficaram 2 e o Lucas fez todas.
- O cara é fera em matemática, não esperava nada menos que isso dele. – Dei um meio sorriso e ele retribuiu.
- Ele me contou. – Falou a Julia. – Ele matemática, você português e eu história, mas são 12 disciplinas não apenas três.
- Então temos que recrutar mais pessoas.
- Boa ideia. – Exclamou a Julia.
- Não falei sério. Sou bom em física também e química. Você é boa em ciências, história, geografia, história da arte.
- Eu sou em matemática, física, química, educação física e inglês. – Falou o Lucas.
- As demais a gente desenrola. – Falei.
A manhã decorreu normalmente, assim como o resto da semana. Todos os dias eu e o Lucas conversávamos pelo facebook. Alguns dias era só um boa noite, outros a gente ficava horas e horas conversando, ele me falava dos locais que já morou e de suas experiencias em outras escolas.
Era sexta-feira por volta das 18:00 quando ele me chamou no facebook.
LUCAS RODRIGO: Ei amigão. Tudo na paz?
DAVID RAPHAEL: Eai Lucas. Tudo tranquilo e com vocês?
LUCAS RODRIGO: Tranquilo. Tá afim de assistir um filme? Aqui em casa?
DAVID RAPHAEL: Quando? Hoje?
LUCAS RODRIGO: Sim. Como não conheço muito gente aqui e hoje é sexta, pensei que poderíamos marcar algo.
Aquele garoto estava me chamando para assistir filme na casa dele?
LUCAS RODRIGO: O que me diz?
DAVID RAPHAEL: Combinado. Daqui a uma hora eu chego aí. Me manda o endereço que chego aí.
Ele me mandou o endereço, era uma rua conhecida perto do centro da cidade. Era quase 19:00 quando cheguei na casa dele. Eu toquei a campainha e ele logo veio me atender. Ele estava com uma bermuda de jogador de futebol e uma camisa regata que dava para ver bem os músculos do braço dele. Eu havia notado que ele era malhado, mas vendo ele naquela roupa percebi que ele era mais do que dava para notar na farda do colégio.
- Entra aí. – Falou ele me dando passagem no portão da casa.
Eu passei por ele e senti o cheiro de sabonete de lavanda, ele tinha saído do banho a pouco tempo, pois seu cabelo preto estava molhado ainda e o cheiro de sabonete de lavanda estava bem notório. Entramos na casa, tinha uma garagem grande, que cabia três carros, na primeira sala tinha uma teve, um home theater, um baita de um som, e um sofá enorme em forma de um L, na segunda sala, tinha uma mesa de oito cadeiras, a cozinha, era uma americana, mas bem espaçosa, e uma porta que dava acesso ao quintal dos fundos, ao lado da sala de star tinha um corredor que dava acesso aos quartos, no fim do corredor tinham três portas, o quarto dos pais dele, o dele, e um banheiro social.
Ao entrar na casa senti o cheiro de pipoca no ar. Ele foi direto para a cozinha.
- A pipoca está quase pronto. – Falou ele.
Uma pipoqueira enorme estava no fogão e uma tupperware grande em cima da bancada de mármore.
- Chamei a Julia. – Falou ele.
Ao ouvir isso, um misto de desânimo e raiva tomou conta de mim. A Julia era minha amiga, mas vim com o pensamento de que seria um programa nosso, o que depois me gerou um pouco de culpa, pois a Julia era minha amiga a um tempo já e não era justo.
- Mas ela disse que não podia. Ia sair com os pais para um aniversário de uma prima dela.
Um alívio tomou conta de mim, por ser só nós dois.
- Pode pegar o suco na geladeira? – Perguntou ele indicando a geladeira ao meu lado enquanto despejava as pipocas na enorme tupperware que estava na bancada de mármore.
Abri a geladeira e vi duas jarras de suco na geladeira.
- Qual deles? – Perguntei.
