"O Cretino Irresistivél" Parte 5

Um conto erótico de Dany Bennitiz
Categoria: Homossexual
Contém 6713 palavras
Data: 08/04/2017 00:14:19

Daniel

Havia 83 aberturas, 29 parafusos, 5 lâminas e 4 lâmpadas no ventilador pendurado no teto acima da minha cama. Rolei para o lado, com certos músculos zombando de mim e oferecendo uma prova inegável da razão por que eu não conseguia dormir.

“Quero que você assista. E amanhã, quando estiver todo dolorido, quero que se lembre de quem fez isso.”

Ele não estava brincando.

Sem perceber, minha mão encontrou meu mamilo, e a outra distraidamente apertando meu pau duro como ferro. Fechei os olhos e o toque das minhas próprias mãos se transformou no toque dele em minha memória. Seus longos e graciosos dedos pairando como fantasmas ao redor do meu pau, os polegares raspando os mamilos,... oh, Deus. Soltei um suspiro alto e chutei um travesseiro para fora da cama. Eu sabia exatamente onde esse pensamento me levaria. Fizera a mesma coisa por três noites seguidas, isso tinha de acabar. Praguejando, deitei com a barriga virada para baixo e fechei os olhos tentando dormir. Não que isso funcionasse.

Ainda me lembro com perfeita clareza o dia, há quase um ano, quando Elliott me chamou em seu escritório para uma conversa. Eu começei a trabalhar na RMG como seu assistente júnior quando ainda estava na faculdade. Quando minha mãe morreu, Elliott passou a cuidar de mim, não como uma figura paterna, mas como um mentor atencioso e acolhedor que me convidava para jantar em sua casa a fim de monitorar meu estado de espírito. Ele dizia que sua porta estaria sempre aberta para mim. Mas, naquela manhã em particular, quando ligou para minha sala, ele parecia estranhamente formal e, para ser franco, fiquei branco de medo. Em seu escritório, ele explicou que seu filho mais jovem tinha passado os últimos seis anos em Paris, trabalhando como um executivo de marketing para a L’Oréal. Esse filho, Bennett, estava finalmente voltando para casa, e, em seis meses, assumiria a posição de chefe de operações na Ryan Media. Elliott sabia que eu fazia meu MBA há um ano e que estava procurando opções de estágio que dessem a experiência prática que eu tanto precisava. Ele insistiu que eu completasse meu estágio na RMG e disse que o jovem sr. Ryan ficaria mais que feliz em contar comigo. Elliott me entregou um memorando que circularia para toda a empresa na semana seguinte anunciando a chegada de Bennett Ryan.

Uau. Esse foi meu único pensamento enquanto voltava para minha mesa, observando o papel. Vice-presidente executivo de marketing de produtos da L’Oréal em Paris. O mais jovem executivo a aparecer na lista “Quarenta com menos de quarenta” da Crain, publicada várias vezes no Wall Street Journal . Com um MBA duplo da NYU-Stern School of Business e da HEC Paris, onde se especializou em finanças corporativas e negócios globais, formado com todas as honras. Tudo isso aos trinta anos. Meu Deus...

O que foi que Elliott tinha dito? Extremamente focado? Isso era um eufemismo. Henry já tinha insinuado que seu irmão não compartilhava exatamente sua postura relaxada, mas, quando eu mostrei preocupação, ele rapidamente me acalmou. “Ele tende a ser um pouco duro e completamente tenso às vezes, mas não se preocupe com isso, Dan. Você vai saber lidar com ele; você dois vão formar um belo time. Quer dizer, vamos lá”, ele disse, pousando seu grande braço ao meu redor. “Como ele poderia não te amar?”

Odeio admitir agora, mas, quando ele estava prestes a chegar, eu já tinha desenvolvido uma paixonite por Bennett Ryan. Eu estava extremamente ansioso para trabalhar com ele, mas também estava impressionado com tudo o que ele conquistou em sua relativamente curta vida. Olhar para suas fotos na internet também não era nada mal: o cara era um verdadeiro achado. Nós nos comunicamos por e-mail até a sua chegada e, embora parecesse educado o bastante, ele nunca foi amigável demais.

Quando o grande dia chegou, Bennett não apareceu até depois da reunião da diretoria à tarde, quando seria oficialmente apresentado. Passei o dia inteiro me sentindo uma pilha de nervos. Sendo o bom amigo que é, Sam subiu até meu andar para me distrair. Ele sentou na minha cadeira e nós ficamos discutindo os filmes do Kevin Smith por uma hora inteira.

Logo, eu estava rindo tão forte que lágrimas escorriam pelo meu rosto. Não percebi quando Sam se endireitou e a porta do escritório se abriu, e não percebi que agora uma pessoa estava em pé atrás de mim. E, apesar de Sam ter tentado me alertar com um gesto na garganta – o sinal universal de “cala a boca, seu idiota” – eu o ignorei. Pois, aparentemente, eu sou um idiota.

– E então – eu disse, rindo e segurando minha barriga –, ela falou, “merda, eu tive de atender um cara que eu chupei uma vez no colegial”. Daí ele respondeu, “é, eu já servi o seu irmão também”!

Soltei outra explosão de risadas e dei um passo para trás, colidindo com algo duro e quente. Girei o corpo e fiquei horrorizado ao ver que tinha acabado de esfregar minha bunda nas coxas do meu novo chefe.

