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No carro voltando para casa, Gian Carlo e Desirée estavam mudos até que ele resolveu quebrar o gelo. Colocsuasua mão direita na mão de Desirée.
-O que foi que aconteceu, amor?
Desirée esperou para ver se realmente valia a pena entrar no assunto.
-Tudo começou por que o nosso filho nutre um sentimento pelo Humberto.
-Esta me dizendo que o Fred ama o nosso sobrinho?
- Sim, Gian Carlo. É isso.
- Entendi. Bom, não acho que isso seja verdade. Eles são muito próximos, mas não acho que chegue a tanto.
-Pois é. É por isso que eu quero saber isso da boca do Fred.
-Como vai fazer ele contar, Desirée?
-Não sei. Só não quero que ele se sinta pressionado.
- Se eu bem conhecido o o túmulo que o nosso filho é, isso vai ser bem difícil.
Desirée deu os ombros.
Na outra casa, os convidados à esta altura já tinham ido embora. Dante estava em seu quarto com Henrique e Samantha lavando a louça. Rogério estava pegando pesado com a bebida. Pillar estava sentada no sofá tomando whisky. Humberto estava sentado na mesa da piscina, pensando em tudo o que sua tia tinha dito. Levantou e foi em direção à mãe.
Chegando na sala, viu sua mãe com a mesma cara esnobe de sempre, como se nada tivesse acontecido.
-Voce é muito baixo nível dona Pillar!
Pillar engasgou. Nunca esperaria ouvir isso de Humberto.
-Como é? Eu sou a sua mãe! Não tem o direito de falar assim comigo!
Humberto riu, irônico.
-Quem é você para falar sobre direitos, mãe? Você não respeita ninguém! O que foi aquilo que você fez aqui?
-Eu estou cansada de todo mundo babar por aquele moleque!
-Por que você odeia tanto o Fred, mãe? O que ele te fez?
-Eu não preciso de um motivo para poder odiá-lo. E digo para quem quiser ouvir!
Humberto estava em choque. Sabia que aquela discussão não terminaria bem. Então, subiu para o seu quarto. Rogério foi para a sala.
-Esta feliz agora, Pillar? Aconteceu o que você queria! Eu nunca passei tanta vergonha em minha vida!
-Está reclamando de que, Rogério? Eu fiz o que à muito tempo deveria ser feito. Quero dar um basta nessa relação doentia que o Humberto tem com o Frederico. E quer saber, já chega. Não quero mais falar sobre isso. - Pillar levantou e subiu as escadas para o seu quarto. Não sentia nenhum pouco de remorso com o que tinha feito. Pelo contrário, o que mais queria nesse momento era juntar seu filho com o Alessandra o mais rápido possível. Nem que para isso tivesse apelar para outros métodos.
Enquanto o clima na casa de Rogério seguia tenso, na casa de Gian Carlo as coisas estavam bem calmas. Ele é Desirée tinham acabado de chegar. Notaram música bem alta vindo do quarto de Fred. Desirée subiu as escadas e bateu na porta do quarto do filho. Sem resposta, abriu bem divagar. Lá estava Fred. Deitado na cama, só de cueca e uma máscara de dormir. Entrou e abaixou o som. Sentou na cama e passou a observar o filho.
-Fred? -Chamou o loiro.
Fred tirou a máscara dos olhos.
-Não estava dormindo. Só estava tentando relaxar. - disse senta do na cama.
-Filho, eu quero conversar com você!
-Mamãe, se é sobre eu ter ido embora, me desculpe. Eu só não queria ficar lá depois que...
-Depois que o Humberto disse que ficou com aquela menina?
Fred arregalou os olhos.
-Como sabe disso?
-Filho, quando você saiu de lá, nos todos ficamos muito preocupados com você. E eu conversei bastante com seu primo.
-Mãe, não temos que ter esse tipo de conversa!
-Precisamos e vamos conversar sobre isso sim.
-Tudo bem mãe. Vá em frente.
Desirée pensou mesmo se deveria.
-Filho, você está apaixonado pelo Beto?
Fred não esperava isso.
-Mae, eu amo o Humberto!
-Sei disso filho. Mas esse amor é fraternal?
O loiro parou por uns segundos.
-Não mãe. Eu o amo como o homem que ele é. Eu sempre amei. Só que de uns tempos pra cá que eu me dei conta de que evoluiu para uma coisa muito grande. Eu tenho esperanças mãe. Eu quero ficar com ele. Eu tenho desejos por ele. Ele é o homem que eu quero pra minha vida inteira.
