Os Primos (Capítulo 05)

Um conto erótico de RafaelQS
Categoria: Homossexual
Contém 3249 palavras
Data: 29/01/2017 22:44:56
Última revisão: 29/01/2017 23:17:31

A manhã estava nublada. Não só no céu mas existia um clima cinza no colégio. Não se via o casalzinho do ano desfilando pela escola, nem as súditas de Diana deram as caras. Imaginei que ela deveria estar em casa num mar de lágrimas enfiada em um pote de sorvete lamentando como a vida é difícil, Jéssica e Maysa ao seu lado comentando como os homens são complicados ou não prestam, na tentativa de consolar a amiga.

Eu deveria ter compaixão e me colocar no lugar dela, mas por algum motivo não sentia nenhum pouco de pena. Ser rancoroso era um dos meus piores defeitos.

Na hora do intervalo Mariana foi ao banheiro escovar os dentes e fazer uma das milhares coisas que as mulheres fazem no banheiro feminino, e isso me concedia alguns momentos a só, o que não era ruim, gostava de ficar sozinho.

Andei até a cantina. Uma pontada de fome começava a me incomodar. Tirei uma nota de dois reais amassada do bolso e pedi um pacotinho de amendoim a uma garota de cabelo trançado que mascava chiclete atrás do balcão. Fui surpreendido com um coral de risos e conversas atrás de mim.

-Moça, eu quero salgado por favor. – Disse uma voz enérgica.

Era Vitor, um rapaz com quem eu já havia estudado anteriormente. Seu forte era o bom humor, vivia distribuindo sorrisos e fazendo brincadeiras de maneira espalhafatosa.

A garota mal havia se virado para pegar meu pacote de amendoim.

-Eae Brother, tudo bem? – Disse, ao me ver, segurando meu ombro e sacudindo-me.

-Tudo. – Respondi timidamente.

Só então percebi quem o acompanhava. Ricardo, um garoto muito alto que eu poderia jurar ser maior de idade, e Cauã, rindo para mim.

- Você não sabe, mas seu primão aqui... – Disse Vitor colocando a mão sobre o peito de Cauã. –Ta solteiro, querendo pegar umas meninas... Se você tiver afim de dar uma ideia na Mariana, ele agradece. – Cantarolou, alterando o tom de voz.

Cauã semicerrou os olhos de maneira que me convencia a não levar aquilo a sério.

-É... Talvez eu fale com ela... – Brinquei.

Apesar de parecer arrasado da última vez que o vi, agora ele tinha uma expressão de contentamento visível, o que me contagiava de certa maneira.

- Aêêê! Agora se ela quiser um cara mais bonito, inteligente e descolado... – Vitor disse, referindo a si próprio. – Sabe que tem o Vitão.

-Para de falar besteira cara, você ta viajando! – Repreendeu Cauã.

-Huhuhu... Acho que ele está com ciúmes – Brincou Ricardo, cutucando Vitor.

-Beleza... beleza... A gata é só sua. –Vitor riu. – Não esquece de mandar o recado pra ela. – Sussurrou, piscando o olho direito para mim.

Paguei o amendoim e sai andando, vez ou outra olhando os garotos de relance. Mesmo com Vitor tentando fisgar total atenção do grupo, Cauã olhava para mim. Os olhos verdes, abertos, enigmáticos.

Sentei-me no banco do pátio e fiquei assistindo os alunos andarem enquanto comia o amendoim. Instantes depois Mariana apareceu, com a mão cobrindo a boca, surpresa.

-Você não vai acreditar no que acabei de ver no banheiro.

Lancei um olhar de “Só vou saber se você me contar”.

-Diana se acabando em lágrimas. Foi tão deprimente e ao mesmo tempo engraçado.

Isso me fez lembrar do questionamento da pena de Diana: Sentir ou não sentir?

-Ela estava lá, com as abelhas operárias em volta. A Jéssica segurava uma caixa de lenço, pelo jeito já estava pela metade. Eu entrei em um dos boxes e demorei lá dentro só para ter tempo de entender a situação. Parece que o Cauã decidiu terminar tudo. Ela estava fazendo um flashback dos melhores momentos juntos. Falava nele como se fosse sua vida...

Senti um aperto no coração.

-Diana falou que suspeitava que ele estava gostando de outra, já que ele recusou seu pedido para fazer sexo. – Mariana contou, sorrindo com o canto da boca. – Parece que ela arranjou tudo, a casa, velas, pétalas de rosas, um final de semana, seus pais não estavam em casa ...

