Rising.
Os dias passaram. Descobri que o nome do garoto era Light. O garoto de moicano negro. Não era um moicano daqueles punks, era um estilo bem simples e bonito. Era charmoso.
Tive de trocar de lugar na sala, não tinha coragem de chegar e expulsa-lo da minha mesa. Ele não falava muito nas aulas. Exceto em anatomia pokemon, ele tinha varias perguntas em todas as aulas e sempre respondia quase todas as perguntas do professor. Nossa como eu odiava aquela matéria. As meninas da sala comentavam sobre ele, diziam que se mudou a pouco e que vinha de outro continente.
-- esta apaixonado? – jenifer me perguntou enquanto tinha me pego olhando ele de soslaio na aula de geografia.
-- oi? – respondi incrédulo
-- ele é gato. Não é meu tipo, mas é pegavel, por que você não tenta? – jenifer era minha amiga desde a quinta serie, ela era rockeira, só usava roupas do ACDC e do guns. Eu não tinha idéia de onde ela tirava tantos modelos diferentes de camisetas daquelas bandas. Era uma das poucas pessoas que sabiam sobre minha orientação sexual.
-- a sei lá. Ele não tem trejeitos. Não da pinta. Acho que ele não curte.
--pergunte oras, o que tem a perder? Se quiser eu pergunto para você.
-- lógico que não. Ficaria na cara, ele já deve ter percebido que eu só ando com você. Então seria dar muita bandeira.
-- e você mesmo perguntar não daria bandeira? –ela estourou uma bola de chiclete como provocação.
-- faz sua lição vai kkkk – rimos e tentei não olhar mais para ele durante as próximas aulasLight.
As primeiras semanas foram tranqüilas, estávamos aprendendo bastante sobre anatomia pokemon na escola, me dedicava muito a ela. Quando me tornasse um treinador pokemon iria usar muito essas informações.
-- e como vão as aulas filho? – perguntou meu pai durante o jantar.
-- estão ótimas pai, estou amando as aulas de anatomia.
-- ótimo! Quem sabe não segue a carreira do pai?
-- pois é, mas quero fazer uma jornada primeiro, tenho tempo pra faculdade mais tarde.
-- e os namorados? – perguntou minha não tão legal irmã tentando me fazer ficar sem graça.
-- a estou de olho num garoto ai, mas eu não sei se joga no meu time ainda. – me sentia livre para disser essas coisas a minha família, eles sabiam sobre mim.
-- vai devagar garanhão. Estudos primeiro – disse nika.
-- com certeza, e você maninha? Alguém já conseguiu gostar de você?
-- já sim ta?
-- já nada mocinha, nada de namoro até 18 anos. – meu pai repreendeu ela e eu levantei uma sobrancelha e um sorriso. Ela me mostrou a língua e eu não contive o riso.
Eu realmente estava de olho nele, mas nem sabia seu nome ainda. E tbm não queria nada serio agora, logo eu iria embora novamente, não podia me dar ao luxo de criar vínculos e depois corta-los como se não fossem nada. Era maldade demais.