– Sr. Ryan! – eu disse, reconhecendo-o pelas fotos. – Sinto muito!

Ele não parecia nada amigável.

Em uma tentativa de aliviar o clima, Sam se levantou e estendeu a mão.

– É um prazer finalmente conhecê-lo. Eu sou Samuel Dillon, assistente do Henry.

Meu novo chefe simplesmente ficou olhando para a mão dele, sem retribuir o gesto, e então levantou uma de suas sobrancelhas perfeitas.

– Você quer dizer o sr. Ryan?

A mão do Sam se abaixou lentamente e ele apenas o encarou, obviamente desconcertado. Algo em sua presença física era tão intimidador que ele ficou sem palavras. Quando se recuperou, ele murmurou:

– Bom... nós não costumamos ser muito formais por aqui. Usamos o primeiro nome mesmo. Este é Daniel Bennitiz, o seu assistente.

Ele fez um gesto com a cabeça na minha direção.

– Sr Bennitiz. Você irá me chamar de sr. Ryan. E espero você na minha sala em cinco minutos para discutirmos a conduta apropriada para o escritório – havia seriedade em sua voz. Então, assentiu ligeiramente para Sara. – Sr. Dillon.

Depois de voltar o olhar para mim por um instante, ele se virou e caminhou para sua sala, e eu observei com horror a primeira de suas famosas batidas da porta.

– Que cretino! – Sam murmurou entre os lábios.

– Um cretino irresistível – respondi.

Esperando melhorar as coisas, desci e busquei uma xícara de café para ele. Até mesmo perguntei para Henry como seu irmão gostava do café – puro. Quando voltei, minha batida ansiosa na porta foi seguida por um abrupto

“entre”, e tive de esperar um segundo para minhas mãos pararem de tremer. Curvei os lábios em um sorriso amigável, tentando passar uma impressão melhor desta vez. Abri a porta e o encontrei falando ao telefone e escrevendo furiosamente em um bloco de notas. Quase perdi a respiração quando ouvi sua voz profunda e suave falando um francês impecável.

– Ces sera parfait. Non. Non, ce n’est pas nécessaire. Seulement quatre. Oui. Quatre. Merci, Ivan.

Desligou o telefone, mas não levantou o olhar para me cumprimentar. Assim que fiquei em frente à sua mesa, ele falou comigo no mesmo tom severo de antes.

– No futuro, sr. Bennitiz, você deve deixar fora do escritório qualquer conversa que não seja relacionada ao trabalho. Nós pagamos para você trabalhar, não ficar de conversinha. Estou sendo claro?

Fiquei sem palavras por um momento até que ele levantou a cabeça, olhou nos meus olhos e ergueu uma sobrancelha. Balancei a cabeça para sair daquele transe e, de uma só vez, percebi a realidade sobre Bennett Ryan: embora fosse ainda mais lindo pessoalmente do que nas fotos, ele não era nada como imaginei. E não era nem um pouco parecido com seus pais e seu irmão.

– Muito claro, senhor – eu disse, enquanto caminhava ao redor de sua mesa para colocar o café na sua frente. Mas, quando fui esticar o braço, meu sapato prendeu no tapete e fui jogado para frente. Ouvi um “merda” bem alto escapar da boca dele e o café se tornou nada mais do que uma mancha escaldante em seu terno caríssimo.

– Oh, meu Deus, sr. Ryan, eu sinto muito!

Corri para a pia em seu banheiro para pegar uma toalha e voltei correndo, caindo de joelhos na frente dele e tentando limpar a mancha. Na minha pressa, e no meio da humilhação que não pensei que poderia piorar, percebi de repente que eu estava esfregando a toalha com força em sua virilha. Afastei os olhos e as mãos, sentido um rubor se espalhar em meu rosto quando tive um vislumbre do crescente volume no meio de suas pernas.

– Você pode ir agora, sr. Bennitiz.

Assenti e saí com pressa de sua sala, horrorizado por ter feito uma primeira impressão tão terrível. Felizmente, provei rápido o meu valor depois disso. Houve momentos em que ele até pareceu impressionado comigo, embora sempre estivesse irritado e mal-humorado. Entendi que era simplesmente porque ele era um idiota, mas sempre me perguntei se havia algo específico sobre mim que o deixava ainda mais estressado – Além do incidente da toalha, é claro.

Quando cheguei ao trabalho, encontrei Sam no caminho para o elevador. Combinamos de almoçar na semana seguinte e me despedi quando ele chegou em seu andar. No 18o, a porta do sr. Ryan estava fechada como de costume, então eu não sabia se ele já tinha chegado. Liguei o computador e tentei me preparar mentalmente para o dia. Ultimamente, a ansiedade tomava conta de mim sempre que eu sentava naquela cadeira. Eu sabia que iria vê-lo pela manhã. Todas as sextas-feiras nós revisávamos a agenda da semana. Mas eu nunca sabia com qual humor ele apareceria.

Apesar de seu temperamento ter piorado ultimamente, as últimas palavras que ele me dissera na véspera foram “Compre essa cueca também ”. E comprei. Na verdade, estava usando naquele exato momento. Por quê? Não tinha ideia. O que diabos ele quis dizer com aquilo? Será que estava pensando que veria a cueca em mim?

Sem chance. Então, por que eu vesti? Eu juro por Deus, se ele rasgar... Interrompi o pensamento antes que pudesse terminar. É claro que não iria rasgar. Eu nunca permitiria isso.

