A Vida que Não Escolhi - 17: UM ADEUS

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 3655 palavras
Data: 14/02/2019 03:05:11

MAIS UM EPISÓDIO DE ' A VIDA QUE NÃO ESCOLHI'. OBRIGADO POR TUDO:

Se aproveitando da condição de Samuel, os bandidos o levaram para um galpão abandonado, próximo ao Rio Tiete. Sem muitas dificuldades, eles o prenderam dentro de uma gaiola, não demorou muito para João aparecer. Ele certificou se sua máscara não iria lhe trair, o mal caráter chegou próximo ao jovem e riu, finalmente, o pai de Samuel, conseguiria o dinheiro que tanto queria.

- Escutem, deixem ele acordar, se ele fizer muito barulho tapem a boca dele. – ordenou João. – Daqui uma hora entramos em contato com o Gláucio.

- Sim, senhor. O celular especial está na mesa do escritório, senhor. – disse um dos bandidos.

- Perfeito. Se preparem, pois, as negociações vão começar. – garantiu João.

No Parque, Jonathan, chorava copiosamente, ele contou para os amigos tudo o que viu, e mesmo machucada, Lana preferiu ir direto para a casa de Jonathan, afinal, Samuel estava no corpo do rapaz, logo, era inocente em toda a história. O grupo chegou e Wal ficou preocupada, quando percebeu que Samuel não estava presente, Jonathan, não segurou às lágrimas e abraçou a madrasta.

- Meu Deus, Jon, quer dizer, Samuel, o que houve? – perguntou Wal.

- O Jonathan, ele foi, ele, ele foi sequestrado. – disse Jonathan chorando copiosamente.

- De acordo com o Samuel, um homem o dopou, depois, pegou ele nos braços e fugiu. – contou Kleiton. – Precisamos chamar a polícia.

- Por favor, precisamos ajudar o meu amigo. – pediu Lorena aflita.

- Oh, meu Deus. – soltou Wal pegando o telefone e ligando para Gláucio. – Precisamos manter a calma.

- Isso, Wal. – concordou Lana.

- Amor, precisamos ver o teu braço. – comentou Daniel verificando os ferimentos da namorada.

- Calma, bebê. – falou Lana.

- Alô, Gláucio, onde você está? Não, está tudo bem. Preciso de você. Não, agora, por favor. Venha para casa. – pediu Wal desligando o celular e olhando para os jovens. – Acho melhor contar pessoalmente, ele já está vindo. Samuel, agora me conta, o que aconteceu?

Enquanto Jonathan recordava das coisas que aconteceram, Isabella, encontrou novamente com Alfredo, ela estava encantada, afinal, o homem era atraente e charmoso. Os dois se viram praticamente todos os dias desde o acidente do Silvio. Eles decidiram caminhar na área externa do hospital, para Isabella, aquilo significava uma mudança de vida, por esse motivo, a mãe de Samuel, queria ser cautelosa.

- Você é muito engraçado, Alfredo. – confessou Isabella tomando café.

- E você é linda. – ele soltou assustando Isabella. – Desculpa, não queria...

- Tudo bem, você é bonito também. – ela respondeu ficando vermelha e rindo.

- Eu sei que nos conhecemos há seis dias, mas queria te convidar para jantar, claro, se você quiser.

- Nossa, eu não sei quando o Silvio vai ficar bem, mas...

- Ela aceita. – disse Antonella aparecendo do nada. – Na quarta-feira, às 19h30.

- Irmã. – repreendeu Isabella vermelha de raiva.

- Tudo bem. – disse Alfredo rindo da situação. – Quarta-feira. Pode ser?

- Cla, claro.

- Arrasou irmã, deixa eu ver meu sobrinho. – Antonella saiu cantarolando alguma música.

O coração de Gláucio parou, a cada palavra dita, o pai de Jonathan, ia desfalecendo. Não demorou muito para a polícia chegar, Samuel, foi interrogado por um bom tempo, então, o responsável pela operação pediu que uma equipe seguisse para o Parque, eles pegariam as imagens das câmeras de segurança.

- Meu Deus, eu vou perder meu filho. – lamentou Gláucio chorando e abraçando Wal.

- Não vai, estamos contando com a ajuda de profissionais, amor. – disse Wal. – Temos que ter fé.

