Eu estou no último ano do meu curso de biomedicina, e, no início de cada semestre, sempre aproveito a oportunidade de curtir a calourada dos novatos, para desestressar. Conhecer gente nova, beber com novatos e com os veteranos que sempre aproveitam esse tipo de farra, beijar um menino ou outro, e só. Embora sempre levasse uma camisinha na carteira, nunca tinha transado com ninguém que tenha conhecido numa calourada, e principalmente nunca tinha transado no banheiro da faculdade, até conhecer o Pedro.
Foi na calourada do curso de jornalismo, numa sexta-feira. A festa ficou marcada para acontecer na própria faculdade, no espaço reservado para eventos: um pátio enorme, bastante espaçoso, com um palco, e que pegava também a área externa, onde ficava um gramado onde vez por outra tinha uma árvore. A organização da calourada havia decorado a área externa com mangueiras de luz, lâmpadas coloridas e fitas, deixando, à noite, um ambiente aconchegante, meio escurinho, como que incentivando a pegação generalizada que haveria no decorrer da festa.
A noite estava quente e abafada, como quase todas as noites aqui em Recife, e eu cheguei um pouco atrasado. A música já rolava quando entrei na área externa, já meio lotada. Eu não conhecia quase ninguém da galera veterana que estava presente ali; troquei algumas palavras com uma meia dúzia de pessoas e parti para o bar pegar uma bebida gelada que espantasse um pouco o calor que já fazia a camisa grudar um pouco nas minhas costas.
O bar era meio escuro, enfiado na parte entre a parte interna e externa do salão de eventos. Duas meninas serviam as bebidas com uma rapidez assustadora. Era open bar e as pulseirinhas dadas após a compra dos ingressos ajudava no serviço. Pedi uma vodca com Red Bull para começar a noite e fiquei circulando entre a área interna e externa meio que para procurar alguém. Não era possível diferenciar calouros e veteranos: todos pareciam estar já tão íntimos uns dos outros que procurar alguém mais sozinho, isolado, para bater um papo foi uma tarefa difícil.
Quem me visse ali, circulando sozinho entre o pessoal e dançando de leve, poderia pensar que era eu o novato. Tanto é que, do nada, surgiu um garoto um pouco mais baixo que eu (tenho 1,83), magro, branco, cabelos castanho-escuro penteado para trás. Ele tocou em mim e perguntou:
"Tu é novato?"
Eu disse que não. "Faço biomed aqui. Sétimo período."
"Hum. Quase acabando, então?"
"É? Tu é novato?"
"Oi?" (a música alta impedia o entendimento completo do que estávamos dizendo).
"Tu é novato?"
"Sou. Jornalismo."
"Tá gostando?"
"Tá bem legal. Só o DJ que não é muito bom."
"Não da festa. Do curso", eu ri. "Tá gostando?"
Ele riu também. Ele tinha um sorriso lindo. "Não sei. Tá muito no começo ainda."
A vodca com o energético já tinha passado da metade, e eu estava em chamas. Não sou muito de beber; então, quando bebo, qualquer gota de álcool no meu corpo causa um efeito amplificado.
Notei que ele não estava bebendo nada.
"Quer beber alguma coisa?"
"Tava afim. Mas não posso pegar no bar. Tô de penetra."
"Sem problema. Eu pego pra ti. Tu quer o quê?"
Ele queria só uma cerveja. Fomos até o bar conversando sobre a faculdade, sobre a festa, sobre o pessoal da faculdade e, conversa vai conversa vem, ficamos sabendo um o nome do outro. Ele era um cara legal: tinha recém-feito 18 anos, morava perto da facul, tinha um pai advogado e uma mãe psicóloga. Havia escolhido jornalismo meio sem saber por que. Nós dois sabíamos que ia rolar alguma coisa, mas eu pensava que iria parar nos beijos e, talvez, estourando, no máximo um boquete. Quem sabe, depois, nas próximas semanas, poderia rolar alguma foda, em casa.
Pedro e eu fomos para a parte externa e notei que, vendo ele de costas, havia ali uma boa bunda, bem redonda, dura, marcando a calça jeans. Meu pau já começava a ficar em meia bomba. Ficamos perto de uma árvore e conversamos sobre besteiras: pais, amigos estúpidos, praia, calor, Recife, trabalho, estágio, relacionamentos. Era essa a parte que começava a me interessar nele. Queria saber se tinha alguma chance com ele. Não era possível saber, 100%, que ele estava a fim. Parecia ou muito tímido ou pouco experiente.
"Terminei um namoro faz uns dias", Pedro disse, meio de repente.
"Ish, que chato", eu disse.
"É. Mas ele era um babaca. Sim, ele, era um garoto."
"Relaxa."