Continue pensando assim, Daniel foco!.

Responder alguns e-mails, editar o contrato da Papadakis e pesquisar alguns hotéis tiraram minha mente da situação por algum tempo. Cerca de uma hora depois, a porta de sua sala se abriu. Quando levantei a cabeça, encontrei um sr. Ryan com ares de profissional responsável. Seu terno preto de dois botões estava impecável, e a gravata de seda vermelha complementava perfeitamente o visual. Ele parecia calmo e relaxado. Não havia nenhum vestígio do homem selvagem que me fodeu no provador da Armani aproximadamente 18 horas e 36 minutos antes. Não que eu estivesse contando.

– Você está pronto para começar?

– Sim, senhor.

Ele assentiu uma vez e voltou para sua sala.

Certo, então era assim que seria. Ótimo. Eu não tinha certeza do que estava esperando, mas fiquei um pouco aliviado por as coisas não estarem diferentes. Nos últimos dias tudo vinha se tornando mais e mais intenso, o que causaria um estrago ainda maior quando tudo acabasse e eu tivesse que recolher os cacos da minha carreira. Tinha esperança de que pudéssemos deixar isso para trás e continuarmos a trabalhar sem outro desastre até eu concluir meu MBA.

Eu o segui até sua sala e sentei. Comecei a passar a lista de compromissos e reuniões que precisavam de sua atenção. Ele ouviu sem comentários, apenas fazendo anotações ou digitando no computador quando necessário.

– Tem uma reunião com a Red Hawk Publishing marcada para hoje às três. Seu pai e seu irmão disseram que também vão participar. Provavelmente vai tomar o resto do dia, então limpei sua agenda... E assim continuei, até que eventualmente chegamos na parte que eu temia.

– Por último, temos a conferência da JT Miller em San Diego no mês que vem – eu disse, de repente tomando consciência de que estava rabiscando meu calendário. A pausa que se seguiu pareceu durar para sempre, então levantei a cabeça para ver o que estava acontecendo. Ele estava me encarando, batendo com uma caneta dourada na mesa, o rosto completamente sem expressão.

– Você vai me acompanhar? – ele perguntou.

– Sim – minha única palavra provocou um silêncio sufocante na sala. Eu não fazia ideia do que ele estava pensando enquanto nos encarávamos. – Faz parte da programação do meu estágio. Eu, ah, também acho que vai ser bom ter a minha presença lá para, ah, ajudar nos seus compromissos.

– Faça todas as preparações necessárias – ele falou, em tom de quem finaliza a conversa, e voltou a digitar em seu computador.

Pensando que tinha sido liberado, eu me levantei e comecei a andar até a porta.

– Sr. Bennitiz?

Virei para olhar em seu rosto e, apesar de não me olhar de volta, ele parecia quase... nervoso. Bom, isso era diferente.

– Minha mãe te convidou para um jantar na semana que vem.

– Ok – senti um rubor surgir em meu rosto. – Por favor, diga que vou checar minha agenda – virei novamente para sair da sala.

– Ela me disse para... te encorajar fortemente a aceitar.

Lentamente dei a volta e vi que ele agora estava me encarando, e definitivamente parecia desconfortável.

– E por que exatamente você deveria fazer isso?

– Bom – ele disse, antes de limpar a garganta –, aparentemente ela quer apresentar uma pessoa para você.

Isso era novo. Conheço a família Ryan há anos e, embora Susan tenha mencionado algumas pessoas, ela nunca tinha ativamente tentado me apresentar alguém.

– Sua mãe está tentando arranjar um namorado para mim? – perguntei, andando de volta para sua mesa e cruzando os braços sobre meu peito.

– Aparentemente, sim – algo em sua expressão não combinava com sua resposta desinteressada.

– Por quê? – perguntei, levantando uma sobrancelha.

Ele franziu a testa, obviamente incomodado.

– Como diabos vou saber? Eu não fico conversando sobre você com ela – ele grunhiu. – Talvez ela esteja preocupada que, com essa sua personalidade magnética, você acabe se tornando uma velho sozinho em uma casa cheia de gatos.

Apoiando minhas mãos em sua mesa, eu o encarei.

– Bom, talvez ela devesse ficar mais preocupada que seu filho acabe se tornando um velho safado que passa o tempo acumulando cuecas rasgadas e seguindo garotos em lojas de roupa intima.

Levantando-se da cadeira com um salto, ele se inclinou na minha direção com o rosto furioso.

– Sabe, você é o maior... – ele foi interrompido pelo telefone.

Encaramos um ao outro com ferocidade, os dois respirando pesadamente. Por um momento, pensei que ele iria me agarrar e me jogar em cima da mesa. No momento seguinte, eu desejei que ele fizesse isso. Ainda me encarando, ele esticou o braço e atendeu o telefone.

– Alô – ele disse com raiva, os olhos grudados nos meus. – George! Oi. Sim, eu tenho um minuto.

Ele sentou novamente e eu esperei um instante para saber se precisaria de mim enquanto falava com o sr. Papadakis. Então ele levantou o dedo sinalizando para eu esperar e começou a deslizar a caneta na mesa, enquanto apenas ouvia.

– Você precisa que eu fique? – perguntei.

Ele assentiu uma vez e falou no telefone:

– Eu não acho que você precisa ser tão específico nesse estágio, George – o tom grave de sua voz reverberou pelas minhas costas. – Apenas uma visão geral já está bom. Precisamos saber o alcance dessa proposta antes de começarmos um rascunho.