- Tem de laranja e de acerola, qual prefere? – Perguntou ele pegando a pipoca e indo em direção a mim.
- Laranja. – Falei pegando a jarra de vidro com suco de laranja.
- Eu gosto de acerola.
- Ah, tudo bem. – Falei levando a jarra de volta para a geladeira.
- Não seja besta. – Falou ele pegando dois copos no armário ao meu lado. – Pegue os dois.
- Não precisa.
- Os dois. – Ordenou ele.
- Beleza então.
Peguei as duas jarras de suco e coloquei na mesa de centro da sala, ele veio logo atrás de mim com a pipoca e os dois copos.
Sentei no sofá, em frente a TV enorme, acho que tinha umas 70 polegadas, não perguntei. Ele colocou a tupperware na mesa de centro e sentou ao meu lado.
Pegou o controle da TV e deu um play, ele já havia deixado o filme só para iniciar. Era um filme de terror, nunca gostei muito de filmes deste gênero, mas topei assisti, pois não estava só. Ele apagou as luzes da casa, deixou só as luzes de fora acessas. Ficamos só com a luz que vinha da TV. Eu enchi os copos de suco e ele colocou a tupperware de pipoca na perna. O filme era O Exorcismo de Emily Rose.
O filme mal tinha começado e eu já tinha tido três sustos, o Lucas ria feito uma criança dos meus sustos.
Depois de duas horas de filme enfim acabou. Para ele parecia mais comédia do que terror, pois cada susto que eu tinha no filme ele se acabava de tanto rir.
- Você é medroso demais cara. – Falou ele ligando as luzes.
- Eu falei que não era muito fã de filmes de terror. – Falei levantando e levando os copos e o restante dos sucos para a cozinha.
Comemos a tupperware toda de pipoca, ele sabia fazer pipoca amanteigada muito boa. Ficamos na sala conversando, ele me contou mais de suas experiências e das cidades que já morara e das confusões que ele havia se enfiado nos colégios.
Era quase meia noite quando olhei a hora.
- Caraca! – Exclamei levantando do sofá em um salto. – Já é quase meia noite. Tenho que ir para casa.
- Tá cedo cara. – Falou ele.
- Para você que está em casa né?
Ele levantou.
- Tem certeza que já vai? – Espera meus pais chegarem que a gente leva você.
- Não precisa, eu chamo um táxi.
- Que nada, quando eles chegarem a gente te leva.
O portão da casa começou a abrir e uma BMW entrou na garagem da casa.
- Chegaram. – Falou ele indo em direção a porta.
Os pais deles entraram em casa. A mãe dele era baixa, cabelos curtos em um tom castanho escuro, não era bonita, de quem ele teria herdado a beleza? Quando o pai dele entrou eu tive a resposta da minha pergunta. Era um cara alto, moreno, os cabelos era da mesma cor que o do Lucas, o pai dele lembrava aqueles jogadores de basquete, o Lucas era a cópia mais nova do pai.
- Pai, mãe, este é o David. – Falou ele apresentando-me aos pais. – Davi estes são meus pais, Alberto e Sônia.
- Olá querido. – Falou a mãe dele me cumprimentado.
- Olá David. Tudo bem? – O pai dele falou estendendo a mão para me cumprimentar, retribui.
- Tudo bem. Prazer em conhece-los.
- Pai podemos ir levar o David em casa? Ele já estava de saída.
- Claro. – Falou o pai dele.
- Não precisa Sr. Alberto.
- Claro que precisa, já está tarde. Não deixaremos você sair a esta hora sozinho. – Falou a mãe dele que já estava abrindo a porta para sairmos. – Vamos?
Entramos naquela máquina, nunca tinha entrado em carro daqueles, era um sonho.
Dez minutos depois estávamos na porta da minha casa.
- Foi um prazer conhece-lo David. – Falou a mãe.
- O prazer foi todo meu Sr. e Sra. Lima. – Até mais Lucas. – Falei e saltei do carro.