- Preciso falar com o pessoal do banco, eles podem ligar a qualquer minuto. – falou Gláucio pegando o celular.

- Ei, não, eu faço isso. Você fica aqui com os policiais.

Várias vozes se misturavam na cabeça de Samuel, ele acordou, mas não conseguia abrir os olhos. O jovem tentou se mexer e não conseguiu. Aos poucos, Samuel, percebeu que estava amarrado, seus braços doíam demais. Os bandidos perceberam a movimentação, e chamaram João. O bandido fez várias fotos e vídeos. Samuel se desesperou e começou a gritar, um dos bandidos agiu com violência e o chutou.

- Se você quer sair vivo daqui, princesa, vai ter que cooperar conosco. – explicou o meliante.

- Eu quero ir para casa, por favor. – pediu Samuel chorando de dor.

- Olha, ele pediu por favor. Vamos liberar o moleque. – falou outro bandido se aproximando e fingindo desamarrar Samuel. – Te manca, rapaz! – gritou o homem batendo na cabeça do jovem. – Aguenta como macho. Se o teu papai ajudar, amanhã você estará em casa.

- Meu pai, ele, ele.

- Amarra a boca dele. – ordenou João fazendo mais um vídeo de Samuel.

- Essa voz. – pensou Samuel. – Não, não pode ser.

- Cadê o celular dele? – perguntou João tentando mudar a voz.

- Está no escritório, chefe.

Após duas horas, o telefone de Gláucio anunciou uma chamada, o número era desconhecido, o pai de Jonathan, olhou para os policiais e atendeu a ligação. A voz dele falhou em vários momentos, no outro lado da linha, João, tentou tranquilizar o empresário. O bandido mandou várias fotos e vídeos de Samuel, Gláucio, claro, não aguentou a pressão e começou a chorar.

- Escuta. – disse João. – A gente não quer machucar o garoto.

- Por favor, eu faço qualquer coisa. – implorou Gláucio chorando. – Só devolvam o meu filho.

- Queremos 5 milhões de reais. Você tem 24 horas. – explicou João. – Eu ligo para te mandar o número da conta. – desligando o telefone.

- Meu Deus, eu não tenho esse dinheiro todo. O que eu faço?

- Querido, vamos dar um jeito. – afirmou Wal.

Desesperado, Jonathan, saiu chorando de casa, ele caminhou pelas ruas de São Paulo. O jovem voltou para o Parque de Diversão, a polícia estava lá averiguando o local do sequestro. Segundo eles, as câmeras foram desligadas, por isso, procurariam pelos prédios das redondezas. As pessoas falando na rua, as sirenes da polícia, a música alta ecoando, Jonathan, não conseguia colocar os pensamentos em ordem.

Preocupados, os amigos de Jonathan o seguiram até o Parque. Eles ficaram com pena da reação dele, principalmente, Lorena, que sabia do romance entre os dois. Jonathan saiu andando e começou a gritar o nome de Samuel. Todos, exceto Lana, acharam a situação no mínimo estranha.

- Samuel!!! – gritou Jonathan. – Samuel!!!!

- Lana, o que ele está fazendo? – perguntou Lorena muito confusa.

- Gente, é complicado, eu não posso explicar agora. – respondeu Lana olhando para Lorena, Daniel e Kleiton.

- Samuel!!! – gritou Jonathan novamente olhando para todos os lados.

No cativeiro, Samuel, pensava em Jonathan, e lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Do nada, ele ficou tonto e desmaiou. Enquanto isso, Jonathan, apagou também, sorte que os amigos estavam lá. Eles correram e deixaram o jovem em uma posição mais confortável. Depois de alguns minutos, Samuel, retornou, e quando acordou viu todos ali.

- O que aconteceu, onde estou? – perguntou Samuel.

- Você está bem? – questionou Lana. – Você desmaiou.

- Eu. – olhando para os braços. – Lana, eu estou de volta. Eu estou no meu corpo. – falou Samuel levantando e pegando tentando encontrar o celular. – Cadê meu telefone?

- Amigo, você voltou? Isso quer dizer que o Jonathan...

- Provavelmente, Lana.

- E onde você estava? – indagou Lana.

- Eu não sei, um lugar sujo e fedido. Ouviu também vários caminhões passando, tipo, tratores, sabe.

