Um pecado de Vizinho: Confusões de um garoto.

Um conto erótico de DuqueChaves
Categoria: Homossexual
Contém 2555 palavras
Data: 27/11/2018 00:56:02

Só dei por mim, da loucura que eu estava fazendo quando ele abriu a porta do carro e entrou nele. Sinceramente eu estava ficando louco.

O trajeto de volta para cidade me deixou confuso. Minha mente ainda tentava registra tudo isso. Tudo o que estava acontecendo. Onde Guilherme me colocou?

- Dominik? Esta bem? – a pergunta de Gato me fazia piscar os olhos e voltar a realidade.

- Sim, sim. Eu apenas estava pensando em algumas coisas.

Gato me olhava como se eu tivesse doente, seus olhos eram tristes e suas mãos tremiam no volante.

- Sei que é muita coisa para digerir, mas caso não consiga. Eu posso perdoar a divida e ver um outro jeito, eu só preciso... preciso de respostas.

O desabafo de Gato me fez doer o coração. O carro estava estacionado a uma quadra de minha casa. O ar ligado me fazia tremer um pouco. O carro estava cheirando a seu perfume. O que me fazia o querer mais um pouco.

- Eu não quero te força a nada, mais se me ajuda-se eu te protegeria e faria qualquer coisa. – Seus olhos encararam os meus e sentia que ele falava a verdade. – Se alguém matou Daniel, eu quero saber e punir ele. Mas eu preciso de ajuda, e não confio tanto assim nos olhos azuis.

Ele falava todas aquelas palavras que deveriam esta em seu coração a tanto tempo. Ele perdeu a pessoa que mais amou, se tornando mais amargo. Se tornando uma pessoa desprezível e solitária.

Como eu odiava ter esse meu fraco, por pessoas que precisavam de ajuda e que precisavam ser concertadas. Tomo coragem e pego sua mão.

- Pode contar comigo. Irei fazer tudo que eu tiver ao meu possível para te ajudar.

Gato sorriu, mesmo um sorriso fraco. Ele me olhou com esperança. Esperança de que tudo melhoraria. que enfim ele achou alguém que poderia o ajudar.

- Eu vou pedi que ainda seja a ponte entre meu irmão e seu sócio comigo. – Gato liga o carro e anda mais um pouco com ele.

- Já tem suspeitos para investigar?

- Eu tenho uma lista. Começando com os olhos azuis e terminando com meu irmão. – Ainda nervoso ele dirigia calmo pelas ruas escuras da cidade.

- Seu irmão não parece ser uma pessoa que podemos desconfiar. – Meu celular vibrou um pouco, peguei e vi duas mensagens, uma de Allan e outra de Guilherme perguntando onde eu estava.

- Não conhece meu irmão como eu conheço. – Comentou Gato. – Seu irmão, como esta com ele? Como se sente em ser vendido

Aquela pergunta me pegou de surpresa. Ele em nenhum momento perguntou sobre como eu me sentia sobre ser apostado e ter meu destino nas mãos de um desconhecido.

- Eu ainda quero matar ele. Mas estou pensando em uma tortura bem melhor. – dei de ombros. – meu irmão sempre foi um problema desde de criança. Depois que nossa mãe morreu ele entrou de vez para o exercito. Essa é a hora de você dizer meus pêsames e bla-bla-bla.

Gato me deu um sorriso mais alegre. O que me fez querer ve-lo mais assim.

- Nunca gostei de falar essas palavras. Sempre sinto que não estão falando a verdade, ou que são apenas palavras ao vento.

- Sempre senti o mesmo.

Um silencio se fez no carro na frente da minha casa. Por um momento eu fiquei olhando para aquele homem na minha frente. E fiquei me perguntando em como ele era quando estava amando. Afugento aqueles pensamentos de minha mente.

- Melhor eu ir. Amanhã eu tenho trabalho.

- Boa noite, Dominik.

- Eu esperava que me daria um apelido ou nome de um mascote. – Ele me encarou com o vidro da porta aberto.

- Não precisa. Eu gosto do seu nome!

- Boa noite, Gato.

Andei alguns passos e ele me chama. Me viro.

- E porque me chama de Gato?

- Porque é um nome que cai bem em você!

- Não vai trabalhar amanhã não, fique em casa. – disse Gato.