- Até mais David. A gente se fala.
Me despedi deles e entrei em casa. Estavam todos dormindo, exceto minha mãe que estava na sala deitada, acho que me esperando.
- Boa noite mãe. – Falei sentando ao seu lado no sofá.
- Boa noite querido.
- O que está assistindo? – Ela estava com a TV ligada, mas parecia que não estava prestando atenção ao que estava passando, era uma série, só não sei qual.
- Estava sem sono, então vim para cá ver se o sono volta.
- Vou dormir. Estou morto de cansado. – Falei levantando e dando um beijo em seu rosto. – Boa noite Rose, era como eu a chamava quase sempre.
- Boa noite meu amor. – Falou ela retribuindo o beijo. – Durma bem.
Fui para meu quarto. Troquei de roupa e me deitei. Meu celular tocou e vi que era um sms. Era um número que eu não tinha agendado.
SMS LUCAS: Obrigado por ter vindo hoje. Você é d+ amigão. Tenha uma ótima noite. – L.
SMS DAVID: Obrigado vc pelo convite. Boa noite kara. – D.
Guardei o celular e fui dormir.
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Quando me levantei no domingo já era mais de 10:00, tomei banho e fui tomar café, minha mãe estava na sala assistindo e meu pai tinha saído para ir jogar bola com os amigos. A Carla tinha dormido na casa de uma miga dela, pois tinham ido para um show que teve na cidade.
Meu domingo foi meio monótono, tomei café e voltei para o quarto para ir ler. Tinha uns livros que eu tinha comprado e que eu ainda não tinha lido. Aproveitei para ler o dia quase todo.
Perto da hora da janta entrei no facebook, como de rotina para conversar com o Lucas, mas ele não estava online, o que achei estranho, mas, fiquei por um tempo, mas ele não entrou. Depois de um tempo sai e fui tomar banho, jantar e fui para a cama, antes de ir dormir peguei o celular para mandar uma mensagem.
DAVID: Eai cara, Tá tudo bem? Não entrou hoje no facebook!
Alguns minutos depois ele respondeu.
LUCAS: Oi David, é que estou sem internet aqui em casa o dia todo. Mas diga ai como vc tá?
DAVID: Estou bem, só meio entediado, passei o domingo em casa, estou deitado para dormir, só passei mesmo para dá boa noite e saber se estava tudo bem.
LUCAS: Tá sim amigão.
DAVID: Ah, tranquilo então. Boa noite, até amanhã no colégio.
LUCAS: Boa noite. Até.
Era umas 20:30 quando me deitei para dormir.
No decorrer da semana seguimos a rotina, eu, o Lucas e a Julia, nos tornamos o trio da sala. Sempre tinham algumas garotas de outras turmas querendo falar com o Lucas e conhecer ele, mas ele sempre meio que desviava e acabava com a gente no intervalo.
Nossa rotina no colégio se tornou normal, passaram-se dois meses e lá estávamos nós a todo vapor para as primeiras provas do primeiro semestre. Eu a Julia e o Lucas, tornamos constantes as visitas na casa do Lucas para assistirmos filmes às sextas-feiras, algumas eu não pude ir, outras a Julia, mas sempre mantemos o ritmo. Eu só não tinha ido em uma, pois tive que sair com meus pais para a casa dos meus avós, a Julia sempre faltava, pois tinha compromissos, segundo ela inadiáveis.
Era uma quinta-feira quando o Lucas me chamou depois da aula para ir para a casa dele, pois na segunda teríamos uma prova de língua portuguesa e ele queria uma ajuda. Marcamos de 18:00 e prontamente estava eu lá às 18:00 na casa dele.
Quando toquei a campainha ele me atendeu, desta vez estava sem camisa, pude ver aquele corpo dele, o abdômen era bem dividido, dava para contar os gomos do abdômen. Eu fiquei meio encantado e logo me recompus para ele não notar.