"Ele era um babaca. Sabe, era um namoro mas a gente nunca transou não."
"Sério?"
"É. Eu queria muito, sabe? Mas ele nem dava bola. Acho que na real ele era passivo e nunca me disse."
"Que merda", eu disse, sentindo o pau crescer na cueca. Queria meter naquela bundinha linda.
"Tu é hétero?", Pedro perguntou, olhando bem pra mim. Na luz da área externa dava pra ver os olhos castanhos dele brilhando.
Eu disse: "Não."
"Sabia", Pedro disse e me surpreendeu com um beijo molhado, penetrando a minha boca com a língua lisinha, ainda com um pouco do amargo da cerveja, percorrendo todos os cantos da minha boca com a ponta fervente daquela língua quente.
Eu agarrei o corpo dele e o pressionei contra o meu. Ele se agarrou no meu pescoço. Pedro esfregou o quadril contra o meu e eu puxei ele, colando o corpo dele ao meu. Meu corpo estremecia e o dele também. O cara estava precisando de uma boa foda. Quando nos separamos, estávamos ambos ofegantes e com calor. Não pude ver se Pedro estava excitado ou não por conta da luz, mas eu estava. Sentia meu pau pressionando minha cueca, as veias cheias de sangue, a cabeça inchada. Eu o queria em todos os sentidos. E pude perceber que ele também me queria. A mão dele continuava no meu pescoço. Ele continuava olhando pra mim. Os lábios dele, tão rosas, brilhavam ali naquela escuridão por conta da saliva trocada. Eu queria mais.
"Você mora perto?", ele perguntou e eu disse que não. Sugeri irmos para a casa dele, já que era perto, mas ele falou que os pais dele estavam em casa e não gostariam de ver um estranho assim entrando pra transar com o filho deles. Por um instante, não falamos nada. Aproximei minha boca da dele mais uma vez, ele levantou um pouco a cabeça e me deixou beijar a sua nuca. Beijei e o perfume dele, misturado ao cheiro da maresia e do suor, me embriagaram de uma só vez. Meu pau latejou. Mordi a orelha dele. Ele gemeu de leve.
"Tem que ser aqui", ele disse.
Surpreso, logo perguntei onde.
"Tem que ser aqui", ele disse de novo. "Não importa onde", e se aproximou da minha orelha: "Quero que você me foda aqui."
Aquilo me deu um tesão ainda maior. Procurei ao redor onde a gente poderia transar sem ser interrompido, embora a noção de transar ali, na área externa, com todo mundo vendo, enchesse ainda mais de tesão as bolas do meu saco. Meu pau estava estourando. E eu podia sentir Pedro transpirar de hormônios.
De repente, a imagem dos banheiros do segundo andar me veio a mente. Com certeza estavam abertos, porque sempre estava, e pouca gente ia ali, preferindo os banheiros do piso de baixo.
Beijei Pedro novamente. Sentir aquele gosto de novo me deu novos arrepios. Ele também estava curtindo. Vi no rosto dele que ali entre aquelas pernas havia um pau cheio de sangue pronto pra gozar. “Vamos pro segundo andar”, eu disse.
Ele perguntou: “Cê tem camisinha.”
Eu tinha.
Corremos para o segundo andar e chegamos ao banheiro, ofegantes por conta das escadas e do tesão.
Levei Pedro até um dos box. Fechamos a porta, para garantir. Eu o coloquei contra a parede e forcei meu corpo contra o dele. Nossos peitos se encostando, as bocas, as línguas, os toques. A mão dele percorria meu corpo e as minhas o dele. A nossa pele ardendo em brasa. Sentia no meu pau a ereção do pau dele.
Ele tirou a camisa e depois tirou a minha. E me lembrar de como eu lambi e beijei e babei aqueles mamilos vermelhos, duros, aquele peito forte, firme, me lembrar disso me faz começar a me masturbar enquanto escrevo isso, enquanto relembro isso.
Eu beijei aqueles mamilos e Pedro gemeu pela primeira vez. Ele não estava preparado para aquilo, e a forma como os dedos dele se entranharam no meu cabelo e o puxaram me fez gemer também. Fui descendo. Meus lábios e minha saliva escorriam por aquela barriga branca e meu nariz sentia os gomos. Ele esfregava minha cabeça. Ele mesmo desabotou a bermuda e a baixou. Quando ele fez isso, eu pude sentir o cheiro do pênis dele, do pré-gozo, o cheiro contaminou tudo, e eu abri o zíper da minha bermuda e, comecei a me masturbar, usando como lubrificante a minha própria pré-porra, a baba do meu próprio pau.
