Boa noite gente. Perdão pela demora de postar. As vezes me pergunto se foi o melhor momento de fazer essa segunda parte. Tá tudo muito corrido pra mim. Mas coloquei dois Capítulos nesse post. Creio que faltam mais dois ou quatro, não sei bem. Grande beijo*
Mãe: Estão todos bem, filho.
- Senti um alivio inexplicável em saber disso. Até que minha mãe fala;
Mãe: O outro rapaz é que não está muito bem, mas não corre nenhum risco.
Eu: O Otto.
Pai: Você vai vê-los ?
Eu: Claro, irei agora.
Mãe: Calma, tome um banho, coma alguma coisa, te levaremos lá.
Eu: Ok.
- Subi para meu quarto e fiquei um tempo parado, sentado na cama, pensativo. Mas o que diabos o Guilherme estava fazendo com o Otto dentro do carro ? Eu não entendia esse jeito do Guilherme de lidar com as situações. Eu era mais pragmático, preto no branco, sim ou não. Já o Guilherme tinha muito medo de ferir as pessoas. Não que eu seja alguma pessoa ruim, mas há momentos na vida que não importa a maneira ou o quão doce você fale ou seja, a pessoa não vai entender! O Guilherme segue com esse “namoro” em “banho maria” com o Otto, porque ou ele gosta dele ou ele tem pena dele, não vejo outro sentido há não ser esses. Resolvo ligar pra Guinha.
Guinha: Achei que havia esquecido de mim.
Eu: Oi meu amor, desculpa a demora para te ligar.
Guinha: Como se isso fosse novidade. Mas me fale, como está tudo?
Eu: Amiga, muitas coisas aconteceram nesses dias, resumindo tudo, porque é muita coisa e agora estou de saída. Gui sofreu um acidente de carro, junto com o ex ( ou algo parecido ) e uma amiga deles. Eles estão bem, to indo lá visita-los e devo está chegando ai em dois dias. Não posso demorar mais tempo aqui.
Guinha: Nossa! Você é realmente um guardião de boas noticias. Bom, que bom que estão todos bem. Vai lá vê-los e me fala quando chegar. Não vejo a hora de você voltar. Queria saber como você e o Gui estavam, mas pelo visto essa conversa só teremos quando você chegar aqui.
Eu: Não estamos amiga. De praxe, Guilherme é a pessoa mais complicada do mundo, achei que o conhecia, mas a cada dia que passa, vejo que muita coisa se perdeu no tempo... vai ver nunca existiu... ou existiu mais criamos aquilo tudo, para aquele momento.
Guinha: Amigo, calma. Você mais que ninguém sabe que as vezes coisas não tão boas ocorrem para entendermos que as vezes a males que vem para o bem.
Eu: Obrigado, amor. Terei que ir agora.
Guinha: Vai lá, beijo, me manda noticias.
Eu: Beijo, mando sim.
- Tomo um banho, troco de roupa, como algo rápido e apresso meus pais para podermos ir. No caminho para o hospital, estão todos calados, mas meu pai resolve quebrar o silencio;
Pai: Igor
Eu: Oi Pai...
- Estava perdido em meus pensamentos, só pude responder ao meu pai pela segunda vez.
Pai: Como vocês estão ?
Eu: Como assim ?
Pai: Você e o Guilherme.
Eu: Não estamos mais juntos já faz muito tempo pai. Achei que soubesse.
- Minha relação com meus pais sobre a minha sexualidade sempre foi muito boa, apesar de eu ser bem discreto na minha vida pessoal.
Pai: Eu sei filho, sua mãe me contou. Mas eu achei que você voltando para cá iriam se acertar.
- Achei bonita a preocupação de meu pai com o nosso relacionamento. Ele sempre gostou muito do Guilherme.
Eu: Conversamos, mas não chegamos a um acerto, ele está namorando pai.
- Despois que falei isso, meu pai não falou mais nada, e o silencio voltou a reinar dentro do carro. Meu pai não sabia muito bem lidar com essas situações, apesar de ter as melhores intenções do mundo.
Mãe: Filho, você se importa de passarmos rapidinho na padaria, queria comprar um bolo de milho para o Guilherme, sei que ele adora.
- O Guilherme nunca gostou de bolo de milho, ele comia para não fazer desfeita para a minha mãe, ele inclusive falava para mim “ Quando você vai falar a verdade para a sua mãe ?” eu sorria e dizia “ Quem tem que contar é você, não eu” Já a Michelle adorava os bolos que minha mãe fazia e mandava eu levar para o Guilherme, na verdade, era ela quem comia o bolo.
Eu: Pode mãe, ele vai adorar.
- Quando paramos na padaria, já perto do hospital, minha mãe estaciona o carro e vai comprar o bolo. Nessa hora meu pai se vira para atrás do carro onde eu estava e diz:
Pai: Igor, Eu não sei a quanto tempo que ele está com esse menino, mas eu sei que o Guilherme te ama. Vai por mim.
- Achei tão bonito o que ele disse naquele momento, que com um sorriso faceiro no rosto, pergunto;
Eu: Como tem tanta certeza, Pai ?
Pai: Uma vez, fui para o hospital pegar os exames de rotina, e ele faz internato lá, bom, ao menos na época fazia, faz uns meses isso. E ele veio falar comigo.