Isso significa que existia possibilidades de Cauã ser virgem.

-Ele simplesmente não deu as caras. – Completou.

Formulei uma questão em meu interior: Será que ele evitara a transa por estar apaixonado por mim ou por ter deixado de sentir atração por Diana? As palavras dele voltavam para a minha cabeça: “Mas você foi a pior crise que tive. Eu nunca consegui resistir a você”.

Deixei escapar um sorriso.

-Mas não fique tão contente assim. Em seguida ela jurou que se descobrisse quem era a tal garota. – Mariana torceu o rosto. – Pisaria nela.

Essa era sua marca. A garota frágil, dócil, meiga, que por trás cria seu próprio meio de manter as coisas sob seu controle e governar a cada pessoa segundo seu desejo.

-Imagina se ela descobre que Cauã gosta de garotos. – Eu disse, e então encaramos um ao outro. – Não deixaria barato, com certeza.

...

A calmaria daquele dia estendeu-se até o final da aula. Poderia jurar ter ouvido um ou dois burburinhos sobre a separação do casal. Isso talvez tenha causado certa comoção na “alta-sociedade” do colégio, afinal de contas o casal era símbolo de poder, Diana, a garota mais popular do colégio, e o príncipe Cauã, formavam um par perfeito que todos enchiam os olhos ao verem juntos.

Pela primeira vez em tempos tive um dia de aula agradável, cheio pela esperança de que momentos melhores me aguardavam. Esse pressentimento tornou-se mais forte quando encontrei Cauã há uma quadra acima do colégio, esperando-me com um sorriso nos lábios. Meu estômago esfriou, Cauã era uma paisagem perfeita. Quase de imediato a felicidade que eu estava sentindo ficou estampada em meu rosto e quanto mais eu tentava disfarçar, mais visível tornava-se.

- Mas que demora para sair! – Ele estendeu a mão.

Sua mão era fria, ao mesmo tempo macia e confortável, gerava uma tensão elétrica quando eu a tocava. Cumprimentei-o.

-Aula de matemática, professora chata... Já sabe! –Respondi.

Ele riu.

-Hoje eu resolvi dispensar a carona do meu pai, vai ser legal caminhar um pouco com você.

Minhas bochechas queimavam, a ponta do nariz ardia.

- Vai ser muito bom ter companhia. – Eu deveria estar parecendo um bobo. Vermelho, e tentando recalcar indícios de contentamento para não me mostrar como um idiota.

-Na verdade, eu gostaria de te fazer um convite.

Eu olhei para ele. Cauã falava olhando para todas as direções, menos na qual eu estava. Transparecia timidez.

Dois bobos.

-Você gostaria de vir à minha casa almoçar comigo hoje?

“É claro que eu vou, você acha que sou maluco de recusar o convite?” Pensei.

-Ah, ta legal! Você que vai preparar?

- Claro que não! – Riu. –A empregada...

Se era a empregada, existia gente em casa. E provavelmente não era só a empregada, mas Eliane e Sérgio também. Não poderíamos ficar totalmente livres.

-A comida dela é ótima. Mas se quiser que eu tente, um dia, eu posso cozinhar algo para você... Talvez um macarrão instantâneo.

Empurrei-o levemente com o ombro.

-Tonto!

Cauã pareceu ter gostado do toque pois não saiu do meu lado até chegarmos em sua casa. Andamos devagar, discutindo assuntos corriqueiros, seu ombro roçando o meu. O dia cinza, o frio, os cheiros de ar puro colaboraram em tornar tudo muito bonito no decorrer do caminho. O perfume de ervas, o qual só sentia próximo a ele, enchia meus pulmões. Eu ria com frequência, assim como ele também. Ambos embriagados pelo nu e cru sabor da paixão.

Quando chegamos em sua casa, ele me conduziu até a cozinha com as mãos enfiadas no bolso do moletom. Parecia que, assim como eu, estava nervoso, e não era para menos, afinal mal mantínhamos contato antes, seus pais com certeza estranhariam minha presença.

-Oi pai, oi mãe. O John vem almoçar aqui com a gente hoje, eu chamei ele pra jogar videogame. –Ele me deu um empurrãozinho para que eu saísse do canto e me aproximasse de seus pais.

-Olá Johnny. – Sua mãe exibiu o que parecia a mim um sorriso forçado. –Que bom que você veio!

-Tudo bem, garoto? – Perguntou Sérgio, com a voz grossa e séria.