Baixei a cueca e vi o que desejei ver por todas aquelas semanas: a rola vermelha, alegre, pulsante de Pedro. Um raio de luz do poste caía exatamente naquela altura e refletia nos azulejos brancos do banheiro. Eu podia enxergar aquele membro de tamanho comum, talvez uns dezessete centímetros, livre de veias, era liso e harmônico como uma obra de arte. Enfiei na minha boca sem contar nem mais um segundo. Senti o gosto de Pedro. Ouvi o gemido de Pedro. Vi Pedro se segurar na parede. Chupei Pedro enquanto ele empurrava minha cabeça para mais perto dele, segurando pelo meu cabelo e depois se forçando para dentro de mim com a força dos quadris. Quase gozo com aquilo. Quase gozo só com aquilo.
A essa altura, minhas mãos estavam na bunda dele, apalpando as nádegas e indo em caminho do cu dele. Cu virgem, dava para notar. Tirei Pedro de minha boca, tentei virá-lo de lado e começar a beijar e lamber aquela bunda e aquele cu. "Vou te fazer um cunete. Você vai gostar."
E o virei de lado. Abri as nádegas lambi aquele cu, sem medo e receio dele ter feito ou não a chuca. Aquele era um cu virgem. Um cu rosa e virgem e com poucos pelos. Me enfiei ali. Ninguém me tirava dali. Ouvi ele gemer alto quando enfiei minha língua nele. Ele se segurou na parede, ouvi o pau dele ir contra os azulejos e ser forçado a ir para cima, quase encostando no umbigo de Pedro. Sabendo disso, fiz com que ele se esfregasse na parede, para que eu o masturbasse sem ser preciso tocar nele. Pedro gemeu. Como gemeu. Eu também gemia.
Ele disse, entre gemidos: "Para. Para senão eu gozo." E gemeu alto.
Eu parei. Me afastei dele. Me levantei. Mostrei meu pau para ele. Disse "Chupa, vai."
Ele colocou meu pau na boca e foi minha vez de segurar nas paredes. Aquela boca era quente, a língua era macia, firme, simples. De vez em quando, por causa da inexperiência, ele fazia com que a cabeça do meu pau batesse nos dentes, mas até isso era gostoso. Aqueles dentes, aquela língua. Puta que pariu, eu estava pronto pra gozar. Mas eu me livrei dele. Eu pus a camisinha enquanto o beijava. Pedro gemia, senti o corpo dele, coberto de suor, aquele cheiro, porra aquele cheiro. O cheiro do corpo de Pedro.
Entrei naquele corpo, bem aos poucos. Primeiro a cabeça, a massagem, depois de leve, sentindo o abraço como o de uma mãe, aquele cu abraçando meu pau, bem forte. Meti todo depois, e Pedro gemeu. Abriu as pernas, os joelhos. O segurei firme por trás. Beijei a nuca dele, depois a boca, mordi a orelha. Ele gemia. Ofegante. Ofegante. Pedro ofegava.
Fodi Pedro aos poucos. Depois, aumentei o ritmo. Quanto mais o fodia, mais ele se empinava na parede. Aquelas mãos grossas, firmes, os dedos. Sentir aquele corpo em brasa me dava maior tesão. O aperto daquele cu nem se comparava ao ouvi-lo gemer. Ao vê-lo morder o lábio inferior. Não se comparava ao dizer que iria gozar, a gemer que iria gozar. Eu o penetrei firme e segurei o pau dele. Coloquei ele de novo contra a parede, mas agora bem encostado contra ela. O pau dele ficou naquela posição de antes, imprensado contra a parede, sendo forçado a ficar pra cima. E comecei a fodê-lo de novo, dessa vez, movimentando o corpo dele para ele se esfregar na parede.
E Pedro se esfregou. E como se esfregou e gemeu. Quando gozou, urrou contra a parede e senti o corpo dele tremer num orgasmo potente. Ele gozou sem mãos, só com a fricção na parede, como eu quis. Gozou e esporrou não sei quantas vezes, e o cheiro de porra fresca inundou o banheiro. E aquilo me despertou para o fato de que eu também ia gozar. Não queria gozar no rosto dele. Queria gozar ali mesmo, ainda dentro dele, e o fodi com mais força, mais vontade: o pau dele, já tendo gozado mas ainda duro, ainda se esfregando na parede, ainda lhe dava prazer e, quando eu gozei, esporrando a camisinha, cada gozada era mais um gemido, meu e dele, meu e dele, meu e dele. Encostei meu peito nas costas dele e nosso suor se misturou. Aquele cheiro de porra no ar. Aquele cheiro de suor e sexo no ar…
Ficamos mais um minuto ali, parados, esperando o pau de cada um diminuir.
Depois, nos separamos. E eu vi, quando ele virou para mim, a barriga dele virava de tanto gozo e, na parede, escorrendo nos azulejos, a porra de Pedro brilhava à luz do poste como prata líquida.