Capítulo 20
- Ponto de vista do Greg -
- Gregory Müller, onde diabos você está? – Disse uma mãe furiosa do outro lado da linha.
- Ah, oi mãe! – Respondo fingindo inocência.
- Não me venha com “oi mãe”, liguei para o fixo do apartamento e nada de você atender, liguei para seu celular e estava dando fora de área, liguei para a Lana e ela me disse que não te via há uns dois dias, por fim liguei para o porteiro do prédio e ele me falou que tem pouco mais de uma semana que não o vê em casa. Gregory quando eu voltar para o Brasil nós teremos uma conversinha!
- Calma mãe, eu estou bem. Não aconteceu nada de mais, eu só saí da cidade este fim de semana para curtir com um amigo, esqueci de avisar a Lana e também estava sem sinal. Quanto ao porteiro do prédio, você sabe que ele é meio tapado, não tenho culpa se ele não me viu entrar. – Tentei justificar olhando nervosamente para Jonathan.
- É bom você não estar fazendo nada de errado mocinho, eu e seu pai voltamos essa semana e estamos morrendo de saudades.
- Mãe você me conhece, a pior coisa que fiz de errado foi ter nascido tão gato. – Brinquei tentando descontraí-la. – E eu também estou com saudades de você e do pai.
- Então nos vemos em breve, e juízo! Te amo filho.
- Tá beem! – Revirei os olhos. – Tchau mãe, também te amo.
Assim que desligo o telefone sinto lindos olhos verdes me encarando.
- Está tudo bem?
- Sim, era só a minha mãe me ligando preocupada. Parece que meus pais voltarão em breve ao Brasil.
- Bem, se me permite dizer, você está errado. – Afirma o brutamonte.
- O que quer dizer? – Pergunto confuso.
Ele se aproxima de mim e me envolve em seus braços fortes alinhando seu olhar penetrante ao meu.
- A pior coisa que você fez não foi ter nascido assim tão gato. – Deu-me um selinho doce e uma piscadinha sexy. – A pior coisa que você fez foi ter roubado meu coração.
Algo em meu interior derrete com sua declaração fofa. Não hesito em puxá-lo para mais perto e beijá-lo vorazmente.
***
Era noite quando chegamos ao apartamento do Jonathan, ainda mais cansados do que quando fomos. Mas era um cansaço que valia a pena, pois agora éramos um do outro e irradiávamos felicidade com nosso início de relacionamento.
- Vou pedir algo para comermos, alguma sugestão? – Pediu.
- Não, o que você escolher está ótimo. Vou tomar um banho enquanto você pede. – Falei indo para o banheiro.
As memórias do nosso fim de semana maravilhoso não saem da minha cabeça e se repetem como o flashback de um filme. Ligo o chuveiro e sou atingido pelo jato de água quente que relaxa meus músculos doloridos, fruto das horas nadando na cachoeira e do sexo que tivemos ao voltar ao sítio.
Não demorou muito até eu sentir suas mãos passarem pelo meu corpo, no fundo eu já sabia que ele iria me seguir no banho. Jogo minha cabeça para trás apoiando-a em seu peito e deixo-o me lavar com a esponja. Carinhosamente sinto-o remover o suor do meu corpo, viro-me para beijá-lo e admiro sua beleza. A barba estava um pouco maior por conta dos dias sem aparar e por isso aparentava ainda mais másculo. Seus olhos verdes-cor-de-mel sorriam para mim sedutoramente.
***
Já era tarde de quarta-feira e eu estava correndo feito um louco pela empresa para adiantar a reformulação contratual de um dos nossos clientes. Jonathan gritava com alguém ao telefone em sua sala e me arrancava um sorriso às vezes. Era realmente muito engraçado o quanto ele era nervosinho, havia pedido ao setor de impressão que adiantasse os banners da Coca, mas os idiotas imprimiram o errado comprometendo toda a produção e assim atrasando a entrega. Do outro lado podia ouvi-lo gritar com a gráfica:
- Vocês por acaso são retardados? Seus imbecis! Como peço para que vocês imprimam banners para a Coca e vocês me vem com esse lixo escrito Schin? – Por um instante se põe a ouvir a pessoa do outro lado da linha e então responde. – Mas é claro que vocês vão nos ressarcir ou eu ponho um par dos melhores advogados do país para abrir um processo contra vocês, suas mulas. Tratem de consertar essa merda antes que eu me irrite! – Terminou desligando.
