Masturbação, liturgia deliciosa

Um conto erótico de Poetista Afrodisíaca
Categoria: Heterossexual
Contém 1144 palavras
Data: 21/08/2019 02:00:34
Última revisão: 24/01/2024 01:39:38

Saborear-se com o espírito liberto dos grilhões que nós mesmos impomos a si, sentir de forma plena e ardente as ondulações de nossos corpos, alucinar-se por meio de toques que atiçam nossa alma com unhas que dilaceram qualquer sintoma de culpa e arrependimento e assim, envenenar-se com prazerosas heresias, fantasias que corrompem os resquícios de castidade; narrarei a vocês um dos meus momentos de afagos, aquele autodescobrimento suscitado pela masturbação em sua plenitude.

Estava chovendo e nublado, assim fico observando o tempo apoiada no parapeito da janela por alguns minutos, lembro de me distrair contando quanto das janelas dos prédios ao redor estavam abertas, quantas pessoas que desejavam sentir o frescor dos ventos frios vindo do horizonte. Vestia nesse dia o traje não mais elegante aos olhos de alguns, mas sim o mais acolhedor, meias ¾ já gastas na sola, blusa de manga comprida decotada a ponto de deixar meus seios conseguirem se sobressair e respirar de seus cárceres, deixando apenas minha aréola e seus devidos biquinhos enclausurados, e por último porem não menos relevante, as pernas descobertas, independentes de qualquer matéria envolta, com a calcinha apenas de detalhe enfiada da forma mais gostosa por entre minhas nádegas, propositalmente colocada bem rente a minha vagina apertadinha.

Pois, então, não há ditado que mais caracterize esse momento, “cabeça vazia, oficina do diabo”. Começava a me sentir fatigada de tantas distrações banais que ocorriam em minha mente, já tinha estudado todas as matérias, feito as lições, varrido -não com aquele esmero- o chão e outras coisas cansativas até de serem escritas. Considero então comer aquele sucrilhos colorido, sentir apenas um gostinho daquela infância distante. Ponho um punhado em um pote com leite e jorro uma colher de mel apenas imaginando o quão delicioso seria se aquilo estive escorrendo pelo meu corpo macio, entre meus peitos onde uma boca inquieta estaria com a ponta de sua língua lambendo toda a minha indecência e devassidão

Sinto arrepios pelo corpo, vejo meus pelinhos eriçados e corro para debaixo de minha única e preferida coberta, verde aveludada. Já prevendo as minhas futuras divagações e brincadeiras, retiro minha calcinha e anseio em escutar alguma música, melodia que perfaça meus desejos, escolho nesse caso, Black No. 1, música deliciosamente melancólica, sinto as primeiras vibrações da guitarra deveras balançando em uníssono com meu âmago ate que...

Começo a percorrer meus dedos pela minha cintura, viajo nela até contornar minha barriga por inteiro, subo paulatinamente no meu ventre apenas com o contato de minhas unhas compridas e assim envolvo minhas mãos em meus seios durinhos, apertando-os fortemente com a intenção de deixar indícios de que fui maltratada. Para compensar meu excesso de violência, massageio com o dedo indicador o bico dos seios, endireitados ao mero toque, e seguidamente, agarro o meu seio esquerdo e o levanto desejando que meu biquinho encostasse nos meus beiços saborosos. Entre o hiato da música e a minha respiração arquejante, dardejo minha língua e começo a chupar vorazmente meu mamilo imaginando assim, a lascívia de uma Sucubus obcecada por sugar toda a energia vital de seres imaculados. Consumo meu ato, espremendo e molestando cruelmente meus peitos, pois minha natureza masoquista não resiste às minhas cobiças.

Caminho com meu dedo indicador no meu pescoço, exploro os cantos dos meus lábios, estes já inchados e rosados, logo, enfio vagarosamente meu dedo dentro de minha boca e imagino a satisfação que seria se estivesse extinguindo minha sede por um pênis durinho e eufórico naquele exato instante; ah sim, primeiro iria tocar de forma calma e mansa, como uma gatinha obediente, os seus testículos, aproveitando e lhe fazendo cosquinhas para ouvir aquela doce risada, melodia para os meus ouvidos. E logo após ter despertado seus interesses, pousaria velozmente meus beiços sob seu períneo e iria rastejando minha boquinha depravada em direção as suas bolas, engolindo-as que nem uma gatinha gulosa, e assim percorreria com a minha língua molhada deixando um rastro de saliva em toda a extensão do pau para finalmente pousar minha boca em sua cabeça aveludada investindo num bom e intenso chupão amalgamado com o fervor do meu beijo de língua, deixando minhas bochechas abarrotadas e minha gananciosa língua entretida; obviamente minha avidez não ficaria por aí, embeberia seu caralho todinho com minha saliva com movimentos ágeis até deixar meu homem no extremo de sua volúpia, prestes a extravasar a sua erupção para aí sim, abrandar e tranquilizar minha sucção e meu garalhão ter a consciência de quem está no comando, sentir sua submissão perante a minha pessoa, ser totalmente entregue para mim.