-Tudo ótimo. –Respondi timidamente, querendo desaparecer.

Cauã e eu sentamos ao redor da mesa esperando a comida ser servida. Juliana, a jovem empregada, trouxe uma bandeja com uma bela costela assada esfumaçante. Eliane vinha atrás com o arroz.

-Perfeita. Exatamente como eu queria. –Disse Sérgio, cutucando a carne com um pegador.

Ele vestia camisa e calça social, estava em casa apenas para o almoço.

Esperei que Cauã se servisse para poder colocar comida no prato. Por timidez servi-me com uma quantidade bem menor do que estava acostumado a comer, e Cauã quase me obrigou a encher o prato. Sua mãe insistiu que eu deveria comer mais pois estava muito magro.

-Como está a sua namorada? Não consegui me despedir dela no casamento... – Perguntou o pai.

Cauã demorou para responder, engoliu um pouco de suco primeiro.

-Nós terminamos.

-O quê? – Jorge arregalou os olhos para o filho. – Você terminou o namoro com a Diana? – O tom de voz era repreensivo.

-Sim. – Cauã abaixou a cabeça. – Nós não estamos mais juntos.

-Você tem problemas. – Disse o pai, voltando os olhos para a refeição no prato. – Não leva nada a sério.

Eliane abaixou a cabeça, assim como filho. Estava claro quem ditava as ordens naquela casa.

-Isso é normal na adolescência. – Justificou Eliane.

-Não para com ninguém, não é como o irmão.

Cauã franze o cenho. Um silêncio se instala. Torna-se um clima desconfortável.

- Hoje eu conversei com o fotógrafo, as fotos do casamento ficarão prontas em quinze dias... – Disse Eliane, alisando as jóias nas mãos, como tentativa de quebrar a tensão.

-Ela era uma boa garota. – Exclamou Sérgio, ignorando a mulher e acertando Cauã com um olhar de reprovação.

O rosto de Cauã estava vermelho. Talvez naquela hora se arrependia de me convidar.

-Bonita, de boa família. Eu conheço o pai dela, já fizemos até parceria... –Balançava a cabeça em negação. –Mas meu filho não sabe conservar as coisas.

...

-Eu não tenho liberdade para ter minhas próprias escolhas. É como se ele comandasse tudo nessa família. – Disse Cauã para mim, em seu quarto, depois do almoço. –Todo mundo aqui em casa tem que se submeter às suas ordens. Da mesma forma que aconteceu com Renan. Foi um casamento totalmente planejado por ele, sem quase nenhuma intervenção dos noivos. Viu como eu não posso ser feliz sendo o que sou?

O quarto tinha paredes de um branco vívido, de maneira que quando a luz do sol entrava pela janela, o cômodo inundava-se de uma luz forte que faziam meus olhos doerem. Era perfeitamente decorado. Uma escrivaninha abaixo de uma prateleira recheada de livros, troféus e quadros, uma cama de casal no centro e um guarda-roupa de porta corrediça na cor cinza que combinava perfeitamente com a coloração do cômodo.

- Tudo vai ficar bem. – Respondi.

As palavras me fugiam. A situação parecia tão complicada que não consegui elaborar uma resposta eloquente. Pareceu funcionar pois ele me olhou no fundo dos meus olhos e suspirou. Sentou em uma poltrona em frente à televisão. Algumas vezes não existem palavras que possam consolar as pessoas, mas nós podemos simplesmente estar ao lado delas. Eu estava disposto a isso.

Iniciamos Mortal Kombat. Eu necessitava de um game que não exigisse muita habilidade pois não tinha o costume de jogar videogame. Ele me derrotou dezenas de vezes até decidirmos jogar com apenas um player. Ele fazia exclamações, gestos e piadas engraçadas conforme derrotava os personagens, e eu o ajudava. Ríamos alto... Tão alto que pouco a pouco percebia que me tornava mais íntimo seu. Comecei a fantasiar estar ao lado do meu namorado. Naquele instante pensei que nossa relação poderia estar se encaminhando para um namoro.

Eu estava sentado em uma poltrona ao lado da sua, e em uma tentativa de salvar uma jogada no qual meu personagem estava perdendo, ele inclinou seu corpo sobre o meu para tirar o controle de minhas mãos. Continuou a luta apertando freneticamente os botões do joystick, porém seu corpo permaneceu grudado ao meu. Senti o coração na garganta. Cauã quase pulou da cadeira, quando enfim conseguiu derrotar o último oponente e finalizar a jogada.