- Acho que vai ser impossível eles consertarem algo antes que você se irrite, afinal você já está aí todo estressadinho. – Falo quando entro em seu escritório.
- Não tenho culpa da incompetência alheia, e as coisas andam mais rápido quando me vêm chutar o balde. – Dou de ombros e contorno sua mesa.
- Por mim tudo bem, até porque adoro você assim nervosinho. – Falo safadamente.
- Ah é? – Seu sorriso se abre quando entende que estou flertando.
- É sim, você fica uma delícia com essa cara de mal.
- Sr.Müller, presumo que esteja comigo só por causa do meu corpo. – Pergunta marotamente.
- Pois presumiu certo, Sr.Stoch. Já ia me esquecendo, preciso que assine esses documentos para autorizar as mudanças no contrato da Boss.
- Ah, claro, é só disso que precisa Sr.Müller? – Pergunta com um sorriso.
- Sim, é só disso.
Ponto de vista Sr.Stoch:
Era quase de noite quando o telefone da minha sala toca. Não reconheço o número, mas aparenta ser uma chamada internacional.
- Alô?
- Sr.Stoch? – Uma voz grave pergunta em um inglês americano bem pronunciado.
- Sim, em que posso ajudar?
- Aqui é o George, das Indústrias Bridge.
- Ah, olá George, como vai? – A imagem do amável velhinho que conheci em Nova York me vem à mente.
- Tudo tranquilo por aqui, mas gostaria de ir direto ao ponto se não se importar Sr.Stoch.
- Claro, do que precisa?
- Durante a nossa reunião aqui em Nova York não pude deixar de notar no seu assistente, o Sr.Müller. Creio que seja um garoto muito competente e gostaria de oferecê-lo uma oportunidade de trabalho, Sr.Stoch.
Ok, essa me pegou de surpresa. O Greg ainda está terminando seu MBA, sem falar que caso ele aceite essa proposta teria que se mudar para NY e assim ficaríamos longe um do outro. Pensar em me separar dele me corta o coração. Nos apaixonamos tão rápido, não quero perde-lo mas também não quero prejudicar seu futuro, que aliás é ao meu lado e não em Nova York.
Em um impulso acabo respondendo ao George:
- Desculpe George, mas o Sr.Müller não está interessado na oferta de emprego. Afinal já tem um cargo garantido aqui na Stoch Enterprises.
- Eu gostaria de poder falar com o Sr.Müller se não se incomadar Sr.Stoch.
- Na verdade incomoda sim, o Sr.Müller encontra-se ocupado no momento resolvendo assuntos da empresa, ele agradece a oferta de emprego e se desculpa por ter que recusá-la, portanto até mais George! – Falo desligando o telefone.
Um frio atravessa meu estômago assim que ponho o telefone em seu suporte, ergo meu olhar e dou de cara com o Greg me encarando.
- Que oferta de emprego que eu recusei Jonathan? – Perguntou acusadoramente. Oh deus!
- Meu anjo, há quanto tempo está ai? – Perguntei.
- Tempo suficiente. Me responda!
- Desculpa Greg. Eu fiz isso por nós e... – Tentei me explicar mas ele me interrompe.
- Seu filho da puta, você fez isso por você e não por nós! Você sabe como eu me esforcei para conseguir me destacar e quando surge uma oportunidade dessas para mim você simplesmente a joga pela janela. Era justamente esse o meu medo de me envolver, é esse o motivo pelo qual não se deve namorar o seu chefe!
- Baby, por favor, se acalme!
- Não me mande ficar calmo, você está interferindo na minha carreira!
- E você por um acaso iria aceitar a proposta e ir morar em Nova York? Longe de mim? Porque se sim então eu já sei o quanto o seu amor vale! – Cuspo e me arrependo na hora. Ele me encara com um olhar de decepção.
- Eu iria recusar, mas isso não te da o direito de tomar decisões por mim. Você era o meu parceiro e não o meu pai, isso era uma decisão minha, Jonathan. – Falou. “Era”, ele usou o verbo no passado, quer dizer que não sou mais? – O que mais me dói nisso tudo é saber que o meu amor vale tão pouco para você. – Meu menino se virou e foi em direção a saída, levantei-me e fui atrás.
- Greg, por favor, eu não quis...
- Pare! Não me siga, por favor. – Falou de costas para mim.