Me viro e entro em casa. Papai deveria estar de serviço, como eu sabia? Guilherme estava na cozinha.

- Se for me matar de vez, faz isso com dignidade e elegância.

Guilherme tirava do forno, uma lasanha. Pelo visto estava bonita.

- Engraçadinho! Eu que fiz antes que pergunte se comprei feita. – Guilherme coloca na mesa a lasanha e se senta.

- Ainda bem que deixei um dossiê pronto contra você! – Ele joga o pano de sua mão na minha cara. – eu que deveria ficar com raiva de você. Você me vendeu.

- Lá vamos nos de novo. – Guilherme revira os olhos. – Eu já pedi desculpas.

- Isso não serve para mim. Guilherme. E sabe muito bem disso. Mas estou preparando algo bem diabólico contra você!

Guilherme dar de ombros e tira um pedaço de lasanha.

- Como foi o serviço maninho? – Guilherme enchia a boca de comida, e falava ao mesmo tempo.

- Engole primeiro e fala depois. – Retruco para ele.

- Você engole gala e não fico com nojo de falar perto de você!

Reviro os olhos.

- Melhor comer mesmo.

- Amanhã é o aniversario da mamãe.

Olhei para Gui que brincava com sua comida. Nossa mãe morreu com um acidente de carro. Eu era pequeno e não me lembrava muito de minha mãe. Mas sabia que ela era uma mulher linda. Que sempre foi bem explosiva.

- Papai esta querendo ir em seu tumulo, amanhã. – Guilherme comeu mais um pedaço da lasanha.

Respirei fundo, e toda vez que eu entrava naquele cemitério. Eu chorava.

Mesmo pequeno, ela era minha mãe. E eu sentia sua falta.

- Eu vou. Peguei uma folga.

- Eu vou com o velho. Se não sabe, ele pode querer se jogar de novo.

Papai nunca mais se relacionou, ele dizia que ela era a única. Que nenhuma outra mulher seria igual a ela, e que ninguém entendia ele e o controlava como ela. Papai sempre dizia que ela era explosiva e ao mesmo tempo ela era calmo e calculista.

- Quase vinte anos. – olhei para o retrato da mamãe. Uma mulher sorridente e com cabelos negros ondulados.

Papai quando viu minha mãe morta, descendo o caixão quase se joga no nele para poder ir junto com ela.

- Eu vou mais acho que na hora do almoço.

Gui pegou seu prato e levou para pia.

- Mamãe faz falta. Ele me entenderia...

- Eu sou seu irmão e me esforço para te entender Guilherme.

- Hum.

Aquele descaso do meu irmão me fez ruir em raiva.

- Olha aqui, o que você acha que esta dizendo? Sou seu irmão mais novo e sei muito bem como pensa Guilherme. Sou seu irmão e eu que deveria esta roendo de raiva pelo que eu estou pagando e não você fazendo essa cena ridícula.

Guilherme me olhou e por um momento, quase, quase me bate. Mas encostou sua mão em meu rosto. E me beijou. Seus lábios tocaram os meus e senti um formigamento estranho em meu corpo. Guilherme era malhado, malhados demais, meu corpo franzino se encostou no fogão, eu sentia sua ereção se enroscando na minha. Suas mãos grossas, passeavam pelo meu corpo. Gui enfiou sua mão em minha bunda apalpando ela, tentando enfiar um dedo em meu cu.

Foi o choque eu precisava para sair daquela cena.

- Você esta ficando louco?

O tapa estalado que eu dei em Guilherme o despertou da loucura que estávamos fazendo.

Ele piscou varias vezes, arqueou as sobrancelhas e saiu da cozinha, me deixando sozinhoDormi foi bem difícil. Por dois motivos, meu irmão estava trancando em seu quarto e não saiu de lá pelo resto da noite. E a outra era que Allan não mandou nada. O que me deixou mais irritado.

“alemão gostoso: Esta acordado?”

“Gato Fuleiro: Esta acordado?

“ Mulher gato: Esta acordada?

Fiquei esperando alguns minutos. E nada. Olhei para a janela e encarando o nada. Até que vejo alguém me olhando espreitando na noite. Esfreguei bem meus olhos. E a pessoa corre por entre as casas não me deixando ver mais ela. Eu saiu correndo na casa e desço as escadas correndo para saber quem era.