Mudei de posição enquanto esperava em pé. Ele era um grande egocêntrico, fazendo eu ficar parado ali enquanto ele falava com um colega, como se eu estivesse segurando uma bandeja com uvas e o abanando. O sr. Ryan levantou o queixo e passou rapidamente os olhos em mim, abaixando o olhar até minha calça. Quando olhou para cima novamente, seus lábios estavam levemente abertos, como se quisesse perguntar alguma coisa para mim mas não fosse capaz. Ele se inclinou para frente com a caneta na ponta dos dedos, e então a usou para entrar na minha calça,Seus olhos se arregalaram quando viu a cueca do provador da Armani.

– Entendo – murmurou ao telefone,tirando a caneta da minha cintura – que podemos concordar que isso é um avanço positivo.

Seus olhos tornaram-se sombrios à medida que subiam pelo meu corpo. Meu coração começou a bater mais forte. Quando me olhou daquela maneira, eu desejei pular em seu colo e o amarrar na cadeira com a gravata.

– Não, não. Nada tão abrangente nesse ponto. Como disse, isso é apenas uma visão geral preliminar.

Eu me aproximei da mesa e sentei na cadeira em frente a ele. O sr. Ryan levantou uma sobrancelha, interessado, colocou a caneta entre os dentes e mordeu.

Um calor surgiu no meio das minhas pernas, meu pau ficou duro instantaneamente, abri o zíper desci minha calça até as coxas, expondo minha pele ao ar frio do escritório e aos olhos famintos do outro lado da mesa.

– Sim, concordo – ele disse, mas a voz parecia ainda mais grave, quase rouca. Passei as mãos por cima da minha ereção ninguém conseguia me fazer sentir tão sexy quanto ele fazia. Era como se ele agarrasse todos os meus pensamentos sobre meu emprego, minha vida e meus objetivos e dissesse: “Isso tudo é muito bom, mas veja essa outra coisa que estou oferecendo. Será pervertido e muito perigoso, mas você vai implorar por isso. Você vai implorar por mim”. E, se dissesse isso em voz alta, ele estaria certo.

– Sim – ele disse novamente. – Acho que esse é o caminho ideal para seguirmos em frente. É isso que você acha, não é mesmo?.

Sorri em sua direção, mordendo o lábio. Ele respondeu com um sorriso diabólico. tirei meu pau pra fora da cueca e passei a fazer uma massagem lenta mais num ritmo forte. Com a outra mão, acariciei minhas bolas.

O sr. Ryan quase engasgou e procurou um copo de água com mãos trêmulas.

– Está bem, George. Vamos cuidar disso quando chegar aqui. Podemos cumprir esse prazo. Comecei a mover minha mão, pensando em seus longos dedos que brincavam com a caneta. Pensei naquelas mãos agarrando meus quadris, cintura e coxas quando ele me penetrou na loja da Armani. Aumentei a velocidade, meus olhos se fecharam e minha cabeça caiu para trás na cadeira. Tentei manter o silêncio, mordendo os lábios quando um pequeno gemido escapou pela garganta. Imaginei suas mãos e os braços fortes, os músculos enrijecendo enquanto seus dedos se moviam dentro de mim. Suas pernas na frente do meu rosto na sala de conferência, firmes e esculpidas, tentando resistir ao impulso para estocar. Aqueles olhos, colados em mim, sombrios e suplicantes.

Olhei para cima e encontrei aqueles olhos exatamente como os imaginava, não observando minha mão, mas com sua expressão faminta mirando meu rosto enquanto eu caía no abismo, cada vez mais fundo e mais fundo. Meu gozo foi ao mesmo tempo arrebatador e frustrante: eu queria que fosse o toque dele, e não o meu. Em algum ponto, o telefonema se encerrou, e minha respiração parecia alta demais no silêncio da sala. Ele ainda estava sentado na minha frente, com suor molhando suas sobrancelhas, as mãos agarrando a cadeira com força como se estivesse na frente de um furacão.

– O que você está fazendo comigo? – ele perguntou com a voz baixa.

Eu sorri maliciosamente, soltando o ar que estava preso nos meus pulmões.

– Na verdade, acho que fiz isso apenas comigo.

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Realmente.

Levantei fechei a calça ajeitei minha camisa toda gozada.

– Se não precisar mais de mim, sr. Ryan, vou voltar ao trabalho.

Quando voltei do banheiro, onde fui trocar a camisa e passar uma água no rosto, percebi que o sr. Ryan tinha enviado uma mensagem de texto, informando que eu deveria encontrá-lo na garagem para podermos ir até o centro da cidade. Graças a Deus, outros executivos e seus assistentes também iriam para a reunião da Red Hawk. Eu sabia que, dado nosso histórico, se eu tivesse de sentar numa limusine sozinho com aquele homem por vinte minutos – principalmente depois do que tinha acabado de fazer –, haveria apenas duas possíveis consequências. E apenas uma delas mantinha suas bolas intactas.

A limusine estava esperando lá fora e, quando me aproximei, nosso motorista deu um largo sorriso e abriu a porta para mim.

– Oi, Dan, como vai o trabalho?

– Cheio, divertido, interminável. Como vai a escola? – sorri de volta. Stuart era meu motorista preferido e, apesar de flertar um pouco demais, ele sempre me fazia sorrir.

