Quando os sonhos acontecem Ep 03

Um conto erótico de Bielzin <3
Categoria:
Contém 754 palavras
Data: 03/06/2017 20:41:25

Mark se sobressaltou com o ruído de pneus e olhou para a rua escura através da vitrine da loja. viu de relance o carro preto virar a esquina a toda a velocidade. Numa cidade pequena como Fredericksburg, não era comum aquele tipo de movimento, especialmente às onze e cinquenta da noite.

Do outro lado da rua, um homem cambaleou e caiu estatelado na calçada. Ele entrou em pânico. Estaria ferido? Talvez o motorista atingido por um projétil e corresse o risco de sangrar até a morte bem diante dele?

Antes que ela pudesse reagir, o homem ficou de pé e caminhou com passos vacilantes para a vitrine da loja do outro lado da rua. O local estava vazio havia vários meses, desde que a antiga adega fechara. Dois dias antes, uma placa onde se lia "Cerâmica Mersey - Inauguração em breve" fora colocada na porta.

Mark caminhou até a vitrine para observar melhor. O homem não aparentava estar ferido, o que o deixou aliviado. Talvez tivesse apenas sido empurrado do carro em movimento.

Aproximou-se da porta, pensando em ajudar o pobre homem, e congelou quando o viu espiar pelo vidro e forçar a maçaneta. Era óbvio que estava tentando invadir o estabelecimento do outro lado da rua. Ele nunca fora testemunha de um crime antes, e congelou ao se lembrar de que todas as luzes estavam acesas. Sua loja era como um aquário, e ele se sentiu vulnerável com um peixe indefeso.

Com os olhos fixos no intruso, foi andando de costas e apagou as luzes. A escuridão foi um alivio. O homem não se virou, dando mostras de não ter notado, e ele se moveu com cuidado até o balcão para alcançar o telefone.

O som de discagem soou com a altura de mil decibéis na loja silenciosa, como num filme de terror. Mark se sentiu ridículo por esta apavorado. Afinal, o ladrão não estava tentando invadir a sua loja. Mesmo assim, seu coração batia acelerado quando ele discou o número da polícia.

Narrativa de Dylan.

Dylan refletiu que Pinky não tivesse o surpreendido, não teria esquecido as chaves. Agora estava impedido de entrar na sua própria loja.

Colocou as mãos na cintura e olhou ao redor. A rua estava vazia. E pior, não havia um só telefone público. Não era possível! Todos naquela cidade deveriam ter telefone celular. Ele também tinha, em algum lugar... Provavelmente, estava junto com as chaves.

Um movimento furtivo atraiu seu olhar para o outro lado da rua. Percebeu a presença de alguém na loja em frente, e viu indistintamente uma figura esguia se mover na escuridão.

- " Mar Perfect "... - leu a placa. - uma loja de canecas. Quem sobrevive vendendo canecas?

Ele suspirou e se moveu para perto. Sim, definitivamente, havia alguém lá dentro.

Atravessou a rua tentando se manter em linha reta. Pressionou a testa de encontro com ao vidro e vislumbrou o vulto de um homem no interior da loja.

- Eu chamei a polícia! - gritou em tom ameaçador.

Dylan deu um pulo. Estava falando com ele?

Olá! Eu poderia usar seu telefone? - pediu, tentando esboçar seu sorriso mais amigável.

Um longo silêncio se seguiu, e então ele ouviu a respiração pesada seguida da ameaça:

- diga isso à polícia!

Ele girou o corpo e, depois que o mundo parou de rodar, olhou para a rua, com a adrenalina pulsando nas veias. A polícia! Tinha de sair dali. O recomeço de sua vida estava correndo perigo.

Dylan já imaginara que a polícia o acabara encontrando, mas nao esperava que fosse na primeira semana que ele estava na cidade.

Afastou-se da loja de canecas e se apoiou na parede para percorrer a calçada. Respirou fundo, rezando para que parecesse sóbrio.

Um segundo depois, a luz vermelha da viatura policial emergiu na rua Carolina e parou diante da loja de canecas. Ele ficou sóbrio no mesmo instante, jurando em silêncio que jamais voltaria a beber, mesmo que Pinky o ameaçasse com uma arma. Era óbvio que os policiais o veriam. Ele era a única pessoa transitando pela rua à meia-noite, e como se não bastasse, tinha marcas de sangue na calça.

Quando dois homens saíram do carro, um deles caminhou na direção de Dylan, e o outro, mais velho, cumprimentou o homem que abriu a porta da loja.

A mão do policial repousava sobre a arma na cintura, e Dylan tentou se manter calmo quando ele o abordou.

- Senhor, poderia ver sua identidade? - a voz nao denotava indagação, e sim uma ordem.

- Há alguma coisa errada, oficial? - Dylan tentou não soar sarcástico.


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Comentários

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Tava passando passado por um momento de muitas lutas. Mais não me esqueci de vcs. Prometo continuar a história. Me desculpem. Por tudo. e obrigado

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Uau!!! Já tinha até me esquecido dessa história!!!

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