- Mais alguém está perdido aqui? – perguntou Lorena de uma forma engraçada.

- Eu. – falaram Daniel e Kleiton juntos.

- Precisamos contar para a polícia. – sugeriu Lana.

Jonathan acordou no cativeiro, desesperado, as mesmas coisas que Samuel sentiu, mas em nenhum momento ele chorou. Com muita dificuldade, Jonathan, se virou, mas o capuz o impedia de ver as coisas. Então, ele sentiu um celular em sua cueca. Os bandidos perceberam a movimentação e chutaram o jovem. Mesmo assim, o filho de Gláucio, continuou a missão de pegar o telefone.

João apareceu novamente, e pediu para os capangas tirarem o capuz de Jonathan, a luz do ambiente quase cegou o jovem. João explicou que tiraria a mordaça da boca, mas não adiantava ele gritar, pois, ninguém ouviria. Os bandidos deram água e alimentaram Jonathan, quer dizer, tentaram, porém, o jovem se negou a comer.

Jonathan prestou atenção em todo o ambiente, o cheiro e os barulhos externos. Um dos bandidos que chegou acabou reclamando do trânsito da cidade, Jonathan, observou a bota do mesmo e percebeu que havia lama. Os meliantes conversavam sobre a divisão do dinheiro, eles riam e celebravam aquele momento.

Após muito tentar, Jonathan, conseguiu tirar o celular da cueca, com cuidado, ele ligou o aparelhou e tossiu para encobrir a musiquinha de início. Samuel voltou para a casa de Gláucio e procurou Wal. Ele explicou toda a situação para a madrasta do amigo.

- Eles me doparam, mas eu só apaguei realmente quando cheguei ao local. – explicou Samuel.

- Então, isso significa que o cativeiro não está tão distante do Parque. – deduziu Wal pegando o celular e abrindo o mapa.

- Não.

- Tá, Samuel, explica para gente, por favor, o que está acontecendo? – perguntou Lorena sem paciência e achando a história esquisita.

- Eu mudei de corpo com o Jonathan, ok. No dia que vocês tiveram aquela ideia absurda de nos jogar no Ciência Maluca.

- Como assim? – questionou Lorena.

Samuel viu a mulher no jardim da casa de Jonathan, novamente, ele sentiu uma tontura e desmaiou novamente. O mesmo aconteceu com Jonathan. Os bandidos perceberam que o jovem havia passado mal, num movimento brusco, eles levantaram o corpo do rapaz e o celular acabou caindo atrás de uma caixa.

- Patrão, ele desmaiou? Vou colocar ele na gaiola. Acho melhor. – disse um dos bandidos.

- Só toma cuidado, ele é precioso.

- Ei, traz a gaiola pra cá. Desse lado, o garoto não consegue ver a sala de operações. Põe, perto da caixa.

Depois de uns minutos, Jonathan, acordou, mais uma vez no corpo de Samuel. Ele não falou com ninguém, pegou um papel e começou a fazer uma série de anotações, os seus amigos ficaram observando a cena. Ele revelou que viu o lugar onde Samuel estava feito refém. Wal prestou atenção nas palavras de Jonathan.

- É uma espécie de armazém, tinha um cheiro podre, barulho de carro e os homens estavam encapuzados. Com certeza é em São Paulo. – revelou o jovem.

- Tá, mas nenhuma pista, não deu para ver por alguma janela? – questionou Lana.

- Não.

- Então, deve ser em um lugar movimentado, né? – perguntou Wal se aproximando de Jonathan.

- Sim, mas onde? Essa cidade é gigante. E vai cair maior chuva. Precisamos agir rápido.

- Vou avisar a polícia. – avisou Wal correndo com dificuldade por causa dos saltos.

- Espera, Wal.

- Não. – interveio Kleiton fechando a porta. – E essa história de troca de corpos?

- Que troca de corpos?

- Jonathan, o Samuel, contou. Foi inevitável. – assegurou Lana.

- Bem, lembra no dia que a gente sofreu o acidente?

- Sim. – soltou Lorena olhando para os amigos.

- Então, eu e o Samuel, a gente trocou de corpo um com o outro. – explicou Jonathan.

- Isso já faz uns seis meses, e a única que sabia era a Elana? – perguntou Lorena visivelmente chateada.