– Se eu pudesse desistir da física e ainda conseguir meu diploma em biologia, eu faria isso. Pena que você não é um cientista, ou então poderia me dar umas aulinhas – ele disse, mexendo as sobrancelhas.

– Se vocês dois já terminaram, nós temos um lugar importante para ir. Você pode ficar paquerando a sr. Bennitiz nas suas horas livres – o Sr. Ryan já tinha entrado na limusine para me esperar, e ficou nos encarando quando voltou para dentro. Eu sorri e revirei os olhos para Stuart antes de entrar. Com exceção do sr. Ryan, o carro estava vazio.

– Onde estão os outros? – perguntei, confuso, enquanto o carro começava a se mover.

– Eles vão participar de outra reunião mais tarde e decidiram usar outro carro – ele se ocupou folheando seus papéis.

Não pude deixar de notar a maneira como ele nervosamente tamborilava os caros sapatos italianos. Olhei com desconfiança. Ele não parecia diferente. Na verdade, estava sexy como sempre. O cabelo estava perfeitamente desarrumado como de costume. Quando ele distraidamente levou a caneta dourada até a boca, como tinha feito no escritório, eu precisei me ajeitar no assento para aliviar meu desconforto. Quando ele levantou o olhar, o sorriso no canto dos lábios mostrava que tinha flagrado o meu olhar de desejo.

– Gostou do que viu? – ele perguntou.

– Não aqui no carro – respondi, também com um sorriso sugestivo. E, só porque eu sabia que iria provocá-lo, apertei levemente meu pau, fazendo o olhar dele ir direto para as minhas mãos. Talvez ele devesse se lembrar de quem realmente podia ganhar esse jogo. A irritação voltou ao seu rosto em um instante. Missão cumprida. Os dezoito minutos e meio restantes de nossa viagem de vinte minutos foram gastos trocando olhares zangados um com o outro enquanto eu fingia que não estava fantasiando sobre seus lindos lábios chupando meu pau.

E nem preciso mencionar que meu humor estava péssimo quando chegamos.

As três horas seguintes passaram a passos de tartaruga. Os outros executivos chegaram e todos se cumprimentaram. Uma mulher particularmente bonita chamada Lisa pareceu tomar um interesse imediato em meu chefe. Ela tinha trinta e poucos anos, cabelo ruivo, olhos negros luminosos e um corpo perfeito. É claro que o sorriso matador do sr. Ryan surgiu com toda a força, e ele flertou com a ruiva durante a tarde inteira. Maldito.

Quando voltamos para o escritório no final do dia, depois de uma viagem ainda mais tensa na limusine, eu ainda sentia que o sr. Ryan queria dizer alguma coisa. E se ele não dissesse logo, eu acabaria explodindo. Quando eu queria que ficasse quieto, ele não parava de falar. Mas quando eu precisava que dissesse algo, ele ficava mudo. Fui tomado por uma sensação de terror e déjà-vu quando entramos no prédio quase deserto e nos dirigimos para os elevadores. No instante em que aquelas portas douradas se fecharam, eu desejei estar em qualquer lugar que não fosse ao seu lado. Por acaso o oxigênio está em falta por aqui? Quando olhei para seu reflexo nas portas polidas, achei difícil dizer como estava seu humor. Ele havia afrouxado a gravata e o casaco estava pendurado no ombro. Durante a reunião, ele enrolou as mangas da camisa até os cotovelos, e eu tentei não ficar olhando demais para os músculos que se delineavam sob sua pele. Com exceção do queixo constantemente apertado e dos olhos abatidos, ele parecia completamente calmo.

Quando chegamos ao 18o andar, deixei escapar um grande suspiro. Devem ter sido os 42 segundos mais longos da minha vida. Segui o sr. Ryan pelo corredor, tentando manter meu olhar afastado enquanto ele entrava em sua sala. Para minha surpresa, ele não fechou a porta. Ele sempre fechava a porta.

Chequei rapidamente minhas mensagens e arrumei alguns detalhes de última hora antes de ir embora e fechar a semana. Acho que nunca estive com tanta pressa para sair dali. Bom, isso não é exatamente verdade. Na última vez em que tínhamos estado sozinhos naquele andar eu fugira rapidinho de lá. Droga, se havia um momento para não pensar nisso, aquele era o momento: no meio do escritório vazio. Apenas eu e ele. O sr. Ryan saiu de sua sala bem quando eu estava juntando minhas coisas – ele colocou um envelope branco na minha mesa e continuou andando até a porta sem parar. Que diabos era aquilo? Abrindo rapidamente o envelope, vi meu nome em vários papéis brancos e elegantes. Eram papéis de uma conta privada na Armani e na Gucci, com o sr. Bennett Ryan como titular.

Ele abriu uma conta de crédito para mim?

– O que é isso? – eu disse, fervilhando. Pulei da cadeira e perguntei: – Você abriu uma linha de crédito para mim?

Após parar no meio do caminho ele hesitou por um instante, ele se virou e me encarou.

– Depois do seu showzinho de hoje, dei um telefonema e combinei que você poderia comprar qualquer coisa que... precise. É claro, a conta é sem limite – ele disse categoricamente, sem nenhum traço de desconforto em seu rosto. É por isso que ele era o mestre naquilo que fazia. Ele tinha uma habilidade incrível de retomar o controle de qualquer situação. Mas ele honestamente pensava que poderia me controlar?