Fiquei paralisado na pequena sala que antecedia meu escritório, enquanto ele ia embora pude ver ao dobrar o corredor as lágrimas que estampavam seu belo rosto. Eu machuquei o meu menino, sou um merda.
- Ponto de vista do Greg –
- Greg, o que aconteceu? – Perguntou Lana quando cheguei ao seu apartamento.
- Acabou tudo Lana. – Respondi aos prantos.
-Oh, amigo entra. Vou preparar um brigadeiro de panela para você se sentir melhor.
A Lana sempre comia brigadeiro de panela quando terminava com algum namorado, ou quando um cachorro morria, era o remédio para o coração que ela inventou. Mas infelizmente não curaria o meu, que se encontrava dilacerado.
Sei que parece que estou fazendo tempestade em um copo d’água, mas o Jonathan tomou um passo muito importante em minha vida, era uma decisão que deveria ser minha e não dele. Minha família sabe as noites que perdi me esforçando nos trabalhos da faculdade para ser o melhor, as festas que perdi para estudar para as provas, os namoros que não tive porque estava focado. Abdiquei de muito para ser o melhor e ele não tinha o direito de tomar a decisão por mim.
No entanto, o que mais me machucara havia sido o fato de ele pensar que eu o abandonaria na primeira oportunidade que tivesse e duvidar do sentimento que tenho por ele.
Contei tudo o que havia acontecido para a Lana, do nosso fim de semana mágico, das suas declarações e da briga.
- Caralho, ele pisou na bola feio com você migo. Nem sei o que dizer.
- Ah, qual é, você sempre tem o que dizer. Me ajuda!
- Como assim sempre tenho o que dizer? Está insinuando que eu falo demais?
- Só um pouquinho. – Sorri ainda entre lágrimas. A Lana sempre teve o dom de me tirar um sorriso nos momentos difíceis.
- Olha migo, você o ama?
- Sim, amo demais.
- E você acha que ele te ama?
- Acho que sim. – Respondi tentando entender onde ela queria chegar.
- Eu só queria saber isso. – Sorriu.
- Eu vou pedir demissão. Eu o amo, mas preciso esquecê-lo, Lana – Falei.
- Greg, não acha isso meio precipitado?
- Eu não sei, mas tenho de fazer.
- Ponto de vista Sr.Stoch –
Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Eu não devia ter dito aquilo. Repito em minha mente como um mantra.
Sou um maldito imbecil, eu o magoei e agora estou aqui: deitado em minha cama com uma garrafa de Whisky na mão sentindo falta de seu cheiro, seu sorriso, sua voz, seus olhos azuis. Abraço seu travesseiro fingindo ser seu corpo, uma lágrima me desce pelo rosto. Liguei em seu telefone milhares de vezes mas todas as chamadas haviam sido rejeitadas.
- Por favor, Greg atenda, eu te amo! – Falo em um apelo.
Novamente sou direcionado à caixa de mensagens e atiro o celular contra a parede com raiva.
- Droga!
Desse modo caio em um sono cercado de pesadelos, às vezes acordava e conferia se ele tinha voltado para mim, mas não havia ninguém. Só quando deitei do seu lado da cama que pude finalmente relaxar um pouco. Antes de cair novamente no sono havia chegado a decisão de me desculpar com ele amanhã no trabalho, precisava baixar a cabeça e me redimir, nem que para isso eu precisasse me mudar para Nova York com ele.
- Meu anjo, eu prometo que não vou desistir de você.
Continua...
Oi meu povo, olha eu aqui de novo. Desculpem a demora para postar, mas tenho tido alguns problemas que vocês nem vão querer saber rs. Beijão e obrigado por lerem.
paiper trovao, hehe tempestades vêm chegando, vamos ver como que vai ser a aceitação da família né?
Marimarinna, obg sua fofa
Nick Yale, ownnn eu tbm kkkk
Arthurzinho, seráaaa???
Cintia C, oii lindaa eu vou postar até o fim n se preocupe, mesmo que demore um pouquiiiinho kkk
Marcos Costa, kkkkkkk a mãe do greg é tipo leoa hehe
magus, seu fofo um Abraçãoo tbm!
nayarah, hahaha ele é ogrão mas é um ogrão romantico com quem ele ama né?
Catita, KKKKK é de proposito S2
Quelsilva, fico Feliz meu primeiro leitorrrr S2
VALTERSÓ, e agora uma pitadinha de preto Hehe
adriannosmith, eu que sou teu fã S2