- Como ele nunca me contou isso ? Não me surpreenderia, meu pai não é como minha mãe, ele me ama, me apoia em tudo que faço em todos os âmbitos, mas é discreto com relação a essas coisas.
Eu: Sério ? e o que ele disse ? ( perguntei curioso. )
Pai: Eu estava sentado esperando me chamarem para pegar meu exame. E escuto uma voz por trás de mim;
Voz: Sr. Hermane ?
- Me viro de costas e era ele.
Pai: Oi Guilherme, tudo bem meu filho ?
Guilherme: Tudo, o que esta fazendo por aqui ?
Pai: Vim pegar uns exames.
Guilherme: Mas está tudo bem ? ou é só rotina ?
Pai: Só rotina mesmo.
Guilherme: Certo, deixa eu ver se consigo pegar para o senhor.
Pai: Não precisa, eu espero.
Guilherme: Ser interno no hospital deve ter o bônus de conseguir o exame sem ter que esperar, sem falar que eu mesmo posso pegar, não preciso falar para ninguém.
Pai: Tudo bem.
- Fiquei tão interessado na conversa que nem percebi que minha mãe estava demorando além do normal.
Guilherme: Pronto, aqui está. Só precisa assinar aqui.
Pai: Obrigado meu filho. Fique com Deus.
Guilherme: Obrigado.
- Quando eu me levantei para ir embora ( falou meu pai ) ele disse:
Gui: Sr. Hermane
Pai: Oi ?
Gui: Como está o Igor ?
Pai: Ele está bem, talvez ele venha em janeiro.
- Meu Pai disse que ele olhou para o chão essa hora demorou uns segundos, olhou para meu pai de novo e disse;
Guilherme: Ele merece as melhores coisas do mundo.
- Meu pai me falou que nesse momento ele ficou meio sem jeito, pois diz meu pai que ele falou com uma certa emoção, até que meu pai disse;
Pai: Vocês merecem, meu filho. Vocês merecem.
- Ele sorriu para meu pai e se foi...
Eu: Porque nunca me contou isso ?
Pai: Como se nós nos falássemos todos os dias meu filho, você está aqui e quase não conversamos, imagine quando você está em São Paulo.
Eu: Desculpa pai. Sei que não tenho tido muito tempo com o senhor. Mas vou melhorar.
- Nessa hora minha mãe chega.
Pai: Não se preocupe, eu já fui jovem, sei o que é isso.
Mãe: Do que estão falando ?
Pai: De como as mulheres demoram na padaria.
Mãe: Desculpa, é que o bolo estava saindo. Decidi esperar, o bolo tá quentinho.
- Chegamos ao hospital, eu estava visivelmente nervoso e por mais que eu não quisesse entender o porque de está tão nervoso, eu sabia muito bem qual era o motivo, ele tinha nome. Suzana. A mãe do Guilherme. Ela nunca gostou muito de mim, mas dizia o Guilherme, na época, que não é que ela não gostasse de mim, é que ela nunca soube entender muito bem a situação do filho, que era gay. Chegamos por uma espécie de recepção e meu pai disse:
Pai: Onde podemos ver Guilherme ********* ele está no quarto 412
- A mulher nos explicou e fomos em direção ao quarto, minhas mãos suavam, tinha algumas pessoas na porta, e já pude avistar a Michelle na porta com sua mãe e mais duas pessoas.
Michelle: Igor!
Eu: Oi Mi
Michelle: Ingrid, Sr. Hermane. Que bom que vieram
Mãe: Não poderíamos deixar de vir. Tenho o Guilherme como um filho.
Suzana ( mãe do Guilherme ): Tudo bem Ingrid
- Ela estava com uma cara chorosa e cansada.
Mãe: Tudo mulher. E você, como está agora?
Suzana: Um pouco melhor.
- elas se deram um abraço. Suzana falou com meu pai e eu fui o ultimo. Ela olhou para mim, com uma cara expressando um sorriso de canto de boca.
Suzana: Que bom que você veio Igor.
- Confesso que fiquei um pouco emocionado com a sutileza e verdade que saiu da voz dela naquele momento.
Eu: Eu jamais deixaria de vir.
Suzana: Eu sei. É bom te ver.
- Dei um abraço nela e em seguida ela falou:
Suzana: Ele está dormindo agora, mas ele vai gostar de te ver. Falou de você a manhã inteira.
- Falei surpreso;
Eu: Posso entrar ?
Suzana: Pode. Fique um pouco com ele. Eu vou comer alguma coisa com a Michelle.
Mãe: Acompanhamos vocês. Entregue o bolo a ele, meu filho. ( falou minha mãe piscando um dos olhos )
- O clima que estava naquele momento eu nunca tinha presenciado, parecia que todos estavam querendo que nós nos acertássemos.
- Elas saíram e eu entrei. Ele estava dormindo. Estava com a perna e um dos brações engessado. Ele estava dormindo com um semblante tão calmo que eu, por um momento não queria acorda-lo. Coloquei o bolo em cima da mesa que estava próxima a cama. Cheguei perto dele e dei-lhe um beijo em seu rosto.
- Fiquei acariciando seu cabelo ele abriu os olhos e me viu, abriu um sorriso e disse;
Gui: Você veio ?
Eu: Fui obrigado. Falei sorrindo de voltaContinua