– Então, vamos esclarecer os fatos – eu disse, balançando a cabeça e tentando manter uma aparência calma –, você fez um acordo para comprar cuecas pra mim é isso?.

– Bom, apenas para repor as coisas que eu... – ele parou, possivelmente repensando a resposta. – As coisas que foram danificadas Se você não quiser, simplesmente não use – ele disse rispidamente, antes de se virar novamente para ir embora.

– Seu filho da puta – corri para ficar na frente dele e, no caminho, amassei o papel no meu punho fechado. – Você acha que isso é engraçado? Você acha que eu sou só um brinquedo que você pode vestir apenas para sua diversão? – eu não sabia com quem eu estava mais com raiva: com ele, por pensar em mim daquele jeito, ou comigo, por permitir que chegasse a isso.

Ele zombou:

– Oh, sim. Eu acho isso absolutamente hilário.

– Pegue isso e enfie no seu cu – joguei o papel em seu peito e peguei minha mochila, virando e literalmente correndo até o elevador. Mas que maldito cafajeste egocêntrico.

Logicamente, eu sabia que ele não tinha a intenção de me insultar, pelo menos eu esperava que não. Mas isso? Era exatamente por isso que você não deve foder com seu chefe e fazer um showzinho para ele em seu escritório. Aparentemente, eu faltei nessa parte da orientação do emprego.

– Sr. Bennitiz!...Daniel...Porra!!! – ele gritou, mas eu o ignorei e entrei no elevador. Vai logo , eu disse para mim mesma enquanto apertava repetidamente o botão da garagem. O rosto dele apareceu bem quando as portas estavam fechando. Eu sorri e mostrei o dedo do meio.

Muito maduro de sua parte, Daniel.

– Merda, merda, merda! – gritei no elevador vazio, batendo o pé no chão. Aquele cretino tinha rasgado sua última cueca.

O elevador chegou e eu andei até meu carro, resmungando por todo o caminho. A garagem estava pouco iluminada e meu carro era um dos últimos naquele andar, mas eu estava furioso demais para pensar nisso. Eu teria pena de qualquer cretino azarado que cruzasse meu caminho naquele momento. Assim que esse pensamento me ocorreu, ouvi a porta da escada se abrir e o sr. Ryan saiu de lá me chamando.

– Deus! Você pode esperar um pouco? – ele gritou. Não deixei de perceber que ele estava absolutamente sem fôlego. Acho que descer dezoito andares correndo faz isso com as pessoas.

Destrancando meu carro, abri a porta e joguei minha mochila no banco de trás.

– Que droga você quer, Bennett?

– Caramba, você pode parar de ficar irritado por dois segundos e apenas me ouvir?

Girei para encará-lo de frente.

– Você acha que eu sou algum tipo de garoto de programa?

Uma centena de emoções diferentes passaram por seu rosto – raiva, choque, confusão, ódio – e admito que achei aquilo delicioso. Ele abriu o colarinho da camisa, seu cabelo estava absolutamente bagunçado, e a gota de suor correndo ao lado de seu queixo não estava ajudando a situação. Mas eu estava determinado a permanecer irritado. Mantendo uma distância segura...eu sou um genio!, ele balançou a cabeça.

– Por Deus! – ele disse, olhando ao redor na garagem. – Você acha que eu te vejo como um garoto de programa? Não! Aquilo foi só para o caso de... – ele parou, tentando organizar seus pensamentos. Então, pareceu simplesmente desistir e apertou o queixo.

A raiva estava correndo tão forte dentro de mim que, antes que pudesse evitar, dei um passo para frente enfiei um soco no lado esquerdo do seu rosto. O som ecoou pela garagem. Com um olhar chocado e furioso, ele subiu a mão e tocou no lugar onde eu acertei.

– Você pode ser meu chefe, mas não é você quem decide como isso funciona.

O silêncio se estendeu entre nós, minha mente mal registrava os sons do trânsito lá fora.

– Sabe – ele começou a falar com o olhar sombrio, dando um único passo em minha direção –, eu não ouvi você reclamar.

Ah, que cretino suave.

– Contra a janela – outro passo. – No elevador e na escada. No trocador, enquanto você assistia eu te foder – e outro. – Quando se punhetou na minha sala hoje, não ouvi uma única palavra de protesto dessa sua boquinha gostosa.

Eu respirava com dificuldade e podia sentir o metal frio do meu carro através do tecido leve da calça social. Ele era tão alto que, quando se inclinou para baixo, eu pude sentir sua respiração quente contra meus cabelos. Tudo que precisava fazer era olhar para cima, e nossas bocas se encontrariam.

– Bom, eu já superei isso – eu disse através dos dentes cerrados, com cada respiração trazendo um breve momento de alívio quando meu peito roçou no dele.

– É claro que superou – ele disse, balançando a cabeça e se aproximando ainda mais. Sua ereção pressionou minha barriga. Então, apoiou as mãos no carro, prendendo-me entre seus braços. – Superou completamente.

– Exceto... talvez... – eu disse, sem saber se realmente queria dizer aquilo em voz alta.

– Talvez apenas mais uma vez? – seus lábios estavam quase tocando os meus.

Aquilo parecia gentil demais, real demais.

Levantando meu rosto, sussurrei contra sua boca:

– Eu não quero querer isso. Isso não é bom para mim.