E o que Desirée temia, estava acontecendo.
-Sei que isso pode parecer difícil pra você. Mas eu não escolhi isso.
-Eu entendo, filho. Mas é se isso que você sente por ele não for correspondido?
- É correspondido mãe, eu tenho certeza! Você não vê o jeito que ele me trata? Sempre muito carinhoso com abraços, beijos no rosto, presentes.
Ela estava uma pilha de nervos por dentro. Seu filho ia sofrer desse amor quando Beto contasse à ele tudo o que haviam conversado.
-Eu tenho as minhas dúvidas Fed. Mas tudo bem. Eu só não quero que você se decepcione caso você esteja errado.
-Eu acho que devo dar mais espaço pro Beto, sabe?! Ele tem a vida dele também. Acho que preciso viajar mais um pouco. Dessa vez pra descansar.
-Isso! Faça isso mesmo. Sei que você vai encontrar uma resposta.
-Farei, mãe.
-A sua tia hoje perdeu a linha. Xingou você na frente de todos na casa. Depois que você sumiu, todos ficaram preocupados.
-Sinceramente, eu não fico surpreso com ela por ter feito isso. Mas a coisa boa disso tudo é que ela não me odeio sozinha. Eu também não gosto nenhum pouco dela. Só a aturo por causa do tio, do beto, da Sá e do Dante. Do resto, quero que ela se dane.
Desirée pegou a mão do filho.
-Fred, me prometa que você nunca irá deixar ela te fazer mal?
Fred estranhou. Mas concordou.
-Sim mãe. Eu prometo. Pode ficar tranquila quanto à isso.
E a conversa dos dois seguiu por mais um tempo. Depois, Desirée e Gian Carlo foram para o quarto arrumar algumas malas. Os dois tinham uma conferência em outra cidade que duraria todo o final de semana.
No outro quarto, Fred estava deitado pensando em tudo o que tinha acontecido. E se sua mãe estivesse certa? E se o que ele sentia por Humberto nao fosse correspondido? Dúvidas à parte, queria mesmo era descansar e esquecer aquele dia que teve.
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Do outro lado da cidade, Humberto estava no banho refletindo tudo o que havia acontecido. Sua tia estava certa. Fred sempre foi movido pela emoção do que pela razão. Não queria causar nenhum mal para o primo. Só que ele não sentia esse tipo de amor pelo loiro. Humberto considerava Fred como um filho, em que o papel é proteger, amar e ser presente. Mas como homem não. Sempre teve MUITAS relações com mulheres e tinha certeza sobre sua sexualidade. De qualquer jeito não queria deixar o primo triste.
Saiu do banho e foi para o quarto. Colocou a cueca e um shorts e se jogou na cama. Pegou o celular e ligou para o número 1 de sua agenda, seu primo.
Fred não estava conseguindo seguindo dormir, então resolveu navegar pela internet. Tinha colocado na cabeça que precisava viajar para algum lugar relaxante. Achou uma passagem de última hora para um spa na Tailândia para embarcar 5 dias depois. Resolveu comprar. Mandou uma mensagem para Rodrigo, confirmando o encontro deles no Rio. Precisava de alguém para conversar e também transar, quem sabe. Desligou o celular para dormir quando ouviu o mesmo tocar. Era o toque personalizado de Humberto. Fred ficou olhando na tela pra ver se realmente deveria atender.
-"Alô?
-"Oi Fred!
-"Oi Beto! Tudo bem?
-"Tudo sim. Estava aqui pensando em você. Queria saber se você está bem. Saiu de casa sem me dar tchau.
Fred suspirou.
-"Sim Beto, eu estou bem. Só vim embora mesmo por que estava cansado.
-"Entendi.
E mais umas vez ficaram os dois calados se falando por pensamentos.
-"Fred, vamos dar uma volta amanhã? Sei lá, aqui por São Paullo mesmo. Ou onde você quiser ir.
-"Vamos sim! Estou precisando.
-"Que horas o tio e a tia irão pro Rio?
-"Disseram que vão sair daqui às 8h.
-"Então eu te pego as 9h, pode ser?
-"Pode sim. Eu fico te esperando.
-"Ok meu loiro. Até amanhã então. Um beijo.
-Até Beto. Beijo!"
E desligaram. Humberto deitou na cama aliviado por saber que iria ver Fred de novo. Do outro lado, Fred estava confuso em relação se devia ou não sair com Beto. Não demorou muito para os dois pegarem no sono. Amanhã seria outro dia.
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Boa tarde pessoal! :) Espero que estejam gostando. Beijão pra vocês.