Nesta altura, já com os dedos encharcados, sacio a insaciedade de minha vagina, deslizando fogosamente minhas mãos com o fim de corresponder o seu chamado, avanço com candura para o meu clitóris, um dos órgãos mais atiçados pelo toque, e assim, massageio-o energeticamente com o dedo do meio, segurando os lábios maiores com o indicador e o anelar, e desta maneira permaneço, apalpando minha xana como ondas do mar, recuando e retornando em derradeiros movimentos sutis pela areia macia e acetinada. Ademais, já com a buceta dardejando de fome e concupiscência, principio-me a inserir meu dedinho indicador convicta a sentir toda a carne suculenta de dentro da vagina. E assim, como um pau robusto e ganancioso entro e saio da minha xota embebida por melzinho, procedendo à entrada do meu dedo médio e anelar, fazendo com que o único timbre que importasse naquele ensejo fosse o som límpido e audível do meu melzinho escorrendo que nem um córrego flamejante. Finalmente, por um átimo de tempo, insiro os meus dedos faltantes como uma pecadora gulosa com o desejo de corromper e ser corrompida por um pecado inextinguível. Desato a socar com ardente força a minha mão num vai e vem sem fim, sentindo minha buceta inicialmente apertadinha ficar extremamente arrombada e violentada como um estupro consentido; observo, portanto, que minha mão desaparece na imensidão da minha grutinha molhada, transparecendo apenas o meu pulso, e assim, os gemidos que antes eram tímidos e acanhados se transformaram em gritos estridentes e ensurdecedores, melodia harmoniosamente extasiante aos meus ouvidos. Findo meu ritual sexual, enfiando com a minha outra mão os meus dois dedos no cuzinho piscante que por conta do meu gozo, já estava embebido pela ambrosia dos deuses, deslizando sem impasse pelas minhas pregas pegas subitamente, um infortúnio sórdido. E no epílogo, lá estou, suadinha, com as pernas tremulas, gozada, respiração ofegante e com a face coradinha, bochechas ardentes e olhos revirados, uma putinha depravada plenamente estirada na cama.

Desse jeito perfiz meu dia, com o corpo de bruços pousado na beira da cama e o embaralhado dos meus cabelos que mais se assemelhavam a ondas descansando no chão, relembrando as tantas doçuras que já vivenciei, os toques e beijos mais quentes e imaginando os próximos prazeres, as subsequentes liturgias perversas e as próximas mãos que iriam seduzir e flagelar minha carne.


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Foto de perfil genéricaPoetisa AfrodisíacaContos: 4Seguidores: 4Seguindo: 1Mensagem

Comentários

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Fenomenal a sua maneira de escrita, realmente sabe levar a trama para outro nível!

Só acho que seria bom acrescentar nas tags o "Fisting Vaginal", parabéns mais uma vez!

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Parabéns, você faz jus ao seu nickname. Narração impecável, com detalhes importantes criando uma ambiência fantástica.

Coloquei Type O Negative junto com a personagem e viajei longe lendo este conto ao som de Black No. 1.

+3 estrelas, com certeza.

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Foto de perfil de Sah_Fada

Que conto perfeito!

Sua escrita é muito estimulante.

Obrigada por essa obra!!

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Mais um conto delicioso da poetisa afrodisíaca. Se soubesse o quanto me deixa ereto, imaginando cada detalhe minuciosamente descrito pela sua pessoa, certamente acabaríamos em um matrimônio, no qual eu teria o prazer inarrável de encharcar o lindo anel com o meu gozo e após inserir no seu lindo dedo inundado de mel, tendo em vista as inúmeras socadinhas que você teria dado em sua vagina antes.

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Auto satisfação
Aqueles momentos solitários e prazerosos de tesão.
Três estrelas
Os contos que mais curti.


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