Ele respirou fundo uma vez e, justo quando achei que ficaria louco, tomou meu lábio inferior e me puxou para perto. Rugindo em minha boca, ele aprofundou o beijo e me empurrou com força contra o carro.

Nossos beijos foram provocantes e depois rudes, puxando e afastando, mãos agarrando cabelos e línguas duelando. Perdi o fôlego quando ele dobrou os joelhos e esfregou seu pau em mim.

– Deus... – gemi,agarrando a bunda dele e trazendo ele mais pra perto de mim se é que isso era possível.

– Eu sei – ele exalou pesadamente na minha boca. Olhando para baixo a e segurando minha bunda com as mãos, ele apertou fortemente e murmurou: – Já falei o quanto acho essa sua bunda gostosa?

– Bom já, mais hoje você vai precisar contar com a sorte para tocar nela sem roupa.

Ele se afastou.

– Entre no maldito carro – ele disse, a voz soando grave em sua garganta quando abriu a porta de repente. Eu o encarei, tentando fazer a razão penetrar em meu cérebro enevoado. O que eu deveria fazer? O que eu queria? Será que eu poderia simplesmente permitir que ele possuísse meu corpo daquele jeito novamente? Eu estava tão perturbado que até tremia. Os pensamentos racionais estavam rapidamente me abandonando quando senti suas mãos passando pelo meu pescoço e mergulhando em meus cabelos.

Agarrando com força, ele puxou minha cabeça em sua direção e encarou meus olhos.

– Agora.

A decisão foi tomada. Eu enrolei sua gravata em minha mão e o puxei para o banco de trás. A porta se fechou e ele não perdeu tempo com os botões da minha camisa. Soltei um gemido quando senti suas mãos rasgando o tecido e percorrendo minha pele nua. Ele deitou meu corpo no banco de couro frio, ajoelhando no meio das minhas pernas, pousou a palma da mão um pouco abaixo do pescoço e desceu lentamente pela barriga até o cós da minha calça social. Seus dedos tracejaram minha cueca, ate que ele soltou meu cinto me deixando só de cuecas. Os músculos do meu abdômen tensionavam com cada movimento e eu tentava controlar minha respiração. Olhando cada reação do meu corpo, ele olhou para cima e disse:

– Isso não tem nada a ver com sorte.

Eu o puxei para perto agarrando sua camisa e deslizei minha língua em sua boca, gemendo quando a palma de sua mão me pressionou. Nossos lábios se procuravam, nossos beijos eram longos e profundos, ganhando urgência com cada centímetro de pele revelada. Puxei sua camisa para fora da calça e explorei a pele macia de suas costelas, os músculos definidos de seus quadris e a suave trilha de pelos que imploravam que eu descesse para o umbigo e além.

Querendo provocá-lo de volta, corri meus dedos por cima de seu cinto e do volume duro que se anunciava debaixo da calça.

Ele rugiu em minha boca.

– Você não sabe o que está fazendo comigo.

– Diga o que é – sussurrei de volta. Eu estava usando suas próprias palavras contra ele, e fiquei excitado só de saber que os papéis tinham se invertido. – Diga e darei aquilo que você quer.

Ele gemeu e mordeu meus lábios, estremecendo, com a testa encostada na minha.

– Eu quero que você me foda.

Suas mãos estavam tremendo quando ele agarrou minha cueca nova e, por mais maluco que possa parecer, eu queria que ele a rasgasse. A paixão selvagem entre nós era diferente de tudo o que eu já experimentara, eu não queria que ele se controlasse. Sem uma palavra, ele arrancou a cueca, e a dor do tecido raspando em minha pele apenas aumentou o prazer.

Estiquei a perna e o empurrei para trás, tirando-o de cima de mim. Então levantei, o joguei contra o banco do carro e montei em seu colo. Agarrei sua camisa e abri com força, arrancando os botões, que caíram espalhados ao redor.

Eu não conseguia pensar em qualquer outra coisa que não fosse ele e aquilo. A sensação do ar em minha pele, os sons ásperos de nossa respiração, o calor dos beijos, o pensamento do que viria a seguir. Com mãos frenéticas, abri seu cinto e a calça, e com sua ajuda retirei a peça de roupa. Seu pau saltou pra fora furiosamente duro, segurei com as mãos fechei os olhos, lentamente fui me abaixando em cima dele.

– Oh, Deus... – eu gemi, a sensação dele dentro de mim intensificando aquela dor ansiosa. Levantando meus quadris, comecei a cavalgá-lo, fazendo cada movimento mais intenso do que o anterior. A dor de seus dedos ásperos apertando minha cintura apenas alimentou meu desejo. Seus olhos estavam fechados e seus gemidos abafados contra meu peito. Movendo os lábios por cima dos meus mamilos e tomou entre seus dentes. Apertei seus cabelos e provoquei um gemido nele, sua boca abrindo-se ao redor da minha pele.

– Morde meu peito – sussurrei.

Ele mordeu, com força, me fazendo gritar e puxar ainda mais seus cabelos.

Nossos corpos estavam tão sincronizados que eu reagia a cada olhar, cada toque e cada som dele. Eu ao mesmo tempo amava e odiava o que ele me fazia sentir. Eu nunca tinha sido alguém que perde o controle facilmente, mas quando ele me tocava daquele jeito eu simplesmente jogava tudo pela janela, tudo o que eu era.

