UM CAIPIRA NA CIDADE GRANDE - 2

Boa Noite Pessoal, Acompanhe os próximos relatos e obrigado!

Já era tarde, mais de meia noite. Eu durmo fácil, mas tenho sono leve. Qualquer barulho ou ruído estranho eu já acordo. Mas consegui dormir e acordei bem cedo. O sol nem tinha surgido ainda. Arrumei minhas coisas e fui tomar um banho gelado. Já que naquela pensão não tinha muito conforto. A luz do corredor continuava acesa do mesmo jeito que saí horas anteriores, para suntar os barulhos. A dona da pensão morava lá mesmo do lado da pensão, no final do corredor tinha uma grade e uma porta de madeira com vários cadeados na parte da grade. A porta estava fechada. Logo ouvi um barulho, era do quarto ao lado que estava de madrugada fazendo barulho. Saiu um cara fortão, mais baixo do que eu, todo tatuado e com vários negócio estranho na orelha e no nariz. Lembrei na hora de um boi que vi em Ceres em uma Festa do Peão. Rapaz do céu, era bem parecido. O cara saiu e a mulher de saiu em seguida abraçando ele de lado e trancando a porta. Eu falei bom dia e eles passaram perto de mim e nem responderam nada, mas a mulher do cara riu sem deixar o namorado dela perceber e olhou pra mim ao sair pelo portão. A gente que vem de interior parece estar em outro mundo quando vem pra cidade grande. Vi que o portão é automático você saí e entra a hora que quiser. E eu peguei um dinheiro na mala, fechei a porta e coloquei um papel dobrado no canto da porta pra firmar. Já que a porta é toda velha. Quando saí já estava bem mais claro, mas o sol iria demorar surgir. Fui caminhando na ali perto e vi uma padaria e aproveitei pra comprar um café. Não imaginava que era tudo tão caro, comprei uns dois pães e café com leite. Logo senta do meu lado uma mulher, mas não consegui ver o rosto dela. Fiquei na minha, até que ela olhou pra mim e percebi que era a mulher do quarto ao lado. Ela logo puxou conversa comigo, e eu abestado olhei para os lados pra saber se o tal marido ou namorado dela estava por perto. Olhei rapidamente e não vi ele. Respondi a ela:

- Bom Dia!

Minutos depois ela fez algumas perguntas. E a conversa foi indo. Percebi que ela era bem popular e nem um pouco tímida. Até que uma outra mulher que estava na padaria chega interrompendo a conversa.

E diz: Joyce, te procurei ontem lá no Open e não te achei o que aconteceu?

Eu não entendi nada e nem fiquei prestando muito atenção na conversa não. Vai que ela percebe ou o namorado chega é confusão na certa.

Paguei meu café e o pão e saí.

Não sei porque mas aquela mulher de certa forma, me deixou com um sentimento, gostoso por ela, de poder conhecê-la melhor. Minha mão estava gelada e eu só queria poder dizer pelo menos um "tchau" e poder conversar mais com ela em outra oportunidade. Mas ela nem disse mais nada e continuou a conversa com a supostamente amiga dela. Saí da padaria e fui caminhando e logo vi a mulher da pensão. Ela veio toda sorridente, fiquei pensando essa mulher deve ter um fogo na buceta de deixar o cara de pernas bambas. A dona da pensão tem 1,60 de altura mais ou menos, carnuda, bundão, peitão e cabelos curtos perto dos ombros. Ela é uma senhora até ajeitada e graudona, uns 45 anos. Eu sempre tive um tesão por mulheres mais maduras, não sei porque elas tem algo diferente das novinha. A Joyce naquela época tinha uns 28 para 30 pelo jeito dela. Mas também foi a segunda e última vez que a vi.

Um tempo depois a mulher da pensão (Romilda), me disse que a Joyce era prostituta. Bom, a dona da pensão se aproximou e disse que precisavamos resolver umas questões.

Pensei lá vem notícia ruim, mas até que não passei o dia todo perto dela conversando. E antes eu achava que ela é safada, por ter que pagar a ela um dinheiro a mais. Ela foi com o passar dos dias, semanas e meses uma guardiã. Me ajudou muito, e agradeço a ela muito por isso, minha primeira trepada foi com ela. Também me ajudou com estudos do colégio e com vários conselhos. Até me ajudar com dinheiro quando não consegui trabalho ela me ajudou. Eu ajudei ela também com questões noturnas. Mas essa parte é nos relatos mais adiante.