Saio correndo rua a dentro para ver meu perseguidor.

Se me perguntar se estou louco, estou sim!

Volto e vejo meu celular que até agora nenhuma mensagem chegou.

E coloco meu celular para tocar e adormeçoEle estava lavando o carro, seu corpo bem esculpido me fazia ter anseios. Eu a via de meu quarto, aquele pedaço de deus no mundo. Allan era uma pessoa que me fazia ser o mais vadio de todos. Que descobria meu lado sadomasoquismo.

- O que está vendo em?

A voz de meu irmão me fez quase derramar o café que estava em cima da minha bancada.

- Nada. – Olhei para Guilherme. – Nada, apenas admirando a paisagem para ver se tenho alguma inspiração.

Guilherme estava apenas de samba canção e sorriu de um jeito cínico.

- Eu aqui! Sou o seu modelo perfeito. – Ele abriu os braços e deu uma volta. – Sou ou não sou?

- Claro que não.

- Só porque eu não sou Allan. – Guilherme chega perto de meu ouvido e soltas as palavras, me fazendo congelar. – Esta ficando louco?

- Não, estou apenas vendo e enxergando aquilo se esconde por de trás de você! – Guilherme para na minha janela e ver Allan lá em baixo lavando o carro, quase nu, usando apenas uma sunga.

- Se for para falar besteira, saía.

Guilherme se virou e andou até a porta, sem nem ao menos me olhar bem.

- Estou apenas avisando irmãozinho, se afaste dele.

- Não estou fazendo nada, Guilherme.

- E eu tenho 7 anos de idade! – rebateu ele, fechando a porta.

Meu corpo formigou, o que ele sabia? Allan me mataria se ele soube-se. Não, ele não faria isso. Era meu irmão!

Ou eu pensava que era.

Guilherme tinha me beijado e aquilo não me deixou confortável com ele ali na minha frente, dizendo que sabia ou suspeitava de meu caso com ele.

Sinceramente eu não sabia o que estava acontecendo com Guilherme e aquilo me assustava.

Peguei minhas coisas e descido ir ver o tumulo de minha mãe. Andei até chegar um floricultura e vejo um buquê de flores que poderia compra para ela.

- Quanto custa?

- 250 reais. Aceitamos ate cartão. – a garota loira disse sorridente com aquelas madeixas bonitas e um sorriso de plástico.

Merda! Eu não tinha o dinheiro. Se eu tivesse pelo menos 15 reais era muito e meu cartão estava estourado.

- Esta aqui.

Me viro depressa e vejo a ultima pessoa que poderia esta ali.

Scotty estava ali na floricultura. Com roupas mais casuais e cabelos penteados. Ele entrega o dinheiro para a loira, que sorri afoita em ver o galã a sua frente.

- Não precisa. Já estou entupido de dividas e te dever 250. Não, já estou pagando contas demais.

Scotty sorri e pega o boquer.

- Não precisa. Somos amigos ou não somos? – ele me entrega as rosas e sai andando.

- Bonito seu amigo. – a loira pegou um papel e entregou o numero rabiscado para mim. – Se conseguir um encontro com ele, ou nem que seja uma foda, eu te dou 3 boques da próxima.

Eu olho bem para ela e jogo o papel no chão.

- Ele não esta a venda.

Sai da floricultura da beira da estrada e vejo Scotty parado na frente de seu carro.

Ando em passos largos.

- Obrigado. Eu vou te pagar. – olhei para aqueles olhos azuis a minha frente.

- Não precisa. Eu que estava te devendo. – ele dar de ombros. – me fazer abrir e acreditar em coisas melhores.

- Mas eu não fiz nada demais. Esta exagerando.

- Nunca é um exagero ajudar uma pessoa que precisa. Sem espera nada em troca. – o garoto entra no carro. – Esta indo para onde?

- Cemiterio. – respondo – Hoje é o aniversario da morte de minha mãe.

- Nossa, hoje é o dia do aniversario da morte de Daniel! – Scotty colocas os óculos, seus olhos triste me fizeram pensar em como era duro para ele. – Posso te levar, estou indo lá também.

Entro no carro e sinto a melancolia que Scotty emanava e eu não estava no clima para brincadeiras também.!