– Você gosta de sentir meus dentes? – ele perguntou, com a respiração curta e irregular. – Você fantasia sobre onde mais eu posso morder?

Eu empurrei seu peito e o encarei.

– Você simplesmente não sabe quando calar a boca, não é mesmo?

Ele me levantou e me jogou fortemente contra o banco. Abrindo minhas pernas, enfiou dentro de mim novamente. Meu carro era pequeno demais para aquilo, mas naquele momento nada poderia nos impedir. Mesmo com suas pernas dobradas de um jeito estranho e meus braços tentando impedir que minha cabeça batesse na porta, o espaço estava tornando aquilo quase impossível.

Ajoelhando-se numa posição mais confortável, ele segurou uma das minhas pernas e a colocou por cima de seu ombro, forçando seu pau ainda mais fundo em mim.

– Oh, Deus... Ryan...sim.

– Gostou? – levantou a outra perna e a colocou sobre o outro ombro. Esticando o braço, ele agarrou a porta e a usou como apoio para aprofundar as estocadas. – É assim que você gosta? – a mudança no ângulo me fez ofegar, enquanto as mais deliciosas sensações se espalhavam pelo meu corpo.

– Não – empurrando a porta com as mãos, eu levantava meus quadris para igualar cada movimento dele. – Eu gosto com mais força.

– Merda! – ele murmurou, virando a cabeça levemente e deixando um rastro de beijos em minha perna. Nesse ponto, nossos corpos estavam brilhando de suor, as janelas estavam completamente embaçadas e nossos gemidos preenchiam o espaço silencioso do carro. O fraco brilho vindo das luzes da garagem enfatizava cada músculo delineado da obra de arte que pairava sobre mim. Eu observava com fascínio o seu corpo se contorcendo com o esforço, seus cabelos molhados grudando em sua testa, o pescoço completamente tenso. Baixando a cabeça entre seus braços esticados, ele fechou os olhos com força e balançou a cabeça.

– Oh, Deus... – ele ofegou. – Eu simplesmente... não consigo parar.

Inclinei para ficar mais perto, querendo achar uma maneira de possuí-lo ainda mais fundo e completamente dentro de mim. Eu nunca quisera tão furiosamente consumir outro corpo. Ainda assim, parecia que eu nunca chegava perto o bastante para sentir as partes que eu realmente queria. Era nisso que eu estava pensando quando uma deliciosa e esmagadora tensão ao longo da minha pele e barriga se cristalizou em uma dor tão forte que me fez deslizar as pernas para fora de seus ombros, puxando todo seu peso em cima de mim e implorando “por favor, por favor, por favor”, de novo e de novo.Eu estava quase lá. Quase lá.

Meus quadris circulavam, e os seus respondiam com dificuldade, mas firmes, tão selvagem em cima de mim quanto eu estava sendo embaixo dele.

– Estou quase lá, por favor.

– Qualquer coisa – ele grunhiu em resposta, antes de se abaixar e morder meu lábio. – Você pode ter qualquer coisa.

Gritei quando gozei, meus dedos cravaram em suas costas e senti o sabor de seu suor em minha boca. Ele praguejou com sua voz grave e rouca e, com uma última e poderosa estocada, flexionou todos os músculos em cima de mim.

Exausto e trêmulo, ele desabou, com o rosto mergulhado em meu pescoço. Não resisti ao impulso de correr minhas mãos em seus cabelos molhados enquanto deitávamos ali ofegantes, com seu coração batendo contra meu peito. Milhões de pensamentos surgiram em minha mente enquanto os minutos passavam. Vagarosamente, nossas respirações se acalmaram, e eu pensei que ele havia adormecido, quando moveu a cabeça para o lado.

Meu corpo suado esfriou instantaneamente quando ele começou a se vestir. Observei-o por um momento antes de me endireitar e colocar minha calça e me limpar com o "resto" da minha camisa, sentindo-me ambivalente. Mais do que simples satisfação física, transar com ele era a maior diversão que eu tivera em muito tempo.

Mas ele ainda era um grande idiota...claro!.

– Imagino que você vai ignorar a conta. Agora entendo que isso não pode se repetir – ele disse, arrancando-me com um sobressalto dos meus próprios pensamentos. Virei para encará-lo. Ele estava dando de ombros, olhos fixos à frente.

Momentos se passaram antes que ele se virasse para olhar em meus olhos.

– Diga algo para eu saber que você me escutou.

– Diga a Susan que eu aceito o convite para o jantar, sr. Ryan. E saia imediatamente do meu carro seu imbecil.


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Comentários

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Eita que vai ser uma explosão esse jantar!! Já tô imaginando esses dois em cima da mesa!

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um ama o o outro mas n quer dar o braço a torcer kkkk

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Os dois se gostam, pelo jeito o ryan pode pegar quem quiser q o Daniel vai dá o troco na mesma moeda.

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Amor é proporcional ao medo de se entregar, inversamente proporcional ao sexo.

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MEU DEUS CHEFE SEMPRE GANHA NOS DUELOS DE PALAVRAS. ACHO QUE VC VIROU A PUTINHA DO CHEFE. CONTENTE-SE COM ISSO.

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Comecei a ler o conto e não paro mas . Esse conto e meu novo vício exitante .Adorando

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Será que os dois ainda não perceberam que sw gostam além do sexo? essa ruiva ainda var causar com esses dois, o Sr Ryan vai perder o Daniel por burrice dele mesmo!

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