- Desculpa, mas é complicado demais, e o foco agora não é isso, precisamos ajudar o Samuel, ele é, ele é meu melhor amigo. – revelou o jovem segurando as lágrimas.

- Tudo bem, Jonathan, a gente te entende. Vamos salvar o Samuel, ele afinal, é amigo de todos nós, certo? – questionou Kleiton.

- Eu consegui ligar meu celular, posso tentar rastrear, mas tem outro problema. O pai dele está envolvido no sequestro. – disse Jonathan abrindo o notebook e buscando o site de rastreamento.

- O João? – indagou Lana assustada.

- Eita, cada vez mais as coisas se complicam. – soltou Lorena.

Henrique estava exausto, ele trabalhou o dia todo ao lado de Antonella, quer dizer, a tia de Samuel, aproveitou a presença do namorado e sumiu durante algumas horas, na verdade, ela foi até o hospital deixar alguns documentos para Isabella. Quando retornou para o escritório, Antonella, encontrou Henrique dormindo no balcão.

- Ei, desse jeito você não vai receber a diária. – falou Antonella batendo na mesa e assustando o jovem.

- Não! – gritou Henrique levantando rápido. – Nella, que merda. Não faz isso, meu. – se recompondo.

- Desculpa, filhote, não resisti. – ela disse o abraçando. – Você terminou tudo?

- Sim, senhora, capitã! – ele fez uma saudação militar.

- Bobo. Acho que você pode ir amor, a Silvia está comigo, vou levá-la para casa. Amanhã, eu juro, juro de mãos juntas, que te recompenso.

- Olha que eu cobro, hein.

Depois de verificar no notebook, Jonathan, achou a última localização de seu celular. Ele ficou esperançoso, pois, queria encontrar Samuel de uma vez por todas. Lana começou a sentir muitas dores no braço, ela machucou feio, e o hematoma estava enorme, depois de muita insistência por parte dos amigos, ela e Daniel, seguiram para o hospital, enquanto, os outros iriam ao local indicado.

- Estou me sentindo em um filme de espionagem. – soltou Lorena.

- Só vamos verificar, né? E ligar para a polícia. – perguntou Kleiton preocupado.

- Sim, tenho certeza que vamos achar o Samuel.

- Onde vocês vão achar o Samuel? – perguntou Wal assustando todos. – A Lana pediu para eu te entregar o celular dela. Que história é essa de achar o Samuel?

- A gente localizou ele, quer dizer, o meu aparelho que eu liguei no galpão. – explicou Jonathan. – Olha, a história é mais complicada que parece, não podemos falar para a polícia agora. Precisamos ter certeza.

- Ei, calma. Eu vou com vocês. – disse Wal.

- O quê? – perguntaram Jonathan, Lorena e Kleiton ao mesmo tempo.

- Vocês vão precisar de uma motorista experiente, tenho certeza. – afirmou Wal jogando os cabelos para a esquerda.

- Beleza, vamos sair em silêncio, papai já está preocupado demais. – pediu Jonathan.

- Essa roupa combina para um resgate? – perguntou Wal olhando para Lorena.

- Sim, claro. Você é mais patricinha que eu. – solta a amiga de Jonathan.

Com as coordenadas em mãos, o grupo seguiu para o encontro de Samuel. Jonathan, claro, não escondia o nervosismo, ele queria muito abraçar o amigo e dizer que tudo ficaria bem. Wal, pediu para todos terem cautela, a loira entregou para os jovens, algumas armas não-letais, como spray de pimenta e tasers (armas de choque). No trajeto, a mulher de Gláucio falou para eles como usarem os objetos.

- Nossa, o papai sabe que você usa isso? – perguntou Jonathan.

- Ele que comprou, uma moça, infelizmente, não pode andar sozinha. – comentou Wal prestando atenção no trânsito.

- Wal, eu queria pedir desculpa. O Samuel deve ter sido um enteado melhor do que eu, né? Essa é a especialidade dele, ser melhor que eu. – desabafou Jonathan.

- Não se preocupa, querido. Eu sei que você tinha seus motivos. Fico feliz que você tenha dito isso, mas você e o Samuel, são perfeitos, cada um do seu jeito.

