Pessoal, pra deixar bem claro, eu não abandonei o livro, estou em semana de prova e por isso não atualizo com frequência. Se você quiser ler mais capítulos entre em meu perfil do Wattpad ----> E quero agradecer muito aos comentários, graças a Deus foram todos positivos. E também pediram capítulos mais longos, e como seu pedido é uma ordem a partir de hoje os capítulos terão mais de 2000 palavras. Agora vamos ler. E deixe seu voto. rsrs.
MAIS UMA COISA. O LIVRO COMEÇA FICAR PICANTE NO PRÓXIMO CAPITULO. ATÉ AQUI FORAM CAPÍTULOS PILOTOS. A PARTIR DO 7 O BICHO PEGA.
CAP.6 - SR. MILLER
Maurício Miller
Todos temos segredos em nossa vida. Desde crianças fazemos isso, sejam juras de amor, votos de amizades, coisas horríveis. Não importa a forma segredos são segredos.
Alguns são bons, e outros muito ruins. Mas o que importa é o que você decide fazer com eles. Guardá-los para si e levá-los para o túmulo, ou expo-los e tentar superá-los, dividir com alguém o que te faz feliz ou te perturba.
Meus segredos tiram meu sono noite após noite. Quem dera fossem bons segredos. São tantos, alguns interligados aos outros que acaba virando uma cama de gato.
Como eu queria superá-los, mas não sei como. Fico sem reação quando algum vem a tona. Minha vida está longe de ser perfeita como todos imaginam.
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- Olá Arthur. - digo vendo sua cara de surpresa.
- Você. O que faz aqui?- pergunta incrédulo com a cena.
- Papai, imagino que não contou sobre mim não é?
- Como você pediu meu filho.- diz meu pai me encarando com um leve sorriso.
- O que está acontecendo aqui? Eu não estou entendendo mais nada.- Arthur diz ainda me encarando.
- Calma rapaz, imagino que meu marido e meu filho tem uma explicação para isso não é mesmo?- diz minha mãe alternado o olhar entre mim e meu pai.
- Claro que sim mamãe.
Saio da entrada da sala de jantar e caminho em direção a mesa. Arthur continua me encarando. Me sento ao seu lado e o vejo desviando o olhar.
- Explique para ele filho.- diz minha mãe.
- Pois bem, Arthur você irá trabalhar como meu assistente pessoal. E não com o meu pai.
Ele me encara, não consigo decifrar seu olhar. E que olhar.
- Porque não disse que era filho do Sr. Miller? E por que não disse que não trabalharia para ele e sim pra você?- ele faz uma pausa.- Eu não estou entendendo nada.
- Você vai sim trabalhar para o Sr. Maurício Miller.- começo me explicar.- Mas não para esse Maurício Miller. - olho para meu pai.
- Agora estou mais confuso.- diz ele.
Estendo a mão direita para que ele aperte.
- Muito prazer Sr. Ribeiro, me chamo Maurício Miller Filho.- ele encara minha mão com surpresa com minha declaração estampada na cara.
Logo ele aperta minha mão. Seu toque é suave e quente. Mas dessa vez sem choque, como aconteceu da última vez.
- Bom rapazes vamos comer antes que esfrie. Mathias traga mais um prato e talheres.- minha mãe pede ao mordomo.
- Sim dona Bárbara.
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Arthur Ribeiro
O restante do almoço foi calmo e silencioso. Saber que aquele homem será meu chefe não é uma boa notícia de se engolir.
E o mais inacreditável é que não sei o quanto seu humor pode variar. Como ontem naquela entrevista, onde me tratou como se eu fosse nada e mal me olhou nos olhos.
Mas depois que o vi na porta de minha casa, ou até mesmo sentado em meu sofá, vi que embora seja estupidamente arrogante - como todos falam-, ele me parece ser uma boa pessoa- como Rick me disse-.
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- Gostaria que eu os leve até a empresa Sr. Maurício.- pergunta Rick nos seguindo ao estacionamento.
- Não Rick. Muito obrigado.- responde Sr. Miller.- Nós vamos no meu carro.
- Como quiser senhor. Arthur, - me viro e o encaro.- boa sorte.