Os dias foram passando rápido, Romilda conseguiu um trabalho pra mim em um supermercado um pouco distante da pensão. Eu ganhava bem pouco, mas já dava para pagar uma parte dos meus gastos na pensão. E a parte que faltava, Romilda anotava em um caderno. Nessa época eu não tinha celular ainda. Custava caro e eu querendo ser independente não dizia para os meus pais o perrengue e sofrimento que eu estava passando. Romilda me ajudava como podia, mas não foi de um dia para noite demorou um tempo. Eu ligava para meus pais de 15 em 15 dias, as unidades do cartão de telefone público acaba rápido demais. Lembro que em Ceres a gente chamava de Orelhão o telefone público. A vida era muito puxada, dia após dia. As vezes eu chegava na pensão machucado, apanhei na rua e também na Escola. Por motivos banais, que nem mesmo eu entendia. Hoje compreendo que era muito bullying por causa da forma que eu me vestia. Eu ia de butina pra escola. Foi um verdadeiro inferno aquele tempo. Mas eu sempre fui fechado, nem no velório do meu avô eu chorei, imagina na escola. E meu Pai sempre dizia se chorar, chegar em casa apanha mais. Viado é quem fica chorando, homem não chora nunca. E também seria besteira, e meu jeito sério de ser na vida em interior, me deixou mais forte emocionalmente e psicologicamente. As humilhações que passei e porradas que levei, alimentava meu ódio, raiva e vingança. Fui me tornando um cara estranho cara fechada. Que até Romilda com um tempo percebeu, na hora que eu ia fuder ela. Algo brutal, selvagem. Parecendo um ogro! Com o tempo passei a enfrentar os caras que batia em mim. Depois disso, nunca mais tive problemas desse tipo. Meu pai sempre me aconselhava antes de vir pra cidade grande, que um Homem de verdade, tem que saber fazer as pessoas respeitar-ló, mesmo que tenha que sair na porrada. Meu Pai é um cara bem fechado de poucas emoções, pelo menos é o que ele sempre nos mostrou. Naquela época nem tinha tantos problemas sobre isso, as pessoas aprendia à impor limites.

Se alguém procurasse confusão, resolvia mesmo era na porrada. Hoje mudou completamente. Tudo é na bala, facada ou processos judiciais. Eu assim o fiz, mudei minha forma de ser, não calava pra ninguém. E fui ganhando espaço e respeito. Mas por dentro eu estava um lixo, cheio de ódio e vingança. Foi quando veio as farras, mulherada, bebidas e as falsas amizades. O tempo foi passado e a idade avançando foi quando cheguei um dia tarde na pensão chapado, e descobri o que era fuder uma bucetona bem carnuda e gostosa de uma mulher mais madura, a dona da pensão.

Continua...


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Comentários

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Meu querido, Deus acima de tudo. Só Ele para nos dar forças para seguir em frente na vida. 🤗

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Verdade, Healer! A vida é uma constante batalha e que vem cheias de surpresas boas e ruins. Mas nós temos que nos adaptar. Querendo ou não. Bom meus pais sempre me ajudaram e me apoiaram. Mas eu percebi que tinha um propósito na vida. E o maior mérito pelo menos para mim é claro, foi obter a minha independência seja pessoal e financeira. Eu poderia até ter dito tudo para meus Pais, mas deixar eles mais preocupados poderia causar algo a mais, e eu não me perdoaria nunca se algo de ruim chegasse acontecer com eles. Afinal, o motivo seria por minha causa. E concordo com você, nesse mundo principalmente quando estamos longe dos pais, temos que confiar em Deus pra quem é Teísta e em nós mesmo depois. Tudo de bom pra ti, e obrigado por acompanhar!

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Olha LuisFelipeMJRS concordo com você, muitas lutas na vida, tanto física ou de sobrevivência com as circunstâncias ao redor, temos que contar só com nós mesmo. Foi uma mudança radical essa parte da tua vida, essas experiências vão moldando a pessoa, pelo menos tu pôde contar com a senhora da pensão. Estou gostando do conto, um abraço.

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Oi, Marcela21! Eu vou ler seu conto também! Que bom que está gostando! Obrigado! Nos próximos relatos vai ficar mais excitante e irei relatar cada parte bem detalhada. Continue acompanhando. Tenha uma ótima tarde!

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Pessoal, vida corrida por aqui, eu posto cada parte de madrugada. Ignora os erros ortográficos. Muito sono, ... Mas prometo deixar cada parte mais longa e com menos erros possíveis.

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