Fomos para o quarto dele, como quase sempre, ele estava só.
- Eu estava indo tomar banho.
- Tranquilo, pode ir eu aguardo aqui.
- Ligue a TV enquanto eu tomo banho se quiser assistir, ou se quiser usar o notebook está aí em cima da cama. – Ele falou entrando no banheiro do seu quarto.
Não era a primeira vez que eu havia entrado no quarto dele, mas quase sempre estava bagunçado, hoje não, a cama de casa estava bem forrada e os lençóis bem dobrados, a mesa de estudo dele estava bem organizada e os livros na prateleira bem alinhados. Era um quarto grande e espaçoso, ele tinha uma TV no quarto também, menor um pouco que a da sala, mas da mesma marca e modelo.
Enquanto ele tomava banho eu fui para o notebook, levantei a tela e estava bloqueada, mas sem senha, quando liguei estava na tela do facebook dele, nas conversas, minha curiosidade foi atiçada e me deu vontade de ver as conversas dele, mas meu bom senso logo tomou conta e fez eu sair do facebook dele. Assim como eu não gostaria que olhassem as minhas conversas eu não iria fazer.
Entrei no meu facebook e fui olhar as publicações, não tinha nada de interessando e logo sair. Fui olhar os livros que ele tinha, eram livros de literatura inglesa, muitos eu conhecia outros não. Depois de uns dez minutos o Lucas saiu do banho, estava enrolado em uma toalha branca da cintura para baixo e os cabelos molhados, que saiu secando com outra toalha.
Instintivamente olhei para um volume entre suas pernas e logo peguei um livro dos dele para distrair minha atenção daquele garoto maravilhoso que estava semi nu na minha frente. Será que ele estava pelado por baixo da toalha, ou estava de cueca? A minha pergunta logo foi respondida quando ele foi até a gaveta do guarda-roupas e pegou uma cueca box branca para vestir. Ele estava de costas para mim enquanto vestia a cueca, eu meio que hipnotizado pela cena, mal conseguia desviar minha atenção. Ele vestiu a cueca e logo tirou a toalha da cintura, então pude ter certeza que ele era realmente bonito em termos de corpo também. Vi aquela bunda bem redondinha e empinada dentro da cueca e então senti meu pênis dá sinal de vida. Eu estava com uma bermuda de moletom, o que me deu uma vantagem em disfarçar. Ele pegou uma bermuda daquelas de jogador de futebol e vestiu, ele amava aquelas bermudas, só pode. Vestiu a bermuda e uma camisa regata.
- Vamos estudar? – Falou ele
- Vamos. – Falei ao colocar o livro de volta na prateleira.
Começamos a estudar, eu sentei em uma poltrona de estudos dele e ele em um puff ao meu lado.
Estudamos dois capítulos do livro e ele foi pegar biscoite e suco para comermos. Logo estávamos com um tupperware cheia de biscoito oreo, meus favoritos, e uma jarra de suco de laranja.
Já era quase 22:00 quando olhei a hora.
- Tá ficando tarde, tenho que ir.
- Você dorme aqui hoje. – Falou ele quase como se não fosse uma sugestão.
- Não posso. Seus pais podem achar ruim.
- Primeiro que ele não acharia, segundo que eles não estão em casa, viajaram e só voltam no domingo a noite e terceiro, que você é ótimo em português e já vai me dá um baita de um apoio.
Ele levantou do puff e deitou na cama. Vamos dá um intervalo de 15 minutos, estou cansado já.
- Beleza, vou ligar para a minha mãe para avisar que vou dormir aqui, mas vou precisar de uma roupa sua, não trouxe.
- Se só for esse o problema. – Ele foi no guarda-roupas e jogou para mim uma bermuda de jogador, uma camiseta regata e uma cueca boxer. – Não se preocupe. – Falou ele quando me viu olhando para a cueca. – Estas são novas nunca usei, pode ficar com ela depois se preferir.