- Obrigado.- Respondo com um leve sorriso.
Seguimos para o estacionamento e quando chegamos lá fico de queixo caido com a quantidade de carros e motos em um só lugar.
- Gostou?- ele pergunta.
- Muito bonitos. Bonitos mesmo.- respondo.
- Pode escolher um, vamos para o trabalho no que você escolher.
- Você tá de brincadeira não é?- o encaro.
- Não mesmo. Vai em frente pode escolher.
- Então tá.- olho de relance todos os carros, e vejo o mais simples de todos ali.- Aquele ali.- digo apontando.
- Qual? A BMW?- ele pergunta olhando na direção que eu aponto.
- Não. O Corola prata.
Ele para por um instante. Me olha nos olhos. Seus labios se movem, mas ele não fala nada. Me pergunto se fiz algo de errado, se fiz estou ferrado.
- Então vamos.- ele diz indo em direção a um pequeno cofre com senha fixo na parede. Ele pega a chave e eu o sigo em direção ao carro.
Ele abre a porta para que eu entre, e passo a estranhar o porquê dele fazer isso. Eu posso muito bem abrir uma porta de um carro.
Ele entra no carro e da a partida. Fico em silêncio durante todo o trajeto. Percebo que vez ou outra ele virá seu rosto e me encara. Sorte a minha que sou moreno, porque se fosse um pouco mais branco ficaria vermelho feito um pimentão.
Não demora muito e chegamos em frente a sede da Miller Empreendimentos. Meu Deus, como não percebi a imensidão desse predio. Deve ter mais ou menos 25 andares.
O Sr. Miller estaciona em frente ao prédio e logo um homem negro de meia idade vem a nosso encontro.
Ele abre a minha porta e me da boa tarde. Desejo o mesmo a ele. Vejo o Sr. Miller entregando a chave à ele. E num instante ele já está ao meu lado.
- Preparado? - ele pergunta.
- Sim.- afirmo, embora não esteja. Minha espinha toda gela, meu estomago revira. Chegou a hora de tomar um novo rumo em minha vida.
Entramos no hall de entrada e seguimos para um elevador que acima está escrito reservado. Julgo que somente o Sr. Miller pode usá-lo.
Enquanto seguimos vejo pessoas que estavam andando em nossa frente se afastarem deixando o caminho livre, elas parecem temer esse homem que está ao meu lado. Arrisco olhar para o lado e vejo algumas me encarando, algumas cochicham umas com as outras coisas que não consigo ouvir.
Chegamos em frente ao elevador e o Sr. Miller aperta o 25 e imediatamente a porta se abre.
Entramos no elevador e pelo espelho vejo que a expressão de Miller mudou completamente. Está com a cara fechada, com uma cara de poucos amigos.
A porta se fecha e o elevador passa a se movimentar. Não demora muito e estamos no 25° andar.
Devido as enormes janelas de vidro que vão do chão ao teto, é quase possível ter uma visão 360°da cidade.
Que lugar lindo a decoração moderna e elegante cai muito bem com a paisagem de pedra além das janelas.
Saimos do elevador e seguimos mais a frente onde vejo uma moça sentada. Ela logo se levanta e nos cumprimenta.
- Boa tarde Sr. Miller.
-Boa tarde Jessica. - responde ele ainda de cara fechada.
- Boa tarde Sr. Ribeiro.
- Boa tarde.- respondo.
Ela é linda mesmo. Tem o cabelo castanho preso em um coque muito bem arrumado. Seu corpo até parece de uma modelo da Victória's Secret. Sua pelo branca da contrasta com o olho que julgo ser verde claro. Deve ter mais ou menos 20 anos de idade.
- Sr. Ribeiro a Srta Jessica ficará responsável por te ensinar tudo o que deve saber sobre a empresa e minha agenda.
Observo tudo atentamente.
- Ela dirá se você está apto ou não para essa vaga. Qualquer coisa estou ma minha sala, mas espero não ser interrompido.- ele diz entrando em sua sala e fechando a porta.
- Bom vamos lá Sr. Ribeiro. Pode se sentar nessa cadeira ao lado da minha.
- Pode me chamar de Arthur. Prefiro assim.
- Como quiser.- diz sorrindo.