O carro corria pelas ruas. Que mostravam um silencio expressivo, como ela sentisse nossa tristeza. O cemitério era longe de casa, vários túmulos estavam enfeitados. O cemiterio da cidade era iguais os da Europa. Lapides e mais lapides por cima da grama, mausoléus grandes que percoriam os gramados, alternando entre si.

- Podemos ir para sua mãe primeiro. O que acha? – Scotty caminhava em silencio, mesmo para nos dois, aquele silencio era incômodo para mim.

- Sim. Eu preciso ve-lá

A lapide de minha era branca mais gasta com o tempo, flores mortas estavam num pequeno degrau.

Helisa Silva Develut.

Tirei as rosas e limpei um pouco a lápide.

- Eu... Bem, vou deixar você um pouco sozinho. – Scotty se virou.

Concordei com a cabeça e sentei na frente da lápide de minha mãe.

- Oi mãe. Tudo bem? Espero que sim. Esta acontecendo tanta coisa, Eu to me ficando com um cara casado. – Esperei um minuto. Respirei fundo e continuo. – Sei que é errado. Mas, ele é tão gostoso. Papai ainda esta sentido sua falta. Ele fala de você bem menos, mas ainda sente sua falta.

Scotty não estava mais ali. O que me deixou mais confortável.

- Guilherme me vendeu. Estou pagando uma divida que ele fez, e agora eu to sendo mascote e espião de meu dono. Que eu prometi ajudar a desvendar um mistério, eu odeio esse seu jeito que herdei. E ainda por cima tem o Guilherme que me beijou e tem o novo garoto mascote que é tão gentil comigo. Ai mãe. Eu queria sua ajuda.

Estava confuso. Abracei meu corpo, tentando sentir minha mãe.

- estou tão confuso mamãe. Tão confuso. – Olhei para a lapide e depois para o céu e deito na grama. Tudo estava tão confuso. Confuso até demais. Eu queria achar uma saida daquele labirinto.

- Dominik?

Scotty voltou e levanto. Sem dizer nada eu saio. Deixando o boque la onde estava.

Um lápide bonita e bem decorada, se destacava das outras.

- A lapide de Daniel?

- Sim. E não...

Olhei bem e vi Gato lá na frente da lápide. Ele estava em pé olhando fixamente a lápide.

- Gato?

Eu cheguei perto sem o assustar. E ele me olhar, seus olhos negros cheios de tristezas, derramavam lágrimas. Com vários jacintos nas mãos. Eu o abraço de volta. Sentido aquela dor, aquele corpo perto de mim.

- Esta tudo bem! Vai passar. Vai passar.

Scotty chegou perto da lápide e colocou suas flores na lápide. E deu alguns passos para trás. Pode de trás do óculos escuros, eu via o choro dele.

Ninguém deveria passar por isso. Gato se afasta e endurece o rosto ao ver Scotty ali.

- Ele veio em missão de paz. – Logo pego a gravata de Gato e faço ele me encarar. – Nada de brigar aqui.

- Ouça o garoto. Gato. – disse Scotty. – Estamos ainda de luto. Todos nos.

Gato respirou fundo e se sentou na grama.

- Porque eu não te deixo ir? Porque ainda doi?

Seus olhos negros, que agora estavam vermelhos, me observavam pedindo ajuda.

- Nunca, nunca vamos parar de sentir a dor. Nos apenas acostumamos a sentir ela.

- Sua mãe! – exclamou Gato.

- Vamos. Vou te dar uma carona. Esta sem condições para dirigir. – Scotty pega Gato pelos braços apoiando seu corpo no dele e levamos o para o carro do louro.

Deixando uma sensação de ser observado.

Me viro e de longe eu vejo alguém espreitando as árvores a me observar.


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Comentários

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Esse conto está cada vez melhor. E que trama!!!!! Saiu do lugar comum para uma história sem precedentes. Maravilhoso!!!!!!

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Obrigado minha gente. Eu vou tentar postar um pir dia. Como fazia antes. É porque é fim de ano e muita coisa acontece

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Estou amando! Mas não fique muito tempo sem postar tenta postar pelo menos um por dia :( eu venho aqui todo dia ver se vc postou. Estou viciado na história!

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Quem e o espião? gui afim de ti? o gato tambem???

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