- Beleza. – Falei meio que rindo. - Mas só vou tomar banho antes de ir dormir.
Demos um intervalo de logo voltamos a estudar. Ficamos estudando até 01:00.
- Por hoje já chega David. – Reclamou ele.
- Falta só um tópico, vamos terminar.
Terminamos o último capítulo. Peguei uma toalha com ele fui tomar banho. Tomei banho e já sai do banheiro vestido na roupa que ele me deu. Ele estava deitado na cama já, coberto da cintura para baixo e sem camisa, ao que pude notar.
Eu fui para o outro lado da cama e me deitei.
- Durmo só de cueca, espero que não se importe. – Falou ele e acho que corei, pois senti minhas bochechas esquentarem.
- Não. Sem problema.
- Fique à vontade para dormir como quiser. Não me importo.
- Beleza, mas estou bem. – Mentira, em casa eu costumava dormir só de cueca também, mas não ia fazer isso na casa dele.
Nos últimos temos, tínhamos nos tornados bons amigos, o Lucas era um cara foda. Sempre brincando, mas sabia a hora de falar sério. Deitamos de costa um para o outro, alguns segundo depois senti ele se virar na cama. Ele levantou e apagou a luz, deixou só a luz de um abajur acesa, deixando o quarto bem iluminado.
Ele deitou virado para mim, podia sentir seu olhar em mim. Depois de algum tempinho ele falou.
- No início pensei que você e a Julia eram namorados.
Eu me virei para olhar para ele.
- Sério?
- Sim.
- Não, a gente somos só amigos, já ficamos uma vez, mas preferimos manter a amizade.
- Você não está ficando com ninguém?
Eu estava encarando aqueles olhos negros penetrantes. Eu mal consegui desviar o olhar.
- Não. Estou solteiro no momento. E você? Já escolheu alguma das garotas do colégio? Estão todas afim de você, praticamente.
Falei aquilo, mas senti raiva de mim mesmo.
- Não. A pessoa que eu estou afim, acho que não tenho chance.
- Sério? Você não ter chance com alguém. Acho meio impossível.
- Por quê? – Ele pareceu curioso.
- Ah, sério que você está me perguntando isso? Você é um cara presença, onde chega chama atenção.
- Nem de todos. Muitas vezes quem me interessa não percebe que estou afim.
- Sem essa Lucas. Tu é o tipo de cara que não tem porque se preocupar com isso.
Ele levantou uma sobrancelha como se me questionasse.
- Você tem uns olhos que são tão penetrantes, cara bonito, corpo bonito, é super legal e simpático, muito brincalhão. É o tipo de cara que qualquer garota vai querer.
- Vendo você falando assim, até parece que você fica para trás.
- Eu? – Dei uma risada.
- Você é bonito David. Um cara alto, tem um porte físico bem definido, apesar de não malhar, seus olhos castanhos amendoados, sua pele quase branca, seus cabelos castanhos claro cortados em contraste com seu rosto, você não fica a trás não de muitos caras.
- Se eu não fosse tão tímido para chegar em alguém.
- Você é tímido?
- Sou, se não fosse eu já teria... – Deixei a frase solta no ar.
- Teria o quê? – Perguntou ele curioso.
- Nada não. Vamos dormir. – Falei fechando os olhos.
Senti ele se mexer na cama e logo senti os lábios dele tocarem os meus. Me afastei assustado e abri os olhos, ele estava congelado na cama esperando um xingamento da minha parte.
- Lucas! – Saiu quase em um sussurro.
- Eu estou afim de você David, desde o primeiro dia que cheguei no colégio. – Falou ele em um tom grave. – Desculpa, não sabia se era recíproco, mas quis arriscar.
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Bom dia galera!
Está aí mais capítulo, espero que estejam gostando da história. Desde ontem tento postar, mas o site diz que o texto já foi postado e não estava conseguindo.
Forte abraço e um ótimo fim de semana para todos.