De repente, puxou-me para um abraço. Tímido, mas ao mesmo tempo terno. Enquanto afastava-se de mim para retornar à posição inicial, me atingiu com um olhar. Seus olhos conversavam comigo, pois eu conseguia perceber o seu desejo. Era o mesmo do dia em que estávamos em casa, a sós. Talvez eu também estivesse olhando para ele da mesma maneira, encorajando-o a me beijar. Fiquei parado, esperando o momento em que ele quebraria a barreira entre o medo e a vontade. Eu poderia ter tomado alguma iniciativa, mas preferi que a decisão fosse totalmente dele. Assim poderia tê-lo de maneira completa.

Percebi-o retornar. Inclinar seu corpo para mim novamente. Meu coração saltava de felicidade e nervosismo quando escutamos passos no corredor.

Nos ajeitamos e voltamos ao jogo. A porta do quarto se abriu.

-Meninos, eu vou dar uma saída. Qualquer coisa que precisarem, peçam à Juliana. – Disse ela, sorrindo forçadamente para mim.

Logicamente não precisaria avisar que estava de saída. Poderíamos interpretar aquilo como um “Está tudo bem, meu filho? Ele não está te obrigando a usar algo ilícito ou te extorquindo de alguma maneira, né?”.

-Pode deixar mãe. Nós vamos nos comportar. – Brincou Cauã.

Ela riu e trancou a porta.

Talvez isso o deixasse mais à vontade. Os passos dela foram se afastando. Voltamos para o game. Agora era o momento favorável. Reiniciamos o jogo e observei uma partida, quieto, torcendo para que retornássemos a aquela posição que estávamos antes de sermos interrompidos por Eliane. Mas não voltou, por um bom tempo. Ficamos mais alguns minutos jogando Mortal Kombat sem o mesmo entusiasmo de antes.

Meus olhos já estavam ficando cansados quando ele desligou o Playstation 2. Encaramos um ao outro em um silêncio que só poderia significar duas coisas. A primeira seria “Eu quero te beijar, mas estou com vergonha de chegar em você! ” A segunda “Por que você está me olhando dessa maneira? ”

-Estou com a garganta seca. Espere um pouco. – Saiu do quarto.

Ele retornou poucos minutos depois segurando dois copos de suco de laranja. Sentamos na cama, ele ao meu lado. Bebemos, ambos calados.

-Ontem à noite eu estive pensando no que você disse durante o casamento. – Ele esvaziou o copo e o deixou na escrivaninha ao lado.

O vento trazido pela janela aberta batia em seus cabelos e remexia-os. Trazia o seu cheiro até mim.

-O que eu sinto não é algo anormal. Não é culpa de Deus, e sim dos homens que tornaram isso errado. Eu estava vivendo uma vida contra a minha vontade. Namorava garotas e ao mesmo tempo brincava com os sentimentos delas, e mentia pra mim mesmo. Pensava toda vez “Agora vai ser diferente, eu vou me apaixonar de verdade, o tempo vai se encarregar disso”. Mas nunca aconteceu, porque essa não era a minha verdade.

Mesmo depois de beber o suco, seus lábios pareciam secar novamente.

-Porque a minha verdade... –Ele fez algo entre fechar os olhos ou simplesmente abaixa-los. –Ela é você.

Meu corpo queria desfalecer.

Ele abaixou a cabeça como se estivesse envergonhado. Por um instante imaginei que queria chorar, mas antes disso o envolvi nos meus braços. Cauã ajustou-se ao meu corpo como se quisesse pertencer a ele, e então juntos formávamos um só. Como eu sempre sonhei.

Deixei meu copo de lado e repousei meu rosto em seus cabelos. Eles tinham um cheiro doce que me embriagava o estômago. Deus, aquilo era tão bom... Estar segurando o garoto que me fazia perder a cabeça. Eu só conseguia pensar em quantas noites antes de dormir eu gastei fantasiando aquela cena. Tê-lo de corpo e alma, de maneira clara e assumida. Ele gostava de mim. Cauã disse que eu era a sua verdade.

Ele também era a minha.

Abraçou-me e colou seu rosto ao meu. Agora as nossas respirações se misturavam. Eu só conseguia escutar ele respirando e inspirando, como se só ele existisse no mundo. De maneira que houvesse apenas nós dois e juntos fossemos capaz de realizar qualquer coisa.

Apertei seu corpo duro com meus braços que o envolviam completamente. Ele retribuiu tentando se encaixar ainda mais dentro de mim. Estava sedento pelo meu carinho, e eu queria preenche-lo.