Vários galpões, o quarteto encontrou uma parte cheia de armazéns antigos. O rastreador não deu muitos indícios, mas as suspeitas de Samuel estavam certas, o lugar era barulhento e um odor encobria o ar. Wal decidiu estacionar o carro de uma maneira estratégica. Ela e Jonathan, seguiram para uma área mais próxima ao rio Tiete, enquanto, Kleiton e Lorena, no sentido contrário.

- Wal, qualquer coisa, você corre e chama a polícia, ok? – ordenou Jonathan enquanto observava os galpões.

- Claro, eu odeio valentões. Você lembra a cor do galpão ou alguma janela que possa identificar? – perguntou Wal andando próxima a Jonathan.

- Não, mas aqueles caras não me parecem estranhos. – ele disse apontando para frente. – Vamos nos esconder.

Alguns capangas de João voltaram do mercado, eles foram comprar alguns produtos para Samuel. A dupla seguiu para o sentido contrário, justamente onde estavam Kleiton e Lorena. Jonathan, mandou uma mensagem para o amigo do celular de Lana, mas ele não visualizou. Os bandidos perceberam uma movimentação diferente, até toparem com o casal, que se beijava apaixonadamente.

- Ei, vocês. – chamou um dos bandidos.

- Oi, senhor. – disse Kleiton se afastando de Lorena. – Desculpa, a gente pensou que tudo aqui fosse abandonado.

- Aqui não é lugar de pegação. Vaza! – gritou o homem.

- Tudo bem, não precisa ser grosso. – respondeu Lorena.

- Amor, vamos sair daqui. – pediu Kleiton nervoso.

Após o momento de tensão, os bandidos seguiram caminho, de longe, Lorena enxergou Jonathan e Wal se aproximando, então, os quatro se esconderam para descobrir o cativeiro de Samuel. Não demorou muito para os capangas entrarem no galpão de número 33. Como Jonathan era grande demais para tentar uma aproximação mais discreta, a escolhida foi Lorena, mesmo nervosa, a patricinha encarou o desafio.

Devagar, a garota conseguiu chegar em uma das laterais do galpão, com todo cuidado do mundo, Lorena, subiu em uns paletes de madeira e confirmou as suspeitas, Samuel, estava dentro de uma espécie de gaiola. Ela ficou nas pontas do pé para tirar fotos do celular, mas acabou escorrendo e caindo no chão. O barulho, claro, chamou a atenção dos marginais.

- Ei, garota. O que está fazendo aqui? – perguntou o homem.

- Desculpa, senhor, eu me perdi. – mentiu Lorena.

- Perdeu nada. – disse o homem segurando forte no braço de Lorena.

- Me solta! – ela gritou chutando os testículos do homem.

- Ah, maldita!!! – esbravejou.

- Toma essa, Hulk. – soltou Lorena atingindo o homem com spray de pimenta. – Não se trata uma dama assim.

- Não. – falou o homem rolando do chão.

- Toma mais, eu achei muito pouco. – afirmou a patricinha encharcando o rosto do homem com spray de pimenta. – Isso vai te sossegar por uns 30 minutos.

- O que significa isso? – questionou outro capanga.

- Se eu fosse o senhor olharia para traz. – pediu Lorena fazendo uma carinha de inocente.

- Acha que eu vou cair...

- Ela avisou. – disse Wal eletrocutando o outro capanga que caiu no chão.

A confusão estava armada, com dois bandidos nocauteados, o quarto seguiu para dentro do galpão, lá, Kleiton e Jonathan, derrubaram o terceiro. Um quarto bandido conseguiu render Wal, ele segurava uma faca em uma das mãos, só que teve um pequeno problema, o meliante começou a espirrar, então, a madrasta de Jonathan aproveitou o momento e desferiu vários golpes de caratê no homem.

- Wal, acho que chega, né? – pediu Jonathan ao ver o homem inconsciente. – Desculpa. Gente, como pode? Meu perfume é tão cheiroso, paguei 500 reais, e ele é alérgico. Obrigada, Ralph Lauren.

- Será que esse foi o último? – perguntou Kleiton.

- Crianças, saiam daqui e chamem a polícia. Eu dou conta. – falou Wal tirando o teaser da bolsa.

- Nada disso, eu vou com você. Não vou deixar ninguém mexer com a minha mãe. – soltou Jonathan.