Os lábios de Cauã chegaram ao meu pescoço e distribuíram vários beijos, tímidos a princípio, ganhando voracidade conforme subiam até o meu queixo, bochecha e por fim, a boca. Minha língua entrou em contato com a dele, eu queria desesperadamente sentir o seu sabor, e ele me saciava, movimentando a sua língua rumo a minha.

E caímos na cama. Não havia o que temer, a porta estava trancada e se por infortúnio a empregada nos interrompesse, seus passos no corredor a denunciaria.

Ele tirou o moletom, fiz o mesmo com o meu. Removeu o cinto da calça.

Já sabia onde isso ia nos levar...

Abriu o zíper e a desceu até os joelhos. Estava usando uma cueca boxer azul marinho, acho isso muito sexy. Definitivamente azul combinava muito com ele.

Segura meu corpo e me obriga a ficar de bruços. Ajudo-o a se livrar do meu cinto e abaixar minhas calças.

Não tinha me preparado para o sexo anal e esperava que ele compreendesse isso. Imagino que entendia pois começou a fazer brincadeiras sem penetração. Apenas roçava seu pênis entre minhas nádegas, jogando o seu peso todo sobre mim. Desejei ao menos ter feito a limpeza... Ficaria para uma outra ocasião. Tudo feito com calma é melhor, imaginei.

Encostou sua boca na minha orelha.

-Adoro sua bunda.

Acho que corei.

A mim não importava que já tivéssemos liberdade na cama. Uma das facilidades em um relacionamento gay é que você não precisa fazer rodeios. Quando dois querem, dois transam, sem receios ou preocupações.

Ele exerceu certa pressão sobre mim, imaginei que tentava gozar sem precisar me penetrar. Só de encostar seu pau na entrada do meu ânus me deixava loucamente excitado. Meu pau pulsava embaixo de nós dois.

Gemíamos baixo, para que ninguém além de nós escutasse. Mas era um gemido intenso, sincero, de duas almas se aproveitando. Sentia prazer como nunca antes. Seus braços sobre mim, firmes, me apertavam.

O pênis de Cauã deslizava pelas minhas nádegas com um movimento rápido, como se de fato estivesse metendo, mas apenas imitava o ato e talvez isso lhe desse um prazer semelhante.

Contorceu-se algumas vezes e senti um líquido quente sobre mim.

Porra.

Deitei ao lado, ele sobre o meu peito, meu braço envolvendo seu ombro. Era tudo o que eu almejava.

Cauã deu um longo suspiro. Satisfação.

- Seu coração... Ele pulsa muito forte. –Observou.

- Você é o responsável. – Sim, era. Responsável por todo meu organismo entrar em fúria.

Ele puxou meu braço livre e levou-o até seu peito, por debaixo da camisa. Sob a pele surrealmente macia, um coração pulava ritimadamente.

Sorri. Ambos estávamos apaixonados, era essa a confirmação.

-Você é o responsável. – Cauã sorriu de volta.

...

Agradeço aos leitores que vierem a dedicar um tempo para realizar a leitura, e gosto de receber críticas de toda natureza (me refiro as construtivas), então, não deixe de comentar o texto, isso é muito importante para mim.

Também disponibilizei o texto no Wattpad, que proporciona uma leitura mais confortável, não deixarei o link pois o site Casa dos Contos Eróticos pode o censurar. Busquem por "Os Primos (Romance Gay)".

Obrigado a todos!

Obs: As postagens de novos capítulos ocorrem todos os domingos durante a noite.


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Comentários

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Nossa que chique, tô amando esses dois e quanto a Diana, bem feito!Bem feito mesmo

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Lindo, mas a ex a família serão um grande problema, e também acho que o Cauã irá faze-lo sofrer muito, melhor cair fora...

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Pelo q vi Diana é tipo a Mandy de três espiãs demais, tem tudo o que quer, é linda, mas na verdade é uma cobra... Adorando o seu conto!!

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Será que vão conseguir ficar juntos?

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VAI SER MUITO DIFÍCIL CAUÃ ENFRENTAR ESSA FAMÍLIA E EX NAMORADA QUE PROMETEU VINGANÇA. ACHO MELHOR VC SE AFASTAR. ELE VAI T FAZER SOFRER MUITO. NÃO SEI SE VALERÁ A PENA.

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ai que lindos, apaixonei por eles kkkkk a Diana e os pais dele vão causar muitos problemas. Eu acho.

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