- Gente, o tempo tá acabando. – avisou Lorena.

- Espera, ele me chamou de filho. – Wal abraçou e beijou a testa de Jonathan. – Tá, vamos focar, né? Vocês dois, vão para fora e chamem as autoridades.

- Tudo bem.

Não foi difícil encontrar Samuel, o jovem estava preso em uma gaiola de metal. Jonathan se aproximou e encostou no amigo, que gritou. Ele avisou que tudo tinha acabado, Wal, pegou a chave e libertou o jovem. Em prantos, Samuel abraçou Jonathan, ele ficou abalado com toda a situação. Antes que eles pudessem reagir de alguma forma, João, apareceu e apontou uma arma para Wal, Samuel e Jonathan.

- Você tinha que se meter, Samuel? Puta que pariu. – gritou o homem.

- Pai, ainda dá tempo de desistir. Vai embora. – pediu Jonathan que segurava Samuel.

- O senhor não precisa fazer isso, eu juro que não conto nada. – falou Samuel.

- Não, vocês não entendem. Eles vão me matar se eu for para a cadeia. – revelou João que andava de um lado para o outro.

- Eu tenho dinheiro aqui. Você pode ir embora, e tipo, nunca mais voltar, por favor. Os nossos filhos são amigos. – interveio Wal abrindo a bolsa.

Com o movimento brusco de Wal, João, atirou da direção dela, mas Jonathan acabou sendo mais rápido e se jogou na frente da madrasta. Wal caiu no chão e foi rastejando na direção do enteado, ela começou a chorar e a gritar. Em choque, Samuel, não reagiu, suas mãos não paravam de tremer. João viu uma oportunidade e levou o jovem para o carro.

Jonathan levantou com dificuldade, ele foi acertado no ombro pela bala, Wal, muito nervosa não entendeu que o enteado queria continuar, então, eles seguiram para o carro. O que João não sabia, e nem mesmo Jonathan, era que Wal já havia entrado para uma equipe de kart, ou seja, a mulher de Gláucio adorava uma corrida. Para deixar as coisas mais dramáticas, uma forte chuva começou a cair em São Paulo.

A perseguição teve inicio pelas ruas alagadas da Avenida Paulista, a concentração da madrasta deixava Jonathan tenso, ele conseguia ver o carro de João, enquanto isso, Samuel ainda não conseguia acreditar que o pai teve coragem de lhe dar um tiro. Ele aproveitou a situação para tentar desestabilizar o bandido.

- Você atirou no próprio filho. Você é um monstro. – soltou Samuel tentando se libertar das correntes.

- Cala boca, moleque. Ele se meteu no meio, eu queria acertar a tua madrasta! – gritou João que quase bate o carro.

- Você perdeu João, vai ser preso! – falou Samuel conseguindo ficar em uma posição mais confortável.

- Te mato antes de ir para a prisão. – ameaçou o bandido deixando Samuel assustado.

- Era isso, a vida de Jonathan. – pensou Samuel.

Naquele momento, Samuel, lembrou dos avisos da mulher misteriosa, durante os encontros, ela repetia que a vida de Jonathan corria risco, mas na verdade, a situação era inversa. Wal usou um linguajar que não lhe pertencia, a direção mudava o comportamento dela, ainda mais quando alguém corria risco de vida. João esbravejou bastante, e tentava a todo custo sair da cola dela.

- Esse pai do Samuel é um bom motorista, mas eu sou melhor. – disse Wal saindo do caminho e assustando Jonathan.

- Ei! Não, ele está fugindo! – gritou o jovem.

- Calma, Jon Jon, desestressa.

Wal fez uma loucura, ela desceu uma escadaria, Jonathan, fechou os olhos, o carro quase vira, mas se manteve no caminho, e os dotes da mulher de Gláucio se mostraram fortes, eles pararam na frente de João, que por pouco não bateu. Com ódio, o pai de Samuel, deu a ré, porém foi acertado em cheio por uma caminhonete, a porrada fez o carro de João descer um morro e capotar.

- Não, não. – falou Jonathan saindo do carro e olhando para o barranco. – Samuel!!!!!

- Essa não, o que eu fiz? – perguntou Wal saindo do carro.

- Samuel!!! – gritou Jonathan descendo